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História Unbelievable - Tentativa de reconciliação.


Escrita por: aliciarsoares

Capítulo 124 - Tentativa de reconciliação.


Ou não né? Fui dormir naquele dia um pouco esperançosa de que eu e Rafael voltaríamos, porém todas as minhas esperanças morreram no treino seguinte, quando tratei Rafael de maneira brincalhona e ele me tratou de maneira bem ignorante. Dessa vez eu não aguentei.

- 700 abdominais e 500 flexões, AGORA!

- Tá maluca?

- Não estou não, fala o que quer, faz o que não quer. Eu que tô no comando.

- Isso é abuso de poder.

- Vai fazer o que? Vai reclamar com os dirigentes? Vá em frente, não temo isso.

- Rum... Não vou.

- Então faz os exercícios logo porque eles não serão feitos sozinhos.

- Tirana!

- Gostoso! – e ri ironicamente.

Enquanto ele fazia aqueles exercícios, eu ajudava Felipão com os treinos de finalização, quando ele perguntou sobre Rafa.

- Ah, eu o deixei fazendo uns abdominais e umas flexões, vai ser bom pra ele.

- Olha Mary, eu queria que você fosse bem profissional, eu sei que vocês dois estão em crise, mas passar treino pesado pro Rafa é sacanagem. Sei que todo treino é bom, mas ele não pode cansar muito, mesmo que o jogo de abertura seja daqui a uma semana.

- Tudo bem Felipão, eu sei que errei, mas a pressão tá muito forte pro meu lado, só meia dúzia de jogadores que não implicam comigo.

- Você dá conta disso, você tem uma personalidade fantástica, e muito forte, só quem tem isso mandaria o ex fazer 700 abdominais e 500 flexões – e riu – agora vá e chame o Rafa para o coletivo.

- Fechou! Com licença.

Saí de perto e fui em direção aonde estava Rafael, quase morrendo com os abdominais e suspirando de maneira envolvente. Era bom colocar aqueles gominhos para exercitar, mas eu não podia fazer nada com eles. Ele parou, e o chamei para o coletivo. Nós fomos e ele entrou em um dos times mistos. Permanecia sem conversar comigo, e me deixava irada.

Finalizamos o treino e os jogadores foram para o chuveiro, enquanto eu conversava com a comissão sobre o coletivo de hoje. Todos os jogadores muito bem elogiados, inclusive falaram extremamente bem sobre Rafa, fiquei muito feliz por ele, mas ele nunca saberia disso.

Fomos almoçar, e depois assistimos a uma palestra do Ronaldo Fenômeno antes do treino da tarde, serviu para clarear as nossas mentes e acreditar que era possível a conquista do título.

Então fomos para o treino da tarde. Felipão me deixou no comando para a escolha dos exercícios, e eu decidi fazer algo que sempre fiz nos meus treinos com Fernando, colocar alvos em diversos locais do gol para que os jogadores chutassem. David Luiz e Oscar já conheciam isso de meus treinos, e adoraram a ideia de levar aquela modalidade pra seleção também.

Foi um dos treinos mais produtivos até agora, e Felipão me elogiara bastante após o mesmo. Fiquei feliz com os elogios, e fui para o meu quarto tomar meu banho e descansar antes do jantar. Deitada na cama, decidi dar uma olhada no instagram, e vi várias fotos legais, das férias de Fernando, das mães dos jogadores brasileiros, e vi uma foto do Gabriel, com a seguinte legenda: “Bora pro Brasil! Fazer uma baguncinha nas férias nunca é demais”. Não entendi o que significava aquele termo “baguncinha”, mas acredito que não era nada demais.

Me arrumei e desci para a sala de convivência, quando notei uma rodinha de jogadores conversando sobre alguma besteira, e em certo momento consegui escutar algo que Rafa dissera:

- É claro que eu já esqueci a Mary, vocês ainda acham que não?

Com certeza não! Não era possível que ele havia me esquecido, ah não era mesmo, aquilo me incomodava, porque ele tinha que ter dito aquilo perto dos amigos? Eu precisava da verdade, isso sim.

Eles começaram a rir em seguida, alguns olhando pra mim e outros nem notando a minha presença por perto, e então eu fui e decidi jantar mais cedo, quando David Luiz que não estava presente na rodinha me acompanhou até o salão, e jantou comigo.

