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História Veela, Draco? - Chapter LIII


Escrita por: SofiaDuarte

Notas do Autor


2020.1 começou

Capítulo 53 - Chapter LIII


Fanfic / Fanfiction Veela, Draco? - Chapter LIII

Finalmente a segunda semana de dezembro havia chegado! Depois de exaustivas semanas lidando com casos de pacientes e provas complicadas, o período finalmente havia terminado, e com ele o encerramento da faculdade. Dentro de quinze dias úteis Draco teria o seu diploma em mãos, podendo finalmente começar a trabalhar como clínico geral no Saint Mungus, começando a sua especialização em criaturas mágicas no ano seguinte.

-Parabéns Draco! – Azanate o abraçou, feliz por terem concluído aquela etapa. – Vocês vão jantar com a gente amanhã?

-Preciso ver como Hermione vai estar. As coisas não andam muito bem entre nós.

-Não? O que aconteceu? Você tem sentido alguma coisa?

-O artigo não vai rolar, McKinnon.

-Mas é para o seu próprio bem!

-Eu não caio nessa.

Após o próprio diretor do hospital vir cumprimentar os alunos, todos foram liberados. Quem quer que passasse pelo saguão se contagiaria com o sorriso deles, de alívio e satisfação.

-Vamos para um bar comemorar?! – Um dos bruxos tinha dado a ideia.

-Você pode ir, Malfoy? Ou sua esposa vai se importar?

Costumavam tirar sarro dele por ser tão novo e já casado, enquanto grande maioria de seus colegas ainda estava solteiro.

-Ainda está cedo, ela não deve ter chegado do trabalho ainda – Ele disse conferindo seu relógio de pulso. – Ela não vai se importar. Nós merecemos!

Com urros de felicidade, os cinquenta alunos de MedBruxaria seguiram para o Beco Diagonal, fechando o Caldeirão Furado. Passaram pelo menos três horas no pub, de modo que Draco apenas voltou para casa perto das oito da noite. Ele tinha bebido um pouco, mas não estava bêbado. Sequer estava alto. Ter alternado o álcool com doses de água haviam ajudado.

Ele estava radiante quando saiu da lareira em casa, tudo o que queria era passar o restante da noite abraçado com sua esposa assistindo um bom filme. Ele tinha milhares de ideias sobre o que poderiam assistir, mas estancou no lugar ao prestar mais atenção no ambiente.

A poltrona estava virada, a janela aberta, com as cortinas esvoaçando conforme os primeiros flocos de neve entravam pela abertura. O que raios tinha acontecido em sua casa? Fechando os olhos, Draco inspirou profundamente, captando o cheiro de Hermione. Do sangue de Hermione mais precisamente. Arregalando os olhos de pavor, seus pelos se eriçaram com a possibilidade do que poderia ter acontecido.

“AAAHHH”

Um grito agudo se fez presente, distante. Com seus olhos negros e garras de fora, Draco disparou a correr, temendo o pior. Droga, se ele não tivesse ido para o bar, conseguiria ter evitado o que estivesse acontecendo. Será que a gangue tinha seguido sua esposa até em casa? Quando ele teria paz?!

Sendo guiado pelo perfume da esposa, ele foi parar em um quarto de hóspedes no terceiro andar. Tentou abrir a porta, mas ela estava trancada. Desesperado e sem pensar racionalmente, Draco usou sua força física para arrebentar a fechadura e não um feitiço. Entrou preparado para lutar no cômodo, rosnando para quem quer que estivesse lá dentro com sua mulher, sendo recebido por um baque em seu peito.

Porque raios o bandido estava beijando a sua boca?

Abrindo os olhos, se deparou com Hermione o beijando carinhosamente. Sem pudor algum ele a empurrou, vistoriando o ambiente.

-O que aconteceu?!

-Nada.

-A sala está revirada, você gritou e senti o cheiro do seu sangue. Como não teve nada?!

-Eu precisava de uma maneira de te atrair até mim.

Olhando para os lados rapidamente, Draco ligou uma coisa com a outra.

-Você estava brincando comigo?! Mas que porra, Hermione!

-Eu não diria brincar, apenas provar um ponto.

-Você tem ideia do que podia ter acontecido? EU PODIA TER TE MACHUCADO! – Sua voz estava grossa e alterada. Finalmente percebendo a mulher a sua frente, Draco notou a camisola quase transparente da esposa e que pela iluminação era quase certo que ela não vestia nada por baixo. – O que voc....

