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História Vc não precisa de sorte! - A entrevista


Escrita por: MicaMillsbrito

Notas do Autor


Oiá, eu aqui!
Batendo meu cartão nessa quarta-feira. RSRSSRSR
Meninas, estou muito feliz pelas favoritagem, espero realmente que estejam gostando, essa história está sendo construída com muito carinho. Apesar de ser um padrão da minha escrita, eu adoro essas coisas de família, então paciência que as coisas não vão acontecer rápido como caldo de cana, tento está o mais próximo possível no verossímil.
Sem mais delongas, lá vai mais um capítulo.

Capítulo 4 - A entrevista


Fanfic / Fanfiction Vc não precisa de sorte! - A entrevista

Capítulo 3 – A entrevista

— Como estou garoto?

— Estranha – disse, franzindo o nariz em uma careta.

Emma sorriu, estranha era uma boa resposta, seu filho sempre dizia que ela ficava estranha quando a via vestida com a vestimenta propícia para o trabalho em escritório. Isso significava que Emma estava com uma vestimenta muito conservadora para seu estilo. Contudo, Swan precisava muito daquele emprego, para não errar, apelou para um terninho feminino cor chumbo, saltos, poucos acessórios e pouca maquiagem. Emma não era muito fã de maquiagem, desta forma jogou apenas um lápis para realçar seus olhos, um batom claro e deu uns apertões em suas bochechas para ganhar mais cor.

— Ótimo – respondeu ao filho. – Agora me passa sua sorte, – pediu a loira.

Henry aproximou-se da mãe e roçou seu nariz no dela, em um carinhoso beijo de esquimó.

— Você não precisa de sorte, Mãe. – Disse o pequeno.

— Eu tenho você, né?! – Afirmou como se tivesse esquecido esse detalhe. – Tenho que deixar um pouquinho de sorte para os outros.

Henry abriu aquele sorriso que aquecia o coração da americana por inteiro. Emma deixou o filho na casa da mãe de Belle, e seguiu para entrevista. A loira estava nervosa, durante o percurso, Emma conversava com a amiga por mensagem, a desempregada implorava por informações a respeito da sua entrevistadora, mas a secretária não deu uma única dica. Não, que não quisesse, a questão é que Isabelle conhecia Regina bem demais, se a advogada desconfiasse que o candidato teve qualquer ajuda interna, as chances da sua amiga se resumiriam a zero.

— Emma, tenta se acalmar, que tudo vai dar certo – essa foi a última mensagem da amiga.

Cinquenta minutos depois, o Uber estacionou o veículo. O escritório ficava num casarão localizado na zona norte da cidade, Emma percebeu que caso ficasse com a vaga, teria que pegar dois ônibus para chegar ali. Ela aprumou-se, respirou fundo, fez uma pequena oração pedido que aquela porta se abrisse, e finalmente caminhou para dentro do lugar.

— Bom dia! – cumprimentou a loira. – Tenho uma entrevista com a doutora Regina Mills.

— Bom dia! Seu nome, por favor.

— Emma Swan.

A recepcionista olhou algo no computador, depois sorriu para Emma e a instruiu seguir pelo corredor, pegar a escada à direita. O Departamento Criminal ficava no segundo piso. A americana sorriu em agradecimento e segui pelo caminho indicado. Pelo pouco que pôde ver, o lugar era enorme. Chegando no hall do segundo piso, havia uma outra recepção. Apresentou-se novamente, desta vez para um rapaz. Ele a cumprimentou com cordialidade e em seguida discou para o ramal, segundos depois avisou:

— A secretária da Dra. Mills já foi informada, se quiser pode se sentar enquanto ela vem.

Emma assentiu, mas antes que pudesse se acomodar em um dos confortáveis sofás da recepção, Belle veio ao seu encontro. As duas se cumprimentaram com certo formalismo, depois a morena a conduziu por um corredores cheios de portas até chegar em uma pequena recepção.

— Dra. Mills, está finalizando com uma pessoa, peço que aguarde ali, – apontou para antessala. – Assim que possível você será chamada – disse a secretária.

— Quanto formalismo, Srta. French – debochou Emma baixinho, suprimindo o riso.

— Emma, – Belle a repreendeu. – Finja que não me conhece até você finalizar sua entrevista com a Regina, por favor. – Pediu a secretária.

— Mas eu te conheço – disse revirando os olhos.

— Se quer realmente esse emprego, não deixe Regina perceber isso – rebateu a amiga. – É sua melhor chance Emma. Você só conseguirá entrar nesse escritório por méritos único e exclusivamente seu.

— Ainda bem que não preciso de sorte – disse Emma, piscando para a amiga e abrindo um sorriso.

Belle tentou, mas não conseguiu evitar, acabou sorrindo de volta.

— Não, não precisa! – concordou, lembrando-se do seu afilhado. – Aquela celebre frase era muito dos Swans.

