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História Unstoppable - I - Amanhã é outro dia.


Escrita por: Spinel_

Notas do Autor


Bom, é minha primeira experiência fazendo uma fanfic. Peço perdão por qualquer erro gramatical contido no texto. Crédito(s) da(s) arte(s) contida(s) na capa da história e capa(s) do(s) capítulo(s): eu mesma.

Capítulo 1 - I - Amanhã é outro dia.


Fanfic / Fanfiction Unstoppable - I - Amanhã é outro dia.

"Desejem todos uma boa-vinda para a nossa nova aluna!" Dizia a professora Maheswaran.
"Ah, que merda. Ela é linda." Conversavam os garotos. Espinela não se manifestou; sabia que a nova aluna sentaria ao seu lado, pois era a única carteira que sobrara, e assim se irritou. Ela não gostava da companhia de pessoas que não fossem de seu círculo de amigos e, especificando, de sua gangue, da qual era líder: Jasper, uma garota com um passado sombrio e um histórico de crimes que assustaria qualquer um. Butch, um homem do qual sofreu da perda de seu pai e sua mãe da pior maneira possível e que caiu no mundo do crime como uma pena na água. Jennie, uma mulher que enfrentou uma infância desastrosa com familiares abusivos, problemas psicológicos e passagens pela polícia. Lápis Lazuli, uma moça que sofreu de uma relação abusiva e se tornou uma assassina de aluguel, pelo motivo de não crer mais na bondade e generosidade humana. E, por último, Creme Azedo (ou apenas Cream), um garoto que teve sua infância arruinada pelo seu pai drogado e que, posteriormente, caiu no mundo das drogas também. Dentre todos ali, Espinela era, com certeza, a mais perigosa. Ela já havia matado pessoas, acabado com outras gangues com balas, traficado um alto número de drogas, portado inúmeras armas de fogo e não menos que 18 passagens pela polícia em menos de 2 anos. Era a garota que ninguém, ninguém dali poderia enfrentar, mesmo tendo 16 anos de idade. Com olheiras profundas e uma expressão vazia, Espinela sofria com a síndrome do abandono, com a depressão atípica, com o transtorno explosivo intermitente e o estresse pós-traumático. Sobrevivente de tiroteios, brigas domésticas, abandono parental e abuso psicológico e sexual, Espinela tinha muita dificuldade em confiar em alguém para qualquer coisa, tendo uma personalidade introvertida e um tanto quanto assustadora pela maioria das pessoas. As únicas pessoas em que Espinela confiava eram Jennie e Butch, pois eles entendiam ela e do porquê ela agia daquele modo, mesmo não estando mais passando pelas mesmas coisas que antes (ainda bem, né?). A mãe de Espinela, Rosa, a abandonou quando seu pai morreu de câncer do pulmão pela consequência do abuso das drogas, a culpando pela morte de seu próprio pai e desaparecendo da vida da mesma, aos 6 anos de idade. Foi deixada para ser criada pela sua avó; que quatro anos depois se suicidou com um revólver, na frente de Espinela. Criada por Butch e Jennie, eles eram como pais para ela, ensinando os truques da vida urbana (isso inclui roubar, brigar, atirar, se esconder, portar armas brancas e utilizá-las e etc). Aos 15 anos de idade, Espinela conseguiu uma bolsa na melhor -e pior- faculdade de sua cidade: Universidade de White Lake. Apesar dos problemas que tinha e passava, sempre teve uma boa conduta na escola e boas notas, era uma garota com uma inteligência fora do normal e superior em comparação aos outros alunos; porém sendo esquecida pelos professores. Ela tinha vários inimigos e inimigas, a maioria se formando em grupos na sala e na escola no geral. Kevin, Kiki, Connie e Ronaldo: um grupo que atormentava Espinela a maior parte do tempo na sala de aula e que não se importava se tocavam em suas feridas ou não. O Ronaldo era o que mais atormentava Espinela: um marrento de 1,91m de altura, aproximados 90kg de peso e muita força e resistência no físico. Espinela sabia que seu físico de 1,54m e 48kg não aguentava sequer um soco de seu inimigo, portanto fazia questão de evitar contato visual com ele e quaisquer outros membros do grupo.
