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História Veela, Draco? - Chapter LVII


Escrita por: SofiaDuarte

Capítulo 57 - Chapter LVII


Fanfic / Fanfiction Veela, Draco? - Chapter LVII

Era dia 10 de dezembro e Hermione tinha recém completado os nove meses de gravidez. Estava inchada, com os pés doloridos, com uma barriga gigante e seios maiores. O cansaço fazia parte dela, assim como o sentimento de não aguentar mais estar grávida. Suas costas doíam pelas poucas posições disponíveis para dormir, quase implorando para se deitar de bruços mais uma vez. Ela tinha tirado sua licença maternidade a alguns dias, com Draco tentando se manter focado o máximo possível na pós-graduação, mas seu orientador e colega tinha aliviado as suas obrigações e avaliações. Era a espécie que eles estudavam que estava prestes a ter o primeiro filho, ele estava histérico, feliz e tenso. Queria o melhor para a companheira, mas já tinha levado tantas patadas pela superproteção que se mantinha quietinho agora.

Por mais que estivessem com todos aqueles fatores, tinham conseguido decorar o quartinho de Scorpius, que não ficava muito distante do deles. Mas apesar do momento ser de preparação para o parto, já que ele poderia acontecer a qualquer momento, tinham deixado que Milan os fizesse uma visita. Viktor tinha tentado de tudo para persuadir o filho que aquele não era um bom momento, mas o garotinho de quatro anos gritou, chorou, esperneou e até fez magia involuntária de tanta falta que sentia dos padrinhos. Não que Milan fosse mimado, apenas era uma criança com saudades e com um leve sentimento de ciúmes, por não ser mais o favorito e prioridade dos padrinhos.

Então lá estavam eles, entretendo Milan na sala de estar. Desde que chegara ele não tinha saído do pouco colo que Hermione conseguia dar na atual conjuntura da situação, acariciando sua barriga.

-Quando você nascer vou ser seu melhor amigo, scoupius! – Ele gritava alegre, com dificuldade em falar o nome do amigo. – Mas só se você prometer deixar a tia Mione e o tio Draco brincarem comigo.... – Sua voz tinha mudado para ansioso e com medo.

-Milan, mas é claro que vamos brincar com você! – Hermione penteou seus cabelos com suas mãos.

-Mas ele vai precisar da nossa atenção, ele é muito pequenininho. Mas nós nunca vamos deixar de amar você ou não te dar mais atenção. Você só precisa ser paciente. – Draco pegou o garoto no colo, vendo o alívio chegar aos olhos de Hermione.

-Vão continuar brincando comigo? Papai disse que vocês não teriam tempo... – Ele tinha o semblante triste.

-No começo não, mas assim que ele crescer um pouquinho vocês vão poder brincar juntos!

-Não se preocupe, Milan, você vai continuar sendo nosso afilhado favorito.

Milan não tinha ideia do que aquilo significava, mas se ele seria o favorito deles, estava contente. Com um grito agudo de felicidade, ele esperneou para sair do colo, logo voltando a desenhar no chão da sala.

Hermione fazia caretas, seu corpo todo doía e por mais que Draco tivesse massageado antes do afilhado chegar, ainda não tinha passado. Ela temia estar chegando a hora e Milan ainda estar na casa deles, não teria com quem o garoto ficar. Por mais que Viktor tivesse prometido que não o deixaria mais de duas horas, ela se incomodava de fazer o garoto se sentir rejeitado.

Draco acariciava os ombros da esposa, na falha tentativa de fazê-la se sentir melhor. Ela não conseguia mais subir as extensas escadas sem a sua ajuda, e agora isso. A mala dela e de Scorpius já estava pronta perto da porta, mas ele não queria que fosse a hora ainda.

-Não melhorou, docinho? – Ele sussurrou baixinho.

-Não dói tanto que nem da vez que você me marcou pela primeira vez, mas incomoda.

-Quer que eu mande um patrono para Viktor?

-Não, se fizer isso ele vai se sentir rejeitado. Daquia a pouco Krum aparece.

Depois de mais uma careta, Draco não se aguentou. Afastou o cabelo castanho do pescoço, se aproximando e deixando suas presas descerem, mordendo delicadamente a pele branca. Hermione estremeceu ao sentir o veneno ser injetado em suas veias, soltando um gemido de satisfação ao sentir seus músculos relaxarem e darem uma trégua ao seu sistema nervoso.

