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História Venha Comigo. vol 5: Parceiros no Crime - Precedentes para o fim


Escrita por: CasSo

Notas do Autor


Olá! Adorei o capitulo. BOA LEITURA!

Capítulo 6 - Precedentes para o fim


 

Os números, continuavam planos sobre os céus. Horas, minutos e segundos, permaneciam estáticos em números zeros, porém, quem sabe, algo como uma contagem não se iniciaria dalí? E se fosse uma contagem, o que ocorreria de bom ou mal após o término de tempo estimado?

Pessoas, pessoas de todas as partes do mundo encaravam os céus. Os televisores e telefones, haviam voltado a funcionar, porém, reportagens e mais reportagens sobre o fim dos tempos, era tudo o que se transmitia.

E em São Francisco, na casa de Grace, mãe e irmão se encontravam ajoelhados, a ajudar Bella, onde Doug, tentava conter a hemorragia no abdômen da morena, já sem armadura, fazendo pressão com um pano de prato, dado pela mãe. E a mãe, posiciona em seguida um travesseiro para a cabeça da extraterrestre, que não possuía mais condições, além, de simplesmente estar estirada no chão, em seus últimos segundos, quem sabe. A sua respiração e pulsação, estavam mínimos.

Para salvar a pobre, bastava apenas que o seu tutor viesse, sendo ele o Doutor. Porém, estando ele e Grace, há horas fora, Meg e Doug, já não tinham mais esperanças. Contudo, como em um milagre, o homem de sobretudo verde e a ruiva cruzam a porta da frente. Doug e Meg, sorriem aliviados.

— Grace?! Doutor?! - Exclama Doug, feliz.

— Sim, nós. - Confirma Grace.

— Onde pelo amor do planeta Terra os pombinhos estavam? - Indaga Meg, irritada. – Tive a casa invadida por criaturas retiradas das profundezas do inferno, e lambuzada com gosma feito guacamole!

— O que houve aqui?! - Questionam o Doutor e Grace, chocados com a visão de Bella, indo depressa até ela.

— Não mudem de assunto!

— Hou, certo. - Explica o Doutor. – Tivemos o amigo da Grace sequestrados, roubamos um policial que parou para comer rosquinhas e depois fomos parar atrás das grades. Alguma pergunta?

— O quê?!

— Ótimo.

— Como saíram da delegacia? - Indaga Doug.

— Alguém que não sabemos quem, ainda, pagou a nossa fiança. - Explica o Doutor, depressa. – Pessoas misteriosas são legais.

Meg, bufa indignada com a história. O Doutor, toca no rosto da morena, e percebe a sua baixa temperatura, enquanto Grace, checa o seu pulso, e nota a enorme fraqueza:

— Ela está morrendo! Doutor, ela precisa de sangue.

— Aqui não há sangue para ela. - Responde o Senhor do Tempo.

— Use a TARDIS! Faça uma transfusão em seu planeta!

— Ela disse que o seu sinto há algo chamado nano-genes, e que são capazes de salva-la! - Lembra Doug.

— Mas não irei salva-la. - Avisa o Doutor, pesaroso.

Os três humanos, permanecem chocados. O Senhor do Tempo continua:

— Preciso deixa-la morrer, para entender o que está havendo! Se o tribunal de Lisarium-B2 mandou sua filial até aqui, significa que alguém com muitos crimes em suas costas se esconde no planeta! E Bella possui crimes registrados pelo tribunal, mas, não sei se querem ela ou os verdinhos ali. - Fitava ao Buuff, falecido.

— Ela nos salvou! - Protesta Meg. – Não vou deixar que abandone ela!

— Senhora, Meg, silêncio. - Pediu gentilmente

Meg, fechou a cara.

— A mamãe está certa, Doutor. - Diz Grace. – Como assim deixa-la morrer?!

— Preciso apenas ter certeza, Grace. Confiem em mim. Você confia em mim?

— Eu... - Parou estática refletindo sobre, fitando os olhos azuis, aflitos do amigo.

Grace, já havia incontáveis vezes confiado no Doutor, mas, ouvir dele novamente que alguém precisava morrer... Isto era como ver um fantasma para a ruiva, pois, esta mesma ação já havia se repetido no passado, e afastando os dois.

— Doutor, não faça aquilo novamente. - Pediu a ruiva, apreensiva.

— Grace, apenas... Confie em mim. Uma última vez, ao menos, antes de eu ir.

