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História Vendida - Djavú


Escrita por: Sanrotonina

Notas do Autor


Oi, oi, oi

Então meus amores, chegamos ao último capítulo da fanfic. Eu pensei muito sobre que final eu daria a vendida e sinceramente nada me vinha a mente. A estória era pra ter a acabado a uns três capítulos atrás mas, eu decidi que talvez fosse bom um final igual ao começo. Eu sinto muito se irei decepciona-los, mas eu não consigo pensar em nada que encerre a fanfic de um jeito que me satisfaça. Talvez o fim da fanfic não os agrade, mas eu estou com um bônus feito. Um bem fofinho, e com a conclusão de cada personagem, então se vocês quiserem deixem nos comentários e eu trarei a vocês o bônus ❤️

✨Agradecimentos✨

Vai ser bem curtinho, eu juro.
Eu quero agradecer a todos vocês que leram, comentaram e acompanharam a fanfic até aqui ❤️ Sem vocês vendida não seria o que é hoje❤️ eu sou imensamente grata a cada serzinho que em algum momento nesses 1 e 6 meses de fanfic, comentaram ou favoritaram a fic❤️❤️❤️❤️❤️ Obrigada meus amores, de coração ❤️

Bem, é isso.
Boa leitura ❤️

Capítulo 49 - Djavú


Fanfic / Fanfiction Vendida - Djavú


O tiro atravessou a perna do homem que caiu de joelhos no chão. O sangue rapidamente escorreu por sua perna e a ardência fez com que ele gritasse de dor. 

MALDITA. — Ele urra tentando se levantar. 

Ava não lhe dá atenção, a morena corre até Justin para ajudá-lo. Com o homem incapacitado, ele não poderia fazer muita coisa, certo? 

Tá tudo bem, eu tô aqui, eu tô aqui. — Ela o abraçava nervosa. Suas mãos tremiam. Ava tentava conter seu desespero mas era quase impossível, com Justin naquele estado. — Vamos pra casa. — Ela dá seu braço para que ele se apóie. 

— O que está fazendo aqui? — Rosna bravo mas logo um gemido de dor escapa de sua boca. 

— Vim salva-lo. 

— Sabe que não devia estar aqui. — Justin olhava para ela  com chateação. Ava estáva se arriscando, isso não pode acontecer, ela é mãe, responsável por duas crianças. Seus filhos precisam dela. — Por que você nunca escuta? Mas que porra. 

— Vamos discutir isso agora? — Sorri sem jeito. — Ah eu atirei em 6 caras, ou mais... E na sua mãe também. — Disse tudo tão rápido que Justin quase não entendeu. Bieber não se conteve e sorriu. 

O clima foi quebrado quando Justin se deu conta, de que, Connor, não estava mais ali. Tudo que tinha era apenas um rastro de sangue que se seguia mata a dentro. 

— Temos que sair daqui. — Ava responde tremula. 

O trovão os assusta, ao olharem para cima ambos, vêem uma nuvem de chuva carregada. Iria chover, e muito. 

Os dois seguem subindo mata a dentro. A mansão não ficava muito longe, e se Melissa já tivesse chegado lá, provavelmente o socorro estáva a caminho. Ava praticamente puxava Justin, morro a cima. 

Está ouvindo isso? — Justin sussurra pra ela que olhava atenta para todos os lados. 

Um carro. 

— É o resgate. — Diz sorridente. — Vamos, temos que encontrá-los. — Ela andava mais rápido. Justin breca fazendo Ava voltar para trás com tudo. — O que foi? 

— Não são os carros da minha família. — Justin pegando sua arma e recarregando.

— Como sabe disso? 

— É muito barulhento, dá pra ouvir que o motor está falhando, e um dos pneus está furado. Jamais dirigiriamos carros tão ruins assim. — Ele explica. — Quem quer, que seja, não está aqui para nos resgatar. 

— O que faremos? A mansão fica naquela direção. Temos que ir. — Ava ruia as unhas enquanto andava de um lado para o outro. 