Emma caminhou até um dos sofás, não era a única ali, havia outra pessoa, um rapaz. Ele era jovem, na casa dos seus vinte e poucos anos. Pele branca, cabelos negros, em um corte moderno, olhos de um azul que parecia gelo. No entanto, o que lhe chamou a atenção foi que, ao contrário do que se espera em uma entrevista de emprego em um escritório de advocacia, o rapaz não se vestia de forma convencional. Pelo contrário, trajava uma calça slim escura, camisa social preta sob uma jaqueta de couro da mesma cor. Sob os pés botas de couro, e o mais interessante, seus olhos eram destacados com lápis de olho. Uma figura interessante, observou Swan. Belle apareceu na sala de espera e chamou por Killian Jones, o rapaz se levantou e seguiu a secretária. A entrevista foi rápida, o tal Killian não passou mais de vinte minutos na sala da entrevistadora. Emma tentava se distrair olhando suas redes sociais, era uma tática que usava para não ficar nervosa, mas apesar de querer aparentar uma segura esperança, o medo de uma frustração se rastejava para perto do seu peito.

— Srta. Swan, por favor, me acompanhe – chamou a secretária.

Emma respirou fundo, levantou-se e acompanhou sua amiga. Belle bateu à porta, anunciou a próxima candidata.

— Obrigada, Belle – agradeceu uma voz incrivelmente rouca.

Emma cruzou a porta e caminhou para o centro daquela sala. A primeira coisa que viu, foi o excesso de branco que compunha o lugar. Era um escritório bonito, moderno, seguindo uma tendência clean, mas era clean demais. Paredes brancas, móveis claros, a única cor que compunha aquele lugar, era o piso de porcelanato preto, e a bela morena que caminhava em sua direção.

— Boa tarde, Srta. Swan. Sou Regina Mills – apresentou-se formalmente.

Emma baixou as vista para a mão ofertada, apertou delicadamente. Sua entrevistadora tinha uma mão pequena e macia.

— Boa tarde, doutora Mills.

— Sente-se – pediu a advogada.

Emma sentou-se na cadeira indicada, não pôde deixar de ver o corpo sinuoso da mulher que se virou e caminhou para atrás da escrivaninha. Regina se acomodou em seu lugar e pegou algumas folhas sobre a mesa. Era o currículo da candidata e o questionário de perguntas que havia sido respondido pela mesma. Mills seguiu o roteiro de praxe, o que deixava a entrevistada confortável. Enquanto respondia às perguntas, Emma não pôde deixar de analisar a pessoa à sua frente.

— Porque você quer trabalhar conosco, doutora Swan?

A pergunta pegou Emma desprevenida, sim, ela sabia que aquela era a mais batida pergunta que se faziam numa entrevista de emprego, contudo não esperava vir daquela mulher. Sei lá, Emma por algum motivo achou que ela era diferente, que não apelaria para o velho clichê, embora o clichê fosse mais confortável para qualquer entrevistado, que já chegavam ali com respostas prontas, coladas da internet. E a reação da loira, não passou despercebida por Mills. Toda áurea da entrevistada mudou. Sua expressão ficou mais rígida e seu corpo mais tenso. Regina poderia ser ruim em lidar diretamente com as pessoas, mas ela não era tão burra para não perceber a mudança de um estado de espírito. Então, saiu do seu roteiro e foi ainda mais longe.

— Responda apenas com a verdade, Dra. Swan – pediu num tom mais suave e menos polido.

— Emma –, disse a loira. Regina remexeu na cadeira ou ouvir a voz da mulher em outro tom. – Me chame de Emma. Swan me remete a casa – disse timidamente.

Regina se acomodou melhor em sua cadeira, ela tinha notado um certo sotaque na voz da sua interlocutora. Loira, tinha uma pele bastante branca, porte físico aristocrático, olhos incrivelmente verdes, tão verdes que parecem duas pedras de malaquitas. Sim, ela poderia até ser do Sul, porém aquele sotaque num português extremamente polido dizia que era estrangeira. A advogada mais uma vez passou a vista nas duas folhas em sua mesa, no entanto, neles não constavam a informação que queria. Então, por que não perguntar?

— Casa? – perguntou Mills.

Emma sorriu. um sorriso aberto, onde seus finos lábios se acomodam lindamente de uma forma que proporciona ao receptor daquele sorriso, uma imagem completa da sua bela dentição, formada por dentes grandes, brancos e enfileirados harmonicamente.

— Corpo americano, alma e coração brasileiro – respondeu sorrindo.

Mills, perdeu alguns segundos naquele sorriso. No decorrer da semana, passou por 20 pessoas que sequer lhe ofereceram um fitar nos olhos, pessoas que vieram ali com respostas pré-fabricadas. E aquela garota, desde que chegou buscou seus olhos em cada resposta que emitia. E agora ofereceu um sorriso, um bonito sorriso. Regina baixou os olhos, precisava voltar ao inciso primeiro de sua Constituição.

