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História Vermelho Rubi - Primeiro beijo


Escrita por: EllaSecrets

Notas do Autor


Atrasei cinco dias, mas cheguei!

No sexto capítulos iniciamos a fases de muitas novidades na vida do nosso Byun Baekhyun, ou melhor dizendo, muitos primeiros hehe. Bom, só pelo título vocês já devem imaginar o que estar por vim, eu espero de coração que vocês curtem esse momento tão mágico do nosso casal favorito.

Agradecimento mais do que especial a Lohanna e a Luana, meus dois grandes amores, que me ajudaram muitíssimo nesse capítulo. E, claro, a Luna, minha grande rainha de inspirações, que coloca brilho e luz na minha escrita através da betagem perfeita. De coração meninas, vocês são muito especiais para mim e eu amo cada uma ❤

Agora, peguem suas taças de champanhe e vistam seus melhores trajes, pois é hora do baile!

Capítulo 6 - Primeiro beijo


Com a roupa em frente ao corpo, Baekhyun encarava o próprio reflexo no grande espelho pendurado na parede de seu quarto enquanto Kyungsoo, deitado na cama de casal do amigo, o observava. Sentia-se uma criança de cinco anos ao ganhar dos pais o vestido da princesa favorita. Estava admirado, encantado e apaixonado pelas roupas caras, nunca em sua vida pensou vestir roupas como aquelas e, apesar dessa surpresa, o que mais tumultuava sua mente era o pensamento de que Chanyeol havia lhe comprado e desejava vê-lo com essa roupa.

Olhando-se no momento, pensava que, talvez, seu amigo não estivesse sendo equivocado a respeito de seu chefe. Chanyeol estava dando um sinal, certo? Chefes não costumam dar presentes a funcionários, ao menos que ocorra um interesse fora do âmbito profissional, por mais que também achasse ser exagero e um absurdo cogitar um possível interesse por parte de seu patrão, não conseguia mais descartar a ideia.

Suas mãos estavam atadas diante àquela possibilidade, porque se houvesse um interesse deveria corresponder? Sim, gostaria muito, mas e a regra sobre relacionamentos? Odiaria deixar seu trabalho, tinha uma meta a conquistar e trabalhar fazia parte da caminhada, se recusaria ficar desempregado e voltar para casa dos pais, obedecendo todas suas ordens e seguindo o estilo de vida que não era de seu feitio. Também não desejava ser dependente de Chanyeol, buscou por sua independência durante anos, seria burrice voltar para a estaca zero.

E céus, o que estava pensando? Fala sério, nem sabia da verdade por trás de todas as ações do Park, talvez fosse apenas gentil e tivesse reparado que suas roupas seriam simples demais para aquela noite. Suspirou pesado, abaixando a roupa de frente do seu corpo e a colocou em cima da cama, com cuidado para não amassar o tecido.

— Vai dizer agora que estou certo? — Kyungsoo perguntou, deixando ao lado de seu corpo o livro que tinha em mãos, mas que não lia mais fazia bons minutos.

— Não tem como saber, Kyungsoo. — O amigo inclinou, minimamente, a cabeça para direita e formou uma linha com os lábios. — Eu sei. Muito leva a resposta de um possível interesse, mas soa tão impossível. Somos de mundos completamente diferentes. — Disse, sentando-se na beirada cama, de costas para o amigo e de frente para o espelho, encarando sua aparência nada elegante como as das pessoas do ciclo social do chefe. — Chanyeol é um homem elegante. Conversa com as pessoas requintadas, que falam sobre viagens e uísques, que possuem uma aparência de tirar o fôlego enquanto eu… eu só sou um simples secretário e estudante de contabilidade, não tenho nada em comum com ele.

Kyungsoo engatinhou na cama, chegando perto suficiente do amigo para tocar seus ombros e deixar um aperto na região, apoiou a cabeça no vão entre o pescoço e o ombro dele.

— Baekhyun, você precisa se olhar mais. Não importa quantos homens e mulheres elegantes, bonitos e com histórias incríveis existem no mundo, ninguém é você. Esse motivo é o suficiente para fazer qualquer um perder a linha, você é lindo e possui traços únicos, que chamam a atenção de todos à sua volta. Você é uma ótima companhia, se eu pudesse, passaria dias somente ouvindo suas histórias, porque você é a pessoa mais interessante que eu já conheci, tenho certeza que, nesse momento, Chanyeol deve estar se arrumando ansioso para ver o garoto de ouro dele e meu também, nunca se esqueça disso. — Riram. — Você é lindo e Chanyeol percebe isso, como todas as outras pessoas.

Baekhyun sorriu pequeno em direção ao reflexo do amigo, que devolveu mostrando todas as fileiras de dentes. De verdade, não saberia dizer como seria sua vida sem o amigo.

— Agora, vamos arrumar você para que fique mais lindo ainda para seu príncipe encantado. — Kyungsoo brincou, dando um beijinho na bochecha do Byun. — Vá tomar um banho, pois vou arrumar as coisas por aqui.

— Obrigado, Soo. — agradeceu, levantando-se e pegando uma toalha de banho limpa no guarda-roupa. — Por favor, não planeje nada muito chamativo para a maquiagem.

— Baek, confie no seu amigo. — Falou, lançando uma piscadela para o Byun.


💎


A ansiedade parecia tomar Baekhyun a cada mísero minuto passado, a sensação de saber que o relógio não parava de andar e de que o sol estava sumindo, ocasionava borbulhas no estômago vazio e aumentava a aflição em seu peito. Não estava indo a uma festa da faculdade. Iria ao baile da magnífica empresa, WR Technology, ou mais especificamente, para a celebração oficial da promoção do seu chefe, Chanyeol, de Vice-Presidente a Presidente.

