História Useless Kid. -Charisk - One Shot- Please Frisk, don't leave me alone....

Frisk havia acabado de cair novamente em underground, já era a sua quinta vez ali. Chara estava sempre ali ao lado dela, sempre ao lado da criança inútil que Frisk era. 

Elas iriam novamente fazer o genocídio, já estava decidido a muito tempo, mesmo que Frisk não quisesse, Chara estava ali para sempre a proteger e a ajudar.

A morena estava a tremer, enquanto olhava para o corredor extenso a sua frente, ela já havia visto vários monstros morrerem para ela chegar até a luta de Toriel. Mas ela conseguiria matar sua "mãe"?, não, Frisk não conseguia.

-Você é mesmo uma criança inútil! Inútil em luta, Inútil em fala e inútil em confiança.-Disse Chara, em seu tom arrogante, tentando fazer Frisk seguir em frente.- Fica soluçando, apenas uma pobre e estupida criança. Nem seu próprio nome você sabe falar.- A essa altura, Frisk já havia começado a chorar e Chara, como se importava com a criança, continuou a falar.- Mas mesmo assim, eu me apaixonei por esses soluços que vem de sua boca.- e com isso, Chara selou os lábios com o de Frisk, que correspondeu a mesma.

Ambas ficaram no beijo por um tempo, até Chara tomar conta do corpo e ir matar Toriel. 

~

Após uma longa luta, a poeira estava na mão de Frisk e Chara ria alto na mente de Frisk. Frisk havia finalmente conseguido matar sua mãe, ela não sabia se isso seria bom ou ruim, mas sabia que o Sans não a perdoaria.

-Venha aqui, bebê chorona, eu vou te proteger, okay?. Vamos ficar juntas.- Disse Chara, abraçando de lado Frisk e saindo das ruínas. 

Depois de um longo tempo passeando por Snowdin e brigando com Sans, Frisk decidiu que estava na hora de descansar, mas ela estava com medo. "E se alguém quiser se vingar? E se me atacarem?." Tudo isso percorria na mente da criança. Que mesmo pessimista, se deitou no "colo" de Chara e ficou ali.

-Lala la lala-bye, boa noite..- Chara havia começado a cantar, uma canção a qual sempre cantava para acalmar Frisk.

Chara achava que Frisk era uma criança solitária, uma criança inútil, que se não fosse por ela, ela não estaria bem. Chara se sentia responsável por tal pessoa.

Já Frisk, não tinha certeza sobre Chara, ela gostava da companhia de Chara, mas o que ela estava fazendo parecia tão....Errado. Ela estava em um combate interno sobre o que  fazer.

Monstros, fantasmas, homem misterioso. Para Chara, não importava os nomes, ela apenas não se importava com nada, nem mesmo com a flor amarela que as seguia.

Estava na vez do esqueleto maior, Frisk sentiu suas mãos tremerem, e quando ia abraçar realmente Papyrus, não conseguiu se conter e arrancou-lhe a cabeça. Frisk realmente era uma criança inútil. 

Frisk estava com os lábios a tremer, ela estava chorando com o cachecol de Papyrus em seu rosto, ela matou alguém gentil e que lhe deu opção. Mas por alguma razão, as lagrimas não tinham sentimento, seu coração já não tinha mais sentimentos, para ela, aquilo era um tédio e ela estava a perder tempo.

-Ah que pena...Dessa vez não pudemos escutar o monótono grito...Quem sabe na próxima.- Disse Chara, analisando a poeira de Papyrus. Ao olhar para trás e ver Frisk chorando, a de olhos vermelhos foi até a morena e a abraçou pelas costas.- Agora é tarde demais...Você me pertence, uma criancinha fofa...

Mesmo com as palavras possessivas de Chara, a morena sorriu e se virou para beijar Chara novamente. As vezes, Frisk se perguntava como conseguia sentir o gosto de Chara, sendo a mesma um fantasma.

Frisk se levantou juntamente de Chara, a morena, estranhamente, sentia seus problemas saindo de suas costas, ela sentia que estava tudo bem fazer o que estava a fazer. No entanto que estivesse com Chara, todos os machucados em seu corpo valeria a pena.

-Dance comigo, dance, dance, vamos dançar para sempre, minha querida Criança solitária.!- Disse Chara, enquanto conduzia Frisk em uma dança, que apesar de não parecer, atacavam um monte de monstros apenas com alguns passos.

-E você vai me proteger para sempre.- Disse Frisk, pela primeira vez, o que surpreendeu Chara. Ambas selaram os lábios e continuaram.

Após um longe caminho, elas chegaram no julgamento. Frisk, diferente de antes, com as palavras de Sans ela começou a sentir os pecados andarem por suas costas.

Sans a matava cada vez que ela ia parar ali. Ossos ali, ossos aqui, ossos atravessando e superficiais. Frisk era uma criança terrível. 

Mas ainda sim, ela  continuava a atacar Sans, balançando a faca, para ali, aqui, desviando e caindo. Frisk estava se cansando.

A cada osso que atravessava seu corpo, Frisk sentia seus órgãos se remexendo, seus olhos saindo, sua intimidade sendo arrombada. Eram coisas diferentes a cada morte, Sans fazia o favor de torturar a garota até ela pagar por seus pecados. E Frisk aceitava isso.

Após um longo tempo, Frisk ficou parada na tela de menu, com as duas opções a sua frente.

Continuar                Resetar

Ela não queria mais lutar, ela não queria mais sentir seu corpo se despedaçar, ela não queria mais essa dor. 

E assim como uma criança ardilosa, Frisk correu para longe de Chara.

Chara finalmente percebeu as feridas de Frisk. Chara estava se sentindo culpada, ela iria se desculpar...Mas mesmo assim, a criança a deixou. 

Ela era uma pessoa inútil, Chara não poderia se perdoar, durante todo esse tempo, a inútil foi ela e não Frisk. 

Chara observava Frisk apertar o botão "Resetar" de longe. Ela tentou correr, mas já era tarde. Ela estava no void novamente.

-Eu sou uma criança, criança, criança inútil. Ninguém vira me salvar. Eu sou solitário , e não mais uma criança. Por favor Frisk, não me deixe aqui....