– Resumindo, você perdeu seu primeiro beijo com um cara mega bonitão.
Kihyun estava tão surpreso que ao menos ficou chateado por Changkyun ter ficado com outros garotos. A amizade colorida deles não havia restrições pelo que sabia mas, as vezes, Kihyun sentia uma pontada de ciúmes.
– Você ao menos prestou atenção na parte em que quase eu e Changkyun fomos roubados e cheguei extramamente tarde em casa?
A sorte foi que Changkyun vomitou bem na hora que os caras se aproximaram da gente, desistiram na hora. Tive que inventar uma desculpa esfarrapada para os meus pais.
– Como você disse, quase. Quem diria hein, você deixando Kyun te levar para boates. – Kihyun verificou os minutos no celular, faltava apenas cinco minutos para o intervalo terminar.
– Você não prestou atenção em nada mesmo. Nem vou perder tempo em repetir.
Me pergunto qual desculpa Changkyun inventou para faltar. Os pais dele eram professores em outra escola, prezavam pela educação do filho um pouco mais que as demais pessoas. Ele gosta de estudar mas nosso colégio é intermediário, alguns alunos fazem o que querem e Changkyun ama uma bagunça.
Enquanto voltamos para sala Kihyun iniciou uma conversa sobre ele e Changkyun ficarem se pegando na minha frente. Foi uma conversa rápida, não era necessário estender o assunto. Meus dias sendo vela estavam acabados.
Com certeza irei colocar terça-feira como meu dia favorito apenas por ter aulas de artes e inglês, deixa o dia mais tranquilo e menos cansativo. Único ponto negativo era que dependendo do que fossemos fazer na aula de artes Kihyun já me olhava traveso querendo aprontar comigo. Seja jogando bolinhas de papel em mim, me riscando ou jogando tinta em mim – o que ocorreu hoje. E quando revidei nós pareciamos duas crianças levadas.
Após o término das aulas havia uma pequena aglomeração de alunos na entrada do colégio. Um carro extramamente chique que não reconheci a marca estava parado com um garoto apoiado na porta.
Era o cara do filme semi pornô, o cara bonitão. Bang Chan.
Não tinha porque entrar em pânico, era apenas uma coincidência. Não havia dito nada para ele sobre onde estudo ou se estudava, por precaução, puxei Kihyun do lado ao contrário onde Chan estava.
– Você conhece ele? – Kihyun perguntou.
– É o cara da noite passada.
– Essa é sua chance de pega-ló novamente.
– Mas eu não-
Uma mão segurou meu antebraço com delicadeza. Quando me virei para trás Chan suspirou aliviado.
– Por um momento achei que tinha confundido a pessoa. Eu vim te ver.
– Como assim? Eu nem te contei nada.
E se eu acabei me envolvendo com cara errado e agora ele vai ficar me perseguindo?
– Só vai ter suas respostas se vier comigo.
– Prefiro ficar com a curiosidade passar bem. – eu me agarrei em Kihyun novamente mas ele me puxou de volta.
– Eu só quero que você venha comigo, por favor.
– Me dê um único motivo para ir com você.
– Se eu quisesse fazer algo com você teria feito isso noite passada.
"Era um bom argumento."
– Tudo bem. – me voltei para Kihyun. – Você acha mesmo que é uma boa ideia?
– Qualquer coisa você se joga do carro ou me liga – cochichou apenas para eu escutar.
– Vamos então?
Chan sorriu e adentramos em seu carro. Sempre me sinto desconfortável em carros de desconhecidos, dessa vez estava sendo pior já que não só nos beijamos duas vezes mas várias na noite passada.
– Você é maior idade? – perguntei.
– Não, mas meus pais permitiram que eu fizesse tatuagens e dirigisse. Estou no último ano também.
– Isso me faz lembrar que você iria me dar as respostas se viesse com você.