Mas não era apenas a comemoração, era Park Chanyeol. Seu maldito chefe irresistível, com uma nova mania de presenteá-lo, sendo com um simples café, comprado na cafeteria da esquina, ou com roupas de uma marca luxuosa e um colar de brilhantes. O que ele pensaria em vê-lo usando exatamente as roupas dadas? Queria corresponder às expectativas do empresário e impressioná-lo como jamais pensou ter feito. Porque, por mais, que soubesse de seus mundos distantes e da regra da empresa, gostaria de chamar a atenção dele e roubar todos os seus olhares, ainda que fosse egoísmo.

Enquanto isso, Kyungsoo apenas parecia ignorar todas as suas puxadas de ar e a forma como batia o pé contra o chão, ou suas mãos não parando de dançar uma na outra. O amigo, obviamente, já havia constatado sua ansiedade e, sem insinuar nada – ainda que o Byun entendesse –, deu um copo d’água e colocou a playlist repleta de músicas relaxantes, de instrumentos chineses, mas não abriu a boca para falar a respeito, afinal, sabia que o amigo preferia ficar calado, apenas lidando sozinho, nada que sairia por entre seus lábios ajudaria naquele sentimento corrosivo.

D.O. puxou os fios castanhos de Baekhyun de um lado para o outro, passando a escova acompanhada do secador de cabelo quente, dando movimento às madeixas e retirando de frente da testa, deixando repartido no meio, em um topete. Simultaneamente, não poupou suas maquiagens de valores exorbitantes, escorrendo os pincéis com uma quantidade generosa de produto sobre a pele clara. De olhos fechados, sentindo apenas as maciez dos pincéis de diversos formatos caminhando em suas pálpebras e por todo o orbicular de seus olhos, a inquietação parecia se elevar, de algum modo, a escuridão o deixava mais sensível e suscetível a suas emoções e pensamentos.

Respirou tranquilo quando pôde abrir seus olhos, encontrando a claridade, agora da lâmpada do seu quarto – a escuridão já tomava o céu de Seul. Saiu um tantinho desnorteado da cadeira, o tempo sentado aparentava ter enferrujado suas pernas, foi para frente do espelho, encarando-se um pouco espantado e apreciativo. Sentiu-se lindo, se vendo composto de uma maneira diferente do habitual, fugia da sua aparência de garoto inocente e jovem, seus traços assemelhavam-se a uma figura felina e perigosa, no significado mais tentador e sensual da palavra.

Sorriu para o amigo e o agradeceu com um sorriso doce, estava um pouco mais confiante em relação à noite, mas a ansiedade ainda abraçava seu coração inquieto, porém, tinha um valor diferente, estava ansioso para ser olhado por Chanyeol e por seus colegas de trabalho. O que achariam de sua aparência? Com certeza, gostariam ou teriam inveja, Ryujin teria.

Vestiu as roupas elegantes, experimentando o deslizar do tecido por sua pele, conhecia aquele tipo de seda nobre e macia, assim como era familiarizado pelo couro legítimo da calça preta e justa, traçando bem suas curvas. Trajou o paletó escuro, por cima da camiseta de tecido fino, haviam detalhes quase imperceptíveis de um azul escuro, quase preto. Por último, prendeu o choker em seu pescoço, as pedras eram rígidas e agrupadas em uma fileira tornava-se pesada, de fato, eram diamantes. Devolveria a Chanyeol na segunda-feira, durante o trabalho, não poderia aceitar um acessório naquele valor, ainda que fosse um presente. Porém, por aquela noite, manteria brilhando em torno de seu pescoço, chamando a atenção e destacando no meio de tantos tons escuros.

Estava mais do que satisfeito com sua produção, muito devia ao melhor amigo que tirou tempo de seu fim de semana para ajudá-lo se arrumar. E como se a ajuda na produção não tivesse sido o suficiente, ele não pensou duas vezes em dar-lhe uma carona até o salão, onde acontecia a cerimônia de celebração.

O conversível parou em frente ao luxuoso local, que tinha a fachada um pouco mais agitada do que no decorrer da semana, afinal, além da festa do Park, outros eventos aconteciam, talvez mais agitados e interessantes, já que jovens vestidos em roupas descoladas circulavam ali.

— Está entregue, mocinho, espero que possa se divertir. — Kyungsoo tinhas os lábios levemente alargados, soando quase como um pai entregando o filho na primeira festa do ensino médio, quem sabe, ele falaria para não beber e não aceitar nada de estranhos? Todavia, a aparência jovial e a mão no volante, de uma forma descolada, fazia dele a representação perfeita de um protagonista gostoso de um filme romântico.

— Eu não sei se tem alguma possibilidade de diversão em uma festa como essa, mas prometo tentar encontrar algumas companhias legais para conversar. — As portas foram destravadas e Baekhyun abriu a porta. — Obrigado, nos vemos segunda. — Disse antes de sair e bater a porta.

O carro partiu com velocidade e o assistiu sumir de sua visão, Kyungsoo, realmente, assemelhava-se a um playboy. Fechando o sorriso, encarou o grande letreiro em dourado adornado por uma luz branca e seguiu para dentro do ambiente, indo em direção ao salão em que haviam reservado para a noite. Algumas pessoas vestidas em ternos e vestidos seguiam junto, obviamente, não era o último a chegar, assim com não era o primeiro.

Dois homens vestidos em terno preto e uma mulher em um vestido azul escuro, com uma prancheta em mãos, esperavam na porta. Baekhyun sabia quem eram, pois havia os contratado e falado com eles, por isso, não houve necessidade alguma de entrar em uma curta fila para confirmar seu nome e entrar no salão. Eles abriram as imensas portas brancas com detalhes dourados, como se fosse de um castelo, dando acesso ao Byun, que sentia sua respiração falha, ansioso para encontrar aquele que havia o presenteado.

De cima da larga e extensa escada, parou seus passos para admirar todo o salão. Não saberia dizer qual parte era sua favorita nele, se era o teto com pinturas renascentistas e os grandes lustres, as paredes pintadas em um tom claro enquanto o dourado refletia em pontos estratégicos ou, quem sabe, o bar repleto de bebidas refinadas e estruturado por mármore. Mas poderia também citar o piso, já que um grande desenho era formado no centro e partia para todos os arredores, como se fosse um imenso quadro de arte, em poucos níveis de cores mais fortes.  Jennie também, tinha dado seu toque especial na decoração, com longas cortinas recaindo sobre as janelas, que tinham a cor do tecido combinando com as toalhas das mesas redondas, estas decoradas por flores e velas, que se destacariam melhor após as luzes se apagarem e a orquestra entrar no palco. Estava tudo perfeito e, observando no topo da escadaria, podia notar o encanto nas expressões de alguns.

Não demorou a encontrar rostos semelhantes em meio a multidão, a irmã de Chanyeol — que ainda não conhecia além das fotos em uma tela de computador — estava presente e vestia um longo vestido repleto de brilho prateado, pôde também ver o noivo dela ao lado da senhora Park. Baekhyun, poucas vezes havia encontrado a mulher, sendo no corredor da empresa ou na casa da família Park, porém, ela sempre era gentil e sustentava um sorriso bonito. Ryujin estava com eles, rindo com Yoora, obviamente, eram amigas e pareciam íntimas com os braços entrelaçados. Não poderia mentir, ela estava linda, trajada em um vestido vermelho com uma fenda deixando uma das suas pernas expostas e o salto amostra. Baekhyun, definitivamente, usaria aquele tipo de vestido, se um homem não fosse olhado torto caso vestisse um.

Desceu os degraus, prestando atenção em cada lance para não acabar tendo o constrangimento de tropeçar e rolar até o chão, não era assim que desejava chamar a atenção do chefe. Riu do pensamento, ainda que soasse mais como riso de nervosismo. Realmente estava nervoso, um carnaval acontecia dentro do seu corpo, seu coração assemelhava-se a uma banda completa, com pandeiro, chocalho e tamborim enquanto havia milhares de passistas sambando em seu estômago, e passando as penas de suas roupas por toda a parede interna do órgão.

Não deu nem três segundos que seus pés haviam chegado ao chão do piso do salão, para encontrar Kim Junmyeon, coberto por um terno azul e uma camiseta de estampa bonita, com o cabelo em um topete elegante, vindo em sua direção. Ele parecia estar lhe esperando.

Espalhou um sorriso por seu rosto, tentando despistar o nervosismo e a ansiedade em caçar Chanyeol entre aquelas pessoas.

— Baekhyun! — Junmyeon estava animado e com uma aparência brilhante, diferente do que se via nos corredores da empresa. — Uau, você está lindíssimo. — Elogiou, parando em frente ao mais jovem, que se sentiu levemente tímido ao ser elogiado subitamente por um homem bonito, porém, a vermelhidão não pintavam suas bochechas.

— Boa noite, Junmyeon. — Cumprimentou, tentando ignorar a timidez. — Você também está bonito.

— Sinceramente, achava isso me olhando em frente ao espelho, porém, com você aqui e agora, me sinto quase que pequeno... — Fez um biquinho, falsamente chateado.

— Não seja bobo, você está ótimo e melhor que eu.

— Vou aceitar o elogio, mas a parte em que estou melhor que você, eu não posso acreditar. Você realmente está... lindo. — A palavra saiu em aparente suspiro, como se seus pulmões estivessem sem ar. — Inclusive, parabéns pela organização da festa, está linda e todos estão bem satisfeitos.

— Obrigado, mas agradeça a Jennie, eu apenas fiz uma pequena contribuição.

— Se ajudou de alguma forma, merece reconhecimento.

— Então, fico agradecido por ele... — Disse, virando em direção ao centro do salão, admirando as pessoas e a decoração. — Está realmente muito bonito.

— Sim, tenho certeza que Chanyeol gostou. — Falou, causando um calafrio em Baekhyun ao ouvir o nome citado.

— Ele já chegou? — Perguntou, tentando camuflar sua curiosidade e ansiedade em vê-lo.

— Chanyeol chegou faz tempo, ele está por aí recebendo as pessoas e conversando. — Informou, mas desconversou ao virar para o Byun. — Vamos ao bar, pegar algo para beber?

— Essa é uma ótima ideia!

Baekhyun passou o caminho até o bar buscando pelo vislumbre da imagem irredutível do Park, em meio aos rostos desconhecidos. Queria ver como ele estava vestido, provavelmente, estava bonito como sempre e usando as típicas roupas sociais, nada diferente do casual... mas, ainda assim, almejava vê-lo e ser visto por ele, porque sem se dar conta, desejava ser fitado até virar cinzas por seus olhos flamejantes. Entretanto, o caminho, embora longo, não serviu para seu encontro com o homem.

Encostou-se no bar e, sem olhar para o cardápio, pediu uma champanhe, tinha saudade do sabor das estrelas engarrafadas. A última vez que experimentou foi no seu solitário aniversário de dezoito anos, sentado na varanda, encarando o céu enquanto uma música nada animada preenchia seus ouvidos. A bebida era sua favorita, depois do café, mas quando o luxo deixou de pertencer a sua vida, não havia mais espaço no seu orçamento, o valor era salgado e, naquele momento, havia vários espumantes sendo oferecidos de graça.

A taça fina e de cristal foi colocada com cuidado em sua frente e, com os olhos fechados, saboreou as estrelas engarrafadas, degustando do melhor sabor feito pelo homem em toda sua existência. Não entendia nada sobre bebida, nem de seus sabores mirabolantes e essências rebuscadas, definia apenas como amargo, azedo, doce, salgado, forte e refrescante, quente ou gelado, e a champanhe era refrescante e gelada, saborosa, o sabor caído do céu na terra.

