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História Uma difícil decisão - Capitulo 41 - Destino


Escrita por: Salveana

Capítulo 41 - Capitulo 41 - Destino


 

 

Destino

 

Incrivelmente disposto, mesmo depois de uma noite muito mal dormida, com dores nas costas e dor de cabeça, perambulava pelas ruas da cidadezinha com ânimo. Saiu cedo de casa e só voltaria depois de ter feito tudo o que tinha planejado para aquele dia, estava certo, o que tinha vivido deveria ficar no passado para uma lição que deveria ter aprendido antes. Se tudo foi tão duro, se o caminho até aquele momento foi difícil, e com certeza foi, mas dali em diante iria se colocar em outro patamar, não se esconderia. Foda-se quem o quisesse pelas costas, pro inferno se alguém o julgava, pois quem mais interessava já o tinha perdoado.

Entrou em uma loja específica, saiu com seu sorriso que antes não era visto, não era o mais caro, mas era o melhor que comprou. Achou graça quando a vendedora sorriu com o valor polpudo que a calculadora registrou, não ligava pra isso, pelo menos naquele momento não ligaria. Talvez no mês seguinte...

Passou na padaria no caminho de volta para casa, aprontaria o café da manhã para todos naquele dia, e se tivesse sorte, ainda sairia com todas elas para um passeio à tarde e aproveitar o dia que se mantinha agradável logo nos primeiros raios de sol.

Não demorou muito pra chegar, guardou o carro na garagem e subiu pela escada dos fundos. Sorria de lado, não poderia estar mais feliz, colocou água para ferver e os pães de queijo no forno. Caminhou passando pela sala e logo passou pelo corredor que dava para os quartos, entrou em um que seria especial dali alguns dias, e depositou um embrulho grande, nada discreto, sobre o berço já montado, para que o aposento ficasse totalmente pronto. Só lhe faltava a maldita cortinha de “FUAL” ou sei lá o que ela queria tanto, se Hinata estivesse acordada  logo saberia sua nova traquinagem. Como poderia deixar passar? Ela iria falar milhões de vezes que era para ambos comprarem, mas não resistiu quando viu o macacão laranja na vitrine.

Fechou a porta devagar e vasculhou o quarto em frente, teria que ajeitar todo o espaço para Mia que ainda dormia. Até agora ela ainda usava os móveis deixados por Shizune, e queria deixar seu quarto com sua carinha sapeca... Acariciou a pequena que ainda estava aconchegada nos edredons, ainda era cedo, mas queria alguém para tagarelar, foi de encontro ao quarto dela, ao abrir a porta lá estava ela, descabelada com uma de suas camisetas de banda, uma de suas favoritas Queen of Stone Age, por ser ela, não se importava. Coçava os olhos e espreguiçava, levantou devagar, ainda coçando a cabeça e nem lhe deu bom dia, mal educada, indo direto para o banheiro... Sentou na beira da cama feito um menino travesso, assim que iria tirar a camisa, a mulher gordinha abriu a porta com a cabeleira arrumada, olhos despertos e veio direto ao seu encontro. Sendo amparada e posta em seu colo, recebeu um beijo e um abraço de bom dia, e ele retribuiu acariciando a barriga saliente.

 

Naruto: Pensei que não iria falar comigo.

Hinata: Nem acordei direito ainda oras... – resmungou – você não estava na cama, onde foi?

Naruto: Café.

Hinata: Você não toma café.

Naruto: Comprar o que comer no café mulher! – Riram juntos, os dias passavam-se preguiçosos, com raios de sol e brisas leves, o fim de ano se anunciava e isso só deixava o sentimento de que o próximo ano que começaria seria tudo diferente, de alguma forma seria tudo melhor.

 

Levantaram da cama e Hinata notou que seu celular vibrava sobre a mesinha do computador, foi de encontro enquanto Naruto se dirigia a porta, lhe avisando para trocar-se e ir de encontro à cozinha. Parecia que o loiro tinha planos para aquele dia.

Assim que desbloqueou a tela não gostou muito do nome que aparecia, não que tivessem brigado, mas nos últimos tempos ela e Neji não estavam tão próximos ou falantes como antes, provavelmente pelo acontecido e porque ela decidiu que era hora de dar continuidade a sua vida junto a sua família. Por fim leu a mensagem e não queria que aquilo acontecesse tão rápido, quer dizer, era pra acontecer rápido sim, a ideia de poder ficar perto dos negócios da família sem ter que ir a capital lhe parecia cada vez mais atrativa, por isto mesmo, deixou sua vontade no ar quando conversou com Neji falando que queria trazer um Hotel fazenda, ou uma pousada para a aldeia da folha.