Draco não conseguiu completar a sua pergunta. Já sabendo o que o marido questionaria, Hermione levou sua mão direita próximo ao rosto dele, o fazendo revirar os olhos de prazer. Tinha feito um corte na palma de sua mão para deixar o cheiro na sala e não tinha curado. Tomando a mão dela, Draco levou mais próximo ao nariz, lambendo o ferimento depois. Sempre que a mordia com mais força acaba tirando sangue, e ele adora o gosto. Sua saliva também ajudava a cicatrização.

Quando ele abriu os olhos, eles estavam inteiramente negros e sua pele arrepiada. As presas à mostra indicavam clara ameaça, mas o restante de seu corpo, não. Ele silvou antes de puxar a cintura de Hermione, enfiando sua língua em sua boca sem pestanejar. Com um suspiro alto, ela abraçou seu pescoço, sentido o ar ser sugado de seu corpo. Sentiu ser levada para trás, com um baque forte em suas costas. Ele a tinha prendido na parede com força, tentando fundir seu corpo no dela, junto da alvenaria. Quando o ar se fez necessário, Draco abandonou sua boca e partiu para o pescoço, marcando com força.

-Ah! – Gemendo, Hermione curvou seu corpo, arranhando as costas do veela.

Atiçado pelas unhas, Draco usou as próprias garras que ainda estavam de fora para destruir sua camisola. Ele não pensava racionalmente, apenas buscava concluir o seu objetivo. Ficou impaciente quando Hermione insistiu em tirar suas roupas, mas uma vez totalmente livre delas, ele voltou a pressionar o corpo dela na parede, capturando seus seios com a boca. Mais uma marca tinha sido feita, junto de ronronados que vibravam em seu mamilo. Com gemidos agudos, Hermione puxava com força os fios loiros, se surpreendendo quando ele se ajoelhou aos seus pés, diminuindo um pouco da ferocidade.

-Senti sua falta, docinho. – O veela estava de fora mais uma vez. A última vez que ele tinha aparecido tinha sido durante a cerimônia de casamento.

Após cumprimentar a companheira, o veela enfiou seu rosto no meio de suas pernas, ronronando alto com o cheiro e sabor dela. Com um grito, Hermione curvou sua pélvis, arrancando alguns fios do loiro. Sua língua era frenética, junto de seu ronronado que apenas a atiçava mais. Hermione foi forte o suficiente para empurrar o homem, saindo de seu alcance e o levando até a cama. Draco estava hipnotizado, lambendo os lábios. Quando voltou a se aproximar a beijou mais uma vez, rugindo ao sentir uma mão pequena em seu membro. A ferocidade havia voltado mais uma vez, empurrando a companheira na cama, a virando de costas.

Hermione sabia muito bem como as coisas seriam: a criatura em seu estado completo apenas fazia de um jeito, de quatro. Possivelmente era ligado ao jeito primitivo em seu sangue, sendo até mesmo inconsciente. Por isso não reclamou ao seu posicionada, apenas gemendo ao finalmente ser penetrada. Tinham sido tantos meses... Draco tinha apenas um ritmo: forte e duro. Ele estava quase enlouquecendo com a sensação de aperto quente e escorregadio em seu membro, perdendo o autocontrole e deixando 4 vergões de cada lado da cintura de Hermione, onde ele segurava com força. Ela resmungou de dor ao sentir a pele ser rasgada, mas estava tão inebriada que não cogitou parar. A situação toda não durou muito, o veela estava a muito tempo na seca – resultando em um gozo rápido e forte. Ele marcou mais uma vez o seu corpo, respirando pesadamente em sua nuca.

Aos poucos ele foi voltando à consciência, conforme os minutos passavam e se antes ele estava sorrindo, quando se deparou montado em Hermione, suados e com o rosto colado em suas costas o sorriso deu lugar a um semblante fechado e ferido. Se retirou da mulher com brusquidão, dando três passos para atrás. O que ele tinha feito?

Percendo que o marido estava estranho e quieto demais, Hermione se sentou na cama, se virando em sua direção. Seu rosto estava fechado, com os olhos lacrimenjando.

-Draco?

-O que você fez, Hermione? – Sua voz não passava de um sussurro.

-Porque está assim?

-O que você fez, Hermione? – Seu tom era alto e grosso.

-Já disse, provei meu ponto!

-E qual seria ele?!

-Que se o veela assumisse o controle você conseguiria me tocar. Você queria isso, só não se permitia. Então deixando a criatura de fora você teria coragem!

-VOCÊ NÃO TINHA ESSE DIREITO! Não sabe que brincar com ele é perigoso?!

-Nunca aconteceu nada comigo. Você nunca me machucaria.

-OLHE PARA A SUA CINTURA! PORRA, HERMIONE! – As marcas sangravam pelo corte profundo.

-Draco....