— Humm. — Murmurou, antes de abrir os olhos, sem se dar conta como sua imagem havia soado um tanto sensual à vista do homem ao seu lado. — Essa bebida é a melhor coisa que existe no universo.

Junmyeon riu, ainda sem graça pelos pensamentos não muito castos.

— Aproveite, hoje é de graça e para comprar uma dessas para ter em casa, custa uma facada na carteira. — Ele brincou, tirando uma pequena risadinha do Byun. — Apesar disso, prefiro ficar com meu clássico Gin. — Rodou a bebida no copo, sendo observado.

— Isso é bebida de balada. — Falou, descontraído.

— Não, Gin é um clássico e uma bebida amável, principalmente, misturada no suco. — Sem precisar de um convite vindo do outro, se afastaram do bar e sentaram-se em uma mesa aos fundos. — A noite será longa.

— Com certeza. — Confirmou, encostando-se à cadeira e passando a caçar novamente o chefe no salão.

Porém, dessa vez, foi rápido ao encontrar o homem, que apareceu em sua direção, andando com as mãos dentro do bolso da calça social ao tempo que trajava o típico terno preto e gravata. Seus fios, platinados, estavam bem penteados com gel para trás, expondo melhor seus traços firmes e charmosos. Um suspiro partiu os lábios de Baekhyun, ao ter seus olhos encontrados por Chanyeol, que sutilmente sorriu de canto, quase como uma provocação. Era sexy, quase tão diabólico quanto seus olhos escuros, fixos na figura do secretário.

Uma chama acendeu-se nas pontas dos pés de Baekhyun, derretendo suas pernas, quanto mais próximo Chanyeol chegava, mais difícil se tornava respirar e se manter na postura firme. Virou a taça cheia, engolindo toda bebida de uma vez, sem se importar com o álcool repentino correndo suas veias e atingindo seu cérebro, levantou-se ao constatar a presença avassaladora em sua mesa.

— Boa noite, Chanyeol. — Junmyeon foi o primeiro a falar alguma coisa, tirando a atenção do chefe de cima do secretário. — Parabéns pela promoção, mais uma vez. — As mãos se apertaram e um sorriso foi trocado.

— Boa noite, Junmyeon. Fico feliz que tenha vindo. E obrigado, espero poder, mais do que nunca, contar com seu eficiente trabalho.

— Pode ter certeza que, mais do que nunca, trabalharei duro. — As mãos se afastaram e o olhar predador estava novamente sobre Baekhyun.

— Boa noite, Baekhyun. — Seu nome na boca dele deveria ser um crime, Baekhyun quase soltou um resmungo, indignado pelo poder do empresário sobre suas emoções.

— Boa noite, Sr. Park. — A sua voz soou fraca, o entregando de bandeja a Chanyeol, que lhe lançou um olhar divertido. — Parabéns pela promoção.

— Obrigado. — Agradeceu, estendendo a mão para Baekhyun, que o encarou confuso. — Quero que venha comigo, preciso apresentar você para minha irmã.

Encarando a palma da mão aberta, respirou fundo e pediu licença a Junmyeon, antes de tocar o palmo, experimentando sentir a rispidez e o calor transmitido parando nas maças de seu rosto. Deu a volta na mesa e segurou o braço oferecido.

Sua cabeça estava um turbilhão e, naquele momento, não conseguia assimilar mais nada, ao passo em que o cheiro inebriante do perfume amadeirado invadia suas narinas, liberando as mais diversas substâncias prazerosas em seu cérebro. Passando entre as pessoas, recebeu uma atenção indesejada, cumprimentos diversos direcionados ao Park e a si eram feitos.

— Com licença, aqui está meu funcionário de ouro, aquele que mencionei mais cedo. — Chanyeol disse, juntando ele e Baekhyun a uma roda.

Olhou em sua volta, reconhecendo os pais, a irmã e o cunhado de Chanyeol, como também Ryujin, que não tinha a melhor expressão no momento enquanto Jennie e Jongin sorriam em sua direção. Todos olhavam para si, o que causou certo desconforto e timidez. 

Caramba, queria se enterrar ali mesmo.

— Não precisa ficar tímido. — Chanyeol disse baixinho em seu ouvido, só para ele ouvir, lhe oferecendo um sorriso novo... do tipo carinhoso. — Este é Byun Baekhyun.

— Oh, é um prazer conhecê-lo, Byun. Meu nome é Yoora e esse aqui é meu noivo, Hong. — Yoora saiu na frente, apresentando-se, sorrindo aberto com os olhos brilhantes.

— É um prazer conhecê-los.

— Jennie contou que você a ajudou em toda a organização da festa.

— Sinceramente, ajudei minimamente, quem realmente fez tudo acontecer e de forma tão bonita, foi Jennie e sua equipe. — Murmurou, suas bochechas pareciam febris com tanta atenção, odiava ser o foco.

— Não seja modesto, Baekhyun. — Jennie pela primeira vez disse, na presença de Baekhyun. Este, que sem saber o que responder, apenas sorriu, sutilmente.

— Baekhyun. — Chanyeol chamou, sendo novamente o foco dos olhos inocentes do Byun. — Eu vou subir para fazer meu discurso, mas não saia daqui, preciso que fique exatamente nesse local. Entendeu? — Perguntou, vendo um leve desentendimento despontando no cenho de Baekhyun.

— Tudo bem, Senhor. — Acatou, sem questionar, guardando para si suas perguntas do porquê ter que continuar ali.

Baekhyun acompanhou o homem dar as costas e subir no palco, ficando de frente para o microfone posicionado no centro da plataforma. Ele pigarreou, atraindo todos os olhares em sua direção. As luzes apagaram-se, conforme o planejado, servindo a vela como a luz ambiente e restando apenas um foco elétrico de luz ligado, mas essa, pertencia apenas a Chanyeol, que assemelhava-se a um rei posicionado de frente aos seus súditos, com seus olhos firmes e postura imbatível, não havia qualquer sinal de vergonha ou fraqueza.