— Eles já foram, então não vamos ter problemas. — Bieber explica. Eles estava parados pensando e descansando. Ava tentava achar uma maneira de fugir com Justin de todas as pessoas que estavam os perseguindo. — Sua roupa está rasgada. — Avisa. — Justo nesse lugar. — O vestido florido estáva rasgado na lateral, revelando a calcinha e as coxas de Ava. 

— Droga. Foi um idiota que me agarrou por trás. — A morena explica vendo a expressão séria de Justin. 

— Agarrou? — Ele arqueia  as sombrancelhas. — Como assim? 

— Ora, Justin. Ele me agarrou por trás e ficou beijando meu pescoço enquanto as mãos sujas queriam me apalpar. — A morena provoca sabendo que Justin é ciumento. 

— N-não precisa dar detalhes. Inferno. 

— Ele ainda me chamou de vadia, e quase tocou na minha—... 

— OK. Para com isso. Eu tô todo arrebentado, sangrando e você ainda por cima me tortura mais com essas palavras. Eu devia matar o desgraçado. — Ele trava o maxilar. 

 A morena ri discreta. 

— Eu atirei nas bolas dele. — Sua confissão fez os olhos de Justin brilharem em admiração. — Não foi proposital, segurei a arma errada e ela acabou rechicoteando. 

— Essa é minha mulher. — Ele a puxa pela cintura. — Não acredito que voltou. Não acredito que você está aqui, porra. — Seu sorriso de adimiração morreu conforme as palavras que dizia. Bieber estáva grato, Ava o salvou, e ele reconhecia isso, mas não podia negar que estava puto por ela nunca o escutar. — Não devia estar aqui, não devia. — Ele segurava seu rosto com as duas mãos, e beijava seus lábios. — Já era pra você estar em casa, com nossos filhos. Eu quase te perdi Ava, e isso não tem nem 48 horas. Por que está se colocando em risco? 

— Você quer discutir isso aqui? Tudo bem. — A morena cruza os braços. Ela o olha tentando não chorar. Ava sabia que Justin estáva certo, mas ela não adimitiria isso. — Eu estou aqui por você. Porque eu quero te salvar, porque eu não quero te perder. Eu nunca iria deixá-lo sozinho. Você é motivo suficiente, não acha? — Ela olhava esperando que Justin continuasse seu sermão, mas tudo que Bieber faz é beija-la, com toda paixão e volúpia. 

— Você não se cansa de ser perfeita, caralho. — Eles riam durante o beijo. Ava o abraça sem dúvidas de que fez a escolha certa, ela não podia estar mais feliz com a decisão que fez. Sentir ele lhe acolher com seus braços era a melhor sensação do mundo. — A gente tem que ir. — Eles dão as mãos e continuam seu caminho. A chuva engrossava cada vez mais, e isso dificultava o caminho que antes era de terra, e agora só tinha barro. 

— Justin você pisou no meu p—...

O homem tapa sua boca e a joga atrás de alguns arbustos. Ava o olhava com os olhos erregalados sem entender, até que a mesma escutou duas pessoas conversando. 

— Connor conseguiu enganar os Biebers. Jeremy acha que Justin e a mulher estão de refém, esses idiotas farão tudo que quisermos... 

— Só precisamos cuidar do Bieber, o que não vai ser difícil já que ele está acabado. E ficamos com a mulher... — Eles riem vitoriosos ao pensar que poderão ficar com Ava para eles. — Eu ouvi dizer que ela é muito gostosa. Nunca estive tão animado com uma "missão". 

Justin estava de maxilar travado, querendo se levantar para matar os desgraçados que falavam de sua mulher. Ava estáva envergonhada e ao mesmo tempo com medo, como tanta gente a conhecia? 

