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História Um Problema Que Começa Com Bang e Termina Com Chan;Changchan - Muito para assimilar


Escrita por: Lipsheon e izenitsu

Capítulo 3 - Muito para assimilar



Ter desavenças com seu amigo é algo normal, eu e Changkyun sabemos muito bem disso, porém, cair no soco era outra história.

A causa foi: minha mãe, sua raiva e à tecnologia que a permitiu ligar para Sra. Yoo e passar à história que contei para ela. Semana que vem Changkyun iria para um colégio na Polônia onde apenas reside garotos, repito, apenas garotos. Ele estava indo para um paraíso. Eu poderia convencer minha mãe a fazer o mesmo, provável que me mandaria para um colégio militar. Sempre comentava as vezes sobre e eu pensava no que havia feito de errado para ela estar falando deles.

Achei que Changkyun não iria ficar tão irritado com a notícia da mudança. Olhos roxos e calos nos dedos provaram o contrário. Pelo menos ele veio a minha casa após o almoço evitando que minha mãe presenciasse a briga. Ela já estaria pesquisando sobre o melhor colégio militar da Coreia ou até mesmo de outro país.

Era costume Changkyun sair para noitadas as escondidas ou de forma que seus pais nunca descobrissem, por grande ironia do destino, justamente na vez que estou com ele tudo vira de cabeça para baixo. Talvez se ele tivesse dito para minha mãe que estava em sua casa poderíamos estar tranquilos agora. Um talvez daqueles, pois não saberíamos o que ia acontecer.

Minha tarde foi ocupada com um tutorial de como esconder hematomas e pó compacto em meus dedos, demorou um pouco para saírem. A conta de água talvez venha um pouco acima do valor habitual.

Fiquei surpreso quando o som estridente da campainha foi escutada, era cinza, da mesma cor que o portão, muitas pessoas não a viam. Este era o motivo para Changkyun ficar gritando quando vinha em casa.

Eu estava esperando um comerciante, uma pessoa pedindo informação ou até mesmo algum parente, menos Hwang Hyunjin. O filho da vizinha que estuda no Japão, ele vem fazer uma vista uma vez por mês, fica três dias ou dependendo uma semana. Sou o único garoto desocupado que ele conhece e que pode o fazer se divertir antes de voltar para o Japão.

– Achei que nunca mais fosse tiver – disse lhe dando tapinhas nas costas.

– Eu não vim os dois últimos meses pois estava resolvendo assuntos sobre minha transferência. Você vai me ver todos os dias agora.

– Isso é ótimo! Mas por qual motivo quis voltar?

– Você sabe que fiz o vestibular pela minha mãe. Eu não queria ir para o Japão mas ela ficou tão contente com a ideia de ter um filho que estuda fora do país que aceitei. O Japão é ótimo, fiz vários amigos mas sinto saudades de casa. Não ter minha mãe por perto me faz sentir incompleto e isso acaba me afetando.

– Ela aceitou sua decisão?

– Ela entendeu, disse que também sente o mesmo.

– Vai estudar no mesmo colégio que eu? Pelo menos poderíamos passar o último ano juntos.

– Acabei de sair de lá, com sorte fico na mesma sala que a sua.

Comentei sobre estarmos parecendo idosas fofoqueiras e o convidei para entrar. Passamos muitas horas jogando, conversando e comendo. Ao anoitecer meus pais chegarem e conversaram um pouco com o Hwang. O dia havia começado de forma horrível e estava terminando de forma tranquila graças ao Hyunjin.

Após o jantar, nossos corpos entraram num estado de preguiceira. Caímos na cama com sonolência e ficamos em silêncio por um tempo.

– Você está gostando de alguém ou namorando? – Hyunjin perguntou.

– Não para os dois e você? – por um segundo Bang Chan veio em minha mente mas ainda era cedo para formar algum sentimento por ele.

– Coincidência, eu também não.

Ele se deitou de lado e me puxou pela cintura, colocando uma de suas pernas entre as minhas. Eu estava nervoso, muito nervoso.

– O que tá fazendo?

– Se eu te dissesse que quero te beijar, você deixaria ou me bateria?

"O dia terminando de forma tranquila. Piada."

– Hyunjin... não estou te entendendo. – por que ele estava vindo com esse papo estranho?

– Você é bonito, legal e divertido. Não deveria ser surpresa eu querer ficar com você.

– Se eu fosse tudo isso, teria ficado com vários garotos há muito tempo.

– Como assim?

Eu e Hyunjin não falávamos sobre nossa vida amorosa, o que era um grande alívio para mim. Evitava mentir que eu era um garoto experiente em relacionamentos. Como entramos no assunto, comecei a falar sobre a saga do meu primeiro beijo. Esperei alguma expressão de surpresa ou algum comentário, notei que não estava prestando atenção quando me puxou pela nuca e colou meus lábios nos seus.

Ele foi abrindo caminho até me guiar para um beijo deleitoso. Mesmo que nunca tivesse visto Hyunjin com outros olhos, me senti atraído por ele.

– Pode esquecer... – comentei quando senti suas mãos passaram pela lateral do meu corpo. Me dava arrepios.

– Tem certeza que perdeu o primeiro beijo recentemente? Isso foi perfeito.

– Achei que não estivesse prestando atenção. – ignorei o fato de que elogiou o beijo, ficaria mais envergonhado.

Hyunjin se afastou e pegou em seu celular. Caí na real e não sabia ao certo o que estava sentindo. Ao contrário de mim o Hwang agia normalmente, bem, era fácil para ele. Mau havia me recuperado do Bang Chan e o universo me mandou Hyunjin. A razão, era o que gostaria de saber.

