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História Uma suposta facção de balé - Plié


Escrita por: ikus

Notas do Autor


Oi, bebês!!! (Aliás, sugestões pra como eu chamo vocês pela fic??? Bailarinozinhos?? Faccionários? kkkkkkkkkk me ajudem com opiniões!) Como vocês estão???

Aff, tava mto animada pra postar mais um capítulo, sério mesmo! Espero que gostem!

Não esquece do votinho e boa leitura!!
#EstrelandoOCoadjuvante

Capítulo 2 - Plié


No dia seguinte Jimin apareceu novamente na sala que Jungkook utilizava para dançar. Talvez as nuvens alaranjadas e rosas no céu ao entardecer fossem na verdade a natureza rendendo-se ao encanto do personagem principal e preparando o cenário para que ele sempre pudesse entrar triunfalmente com sua bela paleta de cores.

Jimin já tinha recuperado toda a pose que perdeu no final do dia anterior e caminhou, confiante, com as longas pernas pela sala até sentar-se na mesa do professor. Pausou o vídeo que ainda tocava no celular de Jungkook, apoiado lá também. Jungkook parou de dançar.

Pelo olhar reprovador do protagonista, Jungkook percebeu que provavelmente deveria ter parado de dançar antes, porém Jimin tinha um vídeo inteiro dele dançando para chantageá-lo e não tinha mais motivos tão urgentes para parar e esconder. Então continuou, porque tinha esforçado-se muito para aprender a sequência de passos e foi deliciosamente consumido pela própria dança. Talvez ele se perdesse até demais quando seu corpo entrava no embalo da melodia.

— Então esse vai ser nosso ponto de encontro? — Jungkook perguntou baixinho enquanto aproximava-se do outro, que o chamou num “vem cá” especialmente convincente devido à unha decorada de seu indicador.

— Parece ruim? — Jimin questionou seco enquanto levantava a sobrancelha. Daquela vez utilizava um cropped branco da Barbie e curiosos óculos de lentes cor-de-rosa. Seus olhos pequenos e ferinos de alguma forma pareciam ainda mais intensos. Ele deu um sorrisinho ameaçador. — Posso conversar com você antes da aula começar, na frente dos professores e dos outros alunos, prefere?

— Por que você está falando nesse tom de voz? — Jungkook não entendeu muito bem o perigo.

— Porque você é um idiota suicida, Jungkook — Jimin resmungou e levantou os óculos para massagear a ponte do nariz pequeno. — Ou está se fazendo de sonso? Vão achar que estou te contratando pra minha facção.

— Você tem uma facção mesmo? — perguntou impressionado.

— Será que eu tenho? — Jimin devolveu, parecendo pouco interessado em falar sobre aquilo. — O ponto de encontro será aqui, você já viria de qualquer jeito, não?

— Sim — Jungkook concordou com um suspiro chateado. O tempo que tinha sozinho para tentar dançar já parecia escasso e aquilo o encurtaria ainda mais. — E a missão?

— Pensei que não fosse perguntar nunca! — Jimin estalou a língua satisfeito. Abriu um espaço ao seu lado na antiga mesa do professor e tamborilou as unhas longas, indicando que Jungkook sentasse.

O bailarino realmente não queria perguntar, cada vez mais ansioso sobre o que seria dele com a tal missão, da qual não tinha nenhuma pista do teor. No dia anterior estava tão aliviado sobre poder fazer qualquer coisa para impedir que o vídeo fosse visto pelas pessoas erradas que não pensou muito sobre aquilo, mas agora imaginava como que teria tempo para realizar qualquer fosse a missão. Ela seria lícita? Teria a ver com a tal facção?

Derrotado, sentou-se ao lado de Jimin, como uma presa que aceita de bom grado seu destino, um rato entrando em uma ratoeira na qual nem ao menos havia queijo. Jimin sorriu, provocativo, colocando uma das mãos na coxa de Jungkook e inclinando seu corpo sobre o dele. Com a outra mão penteou os fios longos que tinham soltado-se do aperto do pequeno rabo de cavalo para trás da orelha, aproximando sua boca dela logo depois.

— Curioso? — Deu uma risadinha debochada. Jungkook apenas assentiu com a cabeça, tenso ao estar entre as garras de Jimin, dentro da bolha que, apesar de seu doce cheiro de morango, era ameaçadora. — Relaxe, não vou pedir muito de você… Só quero que você ganhe a competição de dança da cidade.

