História Uma história de superação... - De volta a casa de meus pais... (parte 2)

*Alina, Maly e Rosa* 

Alina:

Cheguei ao hospital e sentia uma dor tremenda... Com tamanho susto que tomei, única coisa que me disseram foi:

-Ele não está mais entre nós. Se quiser notícias dele, fale com sua mãe. Ela que sabe. Agora desocupe o balcão. Porque precisamos atender as pessoas que realmente necessitam de nós no momento.

Alina:

Eu chorei muito. Primeira coisa que pensei foi em ir na mãe. Então fui até a casa dela. Mas nesse tempo, já estava passando mal com a notícia. quando cheguei e a mãe abriu a porta, ela falou:

-Filha?

Alina:

-Mãe... Tu já sabe do pai... ?

Lizzy:

-Filha você tá bem? Você tá chorando...

Alina:

-Quero que você seja forte mãe... Mas me disseram no hospital, que o pai...pai... Faleceu... Disseram que ele não esta mais entre nós.

Alina:

Nisso minha mãe riu, achou estranho eu ainda não saber...e respondeu:

-Filha é óbvio que teu pai não podia estar mais entre eles mesmos. Porque desde que você saiu daqui seu pai tá em casa. Kkkk

Alina:

-Não pode ser... Quer dizer...?!

Rocky:

-... Filha... É você?

Alina:

-Pai...pa... paiii!!!!!!

Alina:

Abracei meu pai muito forte. Ele estava caminhando e tudo mais. Estava em casa e não mais em zona de risco...

Lizzy:

-Vamos entrar. Ele ganhou alta, mas tem que repousar, por no mínimo três dias. E você filha também. Não parece muito bem...

Alina:

-Eu estou bem só de ver o pai aqui... em casa...  Aii...

Lizzy:

-Filha? Tá vem, vamos entrar rápido. Essa garoa não é nada boa pra você. Não queremos você resfriada. Muito menos agora... Quantos meses?

Alina:

-Estou com ... 8 meses e duas semanas.

Lizzy:

-Pois é... Tem que cuidar.

Alina:

-Mãe, eu preciso perguntar uma coisa. Eu briguei com Maly e eu queria ficar aqui. Pra não ficar só em casa também. Tem como?

Lizzy:

-Filha, não sei o porque que brigaram. Mas é obvio que pode. Já falei que nossa casa é sua. Sempre que quiser, estaremos aqui minha flor.  

Alina:

-Obrigada. Agora tem como explicar como o pai chegou em casa? Se ele estava sem carro e você não dirige, foi de taxi?

Lizzy:

-Filha sua tia que estava aqui, o pegou e trouxe ele. Logo foi pra casa.

*****Enquanto isso...*****

Rosa:

Menos mal... Ela tinha parado em casa. Finalmente havia a achado. Tinha que avisar o Maly. Mas não diria pra ele ir ali, no momento... Diria pra ele ficar lá em casa. Seria melhor.

*****Chegando na casa dos Oretsev*****

Rosa:

-Nossa... todos já foram embora... Filho! Achei a Alina. Ela parece bem. Está na casa dos pais dela. E o pai da Lina, já voltou pra casa... Não consegui entender muito bem essa parte... Mas olha, você está proibido de sair dessa casa de cabeça quente. Vai dormir e só amanha vai vê-la. Eu sei como ela está se sentindo. Vê se não força a barra. Agora, vou ir deitar porque estou cansada. E Malyem Oretsev... Não se atreva a chorar. Já esta tudo bem agora. Igual, poderá ficar aqui quanto tempo quiser. A mãe te ama, fofo.

Maly:

-Obrigado mãe. Também te amo... Mãe! Eu fui horrível com ela né? Eu me sinto tão mal por isso... Mas ela também é a culpada não se cuidando...

Rosa:

-Filho...

Mark:

-Deixa. Eu falo com ele. Tenho que me desculpar contigo e com a Alina. Maly, eu que pedi pra sua mãe insistir que viessem. E depois, eu que toquei no assunto da saúde do pai dela. Devia ter me flagrado que este assunto era muito delicado e que a Alina estava alterada para escutar. Filho, não se culpe, não culpe a Alina. Eu sou o grande vilão. Mas agora que já aconteceu, pensa um pouco... E se fosse eu, filho, que tivesse no hospital. Não estaria preocupado?

Maly:

-...Estaria... Desculpem-me todos vocês. E no final pai, eu aprendi uma lição hoje. A qual tenho que resolver com a Alina. Pai me desculpo contigo, também, porque acabei por estragar seu aniversário.

