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História Venom - With Or Without You


Escrita por: LzzyHale e PamelaDalme

Notas do Autor


Boa tarde!
Chegamos com o tão esperado capítulo em que vocês descobrem a decisão da Laura!
Ansiosos? Boa leitura.

Capítulo 20 - With Or Without You


Fanfic / Fanfiction Venom - With Or Without You

No domingo, mais uma vez Laura teve que ajudar a cobrir os turnos de um colega em férias, e acabou passando o dia todo na lanchonete. É claro que, na maior parte do tempo, mal conseguia prestar atenção no que fazia, e seus pensamentos estavam sempre em Matt, e na proposta que havia feito.

Depois de passar a praticamente a noite toda em claro, imaginando cenários e hipóteses, teve certeza de que precisava conversar com Matt o quanto antes. Então, sabendo que quando saísse do trabalho ele ainda estaria na academia, não quis nem passar em casa, rumando direto para a Deathbat assim que seu turno terminou.

A ansiedade somente aumentava a cada minuto que se passava, e se tornou ainda pior quando ela finalmente atingiu seu destino. A academia estava praticamente vazia, certamente a maior parte dos alunos teria participado do torneio no dia anterior, e resolvido tirar o domingo para um descanso merecido.

Para sua surpresa, a primeira pessoa com quem se deparou foi Zacky. Devia ser o dia de folga dele, pelo que se lembrava, mas provavelmente todos estavam dobrando esforços para organizar as coisas depois do torneio. Chegou a pensar se realmente devia levar seu plano adiante, mas não teve tempo de dar meia volta antes de os olhos verdes a reconhecerem.

- Laura? – Zacky chamou, o que a fez dar passos lentos até a mesa da recepção, onde ele se encontrava.

- Oi – respondeu ela timidamente. – Acho que ainda não parabenizei você pela vitória.

- Obrigado – ele sorriu, tentando afastar da memória a primeira luta que teve contra o sócio, então pigarreou antes de prosseguir. – Você veio para treinar? O Matt precisou ir com o Brian devolver algumas das coisas que emprestamos para a organização do campeonato, mas pode usar a mesma sala de sempre, se quiser.

- Não, eu... não vim treinar.

Laura manteve os olhos fixos na mesa que a separava de Zacky, tentando parecer descontraída, provavelmente sem muito sucesso. Não sabia ao certo porque tinha ido até ali, pois claramente não era o melhor lugar para a conversa que precisavam ter, mas o desencontro inevitavelmente parecia um sinal do andamento das coisas.

- Algo errado? – Questionou ele suavemente, pegando-a de surpresa. – Ontem eu tive a impressão... quer dizer, não é da minha conta, mas... tive a impressão de que havia acontecido alguma coisa.

- Não precisa fazer isso, Zacky – foi o que ela respondeu.

- O que?

- Isso, o que quer que seja. Não é que eu não agradeça a preocupação, mas...

Foi quase inevitável o leve tremular que afetou sua voz, obrigando-a a deixar a frase incompleta. Zacky, por sua vez, momentaneamente se deixou levar pelo impulso de confortá-la, parando no meio do ato de estender a mão para segurar a dela.

- Eu sei que nunca fui muito bom nisso, Laura. Sei que nem devia falar sobre essas coisas, mas eu entendo que errei de muitas maneiras com você. E o único motivo pelo qual estou tocando nesse assunto é porque consigo ver o quanto você está melhor agora – ele fez uma pausa para respirar fundo, e Laura finalmente levantou o olhar para o dele. – Não é da minha conta o que acontece na sua vida, sei disso. Mas admito que me sinto um pouco aliviado quando vejo que você está bem, que sua vida está tomando o rumo que acho que você sempre quis. E, principalmente, porque parece feliz.

Laura levou alguns instantes para absorver as palavras do ex namorado. Talvez aquela tenha sido a coisa mais sincera que ele disse desde que se conheceram, e somente a fazia notar ainda mais o quanto Zacky havia mudado desde que romperam o relacionamento. Quem sabe não fosse somente ela quem estava se privando de seus sonhos e ambições enquanto estiveram juntos, mas ele também devia, de alguma forma, ter se sentido reprimido, e somente veio a se dar conta disso quando se sentiu livre.

Era verdade que ela vinha sendo feliz com Matt, mas nunca havia parado para pensar que, mesmo com toda a dor e a mágoa que ela e Zacky carregaram por tudo o que aconteceu, ele também parecia feliz agora. Inconscientemente, ela sorriu.

- Obrigada, Zacky – disse ela por fim, sem saber ao certo pelo que estava agradecendo, e ele sorriu em resposta.

- E então, vai esperar pelo Sanders?

- Não. Acho melhor eu ir embora, converso com ele depois.

- Tudo bem – ele assentiu. – Mas não pare de treinar, até que você não é tão ruim.

