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História Unbelievable - Trégua?


Escrita por: aliciarsoares

Capítulo 116 - Trégua?


Fui com a cara e a coragem para perto de Fer, que me abraçou bem forte, era raro os abraços de Fernando serem calorosos a esse extremo, por que dessa maneira?

- Mary, eu queria te desculpar mais uma vez por tudo que eu fiz contigo, sei que foi extremamente errado, e na época eu não me dei conta disso, só fui perceber a partir do momento que passei a sentir sua falta, nem que fosse pra brigar comigo por causa das minhas besteiras. Me perdoa?

- Poxa Fer, eu já te perdoei, ou não? Relaxa, eu não trago comigo nenhuma mágoa sobre o acontecido, doeu muito, mas já passou. E é bola pra frente agora. Eu tô feliz, você tá feliz, e é o que importa, mesmo que não seja um com o outro. Não é?

- Ahm... É. – disse um pouco indiferente.

- O que te atormenta? Fala pra mim.

- Eu acho que eu vou voltar pra Espanha.

- Por que Fer? Eu te conheço, e sei que você não quer sair de Londres.

- Ah não sei, o Chelsea não é pra mim, já cheguei a essa conclusão, e a diretoria está quase fechando um contrato com o Rafa. Já era, Mary, eu desisto, por isso eu tinha que te pedir desculpas, não conseguiria ir embora sem fazê-lo.

- PODE PARAR POR AÍ! Sei que sou sua adversária da noite mas isso não tá certo, cadê a confiança? Fernando, você é fantástico, se não fosse pode ter certeza que eu não teria namorado contigo, só falta confiar que você pode, você não é qualquer um nessa história do futebol, tem estrela, mas pra que ela brilhe só depende de você. – e dei um beijo na sua testa.

- Ai Mary, obrigado mesmo, eu precisava desse seu incentivo – e me abraçou bem forte novamente – eu sinto sua falta, acho que já disse isso – e riu.

- Sim, já disse, mas sabe onde me procurar né, você tem todos os meus telefones de contato, e o endereço da minha casa e do meu trabalho. Então fica ativo – ri – agora deixe-me voltar pro vestiário, bom jogo Fer.

- Pra você também Mary. – Beautiful Jane, disse baixinho.

Retornei ao vestiário e Rafael estava em seu momento de oração como sempre, o esperei naquele momento e depois o chamei para que ele fosse para o túnel. Dei um abraço e um beijo de boa sorte para ele e fui em direção ao campo junto com os reservas e Brendan.

Sentei no banco e pedi a Deus para que desse tudo certo. Os jogadores entraram, cantaram o hino e depois se posicionaram para o início do jogo.

Até que o árbitro apitou. Início de mais um derby Chelsea x Liverpool.

Liverpool colocando pressão no início da partida, com direito a belos toques por parte do meio campo, a atmosfera era diferente, o título parecia estar tão perto, e uma decisão contra um rival sempre era tão emocionante. A torcida ovacionava os jogadores, cantavam You Never Walk Alone quase aos berros, e é claro que isso empolgava os reds dentro de campo.

Não demorou muito para o primeiro susto ao Petr Cech, Steven Gerrard tocou na lateral para Rafael, que ganha do Ivanovic na velocidade e mesmo sem ângulo chuta bem forte. Por pouco não havia sido gol, a bola batera no travessão e saiu para a linha de fundo.

O Chelsea então aproveitou o tiro de meta para tentar ir para o ataque. Eden Hazard driblou três dos reds e esperou o momento perfeito em que Fernando estava livre para receber o passe, contudo que perdeu a bola em seguida para Daniel Agger, que lançou rapidamente para Phillipe Coutinho, que desviou de Matic e Ramires, deixando Rafael e Sterling cara a cara com John Terry e Cahill. Sterling consegue tirar Terry da jogada e passa pra Rafa, que para na frente de Cahill e com um toque magnífico de fora da área faz um gol de cobertura.

Yes! Estávamos ganhando, com 20 minutos de jogo, era ótimo, e a torcida se animava bastante com isso, mesmo com o jogo ter passado a estar morno.

Porém aos 44 minutos de jogo, Hazard puxa um contra-ataque genial e abre para Fernando Torres que na arrancada tirou Skrtel e consegue marcar. Ele ficou feliz e comemorou bastante, além de ter feito um sinal para mim. Muitos acharam que era provocação, mas eu sabia o que era, apenas eu sabia o que significava aquilo.