Milan podia parecer estar distraído com seus desenhos, mas ouviu o gemido e curioso como era olhou para os padrinhos, sem entender muto bem porque os dentes do tio Draco tinham crescido e porque a tia Hermione gostava dele morder seu pescoço. Antes que pudesse fazer alguma pergunta, seu pai surgiu na lareira atrás dele.

-Pronto para irmos, filhão?

-Só mais um pouquinho, papai! – Ele implorava.

-Está tudo bem com você, Hermione? Parece pálida. – Viktor ignorou o filho, que se aproveitou da situação para continuar desenhando.

-Não é nada, só o final da gravidez.

-Eu sabia que não era adequado deixar que Milan viesse para cá, mas Zara me convenceu que ele sentia falta de vocês.

-Conversamos com ele hoje, acho que entendeu que não poderemos dar muita atenção para ele por um tempo, mas que isso não significa que paramos de amá-lo. Espero que ele tenha entendido. – Draco estava preocupado com a esposa.

-Está sentindo muitas dores? Não me lembro de Zara ter ficado assim....

-Mas é claro que ficou, Viktor! É a reação antural do corpo, mas isso acontece algum tempo antes de entrar em trabalho de parto e não sei se já está na hora, você acabou de completar nove meses....

-Se não é hoje é por esses dias. – Ela falou calma, apertando a mão do marido. – Não precisa ficar em pânico, vamos ficar bem.

-Não vou perturbar vocês por mais tempo. Não se esqueçam de me avisar quando nascer.

-Como se fôssemos esquecer isso.

-Vamos Milan, sua mãe está esperando em casa.

-Ahh.... – Ele ficou tristinho, se levantando e indo abraçar o padrinho e a madrinha.

-Só não esqueçam de mim.... – Ele fazia drama, com um bico. Viktor apenas segurou sua mão e entraram na lareira, dando um tchauzinho antes de partirem.

Assim que chegaram em casa, Milan ainda parecia consternado.

-Aconteceu alguma coisa, Vik? – Zara saía da cozinha, sem entender nada.

-Milan enfiou na cabeça dele que será abandonado pelos Malfoy, e está com ciúmes.

-Meu amor.... – Zara se abaisxou aos pés dele. – Não fica assim.... Como seria se eu e seu pai te déssemos um irmãozinho?

-Hm. – Ele fez bico, cruzando os braços, enfiando seu rosto no colo da mãe.

Foi preciso uma uma longa sessão de carinhos para que Milan se esquecesse de tudo aquilo, indo brincar em seu quarto enquanto Zara terminava o jantar e Viktor estudava táticas de jogo para o próximo treino. Tinham se passado uns bons 40 minutos até que Zara os chamasse para comer. Tudo ia muito bem até Milan fazer manha e se recusar a comer os brócolis com cenoura de seu prato. Ele ignorava a existência dos vegetais e se recusava a abrir a boca quando Viktor tentou a tática do aviãozinho. Estavam prestes a pensar em alguma outra coisa quando Milan perguntou inocentemente:

-Pai, eu também vou ter dentões como o tio Draco?

-Dentões? – Zara estranhou. Draco não era dentuço.

-É, bem aqui. – E ele apontou para os caninos.

-Onde você viu isso, filho? – Zara perguntou com uma voz nada boa.

-Hoje, Tio Draco estava mordendo a tia Mione com os dentões. Eu vou ter eles quando crecer??? – Ele estava animado com a ideia, ele idolatrava o padrinho.

-Bem, vou te contar um segredo, mas só porque está se comportando. – Viktor começou – Ele tem esses dentões porque comia todos os brócolis com cenoura quando era criança. – Comentou cochichando com o filho, que arregalou os olhos e comeu todos os vegetais do prato.

Com um sorriso de satisfação, Viktor viu Zara largar os talhares no prato e se levantar com uma cara feia.

-Eu perdi a fome. – Ela se levantou e bateu a porta do quarto, tentando controlar a raiva que crescia em seu peito.

Viktor sequer pediu licença ao filho, apenas se levantou e a seguiu, tomando o cuidado de fechar a porta novamente para que Milan não escutasse a certeira briga que viria pela frente.

-O que está acontecendo, Zara?

Ela estava parada olhando pela janela, querendo muito ignorar o marido.

-Eu te conheço. Você não sairia da mesa por nada.

Ela suspirou alto antes de despejar tudo.

-Não te incomoda nenhum pouco que seu filho se espelhe em outra pessoa que não você? Ele só fala de Draco pra cá, Draco pra lá! Até ser um veela ele quer, mas como vamos explicar para ele que é impossível ser isso?!

-Você está com ciúmes?