Na cozinha, Naruto também lia algumas mensagens e respondia, era Sasuke que lhe mandava chamando-o para sair. Seria rápido, um encontro às escondidas em plena luz do sol na padaria, parecia que tinha algo pra contar... Mas como ele sairia sem levantar suspeitas? Olhou para trás se deparando com a mesa de café posta, apanhou o litro de leite e despejou na pia para que assim tivesse uma desculpa para ir ate a padaria duas quadras à frente.

Rapidamente foi até o quarto e abriu a porta deparando-se com Hinata que colocava o aparelho celular na mesinha novamente. Anunciou que iria à padaria ao lado para comprar leite para Mia. Sendo aceito o argumento de bom grado, saiu, foi  a pé mesmo quase correndo, e quando se aproximou avistou o amigo de longa data ainda de costas, sorrateiro chegou pé ante pé e gritou seu nome fazendo o amigo xingar tão alto quando pudesse.

 

Sasuke: Viado filho de uma puta!

Naruto: Eu não acredito que você ainda se assusta feito uma moça! – rindo alto segurando a barriga.

Sasuke: Vai otário, tenho algo pra te contar.

Silencio, Naruto adentrou a padaria e comprou  o leite que desperdiçou saindo logo em seguida e parando ao lado do Sasuke.

Naruto: E aí, o que ta pegando?

Sasuke: Isso aqui é que ta pegando – lhe entregando o celular sendo pego por Naruto que lia as mensagens e não entendia o que queria dizer.

Falava sobre um Hotel fazenda, que precisava das assinaturas de sócios, mas quem iria abrir um negocio desses?

Naruto: Não to entendendo bulhufas.

Sasuke: Santa mãe de Deus... Não sei por que eu ainda acredito que você um dia vai entender as coisas sem que eu te explique? – fez sinal antes que Naruto começasse a esbravejar – Hyuuga, Hotel de luxo, você namoridando com a herdeira... Ta pegando?

Naruto: Estão querendo abrir um negócio desses aqui? Bom isso seria até legal se desse certo, mas não acho que funcione um hotel de luxo aqui não.

Sasuke: BURRO! Hotel Fazenda não é bem hotel de luxo... Ah... Quer saber? A parte que interessa é que todos os acionistas precisam assinar para que isso possa sair do papel para prática.

Naruto: E o que eu tenho com isso?

Sasuke: Você também é acionista.

Naruto: Nem em sonhos!

Sasuke: Então seu pesadelo se tornou realidade, porque segundo  a cópia do contrato que eu tenho bem aqui você é sócio e tem que assinar.

Naruto: Me dá essa porra aqui – não entendo o porque disso, não assinei nada para me tornar sócio.

Sasuke: Em uma das reuniões a Hinata quis humilhar o Kiba, então em seu nome ela comprou algumas das ações da empresa fazendo você um sócio também.

Naruto: Eu não acredito nisso – falou pausadamente, entregando os papéis para Sasuke que pacientemente esperou pelo acesso de raiva do loiro, o qual não veio – cara falei tanto pra ela não me envolver nisso, todo mundo já fala muito que  eu só quero a grana de vocês, porque ela faria isso?

Sasuke: Dobe eu sei que você nunca pediu isso, na verdade nunca pediu nada fora aqueles dois trocados que te emprestei quando tínhamos 18 anos – fazendo Naruto rir fraco -   O caso é que eu vim na frente justamente pra te falar antes do Neji, que a estas alturas deve estar encostando na sua casa, assim como eu, avisou que viria só quando já estava chegando, e você tá sabendo que ele só tá esperando isso aqui de você pra fazer todo o inferno novamente, então, vai com calma, conversa você e a Hina depois com calma... Vai mané, desfaz essa cara, compra mais dois litros de leite e vamos, tô com fome!

Naruto: Eu ainda não sei se você é meu amigo ou se é meu inimigo - soltando um riso abafado.

Sasuke: Eu também não  sei o porquê sou seu amigo, acho que é porque eu gosto de implicar com você.

 

Não demoraram em voltar para a grande e aconchegante casa, sendo recebidos por Tsunade que de bom grado lhes abraçou, dizendo que o  café logo seria servido. Menos de quinze minutos Neji, Tenten e o jovem Ichiko chegaram sendo recebidos da mesma forma por Tsunade, timidamente por Hinata e apenas por um aceno por Naruto, que se limitou apenas em falar com Tenten sobre como o garotinho crescera rápido.