Com o jogo empatado, e o término do primeiro tempo, os times foram para o vestiário e Brendan deu aquela bronca tradicional e com razão de terem deixando o Chelsea empatar o jogo no finalzinho do primeiro tempo.

Os times voltam para o campo e o segundo tempo começa. Aos cinco minutos, Rafael faz um falta em Fernando bem na minha frente, e diz brincando “Só para não perder o costume”, e Fernando rindo junto, como eram bom ver os dois se dando bem.

Cinco minutos depois, Oscar recebe na intermediária, desvia do Lucas Leiva e abre para o Willian cruzar. A bola chega no Nando, que cabeceia na trave, e que ainda ganha direito ao rebote, conseguindo assim marcar o gol da virada.

Anfield ficara em silêncio por instantes, nem os reds, nem os blues falaram nada por segundos, Rafa olhou para a Mary e para Brendan com aquele olhar de força, e com aquele pensamento “Eu dou conta do recado”. A torcida do Chelsea começou a ovacionar Fer, o título parecia estar cada vez mais perto, a única barreira entre o time e o troféu eram 35 minutos de jogo.

Então Rafa começou a agir. Na saída da bola, ele colocou o corpo na frente do do Terry e pede o lançamento de Agger, que lança e ele domina no peito, abrindo pro Sterling, que cruza pro Steven na entrada da área, que pega mal na bola e Rafa fica com o rebote. Teria sido gol, se John Terry não tivesse agarrado Rafa. Pelo menos o árbitro concedeu sua expulsão e pênalti para os reds. Rafinha estava tão revoltado com o que John Terry tinha feito que nem cedeu a bola para o cobrador oficial, e bateu forte no canto.

O empate, o bendito empate que precisávamos, agora era só virar o jogo, com um jogador a mais então era fichinha. Enquanto o Chelsea teve que substituir um dos meias para a entrada de um zagueiro, Brendan tira o Lucas Leiva, volta o Steven Gerrard para sua posição inicial, juntamente com o Allen, e coloca o Suarez no sacrifício, deixando o time completamente aberto com Courinho e Sterling, Rafa e Suarez. Era agora ou nunca, 8 ou 80!

Aos 25, finalmente a virada. Phillipe Coutinho recebe na lateral e cruza pra Rafa que a recebe e faz um belíssimo gol de voleio. Era o meu gol favorito entre todos, adorava gols de voleio, não sei por que.

A torcida estava linda, adorava ver a torcida red feliz, era aquele tipo de torcida que dava gosto de ouvir, de ver e eles sairiam muito mais felizes daquele estádio, com o título conquistado.

Brendan armou o time para segurar bem o jogo, bem centralizado nos contra-ataques pelas laterais, temendo que os blues fizessem o gol de empate.

Não mais. Matic fez uma falta em Coutinho na área, que cedeu a bola ao Steven Gerrard, afinal, este com certeza merecia um gol neste jogo, no jogo decisivo da conquista de sua primeira Liga Inglesa, que após o gol abraçou todos os jogadores em um abraço coletivo.

Dava gosto de ver, pela primeira vez eu me emocionara com a conquista de um título, e eu estava muito feliz, já doida para que aquele jogo acabasse, e pudéssemos comemorar.

Faltava pouco... E Rafa e Phillipe contra-atacavam só para impedir um futuro empate do Chelsea. Pela primeira vez desde que comecei a trabalhar no mundo do futebol, havia sido o derby mais tranquilo que havia participado, tirando a expulsão de Terry, não ocorreram muitas confusões ou tretas.

Até que finalmente, o apito final. Liverpool 4x2 Chelsea. Quem diria! O Liverpool que no início do campeonato estava em posições baixas, e que só no final conseguiu alcançar as primeiras posições... Quem diria que os reds venceriam essa Liga Inglesa? Ninguém! Nem mesmo os jogadores esperavam por isso. Havia sido uma surpresa, e resultado de muito trabalho duro, todos mereciam os parabéns, e tinham mérito. Merecíamos comemorar!

Enquanto eu estava abraçando os jogadores que estavam no banco, e conversando com o Brendan também, os familiares dos jogadores invadiram o campo, e assim que eu fui procurar Rafael para parabeniza-lo, ele já estava aos abraços com Samantha. Primeiramente ele fez uma cara de assustado quando ela correu para abraçá-lo, mas depois olhou para ela da mesma maneira que olhou para mim quando nos vimos pela primeira vez.



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