— Filhos da puta. — Bieber rosna assim que os dois homens se vão. Eles se levantam indo em direção contrária a dos dois homens. — Como esses fodidos sabem tanto sobre você? Esses merdas acham mesmo que vão fazer alguma coisa? — Ele ri indignado. — Vou matar todos eles. — Engatilha sua arma. Ava abaixa o  revólver com sua mão, enquanto negava com a cabeça. 

— Você escutou o que eles disseram? Aqueles homens chegaram na mansão, todo mundo pensa que estávamos de refém, por isso não recebemos ajuda. — Ava tentava fazer Justin enxergar a grande merda que estava acontecendo. — Temos que dar um jeito de aparecer, de pedir ajuda. 

— Pega. — Ele lhe entrega a pistola de prata. Ava arregala os olhos ao ver Justin se afastar. — Continua nessa direção, vai chegar aos fundos da mansão. Pelo que eles disseram a frente da mansão está dominada, então se for pelos fundos não terá problemas. Avise ao meu pai que ele pode meter bala neles. — Sorri de canto. Ava o segue virando ele para si.

— Que merda você está falando, aonde você vai? — A morena esperava uma explicação. Justin não estáva raciocinando direito. Por que ele queria seguir outro caminho? — Justin! 

— Pra onde acha que àqueles desgraçados estão indo? Eles vão pelos fundos, isso aqui é um atalho se for agora chegará primeiro. Eu estou logo atrás de você.  — Diz sem paciência. Meu namorado havia formulado todo um plano em sua cabeça. Mesmo confiando nele, não podia negar que estáva com medo de seu esquema. — Eu não deixá-los fazer mal pra você. — Toca meu rosto me passando tranquilidade. — Você vai chegar, entrar pelos fundos e pedir ajuda. Não espere por mim, ok? — Concordo com tudo que ele me dita. — Até daqui a pouco. — Justin beija minha testa e sai. 

Corro em direção ao atalho sem olhar para trás. Era uma mata escura e fechada, meu coração estava a mil. Havia uma bifurcação, duas estradas que se cruzavam formando uma só. Logo, logo, àqueles homens estariam perto, começo a correr mais rápido deixando o que sobrou de meus saltos, para trás. 

Pov's autora

Justin andava calmamente, aquilo se tornou um jogo para ele. Caçador vs caça, e aqueles dois homens seriam sua presa. Ava seria sua isca, para atrair àqueles dois malditos. Ele daria conta, jamais colocaria sua mulher nessa situação se não fosse realmente dar conta.

Bieber poderia ter ido com ela, avisado a todos que eles estavam bem, e deixar que seu pai e a máfia fizessem o resto. Não sobraria muito, de Edward e Connor. Mas, sua sede de sangue, seu lado primitivo estava atacando justo naquela hora. O que ele ouviu não se apagaria de sua memória com facilidade. Ela era sua mulher, só sua. Nenhum outro verme tem qualquer direito ou domínio sobre ela, além dele. 

Justin amava jogos, principalmente aqueles em que o mesmo sabia que sairia vitorioso. O sorriso de canto logo surgiu quando o mesmo avistou os dois homens calmamente, analisando os saltos que foram deixados por Ava. 

— Ela está perto. — Eles riem vitoriosos. Ter Ava não era o objetivo de sua missão. Seu chefe havia lhes dado ordens na qual eles deveriam rastrear Bieber, trazendo ele até Connor, vivo ou morto. Como Ava estava acompanhada de Justin, os dois homens poderiam fazer o que desejassem com a mesma. A fama de Ava Benalt não era só de maior empresária, como também mulher mais sexy. Todos a conheciam graças a Justin. Os boatos circulavam, e todos parabenizavam ele pela ótima escolha. 

Os dois homens só tinham ouvido falar naquela mulher, mas nunca se quer chegaram a vê-la. 

Ao pisar em um galho seco, Justin, acabou chamando atenção dos dois homens, que se viraram com as armas apontadas para ele. Ao contrário do que se imagina, Bieber, não ficou frustado por ser notado, e sim aliviado por saber que eles não estavam nem perto de sua Ava. 

