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História Unbelievable - Homem ou Menino?


Escrita por: aliciarsoares

Capítulo 114 - Homem ou Menino?


Já no quarto, ele me soltou e disse:

- O que pensa que está fazendo?

- Eu apenas chamei seu irmão para almoçar conosco, ninguém merece enfrentar um miojo a essas horas. E o quê que tem?

- Ora... O quê que tem... eu já tenho que conviver com esse traste aqui dentro de casa e agora fora também? E na hora do almoço ainda por cima? Fala sério Mary.

- Você fala isso como se seu irmão fosse o cap***, ele não é assim...

- Você que não o conhece direito ainda. E por que você tinha que convidá-lo? Tá interessada nele? Sei que você tem fetiche por homens que usam terno...

- E por que você tinha que convidar a Samantha? Tá interessado nela? Sei que você tem fetiche por novinhas loiras...

- Engraçadinha, eu só a convidei porque você foi muito mal educada com ela hoje.

- E eu só o convidei porque você sempre é mal educado e arrogante com ele. Fala sério, ele te provoca e você corresponde, é claro que ele não vai parar. Você tem que saber enfrentar, afinal, você conhece seu irmão tem 21 anos e sabe todas os argumentos que ele usa pra te irritar.

- Tá, que seja.

- Tá, que seja? Não tem argumentos Rafael? Porque sabe que tá errado. Sabe que dia é hoje? Completamos 1 mês de namoro, um mês que tem sido ótimo pra mim, tirando algumas desavenças como essa, por isso almoçaríamos no Spire, mas não, você tinha que chamar a Saman...

Rafael me interrompeu, me agarrou e me beijou vorazmente, de maneira impossível de me retirar daquilo, maldito, eu tentava bancar a durona e com ele eu não conseguia, meu coração amolecia perto dele, e era impossível rejeitá-lo. E ele ainda disse:

- Não vou te trocar por ninguém, nunca – e continuou me beijando.

- Oh... Tá bom – e o mordi – Vamos que Samantha e Gabriel estão nos esperando.

Rafael segurou minha mão esquerda e saímos do quarto.

Quando fomos em direção a sala, Samantha e Gabriel estavam conversando sem parar, e baixinho para que não ouvíssemos o que eles estavam falando. Bem que eles poderiam se conhecer melhor, não acharia ruim se Samantha desistisse de Rafael para ficar com seu irmão.

- Vamos então galera? – eu disse.

- Bora! – disse Gabriel.

Então nós descemos e fomos em direção ao Spire. Assim que chegamos, sentamos eu do lado de Rafael, e Gabriel do lado de Samantha. Até que estávamos indo bem, mas Gabriel, que não gosta de perder uma piada, além de ser flamenguista, começou a zoar Rafael.

- E seu time, Rafa, frequentando muito os tribunais?

Rafael apelou completamente sem motivo, para o lado pessoal.

- E seu pai, frequentando muito a cadeia? Ah é esqueci, político no Brasil não é preso.

Gabriel riu de maneira debochada, ele sabia contornar as situações criadas pelo irmão, já Rafael não, e disse:

- Ele também é seu pai, esqueceu? Ah e a Laura te mandou um beijinho.

Rafael ficou calado, de raiva, e mal se sabe por que Samantha se intrometeu no meio para defender o Rafa. Fala sério, ele que tava errado de apelar para o que Gabriel falava.

- Ai Samantha, menos, o Rafa que não sabe brincar, nem tem motivo pra meter família no meio, depois fica querendo dar uma de chorão.

E aí que Rafael ficou com raiva, de mim, e saiu da mesa e foi em direção a área externa do restaurante. Eu estressava com aquilo, tudo que acontecia Rafael se ofendia, ficava com raivinha, isso era um saco para ser sincera. Samantha foi atrás dele, e ainda dizia isso “Francamente hein, não precisava falar assim com ele. Vocês se merecem”. E quer saber? Que ele fizesse o que bem entendesse, algumas atitudes de criança dele me irritavam mais do que uma vitória do Manchester United.

Coloquei as mãos na minha testa e fechei meus olhos por 5 segundos. Abri-os e quando percebi, Gabriel tinha passado para a cadeira onde estava Samantha, ficando assim de frente pra mim. Colocou uma de suas mãos em minha coxa e outra no meu rosto, e olhando nos meus olhos perguntou:

- Será que você não precisa de um homem ao invés de um menininho não?

Fiquei arrepiada com aquela mão áspera em minha coxa, e com aqueles lindos olhos verdes fixos aos meus, Gabriel era realmente um cara super maduro, e aquilo muitas vezes me atraía, sem contar com aquele terno da Calvin Klein em seu corpo, e com um gravata vermelha...

O pior de tudo é que eu teria tido a loucura de ter colocado minhas mãos em seu rosto e teria beijado Gabriel, isso se eu não tivesse tido meu momento de epifania, e se eu não tivesse avistado Rafael vindo buscar sua chave do carro que estava em cima da mesa.

Tirei a mão dele da minha coxa, e tentei falar algo com Rafa, que apenas virou as costas e foi embora. O pior de tudo? Samantha havia ido com ele. Maldita.