— Boa noite. — Cumprimentou, sorrindo pequeno. — Eu agradeço a presença de todos que puderam comparecer nesse dia tão importante para minha família, para empresa e, claro, para mim. Durante meus últimos anos, eu vim ao lado de meu pai, trabalhando arduamente todos os dias para o momento em que tomasse a frente da empresa, pois liderar exige pulso firme, mas também delicadeza e, encontrar esse meio termo, é um grande desafio, mas ao lado do meu pai, eu pude descobrir e aprender. Prometo recompensar os esforços da minha família e de todos que nos apoiam, com bons resultados. Agora, existe um longo caminho pela frente e espero poder caminhar ao lado dos funcionários e colaboradores incríveis da WR Technology. Obrigado pelo trabalho duro de vocês. Obrigado por confiarem. Espero que apreciem a noite, seja com uma boa bebida ou com uma boa dança... — burburinhos animados, ecoaram. — E, para o início da noite dançante, gostaria de abrir a pista dançando com a pessoa que vai ser meu braço direito nessa minha nova jornada, Byun Baekhyun.

O mundo havia congelado. Aquilo não estava descrito no roteiro da noite, em nenhum momento tinha sido citado uma dança, Baekhyun olhou para Jennie, que estava um pouco mais afastada, buscando nela alguma solução para o inesperado, mas ela apenas sorriu pequeno. Ao voltar seu olhar para a frente, Chanyeol estava parado próximo de si, com uma expressão impassível, mas com as orbes incendiadas, com a mão estendida em sua direção. Então, ele perguntou novamente, fazendo Baekhyun quase se desmanchar por inteiro, devido ao tom grave:

— Dança comigo?

Como negaria? Como diria não a Park Chanyeol? Não existia essa palavra para ele, Baekhyun jamais rejeitaria um pedido seu, por mais inusitado que fosse. Como resposta, segurou a mão firme outra vez naquela noite, ainda que tremesse um pouco. Mantinha-se nervoso, andando até mais ao centro do salão, no mesmo tempo em que sua pele queimava por debaixo dos panos pelos olhares analíticos vindo dos convidados, que fizeram uma roda em torno dos dois.

Chanyeol apertou a mão de Baekhyun, antes de puxá-lo para seus braços e iniciar lentamente a mexer, de maneira rítmica, os pés, sendo seguidos pelos do Secretário. Este que, segurando o braço do empresário, experimentava da mistura entre a adrenalina e a vergonha, que desciam como vodka pelas suas entranhas, queimando cada centímetro.

A orquestra tocava uma música familiar aos ouvidos de todos. A valsa se desenrolava por todo o salão, as pessoas assistiam ainda confusas pela escolha do Park, afinal, um homem estava longe de ser o mais adequado para aquela sociedade, contudo, Chanyeol não parecia se importar com nada quando seus olhos estavam vidrados em um Byun Baekhyun de olhar selvagem e de bochechas vermelhas.

— Você está lindo, Baekhyun. — As palavras, sussurradas contra o ouvido de Baekhyun, ecoaram como gritos, chacoalhando o corpo mediano e ocasionando um calafrio em sua espinha. — Essas roupas caíram bem você, espero que tenha gostado.

Havia amado até o tipo de material utilizado, porém, suas cordas vocais estavam fracas demais para conseguirem responder de forma decente. O empresário afastou, retomando admirar a aparência graciosa do universitário. Seus pés continuavam em harmonia, quando outras pessoas começaram a se juntar na pista com seus parceiros, dançando.

Baekhyun observou em sua volta, já não ligavam mais para sua dança com Chanyeol.

— E-eu... eu vou ao banheiro, com licença. — Balbuciou e, sendo rápido, afastou-se dos braços fortes, sem aguardar uma resposta do agora Presidente da empresa.

Atravessou o salão com as pernas bambas e o âmago se contorcendo em nervosismo. Precisava respirar. Seguiu o corredor vazio, adentrando o banheiro que, para sua sorte encontrava-se vago. Repousou as mãos na bancada de mármore, encarando seu próprio reflexo no espelho, a aparência continuava impecável, porém, as malditas maçãs rubras ardiam em seu rosto. 

Droga! Odiava aquilo. Odiava corar por qualquer mínima aproximação dele.

Abaixou a cabeça e fechou os olhos, buscando respirar fundo e controlar a tensão amarrada ao seu corpo. Chanyeol, definitivamente, o tirava dos eixos e da sua zona de conforto. Ele era tão ousado e... audacioso. Fala sério, ele nem ao menos deu aviso antes, apenas fez o que achava bom...

— Eu devo desculpas a você? — A voz grossa soou por todo o banheiro, atraindo ligeiramente a atenção de Baekhyun, que ergueu as sobrancelhas ao notá-lo ali, com a lateral do quadril encostado no mármore. — Acho que eu deveria ao menos ter comunicado você, mas se eu for sincero, tive a ideia de última hora e acabei não falando, pois não queria que tivesse como fugir.

— E-está tudo bem, você não me deve desculpas. — Disse, com a entonação baixa. Ele sorriu parcamente, se aproximando.

— Se está tudo bem, porquê correu de mim? — A pergunta saiu profunda enquanto seus olhos, opacos, engoliam o Secretário por inteiro e seus passos terminavam de frente para ele, o deixando praticamente encurralado contra a bancada.

— E-eu... e-eu n-não sei...

— A verdade, por favor. — Ele pediu, levando a mão para o rosto de Baekhyun e afastando o fio caído sobre seu olho esquerdo. — Não minta para mim, odeio quando fazem isso.

— E-eu só não consigo entender... você. — Em tropeços as palavras saíram, tirando uma risada nasalada do Park.

— Eu posso te explicar, mas desde que você queira isso também.

— Como assim? — Questionou, alheio à maldade que escorria dos lábios tentadores.

— Desse jeito.

