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História Violetas Na Janela - Erros e Acertos


Escrita por: vanaheim

Notas do Autor


Uma palavra: dorga

Zoas

Gente desculpa a demora em att a fanfic. É que eu estava com um bloqueio criativo.

Ai né, vou logo avisando que é focado em Mackson... Então, estejam avisados.

Eu tô rindo de nervoso, isso aqui ficou bem grande!

S.O.S

Boa leitura e me desculpem por quaisquer erro.

Capítulo 12 - Erros e Acertos


Fanfic / Fanfiction Violetas Na Janela - Erros e Acertos

Jackson caminhava apressadamente com o braço erguido para frente, pedindo passagem entre os demais e os afastando. Enquanto puxava o rapaz de cabelos castanhos para fora da residência, a música incessante abafava os resmungos que o Daehler soltava, esse que se sentia cada vez mais enjoado por caminhar de forma tão apressada. Ou ser arrasto, como gostava de pensar.

O castanho sentiu-se aliviado pelo piscar incessante do estrodo enfim ter acabado e um pouco de ar “puro” entrar em seus pulmões.

Enquanto o Whittemore o puxava pelo gramado; Matt fez uma pequena nota mental, caso ele se lembrasse, de dar uns cascudos em Stiles Stilinski. Por ter o convencido a beber.

— não me puxa assim, eu...

Matt ralhou num tropeço e colocou a mão rente a boca logo em seguida, sentindo o refluxo. Encarando o porsche de Jackson. Observou em seguida o rapaz loiro abrir a porta do automóvel e o encarar.

Matt mantinha seu olhar baixo e nem viu quando o loiro havia se aproximado, sentiu o mesmo passar o seu braço sobre os ombros dele. O fazendo caminhar, a tropeços, novamente. Matt apoiou-se no teto do automóvel e na porta, fitando o interior do veículo com receio. Sua barriga doía, seu estômago parecia ferver.

— vamos, entre, você não é nada fácil de carregar. — Jackson tentou empurra-lo mas desistiu quando fora mirado pelos olhos azulados e semicerrados do rapaz. — olha, foi só uma observação, não tem nada a ver com o fato de você hã... Ser gordinho...

— cala a boca. — o Daehler curvou seu corpo, com a mão na boca, espremendo seus lábios entre os dedos.

— você está bem?

Jackson se pós ao lado do rapaz, sua mão pousara sobre os ombros de Matt. Mas antes que castanho pudesse responder o líquido subiu queimando a sua garganta. E o expeliu sentindo a mão do Whittemore solta-lo. Seu vômito atingiu o interior dá porta e do carro, assim como o pé do banco ao lado do motorista. O castanho se apoiou na lataria, arfando, dessa vez mirou o gramado e vomitou um pouco mais.

— Oh... Meu... Deus...

O Whittemore piscou algumas vezes só para ter certeza de que não estava em algum pesadelo, ou filme de terror. O exorcista talvez?! Encarava estático e incrédulo a cena, o estrago, o líquido pegajoso na porta gotejar no gramado. Só Deus e Matt sabiam o que ele havia bebