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História Utopia - Sexo e Chocolate


Escrita por: itsgraham

Notas do Autor


Necrofilia está aí para provar que até defunto transa e você não.
— A Autora.

Capítulo 3 - Sexo e Chocolate


Fanfic / Fanfiction Utopia - Sexo e Chocolate

Eu abri a cortina e deslizei sobre o chão verde de linóleo, usando patins e um uniforme listrado de vermelho e branco, meu cabelo longo e preto estava enrolado numa série de pequenos nós em minha cabeça. Eu deslizei, carregando uma bandeja onde estavam três cocos cobertos de canudos de festa com guarda-chuvas em cores neon. 

Ever riu e aplaudiu entusiasmada. 

— Agora deixe-me ver se entendi — eu disse numa voz anasalada. — Ele disse "Olá" e agora você está apaixonada. 

Eu não estou apaixonada! — ela protestou. 

— Oh, não — Lily, a enfermeira ruiva e gorduchinha, disse toda excitada. — Não foi um "Olá", foi um "Olá, Ever". Ele sabe o nome dela. E é um gato. 

Eu freei os patins na beirada da cama de hospital, e estendi um coco com um guarda-chuva cor-de-rosa bambo para Ever. 

Lily levantou num pulo e pegou o coco primeiro, cheirando seu conteúdo. 

— Heather! — ela exclamou em reprovação. 

— Ah, Lily, vamos lá, ela quase tem idade para estas coisas. 

Ela tem 14 anos! Estamos debatendo algo sério aqui. Ela está apaixonada...   

Eu estiquei minhas costas. 

— Exatamente por isso ela precisa de algo especial. Amar as pessoas faz você beber bastante as vezes... — argumentei, murmurando a última parte. 

— Eu não estou apaixonada! — Ever repetiu. 

Segurei a bandeja possessivamente enquanto Lily e eu começamos uma competição de encarar.   

— Ótimo — eu finalmente disse, desviando o olhar. — Vou dar a ela o seu drinque sem graça. — eu dei a Ever um coco com canudo azul. 

Sentei na poltrona mais próxima e cruzei meus pés sobre a outra mexendo meu drinque com o canudo. 

— Então, esse garoto, ele também tem... — fiz um gesto de cabeça para Ever, indicando sua atual situação. 

Minha irmã tinha leucemia. Haviam dado o diagnóstico havia dois anos. 

Ela espanou os confetes da mesa ao lado de sua cama com as pontas dos dedos. Todas as quartas eu fazia o meu melhor para fazê-la sentir que dormiu no Hospital e acordou no Club Med. 

— Totalmente desprovido de cabelos — ela fez um gesto com as duas mãos no ar. 

— Uma careca linda — Lily corrigiu.   

— Garotos carecas parecem pênis — eu a provoquei. 

Ever ficou vermelha como um pimentão. Ela ainda soletrava a palavra s-e-x-o

— Não ele — disse Lily. — Ele usa jaqueta de couro como uma estrela de cinema.

Ever deu uma risadinha. 

— E a voz dele é como...

Cauda quente sobre bolo de chocolate — as duas suspiraram como jovens garotinhas. 

Eu gargalhei e engasguei ao mesmo tempo quando olhei para o meu relógio. Saltei da poltrona e agarrei minha jaqueta.    

— Estou atrasada! — corri para a porta. — Chama esse garoto para um café, tenho que interrogá-lo. Jogar todo o meu aprendizado de o Poderoso Chefão sobre ele.    

— Heather! — ouvi Ever exclamar reprovadora, antes de sair correndo pelo corredor. — Bom dia! Feliz aniversário!

Obrigada!   

Como explicar a ela que a parte feliz do meu dia havia acabado?

Minha tia Kelly é formada em Pequenas Empresas, com licença para Marketing e Contabilidade. Nós sempre falávamos a respeito de termos negócios juntas. Sobre como nós alugaríamos edifícios próximos um ao outro com uma porta que dava para passar.

