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História Valente Corazón - 13 - Para siempre su estrella


Escrita por: CandyMaria

Notas do Autor


Gente aqui vai mais um capítulo pra vocês... Por favor comentem e me digam o que acharam.
E prestem atenção IMPORTANTE: tem um vídeo dedicado a este capítulo nas notas finais. Acho que vão gostar, não deixem de ver ok? E depois me contem como foi, o pacote completo hahaha
<3
Amo vocês
besos

Capítulo 14 - 13 - Para siempre su estrella


Fanfic / Fanfiction Valente Corazón - 13 - Para siempre su estrella

            “Isso tá errado. Muito errado” Christopher disse para a equipe médica de sua namorada. Estavam em seu quarto, ela não estava nada bem e os doutores estavam explicando sua situação aos familiares em seu quarto. Ele já estava com a ânsia de tratar daqueles assuntos com os médicos e, mais uma vez, não estava conseguindo segurar seus nervos.

            “Calma filho, deixa a doutora falar” Blanca pediu, tentando fazer com que ele se sentasse ao seu lado

            “Não, isso tá errado. Você tá dizendo que ela vai precisar de um transplante e...”

            “Provavelmente precisará, ainda não temos essa confirmação” o médico o interrompeu

            “Não importa. A questão é que ela pode precisar de um novo coração, mas ainda não tá na lista de espera do transplante, é isso mesmo que quer me dizer?” ele estava claramente alterado

            “Amor, calma” Dulce tentou intervir, mas ele não a escutou. Ela fez menção de que iria tentar chama-lo novamente, mas sua irmã Claudia, que estava sentada na cama ao seu lado, a impediu. Não queria que se estressasse ainda mais.

            “Com licença” disse Miranda entrando no quarto “Eu vim levar a senhorita Saviñon para seus exercícios de fisioterapia” se aproximou da cama notando que todos no quarto mal perceberam sua presença, graças ao clima alterado que pairava por ali, além de Claudia e Dulce.

            “Mas ela não tem exercícios de fisioterapia agora. Eu, eu nem acho que seria...” Claudia disse, enquanto a enfermeira arrumava seu acesso e a olhou com uma expressão de cumplicidade

            “Por favor venham” ela disse e as duas aceitaram sem questionar.

            “Por favor senhor, o que estou tentando explicar” continuou a doutora, enquanto as três se retiravam do quarto em passos lentos “É que existem requisitos mínimos para que um paciente seja incluído na lista de espera e Dulce ainda não preenche todos os requisitos”

            “Mas sabem que provavelmente virá a preencher, certo?” perguntou Blanca

            “Exatamente. Vamos fazer tudo em nosso alcance para que ela se recupere sem o transplante, mas é nosso dever informar que isso pode sim acontecer”

            “Então coloquem ela na lista já” Christopher insistiu, teimoso.

            “A não ser que ela preencha todos os requisitos, precisaremos esperar senhor, eu sinto muito, não posso fazer nada”

            “Okay, então está me dizendo que precisamos esperar que ela piore para entrar na lista” ele disse segurando os punhos cerrados para tentar se segurar

            “Em outras palavras, é basicamente isso”

            “E depois que ela piorar e conseguir entrar na maldita lista, ainda vai ter que esperar até que chegue a sua vez de receber o transplante?” ele disse com a voz mais alterada e então ninguém respondeu. Sabiam que parecia absurdo “Vocês querem que ela morra, não é possível” ele finalmente disse. Não conseguia se conformar, aquele sistema parecia muito pouco eficiente e estava claro o motivo de tantas pessoas morrerem esperando por algum órgão em listas de espera para transplantes.

 

            “Mirandinha” Dulce disse, já no corredor, andando com o apoio de sua irmã enquanto a enfermeira levava seu trono com seu soro “Eu achei que só vinha a noite”

            “Tá perdendo a noção do tempo já é?” a enfermeira brincou “Já são quase sete horas, to começando meu turno agora”

            “Desculpa Miranda” Claudia disse “Mas, posso saber onde estamos indo?

