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História Um Problema Que Começa Com Bang e Termina Com Chan;Changchan - Cara bonitão


Escrita por: Lipsheon e izenitsu

Capítulo 1 - Cara bonitão



O último ano do ensino médio não poderia começar da melhor forma do que tendo os amigos enroscados numa troca de salivas ao lado do meu armário onde este está emperrado.

Eles tinham uma amizade colorida mas essa coisa tosca de amizade colorida na maioria das vezes não acaba bem. Um deles se apaixona mas não é recíproco, acabam brigando por ciúmes, ou pior, entram em um relacionamento mas no final percebem que era apenas desejo carnal acumulado e ficam em um clima tenso após término. Este último também traz um amigo dos dois tendo que dividir a atenção com ambos. Não vou mentir, isso é o meu pior pesadelo.

– Changkyun me ajuda. Vocês são muito desagradáveis. – puxei Changkyun pela orelha. Reclamou de dor e ainda teve audácia de me bater. – Seja-

Com três socos fortes e barulhentos o armário abriu. Changkyun sorriu maldoso em minha direção e puxou Kihyun para irem em outro lugar.

– Discreto – completei inutilmente.

O primeiro dia de aula é sempre monótono e chato. Ainda mais para aqueles que estão ingressando na vida adulta, tivemos que escutar muitos falatórios em todas as aulas. Além de estar entediado, estava bravo com Changkyun e com Kihyun, eles pensavam que era por causa do ocorrido de mais cedo mas era algo maior que isso. Eles têm 24 horas para ficarem se pegando e o que custa não fazer isso quando estou por perto? Além de ser constrangedor e desagradável, me faz querer ter distância deles.

Com o som familiar do sinal, saí as pressas mergulhando naquele mar de pessoas afim de Changkyun e Kihyun não conseguirem chegar em meu encalço. Minha casa não ficava muito longe, as vezes pegava o ônibus por conta da preguiça. Os dois patetas iam de ônibus e não poderiam me seguir pois o próximo demorava para passar, e sabiam respeitar meu espaço quando não estava afim de conversar.

Com a rotina de estudante sem paz retomada, junta a ela vinha a falta da ausência dos meus pais em casa. Eles tinham uma confeitaria (não querendo me gabar mas uma das melhores de Busan). As vezes eu ia até lá para roubar alguns docinhos, isso se minha mãe não me pegasse no ato.

Tomei um banho rápido e segui para a cozinha vendo o que minha mãe havia preparado, no horário de almoço ela vinha para casa deixar algo preparado para quando chegasse. Tinha Tteokbokki em um recipiente na geladeira. Não sei o que séria de mim sem as comidas da minha mãe – meu pai também cozinha porém minha mãe tem uma paixão inexplicável pela cozinha e sente ciúmes vendo outras pessoas mexendo em suas panelas. As únicas coisas que sei preparar são comidas congeladas, quando for morar sozinho irei estar completamente ferrado, minha saúde irá pro brejo de uma vez.

– Changbin meu amor! Luz da minha vida! Vem me atender. – conhecia perfeitamente essa voz.

Esqueci de dizer que, Changkyun respeita meu espaço num curto período de tempo.

– O que você quer? – perguntei assim que abri o portão.

– Passar a tarde com você. – ele adentrou logo indo para a sala e se jogando no sofá. Intimidade é um saco.

– Tô surpreso de Kihyun não ter vindo junto. Ele virá mais tarde?

– Ele veio com um papo bobo de que tá atrapalhando nossa amizade já que ele chegou depois. Decidiu que deve deixar nós sozinhos hoje.

Eu e Changkyun nos conheçamos no primeiro ano do ensino médio. Conhecemos Kihyun no ano passado quando se mudou de colégio e foi para o nosso. Nosso laço como trio cresceu rapidamente, é como se fossemos um trio desde o berçário.

– Papo mais que bobo, estúpido. Vocês são mais próximos por se pegarem e eu entendo. Mas...

– Pode falar, sabe que não irei ficar magoado independente do que for.

– Eu fico chateado quando vocês ficam se pegando quando estou presente. É desconfortável e me sinto constrangido, e mal conversamos. Se não for pedir muito, não fiquem assim quando eu estiver junto, tudo bem? – me sentia mais aliviado por ter contado como estava me sentindo em relação a isso.

– Achei que apenas estava chateado com o lance do armário. Me desculpa, nem era pra você estar pedindo isso, nós que deveríamos se comportar normal na sua frente.

– Caso resolvido. O que vamos fazer? Você que quis vir mesmo.

– Acabei de ter uma ideia mas você tem que confiar em mim.

– Confiar em você, nem pensar.

– Quero te levar em um lugar. Vai ser legal, prometo.

– Apenas me fale o que devo vestir então.

Não iria fazer nada mesmo. Changkyun não irá me levar em um lugar que sabe que irei surtar com ele, pelo menos conto com isso.

– Se vista como se fosse em um shopping. Vou para casa me trocar, daqui alguns minutos eu volto.

...

Eu coloquei uma camiseta rosa listrada por dentro de uma calça de couro, juntamente do meu amado all star. Changkyun disse que não precisava levar muito dinheiro, mas por precaução estava levando um pouco a mais nunca se sabe o que vai acontecer.

Assim que o ônibus parou no centro de Busan, Changkyun me guiou entre as ruas. Começamos a ir para uma parte que nunca fui, tinha uma áurea estranha e não demorou muito para eu descobrir a razão.