-Não! Você foi longe demais! Isso nunca devia ter acontecido.... Não podia deixar as coisas como estavam?! Eu estava satisfeito daquele jeito!

-MAS EU NÃO!

-SE TIVESSE ME CONTADO SOBRE AS AMEAÇAS ISSO NÃO TERIA ACONTECIDO!

-VOCÊ SABE QUE ISSO NÃO É VERDADE, MALFOY!

-Você não sabe como é a sensação de ter perdido o gene por um acidente! Isso me mata por dentro!

-E COMO VOCÊ ACHA QUE EU FICO QUANDO MEU PRÓPRIO MARIDO LIGA MAIS PARA A DROGA DE UM GENE DO QUE PARA A MINHA VONTADE?! Você é um idiota, Malfoy! – Hermione chorava copiosamente, se sentindo humilhada pelas acusações que eram jogadas em seu rosto.

-EU NÃO POSSO ME DAR AO LUXO DE FALHAR COM MEUS FILHOTES!

-EU MANDO NO MEU CORPO! Você não vai me fazer sentir mal pelo o que aconteceu, não mesmo! Mas se quer continuar com isso, continue sozinho!

Draco silvou para a esposa, deduzindo que ela se afastaria de vez.

-Você não pode fazer isso! – Seu tom estava descontrolado mais uma vez.

-SAI DAQUI! – Ela pegou um vaso que estava próximo jogando na parade distante de Draco, estilhaçando a porcelana e o expulsando do quarto.

Ele bateu a porta com força ao sair, marchando nu furiosamente pela casa até o seu quarto, buscando seu roupão de seda e o vestindo antes de ir em direção à biblioteca. Ele abriu as portas em força, fazendo com que elas batessem na parede. Os garotos que até então estavam acomodados deram um pulo na moldura, assustados com a intromissão.

-Draco? O que aconteceu? – Jeremiah tomou a frente, vendo Jacques ir buscar Samuel.

-HERMIONE! Ela forçou a criatura a sair!

-Draco? – Samuel chegou de supetão, preocupado com o estado do parente. – Você não devia estar comemorando a formatura com sua esposa?

-NÃO ME FALE DELA! – Rosnando, ele passa a mão com raiva nos cabelos, andando de um lado para o outro.

-Vocês brigaram?

-Bastante! Quem ela pensa que é forçando o veela a sair?!

-O que ela fez exatamente?

-Aquela…. – Ele se segurou antes que o xingamento saísse de sua boca. Ele tinha se irritado ao ponto o velho Draco vir à tona. – Ela me fez pensar que algo tivesse acontecido com ela, só para me transformar! E se isso não fosse o suficiente, ainda me fez sentir o cheiro do sangue dela!

-Porque ela faria uma coisa dessas? - Jeremiah nunca pensou que a morena fosse capaz de fazer uma coisa daquelas.

Aquilo parecia ter agido como um tapa no rosto de Draco. Se acalmando, ele se jogou na poltrona mais próxima, olhando para os próprios pés antes de ter coragem de contar a verdade.

-Nós.... Eu.... Estivemos com alguns problemas desde o acidente meses atrás...

-Que tipo de problemas?

-Não conseguia dormir com ela.... Eu sabia que ela estava incomodada, mas depois de hoje.... Acho que ela enlouqueceu!

-Não consigo entender a relação de sexo com uma explosão. – Jacques constatou o óbvio.

-Não foi somente isso.... Ela perdeu nosso primeiro filhote nesse dia.

O horror atingiu até mesmo as expressões de Jacques. Todos eles eram bastante sensíveis com o assunto, mas não idiotas ao ponto de culpa-la como ele mesmo tinha feito minutos antes.

-Ela está sofrendo muito? – Jeremiah temia como a mulher estaria visto que Draco estava arrasado.

-A questão é essa, ela não sentiu nada!

-Nada?!

-Nada!

-Ora essa, mas....

-Parem de agir como idiotas chorões! – Freya surgiu na moldura de Samuel, assustando a todos pela sua carranca.

-Freya?! O que aconteceu?!

-Não posso permitir que fiquem aqui fazendo a caveira de uma mulher inocente. Já fizeram o suficiente comigo e com Septimus para eu saber o quanto isso é doloroso.

-O que você quer dizer com isso?

-É simples: Draco, querido, você reclama que ela está indiferente ao acontecido, mas vocês já tinham conversado alguma vez sobre o assunto?

-Já, e ela não está pronta para isso ainda....

-Então a respota está bem na sua frente: se ela não está pronta, o acontecido não afetaria sua vida ao ponto de se lamentar. Não digo que estaria contente, mas não há motivos para você a culpar desse modo.

