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História Uma história Shikamaru: Sombras do Passado (ShikaTema) - Epílogo


Escrita por: Nara-Sannin

Notas do Autor


Nos vemos nas notas finais.
Boa leitura.

Capítulo 32 - Epílogo


Capitulo XXXII: Epílogo

 

(...) Enquanto com minha mão direita eu descia o zíper demoradamente, deixei que minha mão esquerda estacionasse em seus quadris.

— Pronto. — Disse para ela.

Ainda de costas ela retirou o vestido e logo depois se virou para mim me fazendo admira-la de cima a baixo. Ela parecia se divertir com o jeito que eu a olhava, lhe desejando.

— Dorme comigo. — Pediu sem pudores.

— Com certeza. — Afirmei sem hesitar.

Aquela foi nossa primeira noite juntos, a primeira de muitas.

Adoraria dizer a vocês que nossa história é perfeita, como uma estrada sem curvas, mas não, não é bem assim. Já nos deparamos com algumas vírgulas e até algumas interrogações, mas nunca um ponto final. Eu disse a Temari que suportaria cada umas de suas falhas e as vezes preciso me esforçar bastante para cumprir com minhas palavras e acredito que o mesmo vale para ela a meu respeito. No entanto, se assim como nos filmes de ficção, eu tivesse a capacidade de voltar no tempo e fazer algo diferente, eu não mudaria nada no nosso relacionamento.

Porem essa uma oportunidade muito boa para ser desperdiçada, e eu a usaria para voltar alguns anos atrás, em algum momento antes de Mirai ter nascido, em algum momento antes de uma bijuudama atingir o QG das Forças Aliadas Shinobi onde meu pai estava. Eu gostaria de conversar com o velho Shikaku Nara, teria tantas coisas a dizer, mas em especial teria uma pergunta a fazer: Como ser um bom pai?

Fato é que já se passaram três anos dos eventos narrados nos capítulos anteriores e muita coisa aconteceu, tantas que eu poderia usar alguns acontecimentos como inspiração para continuar escrevendo, mas não irei fazer isso. Isso ficará a cargo da ‘juventude’ como diria Gai sensei, ou do ‘Rei’ de Konoha como gostava de dizer Sensei Asuma, ou como prefiro dizer, o meu pequeno príncipe. Por isso é melhor eu deixar algumas paginas em branco.

O que aconteceu ao tratado pelo qual eu quase dei minha vida? Ele finalmente foi assinado e já está produzindo resultados: Os países menores e as vilas e territórios independentes agora conseguem andar com suas próprias pernas sem a necessidade de se escorar numa das cinco grandes potencias ninja. Como resultado disso os pequenos conflitos se extinguiram enquanto o numero de novos pactos e alianças — benéficas até onde sei — estão se multiplicando. A quantidade de missões ninja caiu bastante e com a crescente construção de escolas de ensino secular, cada vez mais as crianças estão se dedicando a profissões digamos... menos perigosas.

É irônico ter trabalhado tanto durante todos esses anos visando um futuro melhor e mais otimista para as próximas gerações e agora que as coisas estão em movimento não ter certeza se estão no caminho certo. Enfim, dei o meu melhor.

O tratado serviu também para aliviar minha consciência e sanar uma dívida que eu não tinha a obrigação de contrair, mas que ainda assim fiz questão de assumi-la e agora de quita-la: A dívida com Agura e seu povo. Agora ele pode descansar em paz, finalmente conseguiu o que almejava, seu povo não é mais desprezado e agora vive de forma digna.

Em Konoha a vida segue pacifica como há muito não se via. Ainda moramos todos no mesmo edifício o que dá a sensação de estarmos todos pertos uns dos outros, o que na verdade é bem ilusório já que com a diminuição das missões cada um buscou um jeito diferente de ocupar seu tempo livre.

Shino, por exemplo está estudando cada vez mais no intuito de virar um bom professor, o que para mim é uma grande surpresa já que sempre o achei introspectivo demais, tímido demais para falar em publico. Hinata e Naruto se casaram há um ano e meio, numa cerimonia singela por opção, mas extremamente bela e aconchegante. Sabe, é estranho pensar que o moleque loiro e encrenqueiro com quem eu cresci junto é um homem casado. Mas a vida é assim né!?