– Aquela boate que estávamos é uma das poucas que aceita identidade falsa, tem mais menores de idade do que maiores. Deduzi que você era de menor e perguntei para Jooheon se ele já tinha visto um Changbin de acordo com suas características no colégio e ele disse que sim, foi sorte te encontrar. Eu gostei de você, queria te ver de novo.
Essa última parte me pegou de surpresa.
– Para onde vamos afinal?
– Para minha casa.
O restante do caminho foi em silêncio. Mandei mensagem para os meus pais dizendo que iria passar a tarde na casa do Kihyun, não gostava de mentir para eles mas seria complicado demais explicar como conheci Chan.
Estávamos entrando numa área luxuosa com mansões competindo para ver qual era a mais bonita. Ele parou em frente de uma dessas, o portão foi aberto automaticamente. Uma pequena estrada nos separava da residência, enquanto passávamos havia grandes árvores nas laterais, chegavam a fazer grandes sombras sobre nós. Sinceramente não sei a razão de tudo isso, ricos tem gostos extramamente peculiares.
Quando entramos na casa – lê-se mansão – fui recebido por uma vista de cena de filme. A sala parecia uma sala real, a cor dourada pelas paredes, assim como o lustre de cristais e a mesa de centro. Haviam algumas pinturas de paisagens com cores leves, dando um contraste diferente com a áurea do cômodo.
– Vamos para o meu quarto deixar sua bolsa lá em cima – Chan disse subindo as escadas e fui logo atrás, não queria acabar me perdendo.
O quarto de Chan era totalmente diferente da sala, era um quarto como o de outro qualquer adolescente. As paredes eram em preto e branco, havia alguns pôsteres pendurados, a cama ficava no centro com um guarda-roupa na direita e um computador a esquerda – a janela estando um pouco próxima dela.
– Você vai querer uma roupa emprestada?
– Ah não precisa. O uniforme não é tão desconfortável assim. – não estava mentindo e mesmo que não fosse teria vergonha de pedir uma roupa.
– Tem certeza?
– Absoluta. Em que colégio você estuda?
– Na Busan Arte. Já ouviu falar? Faltei hoje pela ressaca insuportável. – então era por isso que não usava uniforme.
– Se já ouvi falar? É um dos melhores colégios de Busan e do país! Tem até filho de famoso lá.
– Não é pra tanto. – ele quis ser modesto mas isso não cola comigo. – Eu preciso me trocar, pode esperar lá em baixo? – eu concordei e saí.
Assim que me sentei no sofá me senti sobre um pedaço de algodão gigante. Meu celular vibrava demais no bolso da calça, Changkyun mandou centenas de mensagens em capslock perguntando sobre Bang Chan.
Kihyun contou também que você e eu quase fomos roubados?
Queria que pelo menos Changkyun pensasse um pouco sobre e colocasse a mão na consciência.
Não aconteceu foi quase o que importa é que você perdeu seu primeiro beijo e Kihyun me disse que ele é bonito.
Surtiu efeito algum.
Não irei te contar com detalhes pois estou chateado com você.
Mas pense pelo lado b...
– Nada de celular Binnie.
– Ei devolve meu celular. – me levantei. Odiava quando alguém o pegava sem minha permissão – Binnie? Já está me chamando por apelidos?
Ele me puxou com uma das mãos me roubando um beijo, depois outro e mais um. Se toda vez que fomos nos beijar sermos assim isso se tornaria um vício.
– Sua boca é atraente demais – disse enquanto seu polegar passava entre meus lábios. – Mas sua carinha de bebê entrega tudo. – sua mão foi até minha bochecha e a apertou.
Bang Chan estava se demonstrando uma pessoa totalmente diferente comparando à noite passada. De garanhão foi para um garoto adorável e fofinho com tatuagens radicais pelos braços. Ele cutucou minha mão com o celular, eu o peguei de volta.
– Garoto maluco... – exclamei em um susurro vendo as mensagens de Changkyun.
– Vamos, quero te mostrar um cômodo que tenho certeza que irá gostar. – quando levantei meu olhar Chan estava virando em um corredor
– Me espera, não quero me perder!
...