Ora, ora, ora. — Um dos homens sorria travesso, enquanto caminhava em sua direção. — Acho que ganhamos na loteria. — Eles se aproximam  de Justin, achando estranho o fato de Bieber não recuar. — Largue a arma. — Ornena apontando o laser vermelho para sua cabeça. Sem mudar de expressão, Justin, puxa sua arma da cintura e joga na direção dos dois homens. — Muito bem. — Elogia. Os dois se entreolham e guardam suas armas, fazendo Justin contrair as sombrancelhas. Que merda eles estavam fazendo? — Vamos cuidar de você, mas isso será feito com nossas próprias mãos. — Eles riem se aproximando mais, e mais. Justin não movia um músculo, ele estáva a espera dos dois homens, seria um prazer esmagar o rosto deles, com seus punhos. 

Um dos homens finalmente chega a ficar cara a cara com ele. Ambos se olhavam de forma fria e ameaçadora, Justin, não iria recuar nunca, dois não era nada além de um número para ele. 

Tem alguma coisa errada. — O moreno franze o cenho, estranho aquela facilidade toda. Ele olha para trás e para os lados mas não parece enconstar o que procurava. — Onde ela está? Ah, entendi isso tudo é só uma distração pra sua vadiazinha poder fugir, não é mesmo? Quando matarmos você, ela será nosso alvo, eu vou me divertir muito com aquela mulher. Vou comer ela em todas as posições possíveis. Vai ser nossa marmitinha, dando para qualquer u— A lamina da faca entra até o talo, ficando apenas o cabo para fora do corte. Tudo que o homem faz o homem agozinar. Ele olhava de olhos arregalados, enquanto segurava as mãos de Justin com força. A faca estava atravessada contra sua mandíbula, aos poucos o sangue ia escorrendo por seus olhos e boca. Justin não o soltou, o outro homem iria reagir e ele sabia.

Os tiros foram disparados contra Bieber, ele continuo andando, usando o corpo como escudo. Ao chegar perto o suficiente do outro homem, Justin o soca e joga sua arma no chão. Sem ter tempo para se defender, Bieber, aproveita seu descuido, puxa a faca da mandíbula do outro homem — já morto no chão.—  e enfia no pescoço do moreno a sua frente. Ele cai de joelhos e começa a azonizar no chão. 

Uma salva de palmas. 

Justin se vira e ao fazer isso recebe um tiro no ombro esquerdo. O mesmo vai ao chão com o impacto da bala. O sangue rapidamente começa a encharcar seu terno que já estava um fiasco. 

— Porra. — Resmungou baixinho. Ele toca o buraco com seus dedos trêmulos. A bala estava alojada nele. Justin se senta sem se importar com a aproximação de Connor. 

— Ah, só Deus sabe o quanto eu esperei por esse momento. — Ele tomba a cabeça para trás, sorrindo por finalmente ter conseguido o que tanto queria. — Eu vou poder vinga-la, finalmente vinga-la pelo que você fez muleque. — Justin acentia concordando com suas palavras. Ele não entendeu o porquê ele demorou tanto tempo para buscar vingança. 


— Header O'conel. — Justin sibila com desdém. Connor trava o maxilar e aponta a arma para ele. — Nunca pensei que ela, mesmo depois de morta, fosse me dar trabalho. — Connor chorava de ódio, enquanto engatilhava sua arma. 

— Não diga o nome da minha filha seu cretino filho da puta. — Ele rosna com ódio. Mesmo depois de 9 anos, a ferida ainda estava aberta, a memória de sua filha ainda estava vivida em seu coração. — Eu devia ter o mata-do naquele dia, deveria ter me certificado de que você estava morto. — Se lamenta com ódio por não ter feito seu serviço da maneira correta. Justin apenas assistia aquele discurso tolo, e sem fundamento. — ELA AMAVA VOCÊ, HEADER ESTÁVA GRÁVIDA E VOCÊ A MATOU. — Ele atira mais uma vez, mas desta vez não acertou Justin que desviou. O tiro pegou de raspão, mas mesmo assim a ardência o fez resmungar inúmeros palavrões. 