Baekhyun não saberia descrever com exatidão como aconteceu, mas quando se deu conta, as mãos pesadas prendiam sua cintura e os lábios dele estavam sobre os seus, em um simples selar. Era macio e quente. Seus olhos arregalados, em segundos, fecharam-se. Não iria lutar contra o que tanto queria.

— Você quer isso? — A pergunta era baixa, feita próxima à boca do Byun que, lentamente, abriu parcamente os olhos.

— Por favor.

As palavras foram o suficiente para Chanyeol puxar, mais ainda, o corpo mediano contra o seu e tomá-lo como realmente queria. As línguas se encontraram em uma dança lenta e erótica, balançando as estruturas de Baekhyun. Uma bagunça se fazia no interior dele, provavelmente, jamais iria conseguir arrumar, mas desejava tanto. Seus dedos se embrenharam no cabelo dele enquanto as sensações serpenteavam por cada centímetro seu. Ninguém jamais havia o beijado daquela forma, era profundo e fervoroso, lento, mas necessitado. Ele apertava Baekhyun com força entre os braços, como se temesse que ele fugisse novamente por entre seus dedos. Numa brincadeira tortuosa e igualmente deliciosa, seus dentes puxaram, devagar, o lábio inferior do Byun.

Os beijos desceram, com certa delicadeza, pelo queixo até o pescoço imaculado, acariciando a pele com seus lábios, selou cada canto do espaço, retirando suspiros sôfregos da boca rosada. Baekhyun pendeu sua cabeça para trás, deixando a área mais exposta às vontades avassaladoras do Park. Talvez, estivesse realmente enlouquecido e bêbado pelo desejo, porém, não queria pensar sobre. A mão do empresário percorreu a cintura delineada, seguindo até a bunda farta e apertando com força, sentindo a carne preenchendo seus dedos, e recebendo, em troca, sons tímidos da boquinha gostosa de Baekhyun, que expressavam o quão delicioso aquela nova sensação estava sendo para ele. 

Os fios platinados eram segurados com forças pela destra de Baekhyun, ao mesmo tempo em que as unhas da outra mão estavam cravadas no paletó, como se ele dependesse daquilo para continuar em pé e minimamente lúcido.

À medida que Baekhyun agraciava os ouvidos de Chanyeol com gemidos e arfares, a boca do empresário tornava-se mais afoita sobre a pele, distribuindo beijos, percorrendo com a língua toda a extensão e mordendo, transformando a pele branca em sua criação artística. A intenção era marcá-lo, pois queria que, no dia seguinte, Baekhyun se olhasse no espelho e se lembrasse de seu nome, da sua boca e de como havia feito gostoso com tão pouco. 

Chanyeol juntou os quadris, podendo experimentar a sensação da ereção completa de Baekhyun que, provavelmente, deveria estar com pau todo babado de pré-gozo. Com isso em mente, o empresário impulsionou o quadril contra o dele, tirando um gemido mais alto.

Baekhyun podia sentir sua sanidade se esvair, não conseguia mais voltar para o zero, estava desequilibrado e a culpa era toda daquele homem que bebia de seus gemidos e brincava com seu pescoço, espalhando toda sua saliva em sua derme quente. Estava enlouquecido e duro pra caralho. Seu pau pulsava dentro das calças, estava molhado, descobrindo sensações nunca antes vividas. Em toda sua vida, só havia beijado uma única boca e somente uma vez, com um garoto tão inexperiente quanto si. Diferente de Chanyeol, que se mostrava experiente, desvendando seu corpo, arremetendo o quadril contra o seu e devorando sua inocência.

A mão do Park seguiu até o cabelo castanho, agarrando com força os fios e o puxando, deixando o rosto do garoto inclinado. Uma leve risada saiu de seus lábios. Era sexy, beirando ao pecado.

— Você é tão gostoso. — Ele murmurou, levantando seu rosto e encarando Baekhyun de cima, com superioridade e controle. Ele estava longe de estar insano ou fora da linha, Baekhyun conseguia ver nas orbes escuras como ele sabia exatamente o que estava fazendo. — Veja como está entregue a mim. Você não sabe como ansiei por esse momento, moleque.

— Senhor Park...

— Shh, quietinho. — O interrompeu, trazendo a outra mão para os lábios bem delineados. — Quero escutar sua voz gemendo gostoso, só pra mim. Hoje, Baekhyun, você é meu. — O Byun ofegou, sentindo seu pau latejar. Não havia mais salvação para si, estava louco, e Chanyeol poderia chamá-lo como bem entendesse; ele poderia pedir qualquer coisa, pois daria a ele. 

Suas bocas voltaram a se encontrar, mas, dessa vez, era desesperado e ardente. As línguas se esfregavam sem pudor, os estalos altos ecoavam entre as paredes, tornando a situação mais erótica. Em meio aos puxões no cabelo, Baekhyun desceu as mãos para os braços do empresário, sentindo os bíceps fortes através dos tecidos sociais, eram grandes e rígidos. Desejava vê-lo sem aquelas peças, céus, Chanyeol deveria ser delicioso sem roupas.

Seu pênis deu uma guinada brusca, quase que dolorida, com a imaginação fértil, arrancando um gemido entre o beijo desesperado que trocavam. Chanyeol sorriu sutil, levando as mãos no paletó do Byun e tirando do tronco magro, largando no chão. Sutilmente, invadiu por debaixo da seda da camiseta preta que cobria o tronco de Baekhyun, tocando a pele ardente e experimentando a textura macia. Queria provar de cada centímetro dele, torná-lo seu por inteiro. Uma onda de excitação percorreu por toda a coluna do estudante, quando os dedos hábeis tocaram seu mamilo, soltando um gemido mais alto que os demais e curvando as costas, experimentando mais uma nova sensação. 

Jamais havia sido tocado daquela maneira.