Chan havia me levado para uma sala de jogos, tendo dos jogos em tabuleiros até os eletrônicos. Enquanto comíamos os lanches e petiscos que a empregada (já estava demorando para aparecer uma) trouxe pude conhecer mais sobre ele e vice versa. Seus pais eram donos de hospitais, um aqui em Busan e outro em Seul e no momento estavam em Seul para resolver alguns problemas. Descobri que ele podia ser competitivo quando queria, gostava de tocar instrumentos e o mais importante, tinha um humor extremamente duvidoso.
– Sério como você consegue rir das coisas que eu falo? Eu sou muito besta.
– Por você ser besta é o que torna tudo engraçado e o jeitinho como você fala também. – eu peguei a almofada ao meu lado e joguei em seu rosto. – Quer jogar mais uma vez? – perguntou apontando para a televisão, onde estávamos jogando um jogo de dança.
– Agora vou conseguir empatar com você. – das três vezes que jogamos só ganhei uma. A última Chan roubou mas ele não quer admitir.
Nós dançamos uma música agitada porém os passos não eram tão complicados assim, eu ganhei com uma vantagem considerável boa de pontos. Jogamos diversos jogos até ficarmos entretidos em um jogo de terror de escolhas, Until Down, ficávamos revezando a vez para jogar. Até deixar apenas Chan jogar e o ficar assistindo, comecei a sentir minhas pálpebras ficarem pesadas.
– Está com sono? – Chan perguntou depois de eu ter bocejado pela segunda vez.
– Um pouquinho – admiti.
– Pode dormir se quiser.
– Mas eu queria te ver jogar está interessante.
Ele desligou a televisão e saiu do pequeno sofá que estava para vir até o maior onde eu estava deitado e se juntou a mim. Ele passou seus braços por volta da minha cintura e colocou uma de suas pernas sobre a minha. Eu estava nervoso, sentia meu corpo tenso.
– Outro dia continuamos – ele disse passando seus dedos entre os fios castanhos do meu cabelo.
– É bom você não jogar sem mim. Irei virar um Wendigo e te matar se fizer isso. – ele riu com a referencia ao jogo.
– Credo, não diga uma coisa dessas. Talvez eu tenha pesadelos por causa daquele bixo feio.
Ficamos em um silêncio confortável depois disso. Eu ainda me sentia tenso pela forma como estávamos já que nunca fiquei assim com alguém antes, poderia me acostumar com isso e com as outras coisas novas que irão surgir com o tempo. Era normal me sentir assim.
Com o carinho em meu cabelo, me aconcheguei mais na curvatura do pescoço do Bang e finalmente fechei os olhos para se entregar ao sono de vez.
...
A última vez que acordei com beijinhos sendo depositados no meu rosto foi aos oito anos pela minha mãe. Depois disso eu alegava que poderia acordar sozinho. Agora depois de tantos anos, sentia beijinhos em todo o meu rosto e Chan chamando pelo meu nome.
– O que... O que foi? – perguntei sonolento.
– Nós dormimos demais. – vendo que eu não iria dizer nada ele voltou a falar. – São quatro horas da manhã.
Sabe quando você dorme de tardezinha e acorda achando que é outro dia mas é apenas impressão sua? Na minha atual situação não é impressão, REALMENTE É OUTRO DIA.
– Eu preparei a banheira pra você. Levante logo ou irei te jogar lá.
– Banheira? Não precisava.
Quando me sentei notei que estávamos em seu quarto. Eu ainda estava sonolento e fiquei encarando o nada por um tempo.
Chan pegou na minha mão me guiando até o banheiro. O cômodo lembrava muito a sala, brilhante e luxuoso.
– Eu separei uma roupa e escova de dentes – disse apontando para os objetos na tampa da privada. – E quando sair deixe seu uniforme aqui que a empregada irá colocá-la para lavar.
– Fico sem jeito assim. Eu não precisava disso tudo – respondi envergonhado. – Mas muito obrigado.