Logo a frente havia uma boate, a fila não estava muito grande. Por nós, passava pessoas cheias de tatuagens, usando roupas coloridas e chamativas. Fora que o ar estava poluído com o cheiro de cigarro.

– Changkyun você prometeu. – já estava começando a ficar levemente irritado.

– Só dessa vez, por favor. Fique pelo menos quinze minutos, se você quiser ir embora depois desse tempo nós vamos.

Boates tem tudo o que não estou acostumado a presenciar. Além de que não sei fletar, dançar e não sou um adolescente rebelde. Então não tem motivos para frequentar esses lugares.

Eu estava com medo de voltar sozinho, minha única opção era entrar na boate.

– Como você costuma entrar? – perguntei e Changkyun sorriu.

– As clássicas identidades falsas. – ele pegou duas de seu bolso.

– Onde você conseguiu essa foto minha?

Era uma foto 3x4 razoável. Me lembro de ter tirado várias dessas para renovar minha identidade no ano retrasado. Não havia mudado tanto.

– Achei algumas espalhadas no armário da sala quando você me pediu para pegar o controle do vídeo game uma vez. Vamos logo antes que a fila comece a crescer.

Enquanto estávamos na fila, pensei em várias coisas que poderiam acontecer quando entrasse, estava começando a ficar nervoso. O segurança mal olhou as identidades e nos deixou passar.

– Vamos nos divertir. – nem tive tempo de dizer nada, Changkyun já havia se juntado a multidão.

Nunca mais faço uma promessa com Changkyun.

Depois de muito esforço, avistei o bar e fui em direção a ele. Me sentei em um dos bancos virado na direção da pista de dança. Enquanto tentava procurar Changkyun, meus olhos caíram em um cara com os braços cheios de tatuagens quando a iluminação clareou por breves segundos. Ele era alto, seus cabelos eram castanhos escuros e lisos, extramamente bonito.

Não fiquei olhando muito por ter medo de ser flagrado, mas isso não significava que não dava uma pequena olhada de vez em quando. Ele dançava bem, movendo seu quadril com mestria. Quando garotas se aproximavam ele as recusava mas com os garotos ele passava seus braços pelo pescoço deles e colava seu corpo contra o do outro, com direito a beijos tanto nos lábios quanto no pescoço.

Me sentia vendo um filme semi pornô.

Me virei para a bancada do bar e logo o barman veio me perguntar se queria algo e recusei educadamente. Peguei em meu celular ligando para Changkyun, era inútil mas não custava tentar.

– Sozinho?

Uma mão apertou meu ombro e olhei para trás assustado.

Era o cara bonitão que observava segundos atrás. Ele é mais bonito de perto. Espero que ele não tenha vindo até aqui porque notou que o observava.

– Meu melhor amigo me deixou aqui. Estava tentando ligar para ele mas... – indiquei para o celular. – Não vai adiantar de nada, deve estar com algum garoto por aí. – ele apenas concordou com um sorriso mínimo.

– Posso me sentar? – concordei com a cabeça e ele sentou ao meu lado. Sentia seu olhar fixo em mim.

– Changbin, meu nome é Seo Changbin – disse enquanto guardava o celular.

– Bang Chan. – ele se inclinou um para chamar o barman e pediu uma bebida.

A bebida rapidamente é entregue e Bang Chan virá o copo de uma vez na boca e pediu outro logo em seguida. Faço uma cara de reprovação, espero que não fique bêbado comigo aqui.

– Pelo visto você ama beber. – ele olhou para mim sorrindo e se levantou. Estranhei o ato.

– Pela sua cara é o ao contrário – retrucou virando novamente o copo na boca. – Acho que não vou aguentar.

Ele pegou na minha cintura me puxando para si, automaticamente me levantando. Minhas costas foram parar no balcão do bar. Eu queria o afastar mas não conseguia.

Bang Chan estava muito próximo de mim, abaixei minha cabeça envergonhado com a situação porém ao fazer isto, pude ver seu abdômen por conta de sua camiseta estar com apenas dois botões presos. Acabei ficando mais envergonhado, nunca passei por isso antes não sabia o que fazer.

Uma de suas mãos saíram da minha cintura e foi até o meu queixo, o que me fez olhar para ele. O olhar dele era de luxúria. Meu corpo se arrepiou por inteiro. Ele iniciou um carinho singelo na minha cintura e me fez suspirar relaxado, foi a deixa para ele se aproximar e iniciar um beijo calmo não perdendo tempo em adentrar sua língua na minha boca.

Ótimo, meu primeiro beijo está sendo com um cara bonitão de uma boate. Nunca me importei com isso, a única coisa que desejava era que fosse bom e está sendo mais que bom, está sendo perfeito.

Ora os movimentos ficavam rápidos e depois ficavam lentos. Era possível sentir o gosto amargo da bebida. Chan finalizou o beijo com alguns selinhos e com mordidas no meu lábio inferior.

Fiquei com meu olhar fixo na boca avermelhada, brilhante e grande. Chan pegou nas minhas mãos as guiando para passar em volta de seu pescoço. Ele se aproximou novamente depositando selares próximos a minha boca antes de ataca-lá novamente, dessa vez com um beijo quente. Eu ainda estava meio desajeitado mas talvez ele não tenha notado e se notou, não pareceu se importar com isso.

Eu tinha que aproveitar esse momento. Talvez nunca mais tivesse a chance de ter um beijo tão gostoso como esse.

Agora quem está participando de um filme semi pornô era eu.



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