Meu olhar se encontrou novamente com o de Gabriel, e eu me sentia péssima com aquilo, e completamente atraída, é claro que eu precisava ir embora. Me levantei, até que ele segurou meu braço, me dizendo pra eu não ir.

- Me solta, Gabriel.

- Por que se esquiva tanto de algo tão óbvio como nós dois juntos?

- Eu amo seu irmão, cara.

- Será? Será mesmo?

Fiquei muda por um tempo, e depois disse:

- Sim, mesmo.

E fui embora, com o maior desejo de ficar lá com Gabriel. Por que ele me atraía de uma maneira tão selvagem? E por que eu não conseguia a resistir àqueles encantos, cantadas e toques? Minha vontade era de estar entre aqueles braços e beijá-lo, mas como eu poderia desejar aquilo? Ele era nada mais nada menos que irmão do meu namorado, isso era errado, eu desejava outro, isso era muito errado.

Meu dia estava péssimo, eu achava que não poderia piorar. Mas podia. Dar de cara com meu ex namorado nas ruas de Liverpool. Como eu poderia me esquecer que os blues estariam na cidade? Vai saber. Não tive tempo nem de me esquivar.

- Mary! Minha linda. – e correu para me abraçar e me beijar.

- Oh... Olá Fer.

- Como vão as coisas? Ansiosa pro jogo de amanhã?

- Um pouquinho, acabei de brigar feio com o Rafael.

- Normal isso, o que foi dessa vez? Mais uma briguinha boba e infantil?

- Por aí...

- Realmente, você precisa de um homem na sua vida.

- Já é a segunda pessoa que me diz isso – e ri.

- E você ainda permanece cega com esse namoro?       

- Eu sei que vale a pena.

- Se você acha né, Maryzinha – riu sem graça – vamos tomar um sorvete?

- Ah... Pode ser.

Então fomos até o Gelatto, e tomamos um sorvete, conversando, sobre as crianças, sobre a final de amanhã... E é claro que percebi vários paparazzis no local, achando que iríamos reatar nosso namoro, mas com certeza não! Só estava conversando porque não queria ser arrogante, como ele sempre fora comigo.

Depois disso, me despedi de Fer e fui embora, afinal, tinha que arrumar minhas coisas e partir para a concentração. É claro que ele tentou roubar um selinho de mim, virando o rosto quando fui dar um beijo inocente em sua bochecha, mas eu já sabia de sua tentativa.

Então fui pra casa, arrumei todas as minhas coisas e tentei ligar para Rafa. Nada dele atender. Liguei para Samantha também, e ela recusava as minhas ligações, estava preocupada com aquilo, mas já estava na hora do treino e eu tinha que chegar na hora. O último treino antes daquela final emocionante que aconteceria no dia seguinte.

Fui em direção ao Centro de Treinamento, e Rafa não estava lá, apenas chegou em cima da hora, ainda com a roupa que estava no almoço e com aqueles cabelos loiros lindos descabelados. Eu imaginava o pior, ele estava com Samantha, poderia ter acontecido algo. Ou não, mas acredito na primeira opção.

Brendan deu uma pequena bronca, e mandou Rafael colocar o uniforme rapidamente para iniciarmos o último treino. Não ocorreu nada demais, até porque não poderíamos forçar os jogadores e correr o risco de haver lesões antes da final. Fizemos um treino de finalização, cobrança de pênaltis e jogada de bola parada ensaiada. Depois disso liberamos os jogadores para os quartos para se concentrarem.

Depois do treino, tentei conversar com Rafa, e nada. Perguntei pra Phillipe se ele tinha contado algo para ele, e ele disse que estava chateado com o que acontecera no almoço e nos sites de fofoca (eu e Fernando juntos). Ai ai, era só essa que me faltava! Rafinha quando ficava com raiva e chateado, era difícil contornar bem a situação.

Então fui para o meu quarto, não adiantaria em nada tentar convencê-lo de algo. Pelo menos não agora, eu tinha que pensar uma maneira para isso.

Tomei um banho, coloquei a minha roupa, passei um pouco do perfume que Rafa adora e saí para dar uma volta pelo CT antes do jantar. A noite estava linda, e o clima também ajudava. Até que avistei Rafael, sentado na grama do campo 5, pensativo. Não sei como o vi, porque estava bem escuro. Minha vontade era de ir atrás dele, tentar conversar com ele, mas sei que não adiantaria.

Tentei.

- Rafa?                                                                                                                                  

- Ai Mary, me deixa.

- Te deixo nada, onde já se viu isso?

- Onde já se viu você trocar um homem por um menininho?

- A partir do momento que eu deixo a razão de lado e deixo a emoção falar mais alto. Vem cá. – o puxei e o beijei de maneira romântica, mas após segundos que ele passou a me acompanhar.

Mas de repente, ele muda o contexto da história, aquele lado romântico se transforma em um lado selvagem, e me deitou no chão, deitando também.

Me pegou de supetão, e começou a me beijar vorazmente, quando tirou a minha calça e minha calcinha de renda, bateu no meu bumbum, e sussurrou no meu ouvido:

- Também sei ser homem, tá? – e senti uma forte pressão no meu bumbum.

- Ohhh, sei que sim. – e mordi os lábios – continue...

Até que ouvi barulhos ao redor do campo.



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