            “Fazer uma visitinha” ela disse simplesmente. Quando se deu conta, Dulce viu a placa da UTI em sua frente e soube do que se tratava. Miranda pediu que Claudia as esperasse lá fora e acompanhou a ruiva até a maca de Clara, pela primeira vez desde o dia em que tinha sido levada. Logo ela reconheceu a menina, que estava adormecida, com seus cabelos longos espalhados pelo travesseiro. “Não podemos demorar muito, eu venho te buscar em dez minutos”

            “Dez? Não Mirandinha, vinte”

            “Quinze e não se fala mais nisso” a moça gentil respondeu conferindo o soro da ruiva e aproximando sua cadeira da cama “Eu volto logo” e então se retirou. A moça ficou ali por pouco tempo a mirando, antes que a menina começasse a despertar.

            “Hey” ela disse carinhosamente, segurando sua mão

            “Dulce, você veio!” sua voz estava fraca e seus olhos pareciam fazer um esforço muito grande para manterem-se abertos

            “Claro, óbvio que eu vim” ela sorriu e acariciou seus cabelos, tentando demonstrar tranquilidade, apesar de sentir-se nervosa ao ver tamanha fragilidade da pequena

            “Eu tava sonhando com você”

            “Mesmo? E o que sonhava?” ela perguntou pensando em seus próprios sonhos, tantas vezes que a menina já os ocupara antes.

            “Nada muito específico, não me lembro muito bem”

            “Ah vai, faz uma forcinha” ela disse sorrindo e ficou feliz quando viu o sorriso no rosto da menina também

            “Lembro que vi à nós duas no show... lembra? De quando a gente se conheceu”

            “Claro, claro que eu lembro!”

            “Você disse que eu era magia” ela disse com um brilho único no olhar “Depois daquela noite eu acreditei em magia de verdade pela primeira vez e... Esperei que uma magia acontecesse”

            “E vai acontecer, você vai ver só” Dulce disse tentando não se emocionar, mesmo vendo que a própria menina já estava se emocionando

            “Não, eu entendi agora”

            “Entendeu? O que entendeu?”

            “Que a magia já aconteceu” ela disse derramando algumas lágrimas “Se não eu não teria conhecido você” e então a moça não conseguiu se segurar e caiu no choro, beijando a mão da menina

            “Não fale assim, você ainda... ainda tem muita magia pra ver pela frente”

            “Eu sei, eu sei” a menina lhe assegurou expressando um leve sorriso

            “Então me prometa que não vai desistir okay? Promete?” a menina concordou com a cabeça, retomou o fôlego e então disse

            “Mas então você precisa prometer que também vai lutar” disse secando as lágrimas da moça “Vamos ser valentes... juntas, pode ser?”

            “Pode, eu prometo, prometo” ela disse se levantando e a abraçando “Vai ficar tudo bem, você vai ver só”

            “Obrigada Dul, você foi como uma fada madrinha pra mim”

            “Ah não, fada madrinha não” ela disse olhando a menina nos olhos

            “Por quê?”

            “Porque as magias de uma fada madrinha duram por pouco tempo. Prefiro ser sua amiga, porque isso sim dura uma vida toda” a menina sorriu e voltou a abraça-la, fazendo com que a ruiva se sentasse na cama ao seu lado. O abraço demorado se prolongou cada vez mais, molhado por lágrimas das duas amigas valentes.

            “Meninas, acabou o tempo” disse Miranda entrando no quarto “Vamos Dulce, antes que eu leve uma bronca” e assim as duas se despediram. Valentes sempre, juntas. Dulce então a acompanhou até a porta, mas antes de sair e encontrar-se novamente com sua irmã, precisava lhe fazer uma pergunta

            “Miranda, me diz uma coisa” ela disse e as duas pararam por um momento “Por que agora? Por que me trouxe aqui hoje?”

            “Dulce eu...”

            “É por causa da minha cirurgia amanhã, ou pelo estado dela?” já fazia alguns dias que a menina estava ali e as únicas vezes que as duas tinham se comunicado desde o dia em que a levaram para o tratamento intensivo, foram através do walkie talkie.

            “Eu não tenho certeza” a enfermeira respondeu com sinceridade “Porque eu senti que era o certo” não era o que a ruiva queria ouvir, mas ela podia ver a honestidade daquela resposta e por isso não disse nada mais.

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            Era a primeira manhã em que ela via o seu quarto tão cheio desde quando tudo aquilo tinha começado. Eram momentos que antecediam sua cirurgia e todos pareciam muito ansiosos.