Tenten se especializou ainda mais em armas e agora pratica caça esportiva juntamente com o Kiba. Gai sensei e Rock Lee abriram juntos um dojô e agora podem encontrar outros que como eles exalam o vigor da juventude. Apesar disso aos fins de semana ainda é possível vê-los plantando bananeiras pelas ruas de Konoha; eles adoram se desafiar.

Choji emagreceu e agora ostenta um cavanhaque que ele acredita o deixar mais másculo. Além disso, ele parecer ter encontrado a tampa de sua panela — se é que me entendam — lá pelos lados da aldeia da pedra. Ele passa tanto tempo lá que é quase um turista aqui.

Ino parece estar mais feliz do que nunca, sua mãe mantem sob controle o seu problema com o álcool e voltou a ser a tia Noriko que todos nós conhecemos e adoramos. Recentemente Ino começou a namorar com Sai, que agora também a ajuda na floricultura. Ela não sabe, mas às vezes ele me pede alguns conselhos.

— Queria fazer uma surpresa para Ino, mas não sei o que fazer ou que presente dar. O que você acha Shikamaru?

— Já pensou em flores? — Havia sugerido a ele.

— Será que é uma boa ideia? Ela está sempre cercada por elas.

— E nem por isso ela deixou de gostar delas, talvez tenha passado a aprecia-las ainda mais. Garanto a você que ninguém nunca pensou em dar flores a ela.

— É verdade!

— Dê flores, compre um bom vinho e a convide para jantar.

Alguns dias depois ela me contou que estava amando conhecer Sai. Que ele era tão romântico e adorava a surpreender. É obvio que eu não contei nada a ela, e espero que você que está lendo isso, se os conhecer também não diga nada.

Sakura finalmente conquistou seu Uchiha, apesar disso seu relacionamento é deveras complicado. Não digo que eles não se amem, não acho que é o motivo; mas Sasuke viaja muito e isso a deixa um pouco frustrada.

E por falar em Sasuke, o tempo mostrou que eu estava errado em julga-lo como incorrigível, e apesar de ainda achar que ele deveria ser punido pelas coisas que fez, reconheço que ele mudou, e está fazendo o seu melhor pela vila. Ele é uma espécie de porta voz de Konoha que resolve casos menos diplomáticos do que os que eu estou acostumado a lidar. Se o mundo ninja já o perdoou não serei eu a condená-lo.

Mas e eu? O que aconteceu comigo? O que aconteceu com Temari?

Não, eu não sou o Hokage, o posto continua com Kakashi. Astutamente os senhores feudais tornaram o assunto público para que eu me sentisse pressionado por meus amigos e meus familiares. Cheguei a me sentir tentado até o momento em que eles procuraram Temari. Eles queriam que ela me convencesse a aceitar. Aquilo foi a gota d’agua para mim. Já conversei com Kakashi e ele está de acordo comigo, quando ele deixar o cargo Naruto assumirá. Ele será tão bem aceito quanto eu seria, muito provavelmente até mais; e apesar dele não ter o menor conhecimento sobre politica e diplomacia eu estarei lá para ajuda-lo.

Devido à tranquilidade em Konoha e em todo o mundo ninja, eu agora trabalho bem menos e conforme prometi a meu Sensei pouco antes de sua morte, eu tenho cuidado Mirai. Obrigado Sensei, prevendo ou não, seu pedido foi na verdade um grande presente, tem sido um grande aprendizado.

Temari, como já era de se esperar, não conseguiu ficar em casa apenas assistindo novela enquanto me esperava chegar do trabalho como faria uma dona de casa. Tratou de conseguir um emprego: Escritório de publicidade de Konoha, mas especificamente no departamento de criação artística.

Ela estava um pouco relutante no início, acho que ela não valorizava o suficiente o seu dom; o que ela faz é algo tão pessoal que ela via apenas como um hobby. Propus a ela fazer uma experiência de um mês no escritório, caso não se adaptasse ela podia sair. Já se passaram quase dois anos e meio desde esse episódio...