— O quê? — Jungkook arquejou com o pedido. Várias possibilidades sobre tal missão passaram-se por sua cabeça, mas nenhuma delas nem próximas de ter que dançar.

— Isso mesmo, gracinha, sorte a minha ter achado um dançarino, não sabia como resolver esse problema. — Guiou o queixo de Jungkook com seus dedos até que o jovem de aparência perdida o encarasse de volta. Jimin riu, a expressão do outro era muito divertida.

— P-Problema? — Jungkook balbuciou, confuso e nervoso.

— Sim, sim, problema. — Jimin resolveu dar um descanso a ele e soltou seu rosto, porém ainda era observado pelos olhos redondos arregalados. Os olhos de Jungkook realmente eram uma graça. — Conhece Jung Hoseok?

— Sim… Ele é do nosso ano, não é? — perguntou para confirmar. Jung Hoseok era o mais próximo do que poderia ser chamado de cara popular na Busan High. Era animado e gentil o suficiente para que algumas pessoas saíssem do torpor criado pelo colégio para serem amigas dele e para que fosse conhecido por pessoas de outras salas também.

— Exato. Ele está participando dessa competição de dança e quero garantir que não ganhe.

Jungkook ficou em silêncio e começou a sentir as palmas das mãos suarem de nervosismo. Competição de dança… definitivamente estava muito encrencado, muito mesmo. Sabia que estava longe de dançar bem o suficiente para sequer apresentar-se, competir era suicídio. Sem contar que para competir teria que mostrar seu rosto e… Ainda tinha o pior de tudo: e se perdesse?

— E se eu perder? — Jungkook perguntou, desviando o olhar e fitando o chão, nervoso.

— Eu vazo o vídeo, não era esse o combinado? — Jimin respondeu, parecendo bem humorado demais.

— Mas eu vou perder… Eu não sei dançar, nunca tive aulas, eu definitivamente vou perder, por favor, pensa em outra missão, por favor. — Despejou, tão angustiado que o sorrisinho de Jimin anuviou-se. — Pode ser mais de uma. Se quiser, pode me chantagear pelo resto da vida, mas eu não sou capaz de ganhar e esse vídeo…

— De fato, do jeito que você está agora, não vai conseguir ganhar — Jimin confirmou. Jungkook lhe encarou magoado; será que aquele garoto escolhera uma missão propositalmente impossível para ele falhar e ter seu vídeo vazado? Sentiu-se traído, porque apesar da situação péssima que já encontrava-se, esperava ao menos que Jimin fosse justo. — Hoseok faz aulas de dança desde criança.

— Se é assim, vaza o vídeo de uma vez! — choramingou. — Precisa mesmo pedir pra eu me humilhar antes disso? Pra eu dançar em público?

— Você não quer ser dançarino? — perguntou Jimin, um pouco impressionado com a ousadia de Jungkook em responder-lhe daquele jeito.

— Quero… — confessou. Arregalou os olhos quando aquilo saiu de sua boca, tampando-a. Nunca, nunca mesmo em sua vida tinha falado em alto e bom som que queria ser dançarino, nem para ele mesmo. Tinha medo de ficar mais envolvido e miserável ainda se falasse de verdade.

— Dançarinos dançam em público, você sabe, né? — Jimin cortou sem dó o fluxo de preocupações atuais de Jungkook, gerando outras. — Dançarinos deveriam gostar de ter plateia. Não estou te humilhando, estou pedindo para você subir no palco que você já deveria almejar. Você não vai conseguir se tornar um dançarino do jeito que você está agora.

Jungkook deixou a cabeça cair, derrotado. Enterrou o rosto nas mãos, tão assolado em ouvir de outra boca as verdades que carregava dentro do coração e que tentava ignorar, que nada mais fazia sentido. Jimin realmente era muito perigoso, conseguiu destruir tudo o que gostava com pouquíssimas palavras, preciso como um bisturi.

— Bem… Sobre ter vergonha de dançar em público, eu consigo resolver. Posso fazer com que não anunciem seu nome. Também consigo te vestir e te maquiar para que ninguém o reconheça. — Jimin comentou despretensiosamente depois de deixar Jungkook saborear a própria agonia por alguns minutos. Encarava suas unhas, refletindo que tinha que lixá-las um pouco. — Vou perguntar de novo, você quer dançar?

