POV'S CHARLIE: ON
Ficamos ali sentados no chão, vislumbrando aquele lindo tom de verde. Acho que por ser um Creeper eu prefiro o verde a qualquer outra cor. Pra mim é a melhor cor. Ele é... Sublime.
É inexplicavelmente poético. É a cor da vida. É a cor da natureza. É a minha cor.
Mas também, não se obteria essa maravilha sem outras cores. Como por exemplo, o azul e o amarelo. Se fosse pra elaborar um ranking, verde estaria em primeiro; azul em segundo e amarelo em terceiro.
Adoro buscar significado nas coisas. Amarelo é a cor da verdade. Azul, sabedoria. E pela união das duas encontra-se o verde.
Voltando à nossa situação... Ele estava me encaramdo com um sorriso pequeno enquanto eu me perdia em pensamentos.
- Terra chamando Chie. Acorda amigo. - Ele passou a mão na frente do meu rosto.
- Oi, oi, oi. Que foi, me chamou? - Quando olhei pra ele vi em seus olhos o mais lindo tom de púrpura. Era uma mistura com azul e verde, bem claros, mas o púrpura ainda era mais notório. - Você é lindo sabia?!
- Sabia que você também é?!
Fomos nos aproximando cada vez mais e ele já estava fechando os olhos.
- Você disse que não podia demorar?! - Perguntei sarcástico.
- Só um beijinho e eu vou. - Ele me deu um selinho e se teleportou para a minha frente de pé. - Vem, eu te ajudo. - Estendeu a mão pra mim.
- Valeu. - Dei a mão e ele me puxou. Levantei com o impulso.
- Até amanhã. - Outro selinho.
- Até. - Ele se teleportou depois de um sorriso e eu entrei em casa.
POV'S CHARLIE: OFF
POV'S RAPHA: ON
Assim que chegei em casa, corri pro quarto e me joguei na cama.
- Ai. Eu tô morto. - Peguei alguma coisa pesada que tinha embaixo da cama e joguei no botão da luz. - Boa noite. - Dormi.
POV'S RAPHA: OFF
POV'S CHARLIE: ON
Foi um dia bem legal. Agora eu preciso fazer a tarefa. Pra mim não é tão difícil porque eu considero matemática, física e química matérias fáceis.
São complicadas pra caralho, mas depois de aprender as formulas e as regras das coisas tudo fica mais fácil.
- ZEEEEEEEUUUUUUUS!!! - O cachorro mais fofo desse universo vem na minha direção correndo. Ele nem é tão grande nem tão pequeno, então consigo pegá-lo no colo. - E aí rapaz?! Você comeu? Como foi a tarde? - Ele não responde eu sei, mas uma lambida diz tudo.
Troquei de roupa e fui comer alguma coisa. Fiz um misto quente e fui pra sala. Liguei a T.V e coloquei um filme pra rodar.
Depois de um tempo vi que o Zeus já tava dormindo, eu desliguei o filme e terminei de comer. Fui dormir também.
- Boa noite. - Deixei ele lá no sofá dormindo sossegado.
POV'S CHARLIE: OFF
POV'S RAPHA: ON
Acordei. Acho que dormi a tarde toda. Troquei de roupa e desci. Todo mundo na casa já tava dormindo então fui comer. Preparei um macarrão instantâneo e fui pra sala. Liguei a T.V. pra assistir o jornal.
- "E como podemos ver, aqui na região sul do país o clima ficará bastante frio e é muito provável neve. Aconselhamos a acenderem fogueiras em casa. Geraldo."
- Merda. O inverno chega em duas semanas e eu nem comprei os casacos ainda.
Termino o macarrão e saio da sala. Desligo a T.V e subo. Preciso terminar o dever de casa.
- Ainda não tá tão tarde. Dá pra fazer. - Pego o material todo.
~~~Duas horas depois~~~
- Caralho, até que enfim. Não aguento mais ver número hoje. - Me estico na cadeira e guardo tudo.
Agora são umas 9:00 da noite. É geralmente o horário que eu vou passear.
Acho que por ser um Enderman eu prefiro a noite ao dia.
Me visto e vejo como meu pequeno está (pela nossa ligação mesmo). Ele tá dormindo já. Tão fofo.
- É, eu vou passear. Mas preciso fazer algo antes. - Me teleporto para uma caverna perto da casa. - Exit bestia formidetur. Lux abscondita tenebrarum. Ego præcipio tibi hodie, Omnes! - Estendi a mão para a caverna e uma fenda vermelha se abriu.
De lá saiu um felino negro com listras púrpura. Seus olhos são azuis, mas claro com um certo tom de roxo neles. Sua calda é comprida e flexível e na ponta há uma chama negra. Suas garras são muito afiadas e ele transmite ferocidade, mas no fundo ele é dócil.
- Metamorphosis: Cat. - Ele olhou pra mim e sumiu num feixe de luz de luz branca e apareceu um gato no meu colo. Era ele, mas em forma de gato. Além disso, todos os detalhes desapareceram e ele se tornou apenas um gato de pelo púrpura e olhos verdes.