Maly:

Meu pai me abraçou, enquanto minha mãe escondia as lágrimas. Eles foram deitar. Estava sem sono no final e fui pra areazinha que tinha sem telhado. Lá estava a Keiko.

-Tu vacilou hoje, né moleque?!

Maly:

-Nem fala... Tô me sentindo tão mal por tudo que aconteceu...

Keiko:

-Oh pivete... Aprende uma coisa. Todo mundo erra e todo casal briga. Mas isso acontece tanto quanto as pessoas perdoam...

Maly:

-Não estou entendendo onde quer chegar...

Keiko:

-Affs, já devia saber... é burro mesmo...

Maly:

-Eii...

Keiko:

-Tá, presta atenção. Você errou. Ela vai te perdoar com tempo... E não estamos mais na pré-história. Se está preocupado, pega aquele teu celular de merda e liga pra ela.

Maly:

-Kei... Será que ela vai me atender...?

Keiko:

-Caralho! Tu é burro e irritante. Vai logo ligar pra ela. Retardado...

Priscila:

-Nisso eu concordo, tu é muito retardado. A Kei já falo oque fazer. Vai. Liga logo pra ela.

Maly:

-Princy?! Desde quando tu tá aqui?

Priscila:

-Desde o fim da festa... A pergunta é, oque “você” está fazendo? Pega. Trouxe teu celular.

Maly:

-Obrigado...

Priscila:

-Não se ache. Não estou te ajudando. Tô fazendo isso pela Alina. Huff ...

Keiko:

-Cacete! Priscila, tu me irrita com suas caretas...

Priscila:

-Arrg, você que é chata. Sua velha! u.u

Keiko:
-Bebezinha achada!

Maly:

-kkkk... Vocês são demais. Estava com saudades.

Maly:

Então peguei o celular e liguei... Chamou, chamou...

Alina:

... Chamou, chamou... E eu não atendi... Ele não podia fazer aquilo. Não aguentava mais, ele discutindo comigo e então pedia desculpa. Daquela vez foi mais rápido... Alguém deve tê-lo alertado... Oque importa é que o pai está em casa... Por um bom tempo, vou deixar o Maly esfriar a cabeça... Eu não vou mais correr atrás, nem deixar perdoar tão fácil... Porém ... Não é isso que meu coração sente... Então voltou a chamar e chamar... Decidi atender, só pra dizer que eu estava bem, mas pra ele me esquecer. Porém não aconteceu isso...

-Alô? Alina?

Alina:

-Maly. Eu estou bem, só que... Espera... Você tá chorando?

Maly:

-Estou escutando sua voz... Você está bem mesmo... Eu me preocupei tanto contigo. Esqueci de sua vontade própria. hufffhfff, Alina... Muitas pessoas opinaram sobre oque eu falaria com você... Sobre como ou o porquê de eu ser o culpado...

Alina:

-Maly...

Maly:

-Shiiiiiu... Deixa eu falar. Eu não vou fazer que disseram. Porque, sim, sou culpado. Preocupo-me contigo. Tentei te proteger, queria só teu bem. Desculpe-me por sufocá-la. Eu só preciso que me perdoe. De verdade. Mas isso não significa que quero que corra e me abrace. Que me console com seu sorriso dizendo que “está tudo bem”. Eu só quero ter notícias suas. De como você está... Pois estou decretando um “tempo”. Após namoro e casamento. Só agora que vejo um real motivo para um tempo. E quando acabará o tempo... Você decidirá... Tentarei aparecer. Só pra lembrar que existo. Se não quiser me ver, não precisa. Não vou sufocá-la. Você está livre de mim... Livre desse meu pensamento que você é tão frágil quanto uma boneca de cera...

Alina:

-Maly, eu te amo muito... Sei que sou realmente culpada de tu se preocupar tanto... Minha saúde nunca foi confiável. Mas também preciso viver... Se for me prender sempre aos meus limites, não levantava da cama, nem pra ir ao banheiro. Agora, nosso relacionamento sim... Precisamos de um tempo. Mas não negarei de me visitar, ou de saber notícias de meu “bem-estar”. Afinal, tenho duas filhas tuas dentro de mim. Então não te culpo por se preocupar, também fui infantil. Estou sendo sim racional, pois meu pai está bem. Se não estaria louca falando contigo. Então... Resumindo tudo... Ficarei aqui na casa de meus pais. Não voltarei pra casa. Fique lá e cuide dela por enquanto... Quer dizer, ela não pode encher de pó e bichos, né? Agora, eu tenho que dormir. E Maly, não chora mais. 

*****chamada encerrada*****

Maly e Alina:

Foi uma semana difícil. Com os dias curtos e noites longas... Dormir era impossível... Eu só queria que tudo voltasse a ser como quando éramos adolescentes...