— Quero… — Jungkook só murmurou de volta, de novo.

— Ótimo, é tudo que eu preciso. — Jimin pulou para fora da mesa, espreguiçando-se levemente e atraindo o olhar de Jungkook. — Desse jeito que você está agora, realmente não dá para você ganhar do Hoseok, mas como eu sou o maior interessado nisso, vou dar um jeito de te fazer chegar lá. Queira dançar, é a única coisa que eu estou pedindo.

Caminhou, empertigado como sempre fazia, até a porta, deixando Jungkook atônito para trás. Apoiou-se no batente da porta, expondo um último sorrisinho vitorioso entre os lábios brilhosos de gloss.

— Até amanhã, Jungkook.

-x-

— Mãe, a senhora já fez balé, não fez? — Jimin perguntou enquanto ajudava a mulher a terminar de preparar o café da manhã. Foi fácil falar, todo confiante, que resolveria aquilo para Jungkook, porém nem sabia por onde começar. Balé definitivamente estava fora de seu repertório.

— Interessado em dança, filho? — Ela não pareceu surpresa. Foi pôr a mesa e gritou pelo nome do marido uma última vez. Como podia um homem daquela idade ser incapaz de acordar de manhã? Teria que cozinhar o jantar sozinho para compensar.

— Mais ou menos…

— Acho que você se daria bem, lembra um pouco kung fu. A postura, sequências… — A mulher começou a refletir, seu filho já era tão lindo lutando kung fu, dançando balé então… Jimin com certeza tiraria de letra e ela já estava completamente empolgada com a ideia. Só parou com seu fluxo de mãe babona para gritar o nome do marido novamente. — Bongcha! Desse jeito você não vai nem comer, acorda logo!

— Já acordei, Jina! Para de gritar! — O homem realmente apareceu, com o rosto ainda amassado de sono. Ao ver que o café já estava pronto, sentou-se em um canto da mesa e esperou o resto da família fazer o mesmo para comerem.

— Minnie quer fazer balé — Jina anunciou enquanto mastigava sua torrada.

— Que legal, filho! — Bongcha estava animado com a ideia, porém o tom de voz ainda soava pastoso.

Jimin abriu a boca para tentar explicar que não queria fazer balé, mas conhecia os pais e sabia que eles não iam desistir daquela ideia tão cedo. Ocupou então sua boca com cereal, resignado em esperar a empolgação deles passar depois de uns dias para finalmente explicar que não era ele que queria fazer balé.

Apesar de às vezes exagerarem, o apoio de seus pais sempre fora crucial. Se Jimin tinha coragem de vestir-se como queria, agir como queria e viver como queria, era graças a eles. E se ele sabia dar um soco em qualquer um que tentasse atrapalhar de qualquer forma sua liberdade de expressão, era graças a eles também, que acharam que seria de bom tom deixar que Jimin soubesse se defender ao perceberem que ele não era como as outras crianças.

Não que o tivessem encorajado a assumir tudo e lutar sempre contra todos, apenas queriam dar opções ao filho. E, de fato, Jimin passou uns bons três anos da sua vida reprimindo-se porque ir contra o fluxo parecia muito cansativo. Porém, ao perceber que sentia-se tão infeliz quanto antes e que além de infeliz, não estava sendo ele mesmo, voltou ao normal. Era consolador saber que pelo menos os pais estavam lá independente de como ele tentava lidar com seu dia a dia.

— Onde a senhora fazia aula, mãe? — Ainda estava resoluto em descobrir em como transformar Jungkook em um dançarino. Tinha que impedir Hoseok de ganhar aquele maldito concurso e sabia que aquilo seria dureza.

— Ah, em uma academia genérica que tinha perto da casa dos seus avós — ela explicou. — Não recomendo, é bem fraquinha. Pra mim tava bom porque eu não gostava de fazer balé.

— Isso explica por que te falta equilíbrio até hoje — Bongcha comentou calmamente entre os goles de café e engasgou levemente ao sentir sua esposa lhe chutar por debaixo da mesa.

— Enfim, filho, sei que tem uns lugares legais da prefeitura que dão aulas boas de graça. Confesso que eu não prestei atenção quando o pessoal lá do trabalho que também tem filhos tava comentando porque achei que você não ia se interessar, mas eu posso perguntar pra você.