- Quê que aconteceu com o Rafa pra você estar com essa cara? – ele disse, pegando para mim e para ele os pratos de macarronada.

- Ai geezer, ele falando perto dos amigos que já me esqueceu, eu não consigo aceitar isso, não consigo.

- Como se ele tivesse te esquecido né, você sabe que não, ele só tá falando isso porque o que você fez com ele não tem perdão né...

- O pior de tudo é ser tachada de algo que eu não fiz, isso tá me deixando desconfortável, e eu odeio isso, mais do que qualquer coisa nessa vida.

- Calma que vai dar certo no final... Sei que vocês não conseguem ficar longe um do outro. Ei, que tal você tentar algo com ele hoje? Eu arrumo as chaves do quarto dele pra você.

- Você faria isso por mim, David?

- É mole! Como se eu não tivesse a chave-mestra desse lugar né? Geezer é geezer. – e a tirou do bolso, me entregando.

- E eu amo muito esse geezer! – e o abracei bem forte.

Terminamos de jantar, quando os outros jogadores entraram para suas refeições. David piscou pra mim, e eu fui em direção ao corredor onde o quarto de Rafa se localizava. Aproveitei que não tinha ninguém olhando, abri a porta e entrei no quarto dele.

Entrei no banheiro e tirei minhas roupas, ficando apenas de calcinha e sutiã, eu estava me sentindo um pouco vagabunda por tentar me reconciliar com Rafael dessa maneira, mas não custava tentar, já que do outro jeito não havia resolvido.

Fiquei esperando até que ele chegasse. Quando escutei o barulho da porta, eu me preparei, e assim que ele entrou no banheiro eu pulei em seu colo:

- Tem certeza que me esqueceu, Rafa? – disse, beijando o seu pescoço.

Ele me segurou forte, me prensou na parede e começou a me beijar vorazmente, passando as mãos por todas as partes do meu corpo, e centralizou no meu bumbum, que era aonde ele estava segurando para que eu não caísse. Eu sussurrava coisas naquele ouvidinho, enquanto ele beijava meu pescoço, até que ele me segurou forte e me carregou até a cama, me jogando nela. Quando me aproximei para tirar aquela camisa e aquela bermuda, ele voltou atrás.

- Não acredito que fui tão fraco pra resistir a você. Que idiota que eu sou. Sai daqui.

- Rafa? Por que?

- Eu não quero mais me relacionar com você, você me trocou, pelo cara mais canalha da face da terra.

- Eu tô aqui atrás de você, e não dele, até porque ele me agarrou a força sem que eu conseguisse sair.

- Ah tá, sei, não quero saber, e não quero ouvir suas desculpas, já basta ter que ouvir seus comandos todos os dias nos treinos. Por favor Mary, coloque suas roupas e saia do meu quarto.

- Tá Rafa, eu não te atormento mais, desisto de provar a minha inocência, e de provar o meu amor por você. Faz o que você quiser, só não arrepende depois. – Coloquei minhas roupas rapidamente e saí do quarto.

Dessa vez eu havia desistido, não tinha mais o que fazer, ele não acreditaria no que eu dissera, não acreditaria na verdade, e eu tinha que aceitar o fato de eu ficar com o meu nome manchado por causa daqueles dois vagabundos. Todavia, eu tinha que seguir em frente, e superar os erros do passado.

Fui dormir, e dormi até tarde, porque eu recebera uma folga, apenas Felipão e Parreira conversariam com os jogadores durante o dia todo, e pela noite eu evitei ao máximo que alguém me visse. Parece que funcionou. Foi um dia monótono pra mim, mas foi bom porque tive um pouco de sossego e pude descansar e tentar esquecer tudo de ruim que acontecera comigo nos últimos dias.

Acordei no dia seguinte, mais cedo do que todos, e decidi dar uma caminhada pela Granja, eu estava um pouquinho fora de forma, precisava reverter essa situação. Corri alguns km, e voltei para o quarto para tomar um banho bem revigorante, pelo menos tinha feito algo produtivo naquela manhã. Me arrumei e desci para o salão para tomar o café da manhã. Encontrei-me com Júlio César e Alexandre Pato.

- Bom dia meninos – e os beijei na bochecha.