            “Tá se sentindo bem?” Maite perguntou a ajudando a se ajeitar na cama

            “Tudo ótimo” ela respondeu, não aguentava mais ouvir a mesma pergunta o tempo todo. Se estivesse se sentindo bem provavelmente não estaria ali. Mas sabia que seus amigos e sua família não tinham a culpa de nada daquilo e que queriam seu bem, por isso se segurava para não ser grosseira quando repetiam as mesmas perguntas de sempre.

            “Bom dia” disse o doutor entrando no quarto “Estamos prontos?” ele se aproximou e conferiu o histórico da paciente, enquanto a equipe de enfermeiras a preparava para ir para o centro cirúrgico.

            “Mais do que prontos!” ela brincou, tentando manter o clima leve, mas o resto das pessoas ali não pareceram achar graça.

 

            “Espera, espera!” Christopher disse no corredor do hospital, depois que já tinham tirado Dulce do quarto. A estavam carregando na maca, em direção ao elevador e ele os fez parar no meio do caminho “Amor, espera” ele disse agora já os alcançando e ficando ao seu lado

            “Ucker...” ela disse, mas ele não deixou que dissesse mais nada

            “Quero que fique tranquila ok? Tranquila” ele não parecia notar que estava mais nervoso do que qualquer um ali. “Eu vou te esperar, assim que tudo acabar eu vou estar aqui ok?”

            “Ok meu amor, tá tudo bem” ela disse e ele se aproximou ainda mais, agora falando num tom de voz mais baixo

            “Me promete que vai ficar bem ok? Me promete”        

            “Eu não posso te prome...”

            “Por favor meu amor, me promete”

            “Ok, ok, fica calmo. Tá tudo bem, tudo bem” ela disse e ele sorriu um pouco aliviado, antes de lhe beijar e deixar que seguissem seu caminho. Uma das enfermeiras olhou para ela e sorriu quando entraram no elevador

            “É sempre assim, não importa o que aconteça, nós que temos que acalma-los” e então todos riram.

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            Tudo estava escuro e ela esqueceu o que estava acontecendo por um segundo. Olhou ao seu redor e só conseguia ver escuridão “Batimentos estáveis” ela ouviu alguém dizer, mas não conseguia ver quem era. Ouvia comandos médicos e barulhos de máquinas, mas não estava situando muito bem. Logo as vozes foram desaparecendo e ela começou a se ver em um campo aberto, sozinha. Encontrou uma menina, não muito longe, parecia estar chorando. Se aproximou e tocou-lhe o ombro, a fazendo olhar para trás. Tinha os cabelos escuros e lisos, presos numa maria chiquinha, com uma franja caindo sobre sua testa e a pele branca. Era ela mesma, quando criança.

            “Por que está chorando?” Dulce perguntou à sua versão mirim

            “Porque tenho medo”

            “Medo... medo do que?”

            “De decepcionar a todo mundo” e então a moça lhe acolheu em seus braços, a acalmando

            “Isso não vai acontecer, tá tudo bem” ela dizia. A menina então se desvencilhou de seu abraço e a mirou fundo em seus olhos

            “Vamos ser valentes juntas, certo?” e então deu um beijo na bochecha de sua versão adulta “Para sempre” e saiu saltitando, deixando Dulce sem reação, a não ser a observar até que sumisse de seu campo de visão. Continuou andando e escutava algumas vozes em sua cabeça. Sabia que eram lembranças, uma delas era a voz de Christopher pedindo que lhe prometesse que tudo ficaria bem. Ouvia seus amigos, sua família, não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo. Quando se deu conta encontrou uma cena já conhecida, mas a via por outro ponto de vista. Era a mesma cena de seu precioso sonho, mas agora ela os via de longe. Via a si mesma sentada naquela varanda com suas amigas, como se estivesse fora do corpo. As crianças, o casal de gêmeos, a alegria de todos. A pequenina a chamando de mamãe, ela viu tudo aquilo de fora. Logo a voz de Clara a atraiu, como da última vez, mas ao invés de mira-la de longe enquanto estava na varanda, estava logo ao seu lado “Dulce, se quer que tudo isso se torne realidade, precisa lutar” Ela disse outra vez e a ruiva se aproximou. Clara estava sentada nas raízes de uma árvore enorme e Dulce sentou-se ao seu lado, com os risos e as vozes reconfortantes de sua família ao fundo.