— Pode deixar, mãe, vou pesquisar por conta própria também, pode ficar tranquila. — Jimin sorriu. — É muito difícil?

— É um saco… — ela suspirou com preguiça. A careta que fez foi tão caricata que Jimin caiu no riso antes de continuar seus questionamentos.

— Mas além de ser um saco, é muito difícil?

— Acho que depende. No sentido de fazer o básico acho que é ok, que nem qualquer outra coisa… mas ser bom e fazer tudo bonito é bem difícil mesmo.

— Ah, entendi… — Jimin suspirou fraquinho, parecia realmente ser desafiador. Esperava que as tardes que Jungkook tinha passado naquela sala servissem de algo. — Bem, vai ter que dar certo.

— Vai dar certo sim, amor! — Jina encorajou-lhe, dando um beijo em sua bochecha. — Ah, antes que eu me esqueça, uma amiga começou a vender umas bugigangas e achei umas que eram sua cara.

Jimin riu, “bugigangas” era o que ela disse, e não sabia se ficava ofendido ou não com aquilo. Mesmo assim, observou animado e ansioso a mulher levantar-se para ir até a bolsa perto da porta de entrada. Voltou com uma cartela de presilhas pequenininhas, cada uma com uma cor pastel diferente. Os olhos de Jimin brilharam.

— Que lindo!

A mulher riu, feliz que o filho tinha gostado, e aproveitou o momento para arrumar o cabelo dele, colocando algumas presilhas e garantindo que combinavam com as roupas que usava. Jimin sempre arrumava-se tanto que ela não tinha tantas chances de paparicá-lo assim, então não podia perder tal oportunidade.

— Ficou muito bonito mesmo, filho! — Bongcha também aprovou, já um pouco mais vivaz depois de tomar seu café.

Jimin sorriu, tocando com a ponta dos dedos as presilhas que sabia que a mãe tinha escolhido com tanto carinho. Terminou de comer conversando qualquer coisa com os pais e arrumou a mesa antes de ir para a aula.

E as aulas foram mais torturantes do que o normal. Como sentava no banco da frente, não podia pesquisar no celular sobre as aulas de balé, e não conseguia concentrar-se nas matérias porque sua cabeça só pensava naquilo. Sentia o olhar de Jungkook queimar sua nuca também, provavelmente carregando dúvidas sobre toda a certeza que mostrara no dia anterior.

No final das aulas, foi direto para o lado de fora esperar Taehyung já que felizmente era quarta, dia que o amigo saía mais cedo da aula e encontravam-se. Taehyung tinha uma infinidade de irmãos, não era possível que nenhum deles tenha sido colocado em aulas de balé. Ele deveria saber a resposta.

— Tá afim de aprender a dançar, Chim? — foi a primeira coisa que Taehyung perguntou.

— Por que todo mundo supõe que as aulas são pra mim? — Jimin suspirou exasperado.

— Porque você que tá perguntando, né, imbecil.

— Vai tomar no seu cu, caralho — xingou de volta e os dois caíram na risada. Grupos de alunos indo para casa observavam os dois com olhares atravessados, porém não era como se não estivessem acostumados.

— Se não é você que quer dançar… por que a pergunta?

— A resposta não depende disso, depende? — Jimin devolveu. — Tae, você tem oito irmãs, se você disser que nenhuma faz balé é mentira.

— Está supondo que meus irmãos homens não poderiam fazer balé também? Que decepção, esperava mais de você, Chim, seu machista opressor — falou em um tom incrivelmente sério, mesmo que fosse brincadeira.

— Você fala como se eu não conhecesse seus pais — Jimin bufou, cruzando os braços. — Só desembucha.

— Ah, fazer fazem. Três delas. Nenhum deles.

— E sabe onde é que elas fazem?

— Claro, quem você acha que leva e busca? — Taehyung resmungou, franzindo o nariz. — Tenho certeza que meus pais enfiaram a camisinha no cu só porque um filho ficar cuidando do outro é muito conveniente.

— Não quero saber da camisinha dos seus pais.

— E eu não quero saber sobre seu súbito interesse sobre um balé que você não quer dançar — retrucou, começando a caminhar para sua casa sem nenhuma hesitação, de braços cruzados.

— Grosso! — Jimin reclamou, dando uma pequena corrida para alcançar Taehyung.

— Você que começou.