- Fofo. Faz tempo que a gente não se vê, né?!
- Três semanas. Quanto tempo ein?! - Ele disse sarcástico. - Mas afinal, eu estava com saudades.
- Também. Agora vamos. - Falei me distanciando da caverna.
- Não vai fechar a fenda?! - Me olhou como se estivesse dizendo "Idiota.".
- Oh, sim. Claro que eu não ia sair sem fechá-la, né?! Pffffff... - Tentei disfarçar. - Claudit vos pontem qui connectit nostri mundi. - Vi-a se fechando.
- Agora sim. Vamos. - Ele saiu do meu colo e começou a caminhar na direção oposta à da caverna.
Depois de um tempo caminhando por aqueles vales de grama verdinha eu senti algo estranho.
Uma sensação de medo e angústia. Como se algo ou alguém estivesse me ameaçando. Mas como eu estava a sós com Omnes, naquele lugar deserto eu não me sentia ameaçado. Me lembrei da ligação de mentes.
- Omnes eu preciso que você venha comigo agora. Uma pessoa importante pra mim tá em perigo. - Ele acenou com a cabeça e coloquei-o no colo e me teleportei para o apartamento do Charlie.
Arrombei a porta e entrei. Estava escuro demais, mas pra mim isso não é um problema. Acendi uma chama roxa na minha mão e segui explorando o lugar.
Vi um vulto entrando em um dos quartos. Normal. Deu um medo, mas eu o segui.
Eu já tava preparado pra lutar, até que eu vi o Chie com um copo d'agua na mão. Se tremendo encolhido em um canto atrás da porta.
- Rapha! Você tá aqui! - Ele me olhou como se tivesse visto um fantasma. - Arrombaram a porta. Tem alguém aqui. Socorro.
- Ah, isso fui eu. Eu senti o seu medo e vim te ver. Você tá bem?
- Oh. O medo foi só por um pesadelo. - Senti um alívio enorme. - Mas e agora? - Apontou para a porta.
- Eu resolvo. Tem alguma caixa de ferramentas? - Ele me guiou até um quarto da "bagunça" e me entregou uma. - Desculpa. Por isso.
- Desculpa eu. Eu que sou medroso e me assusto com pesadelos. - Ele me ajudou a procurar umas ferramentas e segurou a porta no lugar.
- Pronto. Agora não solta, ela tem que ficar firme.
- Tá bom.
Cerrei uma parte pra não atrapalhar e consertei o trinco. Pronto.
- Como nova.
- Nossa. Verdade. - Ele sorriu. - Obrigado. - Me deu um beijo.
- HUMMHUM... - Omnes me olhou como se dissesse "Me explica direito essa história."
- Ele é meu namorado. - Revirei os olhos e voltei a beijá-lo.
- Ah bom. - Ele sorriu, mas no fundo estava com ciúmes. Eu sabia disso.
- E ele é? - Chie perguntou confuso.
- Adivinha. Só adivinha. - Tentei fazer mistério.
- Gato negro com listras púrpura. Hum... - Ele ficou pensativo e depois se surpreendeu. - Mentira. Ment-mentira. Ele é o EnderTiger da lenda? Mas isso te faria... - Tampei sua boca antes dele falar.
- Sim. E sim. - Falei olhando pra baixo.
- Mas isso não é bom?
- Não. Eu teria que esquecer minha vida normal pra virar um... Um... Escravo... Dele.
- Shhhh... - Ele tampou meus lábios quando viu que eu ia chorar. - Não fale mais nada. Vamos apenas esquecer isso por enquanto.
Depois de um longo abraço eu me despedi e levei Omnes junto. Ele voltaria pra casa comigo.
- Até amanhã, Chie. - Acenei.
- Até, Ralph. - Ele fechou a porta depois de um sorriso.
Agora estamos voltando pra casa. Por mais estranho que isso seja, eu tenho a sensação de estar sendo observado, quando na verdade eu observo as pessoas.
- Sente algo diferente no ar? - Omnes perguntou.
- Agora que você falou, tem cheiro de...
- OLHA A ÁGUAAAAAA!! - Ele mal terminou de falar e um pequeno jato d'agua acertou a minha perna esquerda. Respingou nele também. Nenhum de nós conseguia se mover.
- AHHHHHHHHHHHH!! - Uma dor insuportável penetrou profundamente na minha coxa até ficar na perna toda.
- Vamos levá-los assim? Sem tapar a visão ou nada? - Alguém falou. Acho que era um Skeleton porque eles tem uma foz relativamente fina comparado à de outros mobs.
- É o jeito né?! Não tem nenhuma venda ou coisa do tipo aqui. - Zumbi, eles têm uma voz rouca.
- Socorro, Charlie... - Falei baixinho antes de desmaiar.
POV'S RAPHA: OFF
POV'S CHARLIE: ON
Acordei assustado. Minha perna doi. Minha boca tá seca.
- O que é isso?
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