História Uma história de superação... - De volta a casa de meus pais... (parte 1)

*Maly e Alina*

Alina:

-Maly já falei tô aqui na casa da mãe...

Maly:

-Mas porquê? Tua mãe sabe que tu não pode ficar saindo assim, ainda mais de carro.

Alina:

-Maly tu esqueceu que meu pai está mal? Eu preciso ajudá-la. 

Maly:

-Então! Por isso mesmo! Aposto que está se esforçando aí. Tua tia deve estar te obrigando a fazer as coisas, para recompensar tudo que não fez quando adolescente. Tu está fazendo agora por culpa. Só que tu está grávida. Já passou por cirurgia e tudo mais. Sabe que me preocupo... Já é de noite, pretende voltar hoje? E dirigindo? 

Alina:

-Sim Maly. Tu tem razão. Mas eu, igual, vou pra casa. Chego ai antes da janta e preparo ela. Não te preocupa. Eu só estou aqui para consertar a parte elétrica aqui da cozinha, porque com pai no hospital, sou a única que ele ensinou a mexer na casa. E a geladeira está um perigo. Não posso deixar a mãe passar um risco assim... 

Maly:

-Você está se escutando?! Mexendo em afiação Alina?! Esquece. Vou pedir pra sair mais cedo e estou indo aí te buscar. Não mexe mais nisso aí. Tu que está correndo um risco, altíssimo, por sinal.

Alina:

-Maly eu sou filha do meu pai... Não dizem que filho de peixe, peixinho é? Então, eu conheço afiação elétrica dessa casa, tanto quanto conheço você. E não vem. Assim que eu acabar aqui, vou ir pra casa.

Lizzy:

-Filha, com quem você tá falando? Tá tudo bem? Faz um tempo que está no banheiro...

Maly:

-Alina, você tá no banheiro? Tu está bem? Por favor! Pare de mexer nessa geladeira. Eu te imploro. Tu sabe que teu pai que mexia nesses fios. Não é fácil e nem normal. Ele sempre fez os esquemas dele e você não saberá como arrumar. Larga isso.

Alina:

-Tô bem sim, só estava um pouco enjoada. Daí atendi o celular e fiquei falado daqui. E Maly, eu vou pra casa, só vou isolar os fios e pedir pra mãe não ligar o disjuntor da cozinha. Já fiz uma ligação da energia direta com a cozinha. Porque algum dia terei que abrir todo esses teto podre, tirar todos fios e refazer tudo. Mas não sera agora, porque já estou exausta. Mais uns 30 minutinhos, pra terminar aqui, tomar um café e ir pra casa. Não precisa, mesmo vir. Te acalma, tá? 

Alina:

Eu estava indo para a casa, não sabia porque o Maly estava tão preocupado, se fazia isso todos dias até meses passado...

Maly:

Ela era tão irresponsável. Não sabia nem que fazer. Só esperava que nada tivesse acontecido com ela na estrada...

*****Toca celular***** 

Maly:

-Alô. Mãe?

Rosa:

-Filho? Tem como você vir aqui em casa hoje? Depois que sair do trabalho? Fiz uma janta e reuni a família. Conto contigo e com a Alina.

Maly:

-Mãe não terá como... a Lina passou o dia lá na casa da mãe dela e aprontou umas... Está bem, mas creio que estará cansada. Desculpa...

Rosa:

-Ah... Tudo bem, não se importe com isso Maly... Teus dindos queriam te ver... Mas eu falo pra eles. Você sabe que é aniversario de seu pai hoje, né? Mas não te preocupa. Só liga pra ele e dê o parabéns. Ok?

Maly:

-Pode deixar mãe. E manda um beijo e desculpa aí, pra todo mundo. Não sabe como estou com saudade de vocês.

Alina:

Eu já estava ali em casa. E ele ainda não havia chego. Fui tomar um banho e fazer a comida. Depois deitar, até a hora da visita no hospital...

Alina:

-Ah. Oi Maly, achei que chegaria mais tarde...