— Foi nisso que você se forçou a acreditar? Foi nessa porra de história que você se baseou? Lamento muito por sua perda, mas eu não tive nada a ver com isso. — Justin se defende das acusações. — Você sabe disso. Você sempre soube, mas o peso da sua consciência não o deixou livre, e atormentado você precisava culpar alguém. — Connor começa a tremer. Ele negava diversas vezes com a cabeça, enquanto se afundava nas memórias daquele dia. — Eu sei que ela estava grávida, de quatro meses. Não era meu. Eu só dormi com ela duas vezes, e foi depois da gravidez. Ele estava esperando um filho do Nolan, mas você, por achar que era meu, tomou sua decisão como pai. — O homem fecha os olhos com força ao lembrar do que fizera. Justin o olhava com nojo, e raiva, ele não tinha nada a ver com aquela história, mas graças ao fodido do Connor pagou como culpado.— Deu a ela comprimidos abortivos, e naquela noite quando Header estáva voltando do estúdio, os compridos começaram a fazer efeito. Eu me pergunto, quando você soube sobre a morte dela, o que você sentiu? O que você sentiu quando descobriu que por sua culpa, por culpa do seu ato cruel e sem consentimento; ela foi estupadra e morta. Por culpa sua ela foi parar em uma vala qualquer, sem roupas e sem vida. Como se sente em saber que você foi o causador de tudo isso? — O homem berrava como bebe, e Justin já tinha se afastado o suficiente para pegar sua arma. Connor ao perceber que Justin havia entrado em sua cabeça para alcançar sua arma, ele dispara. 


Os pingos de chuva molhavam seu rosto, sua respiração estava lenta ofegante, ele já esteve em uma situação parecida. Ah sim, ele se lembrava como se fosse ontem. O mesmo discurso de ódio, o mesmo banho de sangue e no final ele estáva no chão, sangrando a beira da morte. 

A 9 anos atrás, ele não estáva diferente. Connor tentou mata-lo, quebrou ele e o deixou agonizando no meio da chuva. A nostalgia invadia seu peito, ao lembrar que foi nesse dia que ele a conheceu.


Aquele dia. 
Ah, ele se lembrava. 
Como ele se lembrava. Estáva exatamente igual. 


Flash Back


A chuva grossa caia. 



A beira de uma estrada deserta, sem carro, sem celular, apenas sozinho. Era assim que eu me encontrava. Meu braço estáva quebrado, mas eu podia sentir que boa parte do meu corpo estáva quebrado também. 

— De hoje você não passa, Justin. — Digo a mim mesmo. Faço uma careta de dor ao sentir aquela maldita dor no peito. 

Tento me levantar, mas sinto novamente aquela maldita dor aguda no peito. Me apóio nas árvores que tinham na beira daquela estrada. Um de minhas pernas doía como nunca, como um muribundo eu me arrastava na lama. 

Os dois tiros que me acertaram não me mataram. Não, seja lá quem for o mandante desse atentado contra a minha vida, sua intenção não era me matar. Me deixaram assim, desse jeito para sofrer até a morte. Sorrio com isso. Para um verme desprezível como eu, essa era uma ótima maneira de morrer. 

Com os olhos fechados eu sentia os pingos de chuba caírem sobre mim, mas eles cessaram repentinamente..

— Você está bem? — Uma voz suave e amedrontada sopra meu ouvido. Abro os olhos lentamente vendo um... Anjo? — Está machucado? — Ela volta a perguntar, só que dessa vez tocando meu ombro. Ela segurava um guarda-chuva rosa enquanto me olhava preocupada. 

— O-o que? 

Eu não conseguia raciocinar. Por que, alguém como ela, ajudaria um estranho? Por que uma menininha como ela pararia no meio do nada nessa tempestade? Por que ela estáva me ajudando, porra! Eu sou um assasino perigoso.