E aquilo, doeu na humana. Saber que o amigo pretendia partir da Terra para sempre era como uma notícia de morte para ela. Então assim, ela respirou conformada para confirmar:

— Está bem, eu confio em você.

O Doutor, sorriu gentil, logo assim, checando os batimentos cardíacos de Bella, pondo uma de suas mãos sobre o peito da morena, e de lá, se concluiu o falecimento da amazona. Grace, respirou conformada, abraçando a mãe e o irmão, chocados, para lhes explicar a situação.

O gallifreyano, parte então em correria para o gramado, onde, se conclui que a ameaça perdurava. Os números continuavam nos céus. Ele volta para a casa, se dirigindo à TV, e pelo aparelho televisor, a mesma visão encontrava:

— Não é a Bella o grande alvo! - Conclui o Senhor do Tempo.  – Possivelmente os Buuff! Mas onde, e por que querem a Grace?!

— Não querem a Grace. - Revela Doug. – Me chamaram de recipiente. O que significa?!

— O que pretendem enfiar dentro do meu filho? - Indaga Meg, preocupada.

Doug, recua constrangido com os ombros, Grace, revira os olhos. O Doutor, comenta de sobrancelhas em pé:

— Grace, fique feliz. Você não é mais importante.

— Finalmente! - Comemorou. – Já estou cansada de sempre ser eu a perseguida, escolhida ou prometida!

— Parabéns.

— Ainda não me explicaram nada! - Protesta Doug. – O que significa?

— Doug! Bella está morta e o mundo ameaçado! - Lembra o Doutor. – Não acha que hajam coisas mais importantes aqui do que informações que mudarão o seu destino?!

— Não! Quer dizer, sim!

— Ah, tanto faz! - Reclama Grace, ajoelhando-se até Bella. – Continue com a promessa. Eu confio em você.

O Doutor, sorri largo, Meg, começa a rezar, e Doug, observa emburrado. O Doutor corre até o sinto da morena, que era como a armadura dela, no mesmo material prateado e sofisticado, porém, leve, e com componentes eletrônicos, como botões e uma pequena tela de led.

Porém, teclando os botões, percebe-se o Doutor algo de erado:

— Ah, um problema.

— Sempre eles. - Completa Grace.

— Não digam isso. - Pede a loira. 

— Os botões do sinto foram travados por mim. - Explica o cabeludo de sobretudo verde. – Não confiava na Bella! Deixei então a senha de ativação salva em chave de fenda sônica, mas a chave de fenda sônica... Ela... Caiu da Golden Gate, em uma de minhas missões com a Bella. E Joseph Strauss, acabou enquanto isso também deixando as calças caírem.

— Então ela já era? - Indagou Doug, descrente, o brilho em seus olhos cessava.

O Doutor, olha distante em desfoque, parecia desolado. Meg, põe-se a chorar, e Grace, suspira cansada:

— Você não teve culpa, saiba disso. - Se referiu ao Senhor do Tempo.

— Tive sim. - Insistiu ele. – Lhe decepcionei novamente, Grace Holloway. - Sorriu abatido. – Novamente decepções.

— Mas as suas intenções não eram estas.

— Mas foi o que as ações fizeram.

— É diferente!

— Por que é diferente?

Grace, abriu a boca para responder, mas, parecia difícil tentar explicar o caso. Teria diferença? Infelizmente, Doug interrompe a irmã:

— E como é essa tal chave de fenda sônica?

— Como uma caneta, lanterna, tubo, algo eletrônico. - Explicou o Doutor.

— Vibrador. - Acrescentou a ruiva, discretamente.

O Senhor do Tempo, toma a sua postura de indignação, mas continua:

— Algo longo e que emite vibrações. - Colocou, constrangido. – Eletro-físicas, capazes de interagirem com outros objetos.

— Tipo isso aqui? - Pergunta Doug, retirando exatamente a chave de fenda sônica daquele Doutor, de dentro de um dos bolsos de sua jaqueta.

— Fantástico! - Tomou o Doutor o aparelho, admirado. – Ah, Doug, você merece um beijo!

Grace pigarreia. Doug termina:

— Ganhei ela de presente do meu leitor número 1 da minha revista. Nunca nos encontramos, mas trocamos correspondências. Comprou ela num leilão de objetos encontrados debaixo da ponte.

— Outro estranho colaborando conosco. - Nota o Doutor. – Isso não pode ser coincidência.

Doug, não soube explicar. Mas, Doutor não perde tempo, aponta a chave sônica até o sinto de Bella. Grace pergunta:

— Tantos anos debaixo d’agua, como ainda poderia funcionar?!