Ela nunca se importou com que tipo de negócio teria. Ela só queria que fosse dela e estar no comando. Eu sempre soube que queria ter uma doceria e loja de biscoitos. 

Assim que chegou aqui, tia Kelly começou a trabalhar incansavelmente dia e noite para abrir o seu negócio. Ela me disse a alguns anos que finalmente descobriu o que queria vender, mas ela não quis me dizer até que estivesse certo. Antes de suas caixas estarem embaladas, ela estava no telefone com corretores e bancos, indo e voltando do escritório de seu advogado para assinar a papelada e fazer viagens diárias até o tribunal para obter todos os formulários para pequenas empresas preenchidos.

Eu relutantemente concordei durante uma noite de garotas regada a vodka, que eu iria ajudá-la em um tempo parcial como consultora. Kelly me contou tudo sobre o trabalho, e que ele poderia ser considerado de vendas e eu gostaria de ter uma participação nisso. Ela queria que fosse uma surpresa por qualquer motivo. Kelly gostava de fazer suspense até nas coisas mais mundanas. E desde que eu estivesse bêbada no momento, teria concordado com qualquer coisa e ela sabia disso. 

Hoje foi minha "orientação" por assim dizer. Eu estava indo com Kelly em um dos seus compromissos. Ela me encontrou na calçada do hospital, Kelly estava carregando a maior mala que eu já tinha visto atrás dela e enxotei sua mão para longe para pegá-la.

Eu deveria ter percebido o enorme sorriso em seu rosto quando se afastou. Ou prestar mais atenção às palavras "Quarto da Diversão" costurado na lateral da elegante mala amarela.

— Agora, vocês podem dirigir sua atenção para o que Heather está segurando, esse é chamado de Comedor de Bocetas Roxas. Tem quatro velocidades: Sim, mais, rápido e santa fodida merda. Também tem um estimulador de ponto G que é certificado para agradar a sua fantasia. Você poderia segurá-la um pouco mais alto para que todas possam ver, querida?

Eu dei a tia Kelly um olhar que dizia: “Curve-se para que eu possa enfiar essa coisa na sua bunda lateralmente antes de levantar o pau de borracha em cima da minha cabeça com completo não entusiasmo.”

A sala completamente cheia de mulheres gritou de excitação e saltaram para cima e para baixo em seus assentos quando eu levantei o braço, como se a coisa que eu estava segurando acima da minha cabeça fosse o pênis real de Leonardo Dicaprio.

 Isso é plástico, pessoas, está cheio de vento, não de esperma. Jesus Cristo.

— Vá em frente, passe ao redor, Heather Hell — Kelly disse docemente enquanto enfiava a mão na mala para pegar mais um pau falso.

Eu estendi meu braço a minha frente para a bunda bêbada mais próxima pegar, mas ela estava muito ocupada reclamando sobre como o sêmen do seu marido sempre tem gosto de alho.

Por favor, Deus, nunca me deixe ficar cara-a-cara com esse homem, eu lhe imploro. Vou olhar para sua virilha e ver dentes de alho estalando fora de seu saco.

— Ei, Elizabeth, — eu disse, tentando chamar a atenção dela para que ela pudesse tomar este vibrador da minha mão. 

— Heather, lembre-se de usar seu nome de Festa de Quarto da Diversão! — Kelly me lembrou.

Eu cerrei os dentes e me imaginei levantando meu braço e lançando esse pau falso em sua testa, para que ela tivesse uma marca permanente de cabeça de pau bem no meio do rosto que as pessoas iriam apontar e rir.

 Isso é uma marca de nascença? Não, é uma marca de pau.

— Desculpe-me, Lábios Gostosos Lisa? — Eu disse educadamente enquanto tentava não vomitar dentro da minha boca.