— Vai ficar tudo bem, agora.


~Off. 


A voz  dela ecoava em sua cabeça. Foi a tanto tempo, mas ele já mais se esqueceria. Nunca esqueceria do dia em que foi salvo por um anjo. 

— Acho que eu nunca mais vou ver esse anjo novamente. — Sorri de canto enquanto tossia sem parar. — Ah, porra. Ela está no auge da beleza, não acredito que vou embora agora. — Ria negando com a cabeça. — Justin Bieber você é realmente um fodido. 


Pov's Ava. 


Ao chegar nos portões dos fundos eu não pedi tempo, bati, gritei, soquei até ser notada por uma renca de seguranças, todos armados me olhando assustados com suas armas na mão. Eu estáva tão eufórica, com tanto medo que, mal conseguia  explicar a história. 

Ava. 

Pattie segurava Zoe nos braços, ela estava na sala com Harry. Eles estavam cercados de seguranças armados, eram muitos, muitos, muitos homens, isso só para protegê-los. Explico a minha sogra que está tudo bem, que Justin e eu estamos bem. Ela me olha aliviada, enquanto chorava de emoção. 

Mamãe. — Harry estende seus bracinhos gordos para que eu o segure no colo. Sem recusar, eu o seguro abraçando forte enquanto o enchia de beijos. Oh céus, como eu queria nunca passar por situações assim. Estão tão feliz por vê-lo, estou tão feliz por estar aqui, enchendo-o de beijinhos enquanto o mesmo resmunga. Achei que nunca mais fosse vê-lo. Eu odiava pensar assim, mas ultimamente é o pensamento que mais me cerca. — Papai? — Quando Harry menciona seu pai, eu me dou conta de que estou perdendo tempo. Eu estava tão aliviada em ver meus filhos, que acabei perdendo o foco. 

— Pattie, preciso avisar o Jeremy de que não estamos de refém. — Olho para a morena que acente, ela chama um segurança. Deixo Harry no sofá, e ouço o mesmo chorar quando me distâncio. — Meu amor fique com a vovó, eu vou voltar daqui a pouquinho e prometo não me desgrudar de você. — Digo indo para fora com o segurança. Meu coração estáva apertado. Apertado por novamente deixar meu filhos, apertado por ter deixado Justin, e apertado por saber que eu estou indo para linha de frente. 

— Senhor. — O homem chama atenção de Jeremy se vira e se assusta ao me ver. 

— Ava. 

— Jeremy, Justin e eu estamos bem. Ele está machucado, e tem dois caras com ele. Mas não estamos de refém. —  Por conta do nervosismo, dou uma explicação bem ruim, mas meu sogro entende e acente com um sorriso pervesso. 

— ABRAM O PORTÃO. 

Assim que Jeremy diz isso, um dos seguranças me puxa para dentro da mansão. Eu o olho sem entender e o mesmo murmura "É para sua segurança". Tinham muitos homens ali, muitos. Jeremy faz apenas um sinal com a mão e um tiroteio começa. Homens do outro lado do portão não tiveram nem chance, meu coração se aperta ao perceber que ele não estáva ali. O homem que eu atirei ele não estava ali, e ele era o chefe de tudo isso.

Justin. 

Sinto as lágrimas invadirem meus olhos. Que sensação era essa? Que medo era esse? Não, ele prometeu que não me deixaria. Ele jurou que não seria a última vez, ele tem uma sorte fodida. Ele sempre dizia isso, sempre. Ele não me deixaria agora. 

— Ava o qu—...

Passo por Pattie correndo como um furacão, eu preciso dele. Eu preciso muito dele. Pego um guarda chuvas que estava sob a mesa da cozinha, e corro jardim a fora. Chegar até o portão era uma longa caminhada, e chegar até Justin também seria, mas eu não iria desistir. Começo a soluçar enquanto nego com a cabeça. Meu peito doia assim como meus pés que já estavam fodidamente cortados por conta das pedras e galhos. 

Por favor, não me deixa. 