Foram poucas as vezes que Naruto dirigiu o olhar para Hinata, que parecia evidentemente nervosa querendo lhe falar, mas como sugerido, deixaria para conversar bem depois. O dia seguira normalmente como em qualquer outra casa que estava sendo visitada por amigos e familiares e que há muitos dias não se viam, no entanto quando a tarde chegou e o lanche era servido, o assunto que Naruto não queria lembrar foi pronunciado.

Entre um beberico e outro, sentado à mesa, onde todos estavam dispostos em torno, Neji colocou-se a falar provocativamente.

 

Neji: Pois então Uzumaki, como estão as coisas por aqui?

Naruto: Bem Neji, muito bem para o seu gosto acredito – segurando um potinho com pedaços do bolo onde levaria as crianças que estavam no  jardim sendo observados por Tsunade.

Neji: Como você deve saber, a princípio achei até boa ideia, mas agora, penso se não seria imprudente ter você como sócio – Viu Naruto calar-se e vacilar – espero que Hinata tenha te deixado bem a par da situação.

Naruto: Apenas sobre o que era necessário Neji. Nunca me interessei por estas coisas, então se para Hinata tudo estiver certo e só precisam de um maldito autógrafo meu, te dou de bom grado, agora se me derem licença, tanto Mia quanto Ichiko estão esperando seu lanche.

 

Saiu deixando Neji a olhar para Hinata que o encarava, até serem cortados bruscamente por alguém que assistia tudo e parecia se divertir.

 

Sasuke: Ponto para o querubim! Assim que eu gosto Neji, subestimando as pessoas que você julga idiotas.

Hinata: Feliz agora meu primo?

Neji: Irmão! – a corrigindo – acredito que isso você tenha contado a ele também, se até agora está com isso, deve ter contado.

Hinata: Bom se essa era a resposta que você MEU IRMÃO queria, aí está, Naruto não vai deixar de assinar ou intervir em nossos negócios, como já tinha informado, ele não está nem aí para os negócios da família!

Neji: Mesmo assim ainda não assinou, e se você não tivesse demorado tanto para contar seu projeto já estaria sendo executado!

Sasuke: Ah... pelo amor dos Sais e qualquer outra coisa é serio isso? Vocês estão brigando porque você acha que o loiro vai ficar bedelhando nos negócios? Cresce Neji, Naruto não é assim.

Neji: Mesmo conhecendo ele você não pode prever que ele iria espancar sua prima, que é um delinquente drogado.

Naruto: Quantos adjetivos para mim – entrou sem ser notado pela varanda, pegando todos de surpresa –  perdi algum que ainda queria acrescentar? Senão, gostaria de acabar logo com isso.

 

Fazendo sinal, Neji pediu para que Tenten apanhasse os documentos, chegando rapidamente com eles em punho, pegou uma caneta e colocou-se a assinar, passando para Sasuke que fez o mesmo e Hinata que logo em seguida passou para Naruto que observou o documento onde seu nome era descrito, assinando sem demora e o entregando para Hinata.

 

Neji: Boa escolha Uzumaki, não interfira nos nossos assuntos.

Naruto: A melhor resposta para você cabeludo é ser ignorado, não preciso provar nada para você, então se a Hina ainda está aqui, deve ser porque eu ainda valho alguma coisa, se fosse o contrário acho que ela  teria ido embora não é?

 

Não sendo respondido, deixou todos na varanda.

A noite se anunciava e não queria sair do seu quarto, quando a porta foi aberta vagarosamente, sabia que era ela, que logo se pronunciou dizendo que todos passariam a noite lá, se haveria problemas. Poderia ter feito um discurso sobre isso, mas limitou-se em acenar  com a cabeça, e viu-se novamente sozinho no quarto. Demorou cerca  de meia hora enquanto tomava banho que ela apareceu novamente, invadindo o banheiro sentando-se em um banquinho que Mia usava para observar o pai se barbear.

 

Hinata: Naruto... – não houve resposta – por favor, preciso falar com você...

Naruto: A Mia já dormiu?

Hinata: Ela está com sua mãe, está te esperando para dormir.

Naruto: Assim que eu voltar nós falamos - saiu do banho e ela ainda estava sentada no mesmo lugar com suas roupas em punho, passou por Hinata sem falar nada e foi até o quarto da mãe, onde Mia o esperava, deu-lhe um beijo no topo da cabeça, e um afago na cabeleira da mãe, saiu com seus trajes naturais, esticou a caminhada ate a sala, vendo Sasuke em um dos sofás, sortudo pensou, o sofá era extremamente confortável.