– Sabe que não precisa agradecer. Eu vou te deixar tomar seu banho – com um sorriso ele saiu do banheiro e fui até a porta para a trancar.
Todos os meus movimentos – para tirar a roupa e entrar na banheira – eram calculados, eu tinha medo de quebrar alguma coisa. Peguei no meu celular e comecei a ligar para Kihyun numa tentativa de fazê-lo acordar. De madrugada era o único horário em que seu celular não está no modo silencioso por causa do despertador.
– Por que você tá me ligando a essa hora? Nós vamos nos ver daqui algumas horas! – exclamou irritado assim que atendeu.
– Eu estou ansioso e precisava falar com alguém. Acabei dormindo na casa do Chan. Ele mora em um bairro nobre e nesse exato momento estou tomando banho em uma banheira cheia de espuma.
– Então ele é rico... Só por causa disso já investia. – revirei os olhos. – Aproveite enquanto pode por que você está ferrado.
– Como assim?
– Sua mãe ligou em casa pelo anoitecer. Eu tinha saído, ou seja, minha mãe que atendeu e ela não mentiu dizendo que você estava comigo. Depois ela ligou pro Changkyun e ele disse que você estava na casa do namorado.
– O que! – por um momento acabei me esquecendo que estava no banheiro. Respirei fundo para não elevar a voz novamente.
– Você está tão na dele assim para ter esquecido de mandar uma mensagem para sua mãe?
– Eu e o Chan passamos a tarde inteira jogando video game, não peguei no celular nenhuma vez e depois acabamos dormindo.
– Pelo modo que falou dormiram juntinhos.
– Nos vemos daqui algumas horas, ou não, não sei se irei para aula. Enfim tchau – disse rápido encerrando a chamada.
Antes do meu celular descarregar por completo consegui ler algumas mensagens da minha mãe, as mensagens iam de preocupações para indignação sobre eu estar "escondendo" meu namoro. Depois do banho deixei minhas roupas no banheiro como Chan disse. Havia uma pantufa na porta, deduzi ser para mim e a coloquei, estava frio para ficar andando descalço. Fui em direção ao quarto para verificar se ele estava lá antes de descer.
– Chan você pode me emprestar um carregador? – perguntei assim que adentrei no quarto. Ele estava embolado nas cobertas.
– Você praticamente sumiu vestido com as minhas roupas. – ele inclinou a cabeça para frente apenas para me ver.
A diferença de altura entre eu e ele não era tanta porém, pelo que notei, gosta de usar roupas bastante largas. A calça preta xadrez ficou tão grande que fazia dobras na barra, a camiseta nem se fala e o moletom chega quase no joelhos, as mangas apenas mostram a ponta dos meus dedos.
– Estou me sentindo uma criança assim. – ele riu.
– Pode tirar o meu celular e colocar o seu ali – disse apontando para a mesa do computador.
Deixei meu celular na mesa e fui até a janela afastando um pouco a cortina. Parecia ventar bastante.
– Acho que vai chover – comentei mantendo os olhos na janela.
– Posso usar como desculpa para faltar no colégio caso chova.
Pelo reflexo dava para perceber que estava atrás de mim, não me assustei quando puxou meu corpo para si.
– Está muito cheiroso. – foi roçando seu nariz no meu pescoço enquanto depositava alguns selares.
– Mas... Você n-não ... Já não faltou ontem? – perguntei entre risadas. O contato de seu nariz com minha pele fazia cócegas.
– Não tem problema faltar mais um dia. – ele girou meu corpo para frente – Você vai direto para o colégio ou quer que te deixe em casa?
– Acho que vou faltar também. É a primeira semana de aula mesmo. – ainda tinha o fato de que precisava falar com meus pais. Bang Chan não perguntou nada e espero que continue assim.
– Daqui a pouco vai ser cinco horas, ainda podemos dormir. Assim acordamos às oito, tomamos café e depois te levo pra casa. – eu concordei, não estava afim de fazer nada naquele momento. Meus pais saíam as nove para a confeitaria, sobraria um curto tempo para falar com eles.