— Quem sabe novamente o anjo da guarda? - Supõe o gallifreyano. 

Grace, não entende, mas logo, olhando para Bella, pequenas fagulhas luminosas flutuantes emergiam de seu sinto, encobrindo assim, todo o seu corpo, em um tom tão dourado, que parecia estar em chamas.

Admiração, era tudo o que Senhor do Tempo e humanos possuíam com aquela visão. Bella, abria levemente os seus olhos, e logo, se levantava, completamente intacta, completamente livre, de qualquer ferimento.

— Um milagre. - Comenta Meg, quase muda de emoção.

— Ciência. - Corrige o Doutor.

A loira, cruza os braços revoltada. Douglas, diferentemente dos outros, parte para os braços de Bella, quase a-derrubando, em um enorme abraço. A morena, estava atordoada pelos acontecidos.

— Obrigada. - Agradeceu Grace, sincera, ao amigo, pelo feito, se levantando junto a ele.

— Chave do carro, por favor. - Pede o Senhor do Tempo, estendendo a mão.

— Volte vivo. - Entregou-lhe a chave.

— Prometo. Ou, você podia vir comigo. Guarda costas.

Grace, respira fundo:

— Família. Boa sorte.

— Obrigado.

Agradeceu, modesto, olhando para a chave em mãos, e sendo depois, surpreendido por um beijo na bochecha, pela humana. O Senhor do Tempo, consente com a cabeça, e assim, parte correndo rumo à garagem. Era o que a ruiva percebia, pela janela. Meg, aproxima-se da filha:

— Aonde ele vai?

— Salvar o mundo.

Partiu com o carro.

***

O Doutor, logo chega no hospital, onde Grace trabalhava, em busca de sua nave, a TARDIS, ainda na dispensa da faxina. Ele, inventa uma história qualquer aos demais funcionários que o estranhariam, e assim, chega na despensa, abrindo-a com a chave de fenda sônica, e partindo rumo à nave tribunal vagante, de Lisarium-B2, através cabine azul.

A nave vagante, se encontrava acima da atmosfera do mundo, com enormes holofotes holográficos, ressaltando os números aos terrestres. A aparência desta grande filial de Lisarium, constituía-se de uma gigantesca haste giratória, que rodeava o formato esférico central, de um metal negro, repleto de comportas armamentistas, e pequenas janelas. Porém, ao topo da nave, algo como uma enorme arena havia.

E nesta arena, centenas de assentos, numa arquibancada por envolta do centro, carregavam vários indivíduos diferenciados, humanoides ou animalescos, ou mesclados. Pareciam com porcos, cavalos, abutres, rinocerontes, e sapos. Porém, no centro da arena, a caixa da justiça, materializava-se, lentamente rugindo.

O Doutor, sai da caixa, todos os demais individuas, encaram-no prepotentes. O cochicho, se torna um ruído evidente. E também, no centro, vinha uma mulher de traços asiáticos, na visão terrena, com dois pequenos chifres sobre a testa, e trajada em longas vestes acinzentadas, encarando ao Senhor do Tempo, com um quem sabe, fatal, olhar vil e debochado:

— Theta Sigma. - Cumprimentou.

— Tiivam. - Cumprimentou o Doutor.

— Dando trabalho, a sua ex-mercenária? 

— Bella está ótima, tanto faz pra você, obrigado. 

— É, faz mesmo. Entretanto, ao que devo a honra de um Senhor do Tempo tão famoso por aqui? Alguma novidade, curiosidade, ou... Problema?

— Você sabe por que estou aqui. - Pausou sério. – Remova aquela contagem.  

— Há fugitivos, Doutor. Fugitivos extremamente, perigosos, e letais.

— Mas eles não vão se entregar! E vocês, não irão descontar na Terra.

— São as leis das 10 galáxias irmãs, compactuadas com o tribunal. Quem acoberta criminosos... Deve ser exterminado. 

— A Terra não tem culpa! Ela é indefesa, é fraca, é burra! Qualquer um pode entrar aqui de fininho! Por isso sempre a Terra!

— Isso não é desculpa, há criminosos sobre ela. E não podemos perde-los novamente, desde a Devastação Prateada nós os-acompanhamos. E agora... Misturados e escondidos por entre os primatas.

— Humanos. - Corrige o Doutor, irritado.

— Não me interessa!

— O que pretendem com o mundo?