Zacky riu e Laura se permitiu abrir um pequeno sorriso antes de se despedir dele. A conversa com Zacky a fez refletir sobre sua decisão, e lhe deu algo em que pensar, ainda que não fosse fazê-la mudar de ideia. No fim das contas, resolveu voltar a pé para o apartamento, e então esperaria por Matt, para que finalmente pudessem conversar.

 

***

 

Quando Matt finalmente chegou em casa, já havia anoitecido, e Laura já tinha trocado seu uniforme de trabalho por algo mais confortável. Ela estava sentada no sofá, as pernas nuas pelo short cruzadas e uma taça de vinho em mãos, assistindo algum romance que já vira tantas vezes a ponto de saber as falas de cor.

- Zacky disse que você esteve na academia – disse Matt assim que trancou a porta, obtendo a atenção dela. – Algo errado?

- Eu pensei no que você me disse – começou ela, sentindo o nervosismo percorrendo todo seu corpo. Gostaria que Matt sentasse ao seu lado, que pudesse conversar com ele como em todas as outras vezes, mas ele ainda parecia magoado e manteve sua distância. Não que ela o culpasse por isso.

- E então? – Questionou ele, se esforçando para manter a calma, ansioso por uma resposta.

- Eu não sei se você sabe, mas uma das coisas que mais amo em você é o quanto você me apoiou desde o começo – Laura tratou de sorrir um pouco. – Não apenas por ter me dado um lugar para ficar e ter me ajudado quando eu não tinha mais ninguém, mas por sempre acreditar em mim, e por respeitar minha necessidade de espaço, e de reconstruir minha vida depois de tudo o que aconteceu.

- É claro, Laura – disse ele se aproximando, ocupando a outra ponta do sofá.

- E é por isso que eu espero que você entenda o que eu decidi... – Laura suspirou, colocou a taça na mesa de centro, vendo a apreensão no olhar dele sobre o que aquelas palavras significavam. – Foi difícil seguir em frente, acertar minha vida e começar a trilhar o caminho certo, mesmo com você ao meu lado. E é por isso que eu não vou a lugar algum... não vou desistir quando estou tão perto de conseguir tudo que eu quero.

 Para surpresa de Laura, Matt olhou para baixo e riu fraco.

- Acho que eu devia ter imaginado.

- O que isso quer dizer?

- Quer dizer que eu não sei se realmente esperava que você fosse. Sempre esteve claro que eu queria isso mais do que você.

- Isso não é verdade...

- Não, Laura? – Ele a interrompeu, voltando a se levantar, e ela fez o mesmo. – Quantas vezes você duvidou do que tínhamos? Eu nunca questionei meus sentimentos, mas você...

- Eu nunca menti para você! Talvez tenha, sim, duvidado. Mas você sempre soube como eu me sentia. Mas não é essa a questão...

- Qual é a porra da questão? – Ele levantou a voz. – Você não quer fazer isso por mim? Por nós? Não quer nem tentar?

- Eu não posso, Matthew! – Replicou mais alto, seu tom trêmulo denunciando o nervosismo. – Ir com você para São Francisco significaria abrir mão de tudo que consegui aqui. Justo agora, que as coisas estão começando a dar certo, tanto no trabalho, quanto com o novo apartamento... A minha vida toda eu coloquei os outros em primeiro lugar, mas eu finalmente estou pensando em mim! Talvez esta seja a minha última chance.

Os olhos claros de Matt faiscaram para os dela e os dois apenas se encararam em silêncio por algum tempo. Ele foi o primeiro a desviar, toda sua angústia desarmada pelas palavras dela. Engoliu seco e piscou devagar, aparentemente pensando no que dizer, mas nada saiu de imediato da boca.

Parada diante dele, Laura se lamentava. Não queria que as lágrimas viessem, mas logo não seria mais possível conte-las:

- Pensei que você, mais do que qualquer um, entendesse isso.

- E eu entendo. – Confirmou ele finalmente, em voz baixa. – Mas você sabe o que isso significa, não sabe? Isso será o fim para nós.

- Eu sei. Mas eu preciso fazer isso, com ou sem você.

Matt respirou fundo, mudo e de lábios colados. Apenas assentiu algumas vezes como resposta, sem mover muito a cabeça, e passou por ela em direção ao quarto antes que qualquer gota começasse a descesse pelo rosto dela. Laura recolheu a lágrima que deslizou sozinha por sua bochecha, como se ele ainda estivesse ali para vê-la manter aquele orgulho desnecessário.

Mal podia explicar como se sentia, aquilo era um mistério até para ela mesma. Desejava que ele dissesse algo, o que fosse. Que gritasse com ela, a amaldiçoasse por aquela decisão. Qualquer outra coisa, menos o silêncio. Mas quando chegou no quarto, Matt não estava lá.  Ouviu o som do chuveiro ser ligado – ele tinha ido de um cômodo ao outro sem fazer barulho algum.