Eu lancei meu livro, o intitulei Sombras de um passado, que embora não seja sobre mim, tem muito de mim nele. E para minha surpresa teve uma ótima recepção. Não se transformou em nenhum best-seller, na verdade, longe disso. Mas vendeu muito bem, tanto que já recebi incentivo de colegas escritores para que eu escreva mais. E escrever se tornou um hábito para mim, assim como o é jogar Shogi, e tudo fica melhor quando faço os dois ao mesmo tempo.

Nas nossas férias Temari e eu viajamos, no ano passado fomos a Europa, a Londres. É curioso ver que como todos ali conseguem manusear as diversas geringonças que eles criam, mas ninguém sabe como dominar seu chacra.

Num parque movimentado, o Soho Garden, Temari expunha seus quadros; num primeiro momento pensei em servir como chamariz, assim como os gamblers fazem no bom e velho monte de três cartas, mas percebi que sua obra era por si só atraente o bastante.

Enquanto Temari se realizava ali, atraído pela aparência aconchegante da cafeteria e por seu letreiro nada luminoso, mas que por algum motivo me chamou a atenção, fiz uma breve caminhada e fui até o Monmouth Coffe. Decidi experimentar uma daquelas xicaras cheias daquele liquido escuro e perfumado com uma bela espuma clara. Era tão bom que me senti obrigado a perguntar se era mesmo café que estava ali.

— Café feito com toque de amor. — Respondeu com um sorriso a senhora que me serviu.

Desconfio que o diferencial desse café não seja somente amor.

Quando voltei, ainda extasiado pelas inúmeras xicaras de café encontrei uma Temari ainda mais alegre. Uma mulher havia a convidado para expor seu trabalho num evento de arte para artistas promissores que seria realizado em seis meses numa galeria ali perto.

— Dá para acreditar aonde nós chegamos? — Disse tomada de alegria.

— Dá sim, mas eu acho que podemos chegar ainda mais longe.

Aquelas palavras nunca fizeram tanto sentido para mim como quando voltamos para o Japão. Na semana seguinte recebi a noticia que me fez refletir sobre tudo e me fez enxergar as coisas de uma forma diferente.

Depois de um longo dia de trabalho no escritório do Hokage, subi as escadas até o terceiro andar e ao abrir a porta me deparo com Temari me esperando.

— Que surpresa boa.

— Essa é só a primeiras delas. — Respondeu após me dar um beijo de boas vindas.

Tentei entrar em casa, mas fui impedido por Temari.

— Eu preparei uma surpresa pra gente e não quero que você veja até ter tomado banho, por isso vou vedar seus olhos e ter guiar até o chuveiro.

E assim ela o fez.

Já nu dentro do box, lembro-me de ter feito um convite sacana:

— Você não vem?

— Infelizmente não, tenho uns últimos detalhes a arrumar aqui na sala.

Tomei meu banho, vesti uma boa roupa e fui até o encontro de Temari na sala de jantar. Ela estava sentada a minha espera, o ambiente escuro, iluminado apenas por algumas velas. Na mesa dois pratos cobertos e duas taças: uma de vinho para mim e outra de água para ela.

— Um jantar romântico? Adorei a surpresa.

— Sente-se, vou te servir.

Enquanto ela me servia quis me certificar de que não estava me esquecendo de alguma data importante.

— Estamos comemorando exatamente o quê?

— A vida — Ela respondeu.

Não havia entendido bem o que ela queria dizer, mas seja o que for deveria ser muito bom já que merecia uma comemoração.

O jantar estava ótimo, era exatamente a mesma comida daquela noite no Social Rooster: Magret de pato ao molho de laranja. Após o jantar ela fez um convite surpreendente.

— Dança comigo?

Escolhi um disco dos Beatles que havia trazido da viagem e embalados pelo som de Somethings dançamos juntinhos.

— O quanto você me ama Shikamaru? — Sussurrou junto a minha orelha.