– Vou sair, quer vir comigo? Vai ser legal.

"Da última vez que escutei isso nada acabou bem."

– Já está meio tarde, dessa vez vou recusar.

– Bem, você que sabe. – ele se aproximou do meu rosto – Nos vemos no colégio. – beijou meu rosto e saiu.

Tomei um banho pela segunda vez no dia para poder me recuperar da adrenalina de hoje – era muito para assimilar. Dessa vez foi menos difícil passar a maquiagem. Assim que deitei na cama o sono desvaneceu, mas tinha de acordar cedo para o colégio. Então comecei a criar uma história fictícia em minha mente, onde eu era um artista famoso e estava em uma premiação, pronto para fazer um discurso pelo terceiro prêmio do dia.

...

Meu celular começou a vibrar desesperadamente e eu sabia que não era o despertador. Acordei irritado e peguei no aparelho. Era Bang Chan que estava ligando e pior às três da manhã. Eu recusei a chamada e ele começou a mandar mensagem. A insistência é uma característica dele.

Você disse que me mandaria mensagem mais tarde mas não achei que fosse ser de madrugada – falei com irritação em um tom baixo.

Estou na frente da sua casa, abre aqui.

Era só o que me faltava.

Nem pensar... se meus pais descobrirem.

Não posso e não tenho como voltar para a casa.

Tudo bem. – suspirei. – Estou indo.

O quarto dos meus pais tinha uma distância relativa do meu, tendo o escritório e um cômodo vazio entre eles, para garantir fui o mais silencioso possível. Demorei tanto, que cogitei a ideia de Chan ter ido embora.

– Pode começar a falar – disse após fechar a porta do quarto.

Chan pegou em minha cintura e logo estávamos nos amassos. Seus toques me faziam se sentir especial. As mãos ásperas indo para as minhas costas, os dedos subindo delicadamente para o meu pescoço, me puxando mais para si. Ele demonstrava que me queria com suas ações.

– Você precisa me contar o que aconteceu se não irei te chutar pra fora – disse rápido antes dele avançar novamente.

– Não é nada de importante... – recusei novamente a aproximação. – Sério?

– Não ter como e não poder voltar para sua própria casa não é tão importante? – ele suspirou e sentou na cama.

– Já ouviu falar em corridas clandestinas?

Com todas as coisas malucas que vem acontecendo, a história não seria diferente. Pessoas usando carros ilegalmente para apostarem corridas. A polícia já estava os querendo pegar há um tempo e nessa noite conseguiram. Alguns fugiram, como de exemplo o Bang Chan, o local era próximo de sua casa e estavam fazendo rondas por perto para tentarem pegar mais alguém.

– As coisas erradas deixam a vida mais emocionante. – completou por fim.

– Existem coisas dentro do certo que podem ser emocionantes.

– Vou continuar indo para as corridas se quer saber. – rebateu despreocupado.

– Mas eles descobriram, certo?

– Não vai demorar para encontrarem outro lugar. – ele se levantou e tirou os tênis. – Onde está as roupas que te emprestei? Posso colocar elas.

Eu lhe entreguei as roupas e ele começou a se vestir ali mesmo. Aproveitei para verificar o celular, apenas tinha uma mensagem de Kihyun dizendo que Changkyun quis adiantar sua ida. De uma semana foi para daqui três dias.

– Depois de muitas emoções a única coisa que eu quero é dormir com você.

Chan pousou sua cabeça em meu tronco e passou seus braços por volta da minha cintura. Tive que o afastar um pouco para colocar o celular debaixo do travesseiro e voltei a deitar.

– Precisamos mesmo dormir, daqui a pouco temos que ir ao colégio e você tem que acordar antes para ir para sua casa.

– Nem me lembre.

Começamos o dia dormindo juntos e o terminamos do mesmo modo. Bang Chan me levava a calmaria até ao extremo do nervosismo. Se já estava assim com o pouco que ficamos juntos, não quero nem imaginar como vamos estar daqui alguns meses.

...

– CHANGBIN.

O grito me assustou mas não consegui me levantar. Chan pressionava meu corpo contra o seu, me abraçava como se eu fosse uma grande pelúcia.

– Chan... acorda – resmunguei ainda com os olhos fechados. Não sabia se o grito tinha sido um sonho ou não, estava com um pouco de medo.

– Eu não acredito que ele trouxe o namorado as escondidas!

Não tinha sido qualquer grito. Não era qualquer voz. Era a minha mãe.

Eu consegui tirar os braços do Bang da minha cintura, me sentei e olhei para a porta do quarto. Minha mãe estava de braços cruzados com as sobrancelhas arqueadas, enquanto meu pai balançava a cabeça negativamente.

– Não tem nada para dizer? – minha mãe perguntou.

– Que eu posso explicar? – comentei com incerteza. Não havia muito o que dizer que pudesse amenizar a situação.

– Está falando sozinho? Volte a dormir. – Chan me puxou para me fazer deitar novamente e susurrei em seu ouvido.

Ele sentou envergonhado, passando sua mão atrás da nuca para tentar relaxar. Nós dois fixamos nosso olhar no cobertor, de cabeça baixa. Era como dois filhotes de cachorro que haviam aprontado.

– Eu sou o Bang Chan. Vocês devem ser meus... sogros?

Havia o que dizer para piorar a situação e Chan fez tal. Achei que estivesse nervoso assim como eu mas estava repassando em sua mente o que iria dizer: Uma apresentação mais adequada ou sem coerência. Os divertidamente dele estavam descontrolados na cabine, única explicação. Não consegui elevar o olhar para os meus pais muito menos para o Chan.

Como uma simples ida há uma boate acarretou tantas coisas?



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