Momentos de nós dois juntos passavam pela mimha cabeça como flashbacks. Eu o amava tanto, chegava até a doer. Eu me lembrava de cada momento nosso, mas o que estáva na minha cabeça era do exato momento em que eu o conheci. 

Quando Justin me levou para a cobertura depois de me comprar no cassino, ele mencionou que me conhecia, o mesmo ficou frustado quando eu disse que não lembrava. 

Eu só me lembrei de quem ele era, quando dormimos juntos pela primeira vez, e eu pude ver aquela tatuagem, aquela coroa, sempre me lembraria do homem que eu salvei. Foi a tanto tempo atrás, mas minha memória ainda estava fresca. 


Orfanato para meninas

Doll Bell. 

Sexta-feira. 



— Ava. — A governanta Mary sorri gentilmente para mim. Ao julgar por sua emoção, e seu grandioso sorisso, ela tinha mais uma entrevista para mim. — Meu anjo, tenho boas novas. — Ela segura minha mão. 

— Olá, Mary. — Sorrio ao ver a pessoa mais legal de todo esse orfanato. Mary, era gentil e muito alegre, deixava esse lugar menos triste. — O que tem de bom dessa vez? 

— Um casal está interessado em você. 

[...] 


E lá estava eu, voltando da escola e ainda pensando em todas as frases que eu diria para que eles gostassem de mim. Eu tinha 14 anos e conseguir entrevistas para alguém da minha idade é algo raro. 

— Ei, Ava, no que tanto pensa? — Candance me olhava apreensiva. Ela tinha só 8 anos, e pode parecer meio egoísta mas, eu estava muito feliz por ela não ter sido adotada ainda. July e Amber tinham deixado o orfanato a um mês e eu morria de saudades delas. — Ava? 

— Ah, desculpe Candance. — Sorrio sem jeito. Me viro para a loirinha que comia sua barrinha de cereal, ela estende para mim mas eu recuso. — O que foi? 

— Você está pensativa demais, o que foi? 

— Nada. — Dou os ombros. Eu não queria dizer a ela que teria uma entrevista. Isso poderia deixá-la triste, e com medo de ficar sozinha. — As lições estão ficando mais difíceis. — Minto. — Aproveite que está no começo.

— Dizem que tem contas de matemática que usam até letras. — Olga que estáva sentada no outro banco, comenta apavorada. — Acho que não quero mais estudar. — Ela cruza os braços emburrada.  

Candance e ela entram em uma conversa animada sobre a escola. Eu aproveito para me virar de volta e olhar para a rua através da janela. Daqui uma hora eu estaria presa em uma sala, com um casal que me faria perguntas, e julgaria se eu sou boa o suficiente ou não. 

Estáva tudo bem, até que ao olhar para a estrada eu pude ver um homem atirar em outro. Haviam 4 no total, todos eles entram no carro e saem, e o outro fica jogado na mata a beira da estrada. 


Meu coração acelera. 

Minha curiosidade aumenta.

Eu preciso fazer alguma coisa. 


Baile a motorista sempre fazia uma parada no posto de gasolina que ficava cinco minutos daqui. Quando a mesma parou o ônibus, eu fui a primeira a descer. Sem que ninguém percebesse, eu saio correndo em direção ao homem que vi caído. 


Foi muito mais que 5 minutos, até eu chegar aonde o homem estava. Era quase 20 minutos de caminhada, mas eu finalmente o achei. Eu não sei por que eu estou aqui, em menos de meia hora eu tenho uma entrevista que pode mudar minha vida. 

Abro meu guarda chuva e me aproximo. 

— V-você está bem? — Pergunta chamando sua atenção. Eu estava trêmula, tinha uma arma no chão, ele talvez pudesse ser perigoso. Por que não disse a Baile? Por que não chamei um adulto. — Está machucado? — Crio coragem e toco seu ombro. O homem me olhava como se eu não fosse real. Ele era jovem, mas se vestida como uma pessoa adulta. Ele estáva machucado, muito machucado. 