— Um dos requisitos para a vaga, é o trabalho com total transparência – iniciou a mais velha. – Para mim, ela inicia aqui, neste momento. Porque deseja trabalhar conosco, doutora Emma?

Emma fitou as orbes castanha da sua entrevistadora, ela não piscava. Swan notou o quanto aquela mulher era bonita. Ela tinha um tom de pele oliva, um pouco mais baixa que seus 1.66 cm. Cabelos de fios finos e escuros, cortado em um corte moderno acima dos ombros. Lábios cheios e pintados tão bem em um tom vermelho bordô. Apesar do terno feminino que usava, era notável as curvas do seu corpo. No entanto, não foi isso que chamou a atenção da americana, foi sua seriedade. Emma poderia dar uma resposta padrão, porém, resolveu jogar com a verdade.

— Eu tenho muito o que oferecer, e também posso aprender bastante com vocês – disse e esperou alguma reação, mas a morena continuava com o rosto insondável, diante disso continuou: – Mas minha maior motivação para essa vaga se encontra em três coisas: Salário, plano de saúde e estabilidade. O escritório oferece esses três itens que são justamente o que preciso no momento. – Disse esboçando um sorriso sem mostrar os dentes.

Oh, oh, oh, era o que Regina queria expressar. Que resposta mais interessante, pensou Regina. Ela nunca ouvira algo tão sincero de um entrevistado.

— Agradeço sua sinceridade, Dra. Emma. Por hoje é só. Entraremos em contato para informar o resultado, caso resultado negativo seu currículo ficará em nossos bancos de dados para futuras oportunidades. – Disse Mills pragmaticamente.

— Claro, agradeço a atenção doutora.

As duas apertaram as mãos e a advogada acompanhou a entrevistada até a saída. Quando Emma cruzou a porta, Mills a fechou e voltou rapidamente para à sua mesa. Seus olhos pousaram no currículo a sua frente, nos últimos dois dias Regina entrevistou onze advogados e dez estudantes, poucos realmente despertaram seu interesse, era tudo mais dos mesmo, contudo, aquela mulher que acabou de sair fugiu do padrão. Mills já a tinha escolhido no momento que viu que a jovem, tinha pós-graduação pela Universidade de São Paulo em Direito Penal Tributário, sim, Emma relatou que a pós-graduação foi em EAD, porém, isso não diminuía a qualidade do ensino. Aquela era uma área que Mills não dominava, sempre que apareciam demandas nesse sentido, a morena se via obrigada a passar para outro escritório conveniado ao escritório de Gold. No entanto, foi a sinceridade daquela mulher que sacramentou sua escolha. Regina organizou sua mesa e separou os três currículos escolhidos. No final do expediente, se dirigiu a mesa da sua secretária. Belle, já não tinha unha para roer, sabia que o resultado das entrevista sairia naquela noite, pois sua chefe já havia pedido para que ela marcasse o exame admissional e a papelada para a contratação, só bastava dizer os nomes dos novos contratados.

— Belle, aqui estão os selecionados, eles começam na sexta-feira – disse Regina, já com sua bolsa no antebraço.

— Sexta-feira? – questionou a secretária. – Não seria mais lógico começarem na segunda, já que eles precisavam fazer exames e apresentar as documentações ao RH…

Regina rolou os olhos entediada.

— Ao que me lembre, você começou numa manhã de quinta-feira, e nem por isso achou ruim – respondeu Mills, arrancando um sorriso da sua subordinada. – Sexta-feira quero minha equipe pronta na sala de reunião às nove em ponto. Isso inclui você Srta. French.

— Sim, senhora! – brincou batendo continência.

Regina já tinha se virado para ir, quando voltou-se novamente para a sua secretária, seu tom foi de curiosidade, desde que iniciou as entrevista, Belle mantinha uma neutralidade impressionante, Regina examinou um a um dos candidatos, se perguntando quem era a pessoa da sua amiga, no fundo, Mills queria dar uma oportunidade a essa pessoa, afinal, se foi indicada pela mesma, no mínimo tinha competência para assumir o cargo. Porém, a advogada não fazia ideia de quem era, e agradeceu no final por não ter descoberto, porque nada melhor que o critério da isonomia numa vaga de emprego, e Regina gostou de suas escolhas.

— Belle, quem era a sua pessoa? – pergunto direta e reta.

Belle olhou para as três folhas em suas mãos, o sorriso que a morena abriu alegrou a advogada, não precisou de resposta para saber que aquela pessoa estava entre as três.

— Emma Swan –, falou com um sorriso na voz.

Regina deu um sorriso ladeado e se foi.

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Notas Finais


Nós vemos na quinta, beijossss

GRATIDÃO PELA COMPANHIA!


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