— A raça predominante tem a contagem de 48 horas. Quando encerrada... Morrerá. E depois, o planeta... Leiloaremos.

— E ainda se acham diferentes de criminosos? - Questionou descrente.

— É a lei, é assim que tem de ser. Senhor Tridaro me encarregou. Sinto muito, Doutor, mas pelo menos seguimos alguma norma. Você, não é tão diferente de mim ou qualquer um aqui.

— Estão sendo injustos!

— E você por acaso será justo, ao defender a Missy em seu próximo julgamento? Isso sim soa absurdo. Ela te escolheu, não foi?

O Doutor, cala-se pesaroso. A Missy, ou também, Mestre, era um ser maligno, mas, ainda fazia parte de sua história feliz. Tiivam continua:

— Korschei destruiu e escravizou, e massacrou o meu povo, a minha família, eu!

— Eu sinto muito, mas não tenho culpa.

— Tem sim, você o-defenderá.

— Ainda não decidi se irei.

— É obvio que irá! Quem tenta enganar? Você é apenas outro monstro.

— Então é isso, não se trata de cumprir a lei, se trata apenas de me torturar, pois defenderei quem a-torturou.

Tiivam, fecha a cara por completo, não queria admitir, mas, talvez fosse isto mesmo. Todos da plateia, cochicham incessantes. Tiivam, então repensa sobre, e respira fundo, para avisar:

— Você tem as 48 horas da contagem. Entregue-me os Buuff, ou mate-os, ou... Morra com este planeta. Bem, na verdade, apenas os seus amiguinhos primatas morrerão, já que você está tão só nele.

— Certo.

— Será uma pena ver todos eles caindo em sua frente.

O Doutor, disse “certo”, mas, um “certo” que significava; “ok, foda-se”. Ele sabia que se não entregasse os Buuff a raça humana acabaria pagando as contas, e ver toda uma raça tão querida por ele, ser exterminada... Seria como um buraco negro lhe consumir a alma. Ainda mais... Com amigos como Grace Holloway, habitando naquela pequena e frágil esfera, de terra e água.

O Senhor do Tempo, então dá de costas, contra o sorriso de deboche de Tiivam, adentrando assim, à TARDIS, e logo, desmaterializando-se. 

***

Grace, observava os céus pela janela, com uma pequena luneta de Doug, encarando aos vários zeros, de horas, minutos e segundos. Sua mãe, servia um chá, para Bella e o ruivo na bancada.

Quando então, adeus iam dando os zeros, pois, uma contagem se iniciava, chocando Grace, e chocando o mundo. Transmissões ao vivo, de todos os telejornais possíveis, transmitiam aquilo.

— Não. - Diz a ruiva, consigo mesma, descrente.

— Filha? - Chamou Meg. – Venha para cá, irá esfriar o seu chá.

— Não é hora para chá, mamãe.

— Por que não?

— Sabe o que eu falava sobre fim do mundo?

E ouvindo isso, o trio da cozinha parte para a janela, junto a Grace. A visão daquela contagem, era assombrosa.

— Quer saber... - Conclui Grace. – Acho que esse é sim o melhor momento para um chá!

— É o último que temos! - Põe Doug, de olhos arregalados.

— Não diga isso! - Pede Meg, aflita.

— Mas ele não mentiu. - Justifica Bella. – Este é o último.

Meg, então apenas põe-se a chorar, partindo para a mesa da cozinha. Doug, vai até ela.

E do sobretudo de Grace, o seu telefone logo começa a tocar. Ela, atende emburrada:

— Alô.

— Olá. - Correspondeu, uma voz masculina mais velha.

Voz essa, que fez Grace respirar irritada, segurando firme o aparelho. Com certeza, havia se irritado. 

— Quanto tempo, não é mesmo, doutora Grace Holloway?

— Felix. - Suspirou, revirando os olhos. – Diria ser um prazer poder escuta-lo novamente, mas estaria mentindo. Na verdade, preferia os meus tímpanos arrancados!

— Quanto ódio no coração! Assim você me magoa. Se não fosse por meus esforços, ainda estaria atrás das grades. E correção, é Arthur agora.

— Ok, “Arthur”. Admito a sua sagacidade. Pagou a minha fiança só para podermos negociar? Quando desespero. Devo ser tipo o papai Noel. - Jogou-se no sofá. – Bom, mamãe Noel, quem sabe.

— Precisamos do recipiente. Entregue-se, doutora.

— Primeiro, o que é o recipiente?

— Assunto restrito, sinto muito.