Laura afastou a porta entreaberta. Ele já estava dentro do box, com a testa encostada e os antebraços apoiados no azulejo enquanto as costas musculosas eram banhadas sob a água corrente. Não emitia som algum, nem se mexia com a presença dela. De repente ele fechou o punho e socou de leve a parede, brigando contra os próprios pensamentos e a fazendo dar um pequeno pulo no lugar. Matthew não a notou entrando no banheiro e não a percebeu por perto até ela inesperadamente abrir a porta do box e abraçá-lo por trás.

Ele voltou da posição, com certeza não entendendo bem o que ela fazia com os braços lhe apertando e uma das faces grudada no meio de suas costas, mas não tentou tirá-la dali. As roupas de Laura se encharcaram, as gotas caindo no tecido faziam um ruído estranho, apesar disso ela não o soltava:

- Eu nunca vou poder agradecer o que fez por mim – disse por fim, em tom melancólico e sem muito volume, com o máximo de sinceridade que conseguia enquanto o calor do corpo dele aquecia o seu ainda vestido. – Me desculpe, Matt.

Pode ouvi-lo respirar devagar depois daquelas palavras, os ombros subindo e voltando ao mesmo tempo que ele desvencilhava das mãos dela em seu peito. Era realmente assim que pretendiam terminar? Laura pensou. Esperava que ele tomasse a razão e a pedisse para sair, mas tudo que recebeu dele foi um olhar calmo e brilhante quando o viu se virar. Olhos chispantes e inexplicavelmente compreensivos, mesclados com um pouco da tristeza que ela sabia que ele estava sentindo.

Ela afastou os lábios para falar, porém uma das mãos dele já estava em seu rosto.

- Matt, eu... – tentou dizer que sentia muito mais uma vez.

O toque molhado e morno de Matt a fez se calar e prestar atenção no rosto tão perto, na boca dele já colando a sua. Então ele a puxou para a parede atrás de si, separando aquele beijo terno por alguns segundos e a ajudando a tirar aquelas vestes ensopadas.

Não demoraria para já estarem alisando um o corpo do outro. O coração de Laura batia forte, gerando aquele calor incontrolável envolvido pelo vapor subindo, umedecendo seus cabelos castanhos nos quais Matthew segurava enquanto a imobilizava entre o vidro e seu corpo atlético.

Afinal, por que aquilo estava acontecendo?

A pergunta ecoou em sua mente, como o gemido que ela soltou e ressoou pelos quatro cantos do toalete assim que ele a ergueu e se pôs para dentro dela sem aviso. As penas abertas vacilaram, mas ele a manteve firme contra a superfície e não tinha pressa nos movimentos, de certa forma preocupado com a resistência do vidro. E enquanto ele beijava seu pescoço Laura não era capaz de responder à própria pergunta.

Ela não mudaria de ideia. Nem mesmo quando ele agarrou as nádegas femininas e ouviu a dona delas murmurar de prazer quando ele recostou na parede paralela, a encaixando melhor sobre seu quadril. Nem mesmo agora, ofegantes, enquanto ela rebolava extasiada sobre o membro e sentia a água quente bater em sua nuca, com o prazer inebriando suas ligas.

O orgasmo veio logo. Com os pensamentos distantes e Matt a fazendo pular em seu colo – ajudando nas estocadas – era mais que óbvio que o ápice chegaria para ela, escandaloso como sempre. E ele a acompanhou, pois ao gozar Laura pegou o exato momento em que a boca carnuda abriu e um gemido rouco saia pela mesma. O último dele que ela ouviria.

E seus pés tocaram o piso outra vez, o frio atingiu seu corpo nu de frente com o dele, que antes de retornar para debaixo d'água aninhou Laura entre seus braços grandes. Ele a estava protegendo do frio, da torrente forte sobre eles e de todo o sentimento de culpa que a estivesse consumindo naquele instante. Matthew só não pôde evitar que as lágrimas dela finalmente caíssem, uma após a outra.

Laura sabia que sentiria falta de Matt em seu presente. Da mesma forma que sentiu falta de Zacky no passado e julgava, bem lá no fundo, que seu futuro não estaria com nenhum dos dois. Não mais.


Notas Finais


E aí????
Quem esperava por esse tiro? Não muitos, eu acho. Sei que a maioria esperava que ela fosse aceitar e se mudar com o Matt pra São Francisco, mas teve gente (oi, Grazi kkkk) que acertou no palpite.
Mas e aí, entendem os motivos da Laura? Ou acham que ela tá fora de si por ter recusado? Deixem aí nos comentários suas opiniões, queremos muito saber!!

Como vocês já sabem, a fic está terminando :(
Teremos só mais um ou dois capítulos pela frente, então contamos com a presença de vocês na reta final!
Beijos <3


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