— Eu posso, eu sou uma gracinha… — Jimin enlaçou o braço dele e pôs um biquinho nos lábios brilhosos, fazendo Taehyung revirar os olhos. Jimin sabia que o amigo queria rir daquilo, porém conseguia ser muito cabeça dura quando queria. — Onde já se viu ser grosso com um garoto delicado como eu?

— Dissimulado pra caralho… — Taehyung suspirou, porém continuou andando, Jimin colado nele como chiclete.

— Para onde estamos indo? — Jimin perguntou.

— Indo buscar minhas irmãs na escolinha pra levar elas pro balé, não era o que você queria?

— Te amo, Tae! — Jimin sorriu, animado. Taehyung apenas revirou os olhos novamente; o jeito de seu amigo definitivamente dava trabalho.

Como faltavam algumas horas para as irmãs de Taehyung serem liberadas da escolinha, ele e Jimin passaram em um fast-food no caminho para comprar uma casquinha de sorvete. Sentaram-se no meio fio para tomá-las, sempre observados pelas pessoas que transitavam por ali.

Jimin não tinha uma aparência muito comum para os padrões quase deprimentes de Busan, isso era fato, porém Taehyung não ficava para trás. Com olhos exageradamente marcados de lápis preto, um cabelo platinado até o branco e raspado, as sobrancelhas grossas riscadas, gargantilha de spike e longas roupas pretas e pesadas até no verão, Kim Taehyung tinha uma impressionante resistência ao calor e atraía sua parcela de olhares.

Era esperado que ele e Jimin fossem de mundos completamente diferentes, com estilos e tribos quase opostas, mas em uma cidade pacata como Busan eram unidos por uma singela semelhança: serem estranhos. E serem estranhos sozinhos, aparentemente. Sem outras opções, desfilavam pelas ruas daquele jeito mesmo, contrastantes e desarmoniosos, um rastro de escuridão sendo guiado na coleira por uma purpurina ambulante.

— Até quando a gente tem que esperar? — Jimin perguntou assim que o sorvete parou de ocupar sua boca.

— Hm… — Taehyung pegou seu celular para olhar o horário e Jimin torceu o nariz para o wallpaper que utilizava. Um desenho de gato pelado versão satânica não era bem o que chamaria de fofo, apesar de gostar de gatinhos. — Mais duas horas.

— Caralho! Isso tudo?

— Sim.

— Nem pra me avisar, porra!

— Como se você tivesse coisa melhor pra fazer — Taehyung retrucou indiferente, como se já estivesse cansado da ladainha do Jimin. — Se não quer saber do balé é só meter o pé.

— Você é o demônio, Tae — reclamou, mesmo que soubesse que ele mesmo era o demônio implicante entre os dois. Taehyung, já acostumado, só continuou observando o fluxo parco dos carros e pessoas na rua. O sol castigante foi momentaneamente coberto por uma nuvem e ele suspirou aliviado. — Isso me lembra de uma coisa.

— Hm.

— São de graça essas aulas?

— O que você acha? Da onde meus pais tirariam dinheiro para bancar aula de balé pra três remelentas?

— Certo, certo. — Jimin abanou a mão, indicando que tinha entendido. De fato, perguntou mais por desencargo de consciência. A família do Taehyung era especialista em farejar atividades gratuitas. Primeiro porque não tinham dinheiro para bancar tudo para aquele tanto de filho, segundo porque achar algo para mandar as crianças fazerem era quase necessidade já que ninguém aguentaria doze pestes entediadas dentro de casa. Os irmãos Kim eram crianças do mundo, se fosse necessário elencar um eufemismo para descrevê-los. — Então me avisa quando faltar uns trinta minutos pro horário de ir buscar elas então.

— Por quê?

— Tenho que buscar alguém também.

 


Notas Finais


E aí, esperavam essa missão? Aff, amo a dinâmica desses jikook, sou boba demais pelos meus filhos!

Espero muito que tenham gostado! Estão gostando de conhecer mais os personagens? Teve o Tae e os pais do Jimin dessa vez tbm! O que acharam dos piticos?

Qual foi sua cena favorita? A minha são os vmin se bicando mesmo kkkkkk é meu mood purinho!

Muito muito obrigada pra quem lê! De verdade! Se quiserem surtar comigo tô no @callmeikus no twitter e olhando e postando spoilers na sexta que n tem att na #EstrelandoOCoadjuvante
Beijinhos de luz e até 12/02!!


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