— Então, recipiente restrito, sinto muito. - Encarou as unhas. – Não posso te entregar algo do qual o objetivo seja tão obscuro e com certeza hostil!

— Engraçado, falou de modo como se você própria não fosse ele.

Grace, então engole a seco, não podia dizer que o recipiente tratava-se de seu irmão. Doug e Meg, olhavam apreensivos para a ruiva. Ela continua:

— É claro que eu sou ele! Quem mais séria? - Riu, tentando parecer convincente.

— Os irmãos do mestre foram até você. O que houve?

— Ora, aquilo que ocorre a qualquer um que siga o mal. Foram tratados como eles mesmos tratariam alguém.

— Mas, temos o seu namorado idiota.

Grace engole a seco. Arthur continua:

— Entregue-se, ou receba a cabeça ruiva dele.

— Bom, o Tim não é meu namorado.

— Quanta frieza, gostei disso.

— E ele não é idiota. 

— Hum. 

— E você não vai mata-lo. - Levantou-se, séria, olhando para a janela.

— Não? Cuidado.

— Já conheci os Raxacoricofallapatorianos antes, dia agitado, acabamos presos num navio cheio de bombas. Mas, continuando, adoram funerais chiques, com chás gelados, ritos selvagens, e grandes homenagens! Até fazem uma estátua só pra depois derrubarem!

— Você diz coisas estranhas.

— Vírus da TARDIS.

— Onde quer chegar?

— Temos o corpo de um dos irmãos do seu mestre aqui. Se quiserem crema-lo com honra... Devolvam o Tim. Ou, sendo mais bondosa... Temos um aparelho de nano-genes. devolva o Tim, e entregamos um dos seus, ressuscitado, e então nada de funerais ou chás gelados. Basta apenas, uma pequena reprogramação. 

Arthur, então fechou os olhos impaciente, suspirando, completamente indisposto. Ele queria um acordo, mas, não seguir termos adversários. Ele encara Tim, que permaneceria ainda apreensivo, e continua:

— Você se acha esperta? O mundo pode acabar há qualquer momento. Nós, estamos lutando contra isso.

— Como poderia? - Questiona Grace. – Quer dizer, vocês são quem estão ameaçando, e ainda assim, há uma nave enorme com certeza na atmosfera agora, e o Doutor saiu para ver alguém. Qual a relação dos Buuff em tudo isso?! Vocês são vítimas, fugitivos, monstros, heróis?! O que são os comas?! FRBs?! 

— Assunto restrito.

— Qual é!

— Se você não colaborar, toda uma raça deixará de existir. Saiba apenas disso.

Grace, arrepia-se apreensiva:

— Como assim?

— Seria maravilhoso, claro, se os mestres estivessem todos vivos. Mas, há algo maior aqui, minha cara doutora. Estão mortos, e isso é triste, ok. Porém, a família entende, e tudo o que procede contra a família sempre foi "pela família". 

— Um momento, está dizendo que os seus mestres não se importam com os próprios irmãos?! 

— Estou dizendo que eles se importam com coisas além de seus próprios narizes. Morrer, até que foi favorável para o plano. 

— Você só pode estar brincando! Quer dizer... Qual o sentido?! 

— O Futuro é o sentido. 

— Então abra-se comigo! Confie em mim e no Doutor, se precisam apenas de uma ajuda... O Doutor pode pensar em algo.

— Não! Acha que ele é de confiança, que ele se importa? tudo o que os meus mestres passam agora foi por conta do Doutor!

— Claro que não! O Doutor nunca faria nada que prejudicasse alguém. 

— "Não"? Diga isso para metade do universo, e me ligue mais tarde. 

— Sempre culpam ele por algo, mas no final... A culpa sempre é desses que apontam. O egoismo venda os olhos! 

— Confiar em heróis impossíveis também. Desde quando começou a soar tão apaixonada?! 

Grace, revira os olhos: 

— Sonhos infantis me puserem onde estou. Me acomodei numa vida comum, e um ser mágico em forma de homem me fez feliz novamente. Não estou apaixonada, Arthur, estou grata, estou feliz, estou como todos deviam se sentir, especiais. 

— Acredita nisso? 

— Sim, porque no fundo, talvez todos sejam especiais, até mesmo você. Era uma criança que sonhava em mudar o mundo, e agora... Trama junto a seres que tudo o que talvez queiram seja arruiná-lo. 