— Hum, acho que encontrei um ponto. — Ele segurou uma das coxas de Baekhyun que, entendendo os planos, ajudou a ser impulsionado para cima da bancada de mármore, recebendo, em seguida, Chanyeol entre suas pernas. — Posso? — Perguntou, segurando o cós da camiseta e recebendo um acenar de cabeça. — Você não sabe como me deixa excitado quando me obedece. — Comentou, referindo-se ao silêncio.

Baekhyun sorriu doce, nada condizente com a cena que protagonizava no momento, assim como  as bochechas quentes, pela timidez. Ele tinha vontade de se esconder, mas já estava tão rendido ao Park, que apenas acompanhava os passos dele, se jogando de cabeça em seus desejos. Observou sua camiseta ser levantada e ergueu os braços, permitindo o tecido passar por sua cabeça e sair de seu corpo, caindo no chão junto do paletó.

Chanyeol o encarou febril, admirando o tronco despido e tocando a pele com delicadeza, fazendo Baekhyun se arrepiar por inteiro. Ele, novamente, chegou aos seus mamilos, contornando as aréolas com as pontas dos dedos, trazendo uma nova sensação de prazer e vergonha ao Byun.

— São lindos... e devem ficar melhores na minha boca.

Tremendo pela timidez, assistiu Chanyeol se inclinar e tomar um de seus mamilos na boca. Caralho, aquilo não deveria ser tão gostoso. Levou a própria mão na boca, mordendo, temendo gemer alto. A outra mão do Park alcançou o outro mamilo, rodeando com o polegar lentamente, de um modo cruel. A sensação era deliciosa, a boca do Park chupava tão gostoso, que deveria ser um crime.

Cravando os dentes na palma da mão, Baekhyun experimentou da dor e do prazer ao mesmo tempo, pela primeira vez, quando um de seus mamilos foi puxado com força pelos dentes de Chanyeol enquanto o outro foi torcido pelo indicador e o polegar.

— Tira a mão da boca, quero escutar você gemendo, Baekhyun. — Ordenou, antes de puxá-lo para mais um beijo, ao tempo que suas mãos cravaram-se nas coxas grossas, fazendo o jovem ofegar.

Os beijos desceram até encontrar o outro mamilo, as terminações nervosas de Baekhyun estavam cada vez mais sensíveis. Suas pupilas, mantinham-se dilatadas, o modo em que sua voz saía por sua boca era alta e manhosa, seu corpo estava pegando fogo, incendiando o ambiente inteiro, inclusive seu chefe, que realizava um excelente trabalho maltratando seus mamilos com chupões, beijos, lambidas e apertos. 

Uma sensação diferente se formou no ventre do universitário, foi quando seu corpo enrijeceu, no mesmo instante em que suas pernas tentaram se fechar, prendendo Chanyeol entre elas. Tudo pareceu intenso demais, o calor aumentou subitamente, quando os nervos repuxaram. As costas arquearam e sua cabeça pendeu para trás enquanto um gemido alto e manhoso se desprendeu de sua garganta, e sua boxer foi molhada pelo sêmen.

Baekhyun sentiu-se cansado, jogando-se para trás, descansando no espelho. Seu peito subia e descia, ofegante demais, e baixos resmungos saíam por seus lábios, devido o estímulo de Chanyeol em de seus mamilos. Ele puxou mais uma vez em uma mordida, antes de abandoná-lo e erguer seus olhos para Baekhyun.

— Encantador. — Chanyeol disse, risonho. Antes de inclinar e deixar um beijo nos lábios entreabertos.

— O que... fizemos?

— Nada que não queríamos fazer há tempos. — Ele deu de ombros, afastando-se e recolhendo a roupa de Baekhyun do chão, colocando ao lado do corpo cansado. — Se vista e me encontre no estacionamento, vou te levar para casa.

Baekhyun até ousaria retrucar, mas sentia-se muito exausto para qualquer coisa. Suas pernas pareciam gelatinas. Estava feliz, não podia negar. Era seu primeiro orgasmo da vida e descobriu ser bom. Mas também estava contente por ser Chanyeol e por ter certeza de que, sim, ele sentia-se atraído por si. 

Caramba, Park Chanyeol, o milionário do ano, Presidente da maior empresa de tecnologia do mundo, o homem mais atraente da Coréia, era atraído por si! Parecia um sonho muito louco.

Sem notar, um sorriso fechado se espalhou em seu rosto, junto de um calorzinho diferente em seu coração.

— Consegue se vestir sozinho ou precisa de ajuda? — Chanyeol questionou, puxando o secretário para a realidade.

— Ah, não… eu consigo. — Respondeu, se achando um pouco patético.

— Tudo bem. Eu vou me despedir de algumas pessoas e te encontro no estacionamento, certo?

Baekhyun apenas assentiu, colocando a camiseta, mas não olhando para Chanyeol. Seu sangue estava esfriando aos poucos, sua sanidade retomava e a ideia de que havia beijado e sido estimulado até alcançar o orgasmo pelo seu chefe começava a ser digerida. Sem falar nada, Chanyeol destrancou a porta e a fechou, deixando Baekhyun sozinho.

Testando as pernas no chão, saiu de cima da bancada, colocando em seguida seu paletó antes de ajeitar a camiseta de seda, prendendo só a pontinha na frente por dentro da calça. Se olhou no espelho, notando a testa brilhosa pelo suor, as bochechas vermelhas e os lábios inchados, seu cabelo estava desarrumado também. Nunca havia se visto assim, chegava a parecer quase irreal, mas não era um sonho. A sensação molhada no meio das suas pernas era bem real, da mesma forma, como seus lábios e mamilos formigavam, e determinados pontos do seu pescoço tinham um leve dolor, marcado de vermelho, devido aos chupões. Ficariam roxos no dia seguinte, sabia disso, pois Kyungsoo falava, às vezes.