Maly:

-Não. Fiquei preocupado contigo e vim mais cedo. Estava pensando em ir lá pra tua mãe te pegar... Ainda bem que já chegou. Nossa...! Nem sabe quanto trabalhei hoje... Aaahh! Adivinha quem me ligou um pouco antes de sair lá do trabalho?

Alina:

-Não sei. Quem?

Maly:

-A mãe. Fiquei com pena dela e do pai, mas não tem como ir lá...

Alina:

-Como assim Maly? Que ela queria?

Maly:

-É que hoje é o aniversario do pai. Tá todo mundo lá na casa deles. Ela fez uma janta e um bolo. Mas eu disse que não vamos, que você está cansada e contei que aprontou lá na casa da sua mãe, --

Alina:

-- Liga pra ela e diz que vamos! Vou só tomar um banho, que já estava programado. kkkk Me arrumar e vamos, você também.

Maly:

-Não! Lina! Vai começar de novo?! Você precisa descansar.Mas se está indo só por mim, eu vou e você fica.

Alina:

-Haha, Não né?! Sei que você também está cansado, mas vai sim. Olha, é aniversario de seu pai. Quer saber como é ruim estar com o pai no hospital? Pois é. Vai ver todo mundo e me levará junto. Na hora da visita lá do pai, eu vou, vejo ele, e volto pra casa de seus pais. Depois voltamos pra casa de carro. Deu. É sexta menino... Relaxa um pouco.

Maly:

-Tá Lina então vamos fazer o seguinte: nós vamos, mas sairemos juntos da casa dos meus pais pro hospital e de lá voltamos pra casa. E não discute.

Alina:

Beleza, aceitei o que ele falou. Então fui tomar meu banho. Coloquei um vestidinho, uma rasteirinha e um casaco leve. E enquanto me maquiava, o Maly se arrumava.

Maly:

Meu Deus, que esposa insistente que tinha arrumado. Ela não via que tinha que descansar. Ainda queria ir no hospital... Eu estava todo desmontado. Eu ainda tinha que ligar pra mãe e avisar que íamos..

Alina:

Estávamos chegando na casa dos pais do Maly. Ele, em si, mal olhava na minha cara. Só dizia estar cansado. Mas sabia que estava irritado comigo. Fazendo tudo por ele, mas não reconhecia meu esforço como algo positivo. Não sabia mais que fazia... O Maly passava tanto tempo só se preocupando comigo, que estava se esquecendo de viver...

Rosa:

-Oi!! Ainda bem que vocês vieram! Nada é igual sem vocês. O teu pai, amor, tá lá dentro. Junto com teus irmãos, dindos, seus primos, tios e avós. Entrem, vamos.

Floy:

-E aí, faz um tempo que não vejo vocês...

Maly:

-Mano, que saudade! Tu sumiu...

Floy:

-Não Maly. Você que sumiu... Te ligo, falamos rápido e tu desliga. Eu marco e você desmarca... Mas não vem ao caso agora. Nossa!!! Lina que barrigão!! Bem maior do que a última vez. Já têm nome as gêmeas?

Alina:

-Olha... não tem ideia do trabalho que é viver com as duas dentro de mim. Agora já imaginou fora? Kkkk Darão muito trabalho. Mas os nomes, eu quero que um seja Camila. E a outra Clara.

Maly:

-Eu já acho que tem que ser Asuna e Erza. Personagens fortes e lindas. Quero as duas bem otomes. Nada melhor que já virem com nomes de personagens de animes.

Floy:

-kkkkkk Maly, o "sem noção" de sempre... Kkkkkk

Maly:

-Do que tu me chamou?! Lina, olha ele...

Alina:

-kkkkk vamos filhote.

Maly:

-Aaarrgg vocês!! Já disse pra parar de me chamarem assim u.u kkkkkk

Alina:

Eu ri. Então entramos. Demos oi pra todo mundo e ficaram me bajulando. Enquanto outros conversavam com o Maly. A mãe dele, quando estava sentada, me perguntou:

-Posso colocar a minha mão na sua barriga?

Alina:

-Sim, claro.

Rosa:

-Oh Meu Deus! Ela...