E Arthur, logo engole a seco, mas, cheio de amargura, e até mesmo, desdenho, transmitido em seu sorriso vil. Então, tudo o que ele comenta é:

 — Parece exaltada. Tempo, lhe daremos tempo. Pense, e tenha o seu namorado idiota vivo ao seu lado, ao invés de um cadáver. Você não sabe o valor do recipiente. 

E após estas palavras, o homem encerrou a ligação. A ruiva protesta:

— Dá pra acreditar?! Desligou na minha cara!

— Não pode se entregar. - Avisa Doug.

— Não pode entregar o seu irmão. - Avisa Meg.

— Não pode demorar em responde-los, a contagem é todo o tempo que temos. - Avisa Bella.

— Ok! - Responde Grace, sentando-se cansada, novamente no sofá. – É o fim do mundo, pessoal. - O seu olhar era desolado.

— Você e o Doutor já passaram por isso antes. - Lembra Bella. – Sempre há um jeito.

— Desta vez é diferente.

— Por que é diferente?

E Grace, não soube responder. Ela se sentia como o Doutor naquele momento, como se todo o peso e perigo do mundo estivesse derramado sobre ela. No entanto, ainda não conseguia rebater sobre as possibilidades e soluções.

— Mas eu sou o recipiente. - Avisa Doug. – A escolha da vida e morte na Terra depende de mim agora, Grace, não de você.

— Você não pode se entregar! - Protesta a ruiva.

— E o mundo não pode acabar.

Douglas, parte emburrado para o seu quarto, sabia que Grace queria o seu bem, mas, ele queria um bem maior ainda para planeta. Meg, parte atrás dele.

— Nós não temos um plano ainda. - Diz Bella. – Mas teremos. E será espetacular.

— Onde e como conheceu o Doutor? - Indaga Grace..

— Na minha ruína. É sempre lá que ele nos conhece. 

A morena, logo após o dito, sai, deixando a ruiva com os seus pensamentos. Às vezes, Haviam chances, haviam possibilidades, e bons caminhos, entre mil caminhos, às vezes, consequências, e erros. Grace, não queria estar enfrentando aquilo. Imaginar uma solução espetacular era mais impossível ainda, pois, vida “real” e de aventuras na TARDIS chocavam-se grosseiramente contra ela, como gelo e fogo. E sim, era sempre na ruína que o Doutor conhecia aqueles com quem viera a compartilhar um pouco de sua vida, assim, como foi com Grace, Bella e todas antes. Afinal, era de certo um doutor, um Doutor do tempo e espaço, da vida. 

E, como uma benção ou maldição, um rugido rangente ecoava pela sala, e logo, em sua frente, uma cabine de polícia azul tinha uma imagem solidificada, pouco a pouco.

Um homem cabeludo de sobretudo verde, sai da cabine, com um sorriso enorme. A ruiva, logo indagou estranhando:

— Você sorrindo? Por favor, me dê uma boa notícia!

— O mundo não vai acabar hoje. - Responde o homem. 

A mulher, sorri largo, já pulando alegre nos braços do gallifreyano, o-abraçando imensamente forte:

— Hou, obrigada!

— Vai acabar daqui há dois dias! Sendo mais preciso, 48 horas.

O sorriso da humana, desfez-se imediatamente.

 

 


Notas Finais


e então final tragicômico? História tragicômica? Kkk para mim é uma boa combinação para a série.
Dramas, revelações, desenvolvimentos... como está tudo pra você até aqui? eu estou gostando. No próximo capítulo será o pico dramático da história.
O caso que o Doutor contou sobre a Golden Gate ocorre lá numa história paralela dentro do capítulo 3. Lembram? Foi um caso de fundo mesmo. E aqui então há este gancho para um novo personagem surgir, que foi quem deu a chave sônica ao Doug, e que é o seu leitor número 1.
Theta Sigma e Korschei são denominações para o Doutor e Mestre, citadas no universo expandido, e na série clássica. Mas não são realmente os nomes dos personagens, eles não tem nomes oficiais canonizados, se engana quem acha que é.
E falando nisso, esse julgamento da Missy é plot pra o próximo volume. E Tridaro do volume 1 foi citado. Que já leu será se recorda dele?
E como a Grace já conhece a raça dos vilões? Bem, em histórias paralelas ele já conheceu, pois desde o volume 2 ele cita já ter conhecido Slitheens.
E a Tiivam, o que esperar dela? Será que ela volta/ o seu nome é um anagrama de vítima.
Bom, gostei do capítulo e espero que tenha também se divertido.
OBRIGADO PELA LEITURA!


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