Apesar de um pouco assustado respondi sua pergunta:

— O suficiente pra fazer qualquer coisa por você.

— Errado. — Interrompemos a dança.

— Como assim errado?

— Você disse ‘você’, o suficiente para fazer qualquer coisa por você. — Frisou.

— Sim, disse.

— Deveria ter dito ‘vocês’. Agora você é responsável não por uma vida, mas por duas.

Ao perceber que minha ficha não havia caído e ver a confusão estampada no meu rosto, tomou minhas mãos pôs sobre sua barriga e disse:

— Você vai ser pai.

Ao ver meu sorriso sincero Temari não se aguentou de emoção, afinal ela não sabia como eu iria reagir.

— Obrigado Temari! — Disse lhe envolvendo no meu melhor abraço.

Isso foi há quatro meses e aqui estou, escrevendo sobre meu filho, de certa forma para imortalizar a sensação que senti. Se por algum acaso eu não me tornar um pai tão bom com as palavras ou tiver dificuldade de demonstrar meu sentimentos, deixo aqui registrado que já lhe amava antes mesmo de te conhecer.

Às vezes gosto de pensar em como meu velho reagiria ao descobrir que seria avô. Acho que ele me abraçaria e com um sorriso no rosto me daria os parabéns, ao menos é assim que eu gosto de imaginar.

Certa vez ele me disse que quando nascemos nossa vida é como uma grande tela em branco, e que com o tempo cada uma de nossas ações era um traço que preenche essa tela. Meu pai me orientou a fazer boas coisas, mas disse também para eu não me preocupar demais se eu me descuidasse e viesse a rabisca-la desajeitadamente.

  — Um traço mal feito é sempre um aprendizado para o próximo.

O senhor estava certo, mas eu gostaria de acrescentar algo: Quem se impressiona com a beleza de um bom quadro é o admirador, dificilmente o artista.

Hoje consigo ver quão bela foi a vida do meu pai, e porque não a de Asuma Sensei, de Neji e de outros que assim como eles se foram tão cedo, mas que deixaram um bonito legado.

Deixo aqui essa breve história como uma pequena contribuição, uma pequena parte de minha tela; e espero que, quer bem pintada quer não, possa ser valiosa para você.


Notas Finais


É com um misto de tristeza e alegria que encerro essa história.

Gostaria de agradecer muito a vocês, os 'de fé' que estiveram comigo nesses quase cinco meses, lendo e fazendo seus comentários, elogiando quando gostaram e criticando quando acharam que deveriam criticar.
Quero registrar também meu sincero obrigado a ßJooYeon que meu deu alguns conselhos que me ajudaram a corrigir algumas coisas, mas que sobretudo me animaram ainda mais.

Como já havia dito anteriormente, pretendo escrever algo na categoria Originais, mas não é algo imediato, no entanto se quiser ser notificado(a) basta clicar em me observar.

Shikamaru repetiu nesse ultimo capitulo algo que eu disse nas notas do primeiro: "Tem muito de mim nessa história". Talvez essa seja a frase mais verdadeira de toda a fic. Espero de coração que minha pequena contribuição possa ter lhe deixado alguma lição, ou ao menos algum sentimento.
Estou ciente que posso ter decepcionado alguns, e que é difícil agradar a todos, mas pra falar a verdade eu nunca quis isso. Enfim...

E pra você que leu até aqui, mas que por um motivo ou outro nunca se mostrou, essa é sua ultima chance de nos deixar saber o que você achou da historia. Como já disse em outras vezes, adoraria conhecer suas impressões, ouvir o que você teria feito diferente se fosse o autor(a), o que mais te agradou. Achou a historia coerente? Ou encontrou furos e situações forçadas?
Sei lá, apenas deixe um comentário relevante.

Quero dizer também que apesar da fic ter terminado eu não estarei totalmente ausente do Spirit. Continuarei entrando quase que diariamente para verificar notificações e procurar boas historias, então sinta-se a vontade para me adicionar como amigo e mandar mensagens, se quiserem é claro.
Pra finalizar, desejo tudo de bom a todos.
Um abraço.
Will


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