O barulho de sapatos invadiu o banheiro, chamando a atenção de Baekhyun. Não estava mais sozinho, um grupo de mulheres bonitas e maduras estavam ali, conversando entre sorrisos enquanto uma entrou para uma das cabines, as demais continuaram em frente ao espelho vendo o cabelo, reparando a maquiagem, o vestido, retocando o que nem mesmo precisava. Elas estavam lindas, porém, alheias a Baekhyun e a tudo que havia acontecido ali dentro.

Sorrindo pequeno, Baekhyun ajeitou seus próprios fios e saiu do banheiro, antes que desistisse de embarcar no carro de Chanyeol. Inclusive, qual carro seria o dele? 

💎

No banco do passageiro do Maserati, Baekhyun vagava nos próprios pensamentos, à medida que seus ouvidos eram embalados por uma playlist composta de músicas relaxantes. Aos poucos, a realidade de que havia beijado o próprio chefe tocava sua consciência. Céus, onde estava pisando? O quão traiçoeiro era seguir por aquele caminho? Não havia respostas, assim como reconhecia não ter mais volta, tinha provado e o vício por ele já se materializava em seu interior, seus lábios sentiam-se solitários e incomodados pela distância com a boca dele.

Encostando a cabeça no vidro da janela, passou  a admirar o chefe que mantinha o olhar focado no trânsito, o cenho franzido numa expressão séria, que o deixava malditamente sexy e irresistível. Mas nada parecia mais atraente do que as mãos firmes com veias saltadas ao segurar o volante. Chegava a ser injusto como ele esbanjava sensualidade com tão pouco.

Atraindo a atenção de Baekhyun, que mordeu o lábio inferior ao projetar em sua mente a imagem dos dedos do Park em sua boca, enfiaria fundo, provaria do sabor da pele quente, faria movimentos de vai e vem, a fim de experimentar mais dele, iria se embebedar com o prazer oferecido. Provavelmente, sua saliva acabaria escapando pelos cantos dos lábios, o que ocasionou um breve questionamento em seus pensamentos se Chanyeol passaria a língua no seu queixo para limpar. Talvez, sim.

— No que está pensando? — A pergunta, repentina, pegou Baekhyun de surpresa, fazendo a vergonha incendiar seu pescoço e orelhas, por Deus, estava secando ele enquanto pensava obscenidades! Mas, que diabos, o que estava fazendo? 

Definitivamente, estava perdendo o controle.

— N-nada. — Mentiu, virando o rosto para o lado oposto, tentando focar nos prédios e esquecer a existência do Park.

— Sabe no que eu estava pensando? — Baekhyun o encarou de canto e negou. — Em como você ficou gostoso com essa roupa e esse choker... caralho, Baekhyun, você não tem noção como é tentador.

As palavras deslizaram em maldades, umedecendo Baekhyun e acendendo novamente os sentidos. Um suspiro quebrou os lábios secos, que logo foram molhados pela ponta da língua. Chanyeol riu, levando uma das mãos à coxa de Baekhyun, a apertando com força.

— Se eu pudesse te comeria aqui e agora. Porra, você é tão sensível. — A mão dele subiu, indo até a virilha e sutilmente raspando no membro já desperto, o que ocasionou uma risada nasalada vinda do Park. — Olha pra você, está duro, de novo.

— E-eu... — Baekhyun engoliu as palavras e jogou a cabeça para trás, contra o banco, com os olhos fechados, soltando um gemido em deleite ao sentir a mão do empresário passando pela extensão do seu pau rígido.

— Seus gemidos são uma delícia, são manhosos e doces. — Ele retirou suas mãos de cima do Byun, voltando para o volante. — Eu adoraria continuar brincando com você até te fazer gozar de novo, mas acho que chegamos. — Ele avisou, estacionando o carro.

Baekhyun inspirou o ar com força, tentando buscar as rédeas da sua consciência, e abriu os olhos, encontrando a rua vazia, do local onde morava. Primeiro olhou para o prédio, constatando ser sua moradia e, em uma luta silenciosa contra a timidez, encarou Chanyeol, que tinha a sombra de um sorriso nos lábios cheios.

— Obrigado por me trazer. — Agradeceu. Porém, Chanyeol não fez nada além de ficar em silêncio, lhe devorando com o olhar, como de um predador. — E-eu acho que v-vou indo. — Balbuciou, constrangido, retirando o cinto.

Mas antes que sua mão tocasse a fechadura, Chanyeol foi rápido, segurando o rosto do Secretário e colando os lábios em um beijo lento. Baekhyun sentiu seu coração se agitar, suas mãos seguraram o antebraço coberto pelo paletó, sentindo outra vez a textura lisa e suave do tecido caro. As línguas dançaram, demoradamente, sem nenhuma pressa, não queriam findar o ato. Porém, antes que as coisas acabassem esquentando, o Park passou a selar os lábios sequencialmente.

— Melhor você ir. — Aconselhou, sorrindo bonito e aberto, próximo a boca do Byun, onde depositou mais uma selar antes de se afastar.

Com o coração na mão, em puro silêncio, Baekhyun desceu do carro, assistindo ele partir em alta velocidade pela estrada. Não saberia o que iria acontecer nos próximos dias, nem ao menos conseguiria teorizar a respeito, a única certeza que havia em seu peito é que havia gostado muito e que esperaria ansioso por segunda-feira.



Notas Finais


Estamos chocados por aqui? Pois, eu confesso, que estou com as pernas bambas. Espero que tenha gostado, por favorzinho, me contem aqui nos comentários o que acharam ou lá no twitter através da hashtag #FOURUBY 💙

Playlist da fanfic: (YouTube) https://www.youtube.com/playlist?list=PLsttREGU53sfGt_O6OtYiQtG3v4a7l00p
(Spotify) https://open.spotify.com/playlist/48atPOVXwhdJ0wPtHoCNIa?si=o8kAyIKETz67y5j67UOOlA

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Beijos e até o próximo ❤


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