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História Uma nova vida - Surpreendidos


Escrita por: Vampira

Capítulo 30 - Surpreendidos


Fanfic / Fanfiction Uma nova vida - Surpreendidos

- Incrível vai ser ficar bem longe daquela caixa e do que quer que tenha nela – eu dei risada. Olhei o relógio e me espantei. – Acho que eu vou dormir. Para poder dirigir amanhã.

- Quer que eu te acorde amanhã?

- Me acorde no horário que for melhor.

Depois que me deitei e percebi que ele já estava longe, me levantei e comecei a olhar pela janela. Pensei se a Nikki estava realmente aqui perto ou se tinha mandado alguém me vigiar. Se ela tivesse mandado alguém, seria quase impossível de encontrar. Eu não conhecia os novos policiais e nunca fiz questão de conhecer. Quis me afastar da delegacia desde que as coisas desandaram com algumas investigações não tão investigativas assim. Voltei a me deitar e...

- Bom dia – o Castiel disse, eu não diria feliz.

- Bom dia – virei para o lado e dei risada. – Quer voltar à dormir?

- Temos que chegar lá a tempo.

- Ele pretende ficar quanto tempo lá?

- Um dia, no máximo.

Me levantei e arrumei as coisas. Quando fui colocar as coisas no carro, vi, sentado no outro lado da rua, um homem, aparentemente da minha idade, que não parecia estar olhando para nada em especial. Os cabelos dele eram castanhos, os olhos eram verdes, estava usando roupas comuns e, ao me ver olhando para ele, sorriu. Sorri de volta e o Castiel apareceu.

- Quer ajuda aí? – Ele perguntou.

- Já coloquei tudo lá dentro – fechei o porta-malas. – Ela vai se despedir de nós ou...?

- Ela não é muito de despedidas. Nos convidou para voltar, aliás.

Eu não pretendia fazer isso tão cedo.

- Claro que voltaremos. Um dia, voltaremos.

Depois que saímos com o carro, fiquei mais atenta, ainda olhando ao redor, para ver se eu dava de cara com a Nikki. O Castiel podia ter uma ideia melhor de onde ela podia estar e de onde ela estaria se escondendo, mas eu não podia contar nada à ele. O problema dela era só comigo, claro que o envolvia também, assim como aos Winchester, mas eu resolvi tomar o problema todo para mim. Não queria que eles se metessem em encrencas também.

- Cass...

- Fala.

- O Sam... Ele não gosta da Charlie. Gosta?

Ele sorriu.

- Pensei que ia brigar comigo – ele disse aliviado. – Não. E mesmo que ele gostasse, não ia dar em nada. – Fiquei confusa. – Ela tem namorado, Kath.

O alívio que veio junto com aquelas palavras me fez sorrir.

- Você não tem que se preocupar com nada. Só com o que ele se lembrar.

Minha alegria foi embora tão rápido quanto tinha vindo.

- Eu sei. Como será que ele vai reagir quando se lembrar de tudo mesmo, se é que já não se lembrou? – Foi aí que eu tive uma ideia. – Hein... Você podia perguntar para ele.

- Mas como?

- Falando – ele deu risada.

- “Ah, a Kath quer saber se você se lembra do que ela fez, aproveita e me fala se ainda odeia ela também” – ele disse.

- Não com essas palavras. Ele te contaria se ele se lembrasse, não contaria?

- Ele não me contaria tudo. Contaria tudo para o irmão dele.

Eu revirei os olhos.

- Mas o Dean é praticamente antissocial. E quer me ver bem longe. Não posso falar com ele.

- Então espere ele dizer mais alguma coisa.

- Sabe que essa é a pior parte, não é? A espera. – Respirei fundo. – Não conte nada disso à ele, ok?

- Não contarei. Uma hora ele vai perceber que te ama. – Ele fez uma pausa. – Posso... perguntar outra coisa? Não relacionada à isso?

- Fala.

- A Nikki... andou falando com ela?

- Não – eu respondi, temendo que ele descobrisse da minha mentira.

- Porque ela sumiu de vez. Ela não te ligou, não te disse nada?

- Não. Ela brigou comigo, porque... Pensou que eu estava gostando de você e do Sam.

Ele ficou mais confuso do que eu.

- Como assim?

- Dormimos na mesma cama aquele dia, se lembra? – Ele assentiu. – Por isso que ela foi embora. Disse que eu estava confiando demais em você.

- Ela... tinha alguma coisa contra mim?

- Ela... Queria que eu me afastasse dos Winchester, e como você é amigo deles... Ela queria que eu fugisse com ela. E largasse a investigação.

- E eu que pensei que ela valesse a pena.

Horas depois...

Eu já estava cansada e parei o carro.

- Já estamos na Flórida, Kath.

- Estamos? – respondi, grogue.

- Sim – pude ouvi-lo rir. – Deixa eu te levar para dormir em um hotel.

- Não precisa. Eu fico bem no carro.

- Claro. Está com tanto sono que pode até dormir no asfalto. – Ele me colocou no banco do carona. – Mas não vou te deixar dormindo aqui.

Sei que, depois disso, só percebi que eu estava em uma cama quando senti um travesseiro e uma coberta.

No dia seguinte...

Acordei e me virei. O Castiel estava deitado do meu lado, dormindo. Saí da cama sem fazer barulho. Fiz café para que eu acordasse e, quando voltei para o quarto, ele estava acordando.

Vi as mãos dele tateando o lugar que eu estava deitada e disse:

- Eu já levantei, Cass.

Zonzo, ele respondeu:

- Bom dia.

- Bom dia.

Depois que ele se arrumou, tomou café e disse:

- Vamos encontra-lo, então.

- Cass... Você contou alguma coisa para o Sam e o Dean da onde o pai deles está?

- Não. Eles apareceram? – Ele se assustou.

- Não, mas... Estou com medo de que a Charlie conte.

- Ela não vai contar. Sabe que não é bom deixa-los esperançosos.

Saímos e parávamos em cada depósito abandonado que aparecesse, e, acredite, eram muitos.

- Mas que tipo de depósito abandonado que você está procurando? – perguntei, vendo-o tatear as paredes.

- Qualquer um que tenha uma porta para algum outro lugar. Vem me ajudar.

Revirei os olhos, cada vez mais convicta de que isso era maluquice, muita maluquice para o meu gosto, quando eu senti a parede tremendo.

- Cass... – eu falei.

- Você achou! – ele exclamou, enquanto eu e ele olhávamos para um lugar maior ainda, sem luz alguma. Entramos lá com uma lanterna, mas, de repente, a lanterna se desligou sozinha, caiu da minha mão e eu caminhei em direção à inconsciência.

Continua...



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