-Não são ciúmes, eu só estou farta deles se meterem na minha vida! Toda veez que penso que finalmente posso viver em paz com a minha família eles aparecessem e estragam o meu dia!

-O que você queria, Zaharina? Que eu impedisse Milan de encontrar com os próprios padrinhos? Você quem deu a ideia!

-PORQUE ELES PODIAM PROTEGÊ-LO, NÃO TIRAR ELE DE MIM!

-NINGUÉM ESTÁ TIRANDO ELE DE VOCÊ! De onde tirou isso?!

-Ele prefere ser filho deles do que nosso. Quer ser um deles! Foi um erro ter deixado ele ir hoje, se não tivesse nunca teria visto uma marcação. Foi muita irresponsabilidade ter feito algo assim na frente de uma criança!

-Hermione estava com dores, a data do parto está se aproximando. Draco deve ter feito isso como última altenativa para....

-PARA DE DEFENDER ELA! – Zara gritou, com as primeiras lágrimas caindo, jogando uma almofada na direção do marido, que como excelente apanhador a pegou antes que atingisse seu rosto. – SÓ PORQUE VOCÊ É INCAPAZ DE ESQUECÊ-LA NÃO PRECISA FICAR ESFREGANDO ISSO NA MINHA CARA!

Viktor estancou no lugar. Como que sua esposa poderia pensar aquilo sobre ele?

-O que você acabou de dizer?

-Não precisa mais mentir para mim, Viktor. Eu tentei me enganar por bastante tempo, mas não dá mais.

-Zara, escute só o que você está falando! Nada disso faz sentido!

-Eu sei muito bem que só nos casamos por conveniência, não tem porque continuar com isso.

-Zarahina, se não existisse sentimento já teríamos nos separado há muito tempo. Eu amo você, como não consegue perceber isso? Nós temos um filho, Zara. Se não nos amássemos Milan não estaria aqui.... – Viktor se desesperou com a possiblidade da esposa querer se separar.

-Você diz que me ama, mas também gosta dela. – Zara chorava, se deixando ser abraçada pelo homem.

-Ela foi o meu primeiro amor, Zara. Eu nunca vou esquecer o carinho especial que nutro por Hermione, mas com você é totalmente diferente. É com você com quem quero estar, passar o resto da minha vida, ter filhos.... Por favor, não faça mais isso com a gente e com você mesma. Guardar isso por tanto tempo.... – Viktor encostou suas testas, quase chorando junto a mulher.

Zara não dizia nada, apenas chorava junto ao peito de Viktor, se agarrando o máximo que podia ao seu corpo.

-Por favor, nunca mais pense uma coisa dessas.... Eu amo você. – Viktor beijava o redor de sua boca, depositando um beijo delicado sobre seus lábios, sentindo a esposa acalmar a sua crise nervosa.

Quando Zara finalmente estava mais calma, começou a beijar com vontade o marido, em uma tentativa inconsciente de mostrar que ela era boa para ele. Viktor a apertava e beijava como se sua vida dependesse daquilo. Mas não conseguram chegar muito longe, já que um choro alto chegou aos ouvidos deles.

-Milan! – Os dois disseram em uníssono.

Ao saírem do quarto apressados, seguiram o som e se depararam com o gaotinho em uma situação deplorável ainda sentado à mesa de jantar. Ele tinha passado por tanto naquele dia, seus tios favoritos avisando que precisariam dar mais atenção ao bebê deles do que a ele e agora seus pais discutiam muito alto e feio dentro do quarto. Era demais para seu emocional aguentar! Aos prantos, Milan tinha seu rosto manchado pelas lágrimas, assim como secreção escorrendo de ser narizinho. Seus olhos lilás estavam mais escuros, frutos da tristeza.

-Querido! – Zara se jogou aos seus pés, acariciando sua cabeça. – Porque está chorando?

-Vo-voce-cês es-estavam briga-gando! – Ele soluçava alto, pedindo colo.

-Não estamos mais, Milan. Não estamos mais. – Zara o pegou no colo e se levantou, indo em direção à Viktor, que abraçou os dois.

-Foi só um desentendimento, Milãozinho.... Shhhhh, pode parar de chorar.... – Milan quase caiu, mas conseguiu abraçar ambos os pais desconfortavelmente.

Quando ele se acalmou, Viktor o ajudou a tomar banho, permitindo que ele dormisse na cama junto deles. Deitando entre os dois, Milan dormiu segurando a mão dos dois, se enroscando nos braços do pai no meio da madrugada.

Apenas Zara não conseguia ver a família linda que eles eram.



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