Realmente era necessário que todos tivessem um estúpido apelido para si nessa coisa? Essa foi a primeira coisa que Kelly fez com que todas fizessem quando chegaram aqui. Dando um apelido sexual para si mesmas usando a primeira letra do seu nome. E você só era autorizada a chamá-las por esses nomes por toda a noite.

Lábios Gostosos Lisa, Selly Suculenta, Valerie Vai Fundo...

Quem pensou essa merda? Oh, certo, Kelly – a minha ex-tia-melhor-amiga. A pessoa que decidiu iniciar um negócio de brinquedos sexuais sem me dizer para que ela pudesse me enganar para trabalhar com ela.

Ela deveria ter me deixado escolher os nomes. Valerie cara de Vagina, Selly Pote de Sêmen, Lábios Frouxos Lisa... Esses não me faziam querer enfiar um lápis no meu olho.

Kelly terminou sua festa estúpida, enquanto eu me imaginava em uma câmara de tortura com Link pelado arrancando os pelos do meu nariz com uma pinça um por um.  Isso era melhor do que falar com completas estranhas sobre lubrificação, grampos de mamilo e pérolas anais.

Eu dei a ela um tratamento silencioso enquanto nós nos dirigimos ao bar uma hora depois. Eu deveria abrir a porta do carro e jogá-la fora do veículo em movimento pelo o que ela fez comigo esta noite, mas eu não queria arruinar o carro de alguém que estivesse dirigindo atrás.

— Você não pode me ignorar para sempre, Heather. Não seja uma babaca — aos 34 anos de idade, minha tia era uma bela garota de 14 anos.

— Sério? Festa de brinquedos sexuais? Em que ponto da vida você achou que eu ia querer vender vaginas de bolso para ganhar a vida? E outra coisa: vaginas de bolso? Que tipo de homem precisa de algo chamado vagina de bolso? Homens são tão másculos que precisam carregar uma vagina nas calças para que possam sacar a qualquer momento?

Mãos ao alto, isso é uma vagina! E eu não tenho medo de usá-la! 

Kelly revirou os olhos para mim e eu resisti ao impulso de socá-la.

— Heather, deixe de ser uma rainha do drama do caralho. Eu não espero que você venda os meus brinquedos sexuais para sempre. Só preciso da sua ajuda até que eu possa contratar mais algumas pessoas. Pense nisso, é a oportunidade perfeita. O que você percebeu que faltava na festa de hoje? — ela perguntou, virando em seu banco para me olhar.

— Mordaças — respondi categoricamente.

Engraçada. Lanches. Bem, bons lanches, pelo menos, elas tinham tigelas de lubrificante de morango suficientes para sufocar um cavalo. Essas mulheres tem dinheiro. Dinheiro que elas não se importam em jogar fora com coisas como Bolsas de Vagina para os maridos ou estimuladores de clitóris para a "amiga" que elas sabem que nunca teve um orgasmo. O que vai melhor com o sexo do que chocolate? 

Meus chocolates.

Meus chocolates decorados bem gostosos que eu havia preparado apenas para as festas de aniversário de Ever. 

— O espaço do escritório que eu aluguei tem dois lados. Um deles com uma cozinha, — Kelly continuou. — Uma cozinha muito grande, onde você pode realizar sua mágica e quando as mulheres reservarem festas podem solicitar bandejas de doces. Eu só comecei a divulgar semana passada e eu já tenho quinze festas para as próximas duas semanas? Quinze!

Estudante de artes de dia, atendente de SexShop a noite.

Doce vida dupla, Batman.

Essa merda absolutamente não soava como algo que combinava. 

Kelly colocou a mão no meu braço quando me largou na frente do Sky Dallas — música punk explodia lá de dentro.

— Tome algum tempo para pensar. Você sabe que metade do dinheiro que sua mãe deixou está comigo então não vamos discutir quando a finanças. Venha e confira a cozinha na loja e depois vamos conversar. — ela disse com uma piscadela antes de sumir de vista.

Ah, eu tinha alguma escolha?



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