            “O que está fazendo aqui? Onde estamos?” Dulce perguntou e a menina deu um sorriso triste.

            “Estamos fazendo a ligação entre o céu e a terra” a menina respondeu e então olhou para cima “Como essa árvore”

            “Como... como no limbo?” a ruiva perguntou e a menina concordou

            “Entre a vida e a morte”

            “Então não estamos sonhando?”

            “Não sei como te responder isso, só sei que estamos aqui” a menina disse “Dizem que algumas pessoas veem o futuro quando estão aqui, para sentirem que têm algo pelo que lutar” e as duas miraram a linda cena da família de Dulce feliz e unida “Outros veem aquilo que precisam deixar pra trás”

            “E então? Eu to vendo o que preciso viver, ou o que preciso deixar?”

            “Os dois” a menina respondeu e as duas se olharam firmemente. A menina não tinha a mesma serenidade dos outros sonhos, não tinha mais o mesmo ar tranquilo, parecia mais real, mais humana e mais emotiva. Tinha lágrimas nos olhos

            “Não, eu não entendo”

            “Você tem muito pelo que lutar” ela disse se referindo à cena que vivenciavam logo ali “Afinal, é uma família muito linda e aqueles dois precisam de você pra estarem vivos algum dia, mas...”

            “Mas?”

            “Você precisa me deixar ir” ela disse deixando uma lágrima cair “Eu já lutei por tudo o que precisava lutar”

            “Não, mas isso não pode ser”

            “Dulce, eu já recebi toda a magia desse mundo. Eu já preciso ir para casa, você precisa me deixar para trás”

            “Clara, me escuta, concordamos em sermos valentes juntas! Lembra? Vai dar tudo certo” ela disse sem conseguir segurar as próprias lágrimas

            “Já deu tudo certo Dul, agora é minha hora de ir embora. Mas, mas sempre estaremos juntas. Você já ouviu o nome da sua filha?”

            “Clara...”

            “Sei que nunca vai me deixar morrer dentro do seu coração e é isso que importa. Além disso, vou deixar de estar num corpo cheio de dor para estar em todo o mundo... nas árvores que vão ligar meu mundo ao seu... e também nas estrelas, com quem gosta tanto de conversar”

            “Clarita eu vou sentir sua falta. Ainda tem muito pra viver”

            “Dul eu sempre serei sua estrela, sempre estarei aqui” Dulce a abraçou quase em prantos “Sempre valente” e a última coisa que notou foi o olhar de si mesma sobre as duas. A Dulce que estava anos à frente, sentada naquela varanda, as enxergava e tinha um olhar tranquilo e sereno sobre aquela cena

            “Ela, quero dizer eu... Pode nos ver?”

            “Um dia, quando tudo aquilo acontecer, você mesma vai me dizer se conseguiu me ver aqui” e então tudo voltou a escurecer.

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            “Afastem-se” o médico gritou tentando reanimar o coração de uma menina sensível e inerte na ala de tratamento intensivo “Não está respondendo, aumentem para 300V” e então o corpo da menina se levantou bruscamente mais uma vez

            “Os pulmões estão falhando, quero uma dose de adrenalina agora” outro médico, residente, disse.

            “Parada total” o doutor disse depois de tentar mais uma vez reanimar a paciente com o desfibrilador “Acabou gente, podem declarar” ele disse guardando o aparelho, com a voz derrotada

            “Hora da morte, 11:34 da manhã” disse a enfermeira chefe.

            “Vá em paz pequena” o doutor lhe disse com pesar, respirou fundo e saiu da sala para realizar a parte mais difícil de seu trabalho: avisar à família.

            Para Clarita, para sempre uma estrela no céu


Notas Finais


IMPORTANTE: esse é o vídeo dedicado à Clara, à sua morte e sempre em sua memória... Espero que gostem, por favor comentem! E lembrem-se, a história da Clara aqui é uma ficção, mas acontece na vida real todos os dias... Por isso sejam doadores e podem salvar a vida de muitas Claritas por aí...
https://www.youtube.com/watch?v=crh16h2xj18
besos


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