Demorei um pouco para dormir o banho tinha me feito despertar, ao contrário de mim, Chan pegou no sono rapidamente. As oito em ponto o toque padrão do despertador vindo do celular de Chan tocou, tomamos café e saímos da casa. Nem ao menos mudei de roupa ainda usava as do Bang, ele disse que entregaria o uniforme depois.
– Meus tênis! – exclamei me lembrando que os deixei na sala de jogos.
– Eu sabia que estava se esquecendo de alguma coisa, apenas não me lembrava o que.
– É o meu tênis favorito. – coitado do meu querido All Star amarelo, vai pensar que o abandonei.
– Onde devo virar agora? – perguntou quando chegamos no bairro onde moro.
– Pode seguir reto. Eu moro numa rua sem saída, minha casa é a antepenúltima.
Minha casa é agradável tanto por fora quanto por dentro. Ela tem um formato retangular vertical, é bem aconchegante para três pessoas.
– Sua casa parece ser bonita. – não dava para ver tudo por causa do portão.
– Não querendo me gabar mas é sim. – ele sorriu. – Obrigado por tudo. Gostei de passar o dia com você ontem – disse a última parte um pouco sem jeito.
– Minha insistência nunca valeu tanto apena como ontem. – ele se aproximou e me beijou. – Espero que apartir de agora possamos nós ver mais. Te mando uma mensagem mais tarde – nós trocamos números de celulares no percurso do caminho.
Eu comecei a escutar um barulho de porta sendo aberta, me despedi de Chan novamente e saí do carro. Peguei a chave na minha bolsa e abri o portão, meus pais caminhavam apressados na minha direção e deram uma espiada na rua para tentarem ver alguma coisa. Sorte minha que Bang Chan já tinha ido embora.
– Você chegou naquele carro? Ele que é seu namorado? Você está namorando um cara mais velho Seo Changbin! – minha mãe disse gritando.
– Não mãe, ele tem a mesma idade que eu, a única diferença é que ele dirige às vezes. – falar isso piorou a situação. – E não somos namorados, Changkyun é um mentiroso.
– Deve ser um desses riquinhos que podem fazer tudo. – meu pai comentou e minha mãe concordou.
– E você é um mentiroso também. Mentiu para mim dizendo que foi a casa do Kihyun, sabe como fiquei preocupada quando a Sra. Yoo disse que você não estava com Kihyun? Sequer se lembrou de nós enquanto estava namorando.
– Ele não é meu namorado. Ele é... – tentava encontrar palavras para descrever mas não conseguia. – Me desculpa! Teria te mandado uma mensagem se não tivesse dormido e acordado apenas de madrugada. Nós ficamos jogando video game a tarde inteira.
Meus pais não estavam satisfeitos e queriam saber da história inteira. Quando nos acomodados na sala, depois de muita enrolação da minha parte, contei a verdade eu não aguentaria mentir mais uma vez. Meu pai conversou comigo já que minha mãe ainda estava irritada, odeio ver ela assim e odeio agora mais ainda por ser minha culpa.
– Temos que ir ou os funcionários vão chegar primeiro que a gente. – ela disse pegando sua bolsa e indo para o carro.
– Sabe como vai ser, quando a raiva amenizar ela irá conversar com você. – ele se levantou me deixando sozinho.
A ideia de que enquanto, estava me divertindo, meus pais estavam preocupados me deixava mais aborrecido. Eles sabiam que não tinha sido intencional mas eu deveria ter sido mais atento e menos esquecido. Não achei que minha mãe fosse me procurar também.
Estava frio, tinha a casa só para mim; poderia assistir televisão mas nesse horário não passava nada de interessante, pelo menos na minha opinião. Dormir pela segunda vez no dia não parecia uma ideia tão ruim, por algumas horas esqueceria que vacilei com meus pais, do idiota do Changkyun que me arrastou para tudo isso – uma parte da culpa é minha também. É, eu só precisava dormir, dormir até esquecer meu nome.
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