Tendo isso em mente, ela evitava ao máximo se render aos xingamentos desse grupo -e de outras pessoas- e começar uma briga, contudo não movia um músculo quando tudo começava, pois sabia da angústia e raiva que poderiam ser descontadas num momento de desespero.
P.O.V Espinela~
"Hm, ok. Não se mova e nem diga nada. Deixe-os falarem." E isso se passava na minha mente mais uma vez, como todos os dias nesse caralho de faculdade.
- Ei, Espinela! Que tal se nós chamássemos a sua mãe de volta pra você? Temos certeza que ela adoraria ver a sua cara agora, haha! -dizia Ronaldo, junto de Kiki e Connie, se matando nas risadas.
Desgraçados. Eu nunca fiz nada para esses merdas, mas eles adoram inflar os seus egos desmerecendo alguém aleatório. Não tenho culpa se a insegurança deles é tão grande; talvez seja efeito da vida de merda que devem ter.
- Bom dia, alunos. Nós começamos o dia com a boa notícia de que uma nova garota veio para nossa sala! - dizia a professora, com felicidade em seu rosto.
Mas eu não estava feliz. Eu sabia que ela sentaria ao meu lado; pois era a única carteira que sobrara. "Mais uma chatice para eu ter que lidar nessa porra" eu pensei. Mas sendo sincera, não foi tão ruim: ela havia sentado ao meu lado e, por incrível que pareça, não soltou um pio sequer. Ela me observava as vezes, e quando notava que eu a encarava subia um rubor rosa em suas bochechas, mas não entendi o porquê. "Nossa, ela é tão linda..." - as vezes se passava pela minha mente. Os garotos, por outro lado, não paravam de dar cantadas desagradáveis pra ela, e as meninas cochichando. Típico. Teve um momento em que ela me encarou e eu pude perceber que ela era cega de um olho; seu lado direito. Havia uma coloração vazia, como se fosse um grande nada em sua íris e pupila. Eu não disse nada, e encarei de volta. Ela percebeu, e então corou e virou o rosto. Ela estava muito desconfortável com aqueles garotos, afinal, quem não ficaria? O que mais me deixou puta foram as garotas atrás e na frente de nós, cochichando, como se eu não notasse. Todos ali sabiam que eu curtia meninas, então os olhares -alguns até de nojo- começaram a partir do momento em que ela se sentou ao meu lado. Aulas passam, então o intervalo iniciou. Como de costume, eu não saí da sala e esperei o intervalo passar, mas a garota também não havia saído do meu lado. Eu comecei a ficar tensa com ela ali, e me levantei para sentar em outra carteira. Quando me levantei, ela fez uma pergunta:
- Ei... qual é o seu nome? Você é Espinela?
- Ah, pronto -respondi, com uma voz fraca- vai começar a me xingar também, como todos os outros? Porra, se for, não enche.
- N-Não! Eu sinto muito, é que me mandaram para esta sala e mandaram eu me sentar ao lado de Espinela, é você? -perguntava a garota, ainda assustada pela minha grosseria.
- Sim, sou eu, Espinela. Por que te mandaram pra cá, do meu lado? Você sabe?
- Sim -ela completava- me disseram que você é um ótimo exemplo da escola.
- Ah, sim... com certeza.
Do nada, a porta se abriu: era Ronaldo e seu grupo, vindo me atormentar pela trigésima vez no dia. Começaram os xingamentos e minha vontade era sumir dali, até que percebi algo: os xingamentos estavam sendo direcionados à garota, e não a mim. Fiquei chocada com a coragem desses caras.
- Vamos sair daqui.
Peguei na mão da menina e estava suando frio,  ela estava perdida demais pra não me obedecer. Saí dali e fui direito para o armazém da escola, era lá o meu lugar secreto que eu ia fumar uma erva as vezes, mas o lugar era grande o bastante para nós duas.
- E então? -ela pergunta, após ver o grupo de Ronaldo saindo de perto através da janela da porta.
- E então que vamos sair daqui agora.
No mesmo instante que falei isso, o sinal do intervalo tocou e nós fomos pra sala. Se passaram as horas e o sinal de ir embora tocou também, fazendo todos irem para casa e eu só fiquei lá como de costume, dando uma cochilada na carteira. A garota tinha saído alguns minutos antes que eu, nem ao menos perguntei seu nome, mas tudo bem. Amanhã é um outro dia.


Notas Finais


É isto. Eu realmente espero que isso tenha ficado bom e legível para todos vocês.


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