— O-o que?

Ele contraí as sombrancelhas em confusão. O homem cai de joelhos e eu o seguro. Ele me olhava estranho, como se eu fosse o ser mais esquisito que ele já viu. 

— Vai ficar tudo bem agora. Eu vou te ajudar se apoia em mim. — Passo seu braço envolta de meu pescoço e o arrasto. Ele era pesado, mas eu conseguia o carregar, óbvio que com sua ajuda. 


[...] 

— O que você estava pensando? Sair do ônibus e ir para o meio do nada ajudar um estranho? Você tinha responsabilidades, uma entrevista. — Mary brigava comigo e tudo que eu fazia era chorar. Candance fez a entrevista em meu lugar. Ela foi embora. Aperto meus olhos para tentar cessar minhas lágrimas. Quando cheguei com Justin ao posto de gasolina, o ônibus já tinha saído. As pessoas que estavam lá vieram nos ajudar desesperados. Ao ver a hora, e a situação em que eu estava, eu percebi que estáva ferrada. — Vá para o quarto, Ava. Amanhã cedo você tem aula. — Acinto enxugando as lágrimas. Mesmo perdendo minha amiga, mesmo decepcionando a Mary, eu não estava arrependida. Uma hora dessa aquele moço estava vivo e isso de certa forma me confortava. 

Espero que você esteja bem. — Sussurro. 


Flashback off. 


Eu corria sem parar, o ar nem entrava mais em meus pulmões. Eu estáva chegando. Ao ver um corpo no chão, meu coração acelera, eu tropeço e acabo caindo no chão. Sem tempo para sentir minha dor, eu me levanto no mesmo instante e corro até ele. 


Pov's Justin


Meus olhos estavam fechados, eu não tinha forças para sequer mantê-los aberto. Eu sentia meu sangue vazar cada vez mais rápido. Minha cabeça estava doendo. Não acredito que vou morrer aqui, no meio do nada. E o pior sem matar a Anny, o Edward e o Connor. Minha mulher e meus filhos vão ficar sem minha proteção, caralho! 


Meus olhos se abrem ao escutar aquele choro, seguido de um grito desesperado. Aqueles olhos, porra. Como eu amava aqueles olhos. Era como um djavú, eu já vivi aquilo antes. A diferença era que ela segurava um guarda chuvas preto, e diferente daquele dia, não era um sorriso amável que estava em seus lábios. Ela chorava enquanto negava com a cabeça. 

Por favor, n-não me deixa. — Nunca em toda minha vida eu vi minha mulher tão desesperada como agora. Toco seu rosto sentindo suas lágrimas quentes escorrer. Porra ela é tão linda. Sorrio. — Está tudo bem agora, se apoia em mim. Eu vou te ajudar. — Ela repete sua frase daquele dia. Rimos disso. — Vai ficar tudo bem, eu vou levar você pra casa. — Sorri me ajudando a levantar. Eu não consigo e acabo caindo novamente. Sinto mais um braço me segurar olho para o lado vendo meu pai. — Descanse, nós vamos pra casa. — É tudo que ouço antes de apagar. 


E no fim ela estava aqui por mim. E no fim ela veio me salvar, como na primeira vez. O destino nos reserva muitas coisas, mas nunca, nem em meus melhores sonhos eu imaginária ter Ava Benalt em minha vida. 



Fim.  











Notas Finais


NÃO ME MATEEEEEEEEEEEEEEEM
O final foi vago, sem nenhuma conclusão em si, eu sei.

Se vocês quiserem, eu posso fazer um bônus com uma conclusão, okay? Tipo, o que aconteceu com a Anny, com o Edward e o Connor...
Então, deixem ai se vocês querem ou não.

É isso meus amores, é com uma puta dor no coração e com os olhinhos cheios de lágrimas que eu digo, vendida finalmente teve seu fim.

Obrigada por ler até aqui e até a próxima fanfic ❤️✨


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