 

 Voltou ao seu quarto e Hinata já estava deitada de lado na cama, fazia muito calor, por isso as janelas estavam abertas, a luz que vinha de fora iluminava pouco mais o suficiente, fechou a porta e com cuidado deitou-se sendo pego de surpresa pela voz baixa e chorosa.

 

Hinata: Você está muito bravo comigo? – fungou o nariz.

Naruto: Decepcionado, bravo não. – O silêncio reinou até ser cortado por um soluço, colocou-se de lado e a chamou baixo – Hina olha pra mim – apoio em um cotovelo enquanto ela virava relutante e quando o fez esfregava os olhos com o nariz avermelhado,  - porque você estaá chorando?

Hinata: Eu não estou.

Naruto: Não? Mesmo com pouca luz consigo ver seu nariz vermelhinho –Passou a mão livre sobre o rosto de Hinata sentindo-o úmido – Não precisa disso né? Só queria que você tivesse me falado bem antes, não o idiota do Sasuke, assim no mesmo dia que eu precisava assinar uma coisa importante destas... Você sabe que eu não queria não sabe?– recebendo que sim em meio de outro soluço – vai Hina para com isso – aproximando e abraçando a mulher.

Hinata: Não fiz por mal, eu estava com raiva do Kiba e desconfiava da gravidez, só queria assegurar as ações para nossa família, desculpa – o abraçando.

Naruto: Só promete que não vai me esconder mais nada tá? – recebeu aceno com a cabeça, ficaram em silêncio e logo dormiram.

 

No dia seguinte, ainda abraçados acordaram, Naruto acordou primeiro e ficou em silêncio ate que ela acordasse, a observou como ela era delicada, nariz arrebitado pequeno, cílios compridos e negros, boca pequena e carnuda sorriu, como era sortudo, a única coisa que estragava tudo eram os gritos das crianças do lado de fora do quarto, fazendo ele lembrar-se que a casa estava cheia de visitas. Visto que Naruto fez um bico de desgosto colocou uma das mãos em seu rosto chamando-lhe atenção.

 

Hinata: Eles vão embora agora de manhã.

Naruto: Você sabe que eu adoro o Sasuke o Ichiko e a Tenten.

Hinata: Mas odeia meu irmão.

Naruto: Mas isso é recíproco – riram juntos.

 

Levantaram fazendo planos para que assim que todos fossem para suas casas, poderiam ir visitar os Nara, lá era um lugar calmo e Naruto queria ver o amigo que dissera que tinha comprado uma moto nova. Assim que saíram do quarto, Naruto deu de frente com Neji que bufou e estreitou os olhos, sentiu uma mão pequena nas costas e acalmou-se, assim que o cunhado passara virou-se para o motivo de aguentar tamanho desaforo em sua casa, estranhamente não estava com a coloração rósea nas bochechas e lábios.

 

Naruto: Tá tudo bem Hina – segurando entre as mãos o rosto pequeno da Hyuuga.

Hinata: Tudo certo, acho que a pequena se mexeu muito forte agora – passando a mão no ventre – viu que ele acenou, mas franziu a testa.

 

Todos já arrumavam as coisas, Sasuke que pouco tinha levado, já estava a mesa conversando com Tsunade, Neji logo se juntou aos dois com o filho no colo, sendo seguido pela mulher. Só faltava Hinata que havia dito que iria procurar Mia que fora buscar algumas margaridas para por a mesa, andava lentamente de encontro com os demais quando seus ouvidos foram inundados com o barulho alto vindo da frente da casa e o grito fino infantil, paralisou, engoliu como se já tivesse experimentado aquela sensação. Assim que seus músculos descongelaram correu sendo seguido por Sasuke e Neji.

O peito apertou quando viu Mia, no meio das escadas que davam de frente a casa, e Hinata segurando o corrimão com uma das mãos sentada na escada. Aproximou-se e só aí sua audição tornou-se clara novamente, Mia gritava que a mãe havia caído, olhou para Hinata que não soltara o ar dos pulmões, estava pálida, e tremia, chamou por ela duas vezes para ser atendido, viu seus olhos encherem de lágrimas, ajoelhou para ficar mais próximo e se alarmou quando sentiu algo molhado, ao averiguar, teve certeza, tudo estava acontecendo novamente, a poça de sangue aumentava vagarosamente... Aquilo não poderia esta acontecendo, não com ela.


Notas Finais


Mais um capitulo postado sendo que este é o penúltimo mesmo, o ultimo ja esta escrito e esta em fase de adequação e revisão rrs, em breve nos veremos no ultimo capitulo, muitos bjos a todos em especial minha mana que sempre revisa, ate logo, ja ne


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