- Bom dia Mary, você sumiu por ontem... Aconteceu alguma coisa? – perguntou Alexandre.

- Sumi sim, precisava dar uma revigorada – e ri – agora eu acho que estou melhor.

- Dá para ver no seu sorriso – disse Júlio César – está reluzente – percebi a presença de Rafa a distância.

- Aw, obrigada – e mexi no cabelo, um pouco sem graça – Vamos então tomar o café?

- Vamos.

Sentamos na mesa, e cada um serviu seu prato. Ficamos conversando sobre várias coisas, e eu curiosamente perguntei o que Felipão disse ontem para eles.

- Se ele não te chamou é porque você não pode saber... Então deixa de curiosidade, Mary – disse Pato, rindo.

- Bobo, sou curiosa mesmo.

- Bom saber, vamos atiçar sua curiosidade nas próximas conversas.

- Sem graças. Sabem o que vai ter no treino de hoje? Vocês devem estar mais informados que eu.

- Sabemos sim, vai ser treino aquático pela manhã e cobranças de pênalti a tarde. Adoro os treinos na piscina – disse Júlio César.

- Ainda mais agora, que temos uma preparadora física – disse Alexandre, chamando a atenção de Rafael que estava na mesa ao lado.

- Que nada, eu com esse corpo de baleia, o corpo da Sophia é bem melhor que o meu – e ri.

- Só eu vendo o seu pra saber – Rafael quase levantou-se da mesa, não sei como ele se conteve disso.

- HAHAHA, engraçadinho. Bom, se me deem licença eu vou ali vestir o maiô então, nem sabia que o treino aquático era hoje. Já volto.

Fui até meu quarto, peguei um maiô azul e o coloquei por baixo da roupa. Arrumei uma bolsa com toalha e o que mais fosse necessário e desci.

Assim que voltei para o salão, Felipão já estava nos chamando para o treino na área externa. Então fomos e os jogadores foram para o vestiário para tirarem as roupas, e entrarem na piscina.

O treino foi bem leve... Era mais para a recuperação muscular, e assim que acabou, os jogadores ficaram fazendo uma horinha lá dentro, enquanto eu ficava sentada na beira da piscina apenas observando. Bernard e Alexandre sempre tentando me molhar, isso quando não insistiam para que eu entrasse.

- Entra Mary...

- Não posso...

- Ah pode sim – E Alexandre saiu da piscina, me pegou no colo e me carregou até a piscina.

Rafael ficou completamente irado com aquilo, e eu juro que quando vi sua expressão achei que aquilo fosse se resultar em porrada. Contudo, não aconteceu.

- Se o Felipão brigar comigo, vou falar pra ele conversar com vocês.

- Sem problemas! Desculpe falar, mas seu corpo é bem mais bonito que o da Sophia...

- Obrigada - disse um pouco sem graça.

Fiquei um pouco com eles por lá, até que decidi sair, porque homem toma banho rápido, e eu demorava um pouquinho para secar aquela cabeleira toda.

Me enxuguei, coloquei um roupão e fui até o meu quarto. Tomei meu banho, arrumei o meu cabelo e coloquei o uniforme para ir almoçar.

Houve a mesma rotina de sempre, almoço, 45 minutinhos de descanso, e mais treino! Cobrança de pênaltis. Todos os jogadores estavam até bem treinados, mas dois mereciam destaque, Rafael e Alexandre Pato, os que mais obtiveram gols, fiquei feliz por eles, mas sabia que apenas um iria ser o titular da seleção.

Parabenizei Alexandre, porque ele sabia valorizar as minhas palavras, e depois do treino nós fomos jantar, Felipão pedira para que naquela noite fôssemos jantar cedo, e assim nós obedecemos. Fiquei conversando um pouquinho com os meninos, e depois fui para o meu quarto, já que Luis Felipe naquele dia tinha estipulado um toque de recolher.

Assim que entrei, coloquei a minha camisola de liganete branca, e já estava me preparando para dormir, quando alguém bateu na porta. Eu perguntei “Quem é”, e não obtive resposta, mas 2 segundos depois, a pessoa que estava do outro lado da porta destrancou com voracidade a mesma, sem que eu nem pudesse ao menos pensar em impedir aquilo.

 



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