-Mas.... Mas ela sabia da minha condição, e me forçou a me transformar!

-Não senhor! Não distorça a situação!

-O que aconteceu então, Freya? – Seu tom era de desinteresse e irritação.

-Você mesmo já respondeu a sua pergunta, Draco! Contou que não a tocava a meses, ela só estava procurando um modo de te ajudar!

-Me fazendo acreditar que tinham sequestrado ela?!

-E de que modo você se transformaria?!

-FREYA! ESTÁ COMPACTUANDO COM ELA? – Samuel ficou horrorizado.

-Cala a boca, Fitzgerald! Não escute ele, Draco! Só me diga uma coisa: você procurou ajuda médica?

-Não.... Esperava conseguir me concertar sozinho...

-Você é medbruxo e se recusou a procurar um? Hermione não podia esperar a vida toda, Draco. Ela esperou o que, seis meses?

- Dez meses....

-E garanto que ela só te transformou por saber que você conseguiria. Ela te esperou, Draco, só te ajudou a se libertar. Ela é louca por você, nunca faria nada para te magoar....

-Ela.... Ela disse que queria provar um ponto....

-Que você transformado não tinha medo de chegar perto?

-Como sabe disso?

-Como você não consegue enxergar isso! Ela só quer o melhor para você, e agora que você viu e sentiu que consegue ter isso de novo, vai se recuperar muito mais rápido.

-Eu não tenho tanta certeza disso.... – Jacques estava temeroso. – Ele chegou aqui como um furacão, não deve ter sido uma briga bonita lá em cima...

-Pense bem antes de fazer uma besteira, Draco. Ela te ama profundamente.

***

Hermione estava arrasada. Tinha brigado uma hora antes e desde então ela estava encolhida na cama, nua, chorando todo o líquido de seu corpo. Se sentia a pior das pessoas do mundo por ter tentado ajudar o companheiro. Tinha a sensação que seu casamento tinha acabado, assim como sua sanidade. Tinha sido humilhada por não se culpar de algo que era inocente, mas ela deveria! Por inconstáveis minutos ela tentou se convencer da tristeza, forçando isso em seu corpo, mas não acontecia nada.

Draco precisaria aprender a lidar com isso.

Sabia que a sepração não viria dele, muito menos dela. Ela o amava e ele precisava da sua companhia. Acreditava que ele ainda conseguiria se recuperar, mas estava tão magoada.... Uma nova onda de choro atingiu seu corpo, com ela se encolhendo ao sentir um toque suave em seus ombros.

-Vai embora daqui, Malfoy. – Sua voz denunciava o quão ferida estava, preferindo que ele se afastasse.

-Preciso me desculpar com você. – Ele apertou seu ombro, indicando que não sairia de lá.

-Não quero ouvir suas desculpas.

-Mas vai. Eu sinto muito por ter falado aquilo tudo para você, eu não devia.... Eu te entendo, sei o porque fez isso essa noite.

-Sabe? – Ela tirou o rosto do casulo apenas para verificar se ele não mentia.

-Você só queria que eu percebesse que estava errado. Que conseguiria ser eu mesmo transformado...

-Draco, não são duas pessoas diferentes no mesmo corpo, é só você. Só que com a transformação você consegue deixar seus medos de lado e agir como quer. Eu te aticei com o sangue, mas em momento algum te toquei sexualmente.

-Você estava com uma camisola quase transparente!

-E quantas vezes já não fiquei assim na sua frente ultimamente e você me ignorou?

Ela tinha um ponto.

-Eu pude refletir sobre isso na última hora, e sei que devo te pedir desculpas. Eu agradeço imensamente o que você fez, Hermione. Acho que eu nunca mais teria coragem de fazer isso sem a sua ajuda...

-O que eu podia fazer? Você é um cabeça dura e com o ego inflado demais para procurar ajuda psicológica! Eu precisava te ajudar de algum jeito, e já que você me mostrou o que acontecia de verdade, não custava nada tentar....

-Me perdoa, por favor.... – Ele se abaixou e encostou suas testas. – Por tudo. Eu nunca mais vou te culpar pelo aborto. Isso vai sempre estar marcado em mim, mas não posso mais usar isso como desculpa para te afastar. Eu sou um covarde.

-Me promete que vai procurar um psicólogo?

-Eu prometo.

Ainda relutante, Hermione se deixou ser pega no colo, se aconchegando em seus braços. As marcas em sua cintura cicatrizavam lentamente por conta do veneno, mas precisariam se livrar dos lençóis manchados de sangue.

Ao que tudo indicava, eles finalmente voltriam a ser um casal feliz.

 



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