Alina:

-...Tá chutando ^^. Elas andam se mexendo um pouco ultimamente...

Priscila:

-Vamos lá pra cima cantar parabéns?

Alina:

-Já estou indo. Ai...

Rosa:

-Tu tá bem? Espera eu te ajudo a levantar.

Alina:

-Obrigada. Tô bem sim.

Alina:

Algo me dizia que não estava nada bem. Mas não podia falar. Pelo menos iria esperar o parabéns. Subi aquelas escadas com muita dificuldade. Quando cheguei lá em cima, cantamos o parabéns e logo estávamos comendo bolo... Mas daí o pai do Maly, perguntou:

-E aí. Como está seu pai?

Então vi a Rosa olhar feio pra ele. Senti que minha face mudou. Eu havia esquecido. Tinha que sair mais cedo dali pra visitar o pai no hospital. Em compensação, fiquei ali, rindo e conversando.

Alina:

-Com a licença de todos, eu vou ter que me retirar, pois tenho que ir no hospital. Mas não se preocupem comigo. Maly, vamos?

Maly:

-Não. Alina sei que tinha concordado antes. Mas você e eu estamos cansados. Tu que quis vir aqui. Por mim, nem teríamos saído de casa hoje. Eu estou exausto do trabalho. Não vou te levar no hospital, sinto muito. E mãe, eu peço permissão pra ficar aqui. Seria até pior ir pra casa, do que ficar aqui a essa hora.

Alina:

Rosa meio pensativa, concordava com ele. Tínhamos que descansar. Mas sabia oque eu sentia e quanto seria importante pra mim ir no hospital. Igual, ela o respondeu:

-Claro que vocês podem ficar, se quiserem.

Alina:

-Obrigada pela oferta. Mas Maly, vamos falar disso lá embaixo, vamos deixar o pessoal comer aqui?

Maly:

-Não também! Vamos esclarecer “isso” aqui e agora. Na frente de todos. Não é assim que você gosta? Não disse querer ver todo mundo? Não ficamos aqui nem duas horas e quer ir embora? Nós vamos ficar e ponto final.

Alina:

-Tudo bem Maly. Você quer esclarecer assim? Beleza. Só então todos me escutem. Tão vendo? Ele se negou a me levar e está implorando pra ficar. Só te digo uma coisa Maly. Não nascemos colados, nem temos os mesmos pais. Você fica aqui com os seus, que eu estou perdendo a hora da visita do meu pai pra ficar discutindo contigo. Eu vou ficar com meus pais! Tá cansado? Então dorme aqui. Tudo bem. Amanhã nos falamos. Adeus Maly. Sinto muito por tudo a todos. E parabéns Mark, de novo. Não roubarei seu filho de ti viu? Fique com ele, que o meu, me espera. Beijos.

Alina:

Eu dei quatro passos e estava muito mal. Me desequilibrei encostei no corrimão da escada. O Floy veio me ajudar, só disse a ele que estava tudo bem e segui.

Maly:

-Ela é idiota mãe! Não adianta! Larguei de mão. Tem mais é que se ralar sozinha. Vida inteira ajudei, fiquei do lado e apoiei as suas decisões. Passamos por muitos momentos horríveis, mas agora chega. Ela quer ficar mal, não vê que estou tentando ajudá-la? Então que vá até esse hospital e se passar mal, será lá dentro mesmo—

Floy:

-Não seu idiota! Isso é importante pra ela! Tu não enxerga que ela está realmente preocupada com o pai dela? Seu sogro. Deveria ter a acompanhado. Ela estava passando mal. Não viu que ela quase caiu aqui na escada?

Rosa:

-O Floy tem razão. Mas vocês não podem perder tempo aqui... Eu vou pegar o Jeep e vou atrás do carro dela. Princy cuida de tudo aqui.

Priscila:

-Pode deixar mãe. E tu Maly é bem tanso mesmo.

Maly:

-Olha quem tá falando! Idiota...
 

Priscila:

-Pelo menos, nunca tentei matar indiretamente minha família. Porque isso que fez ao deixa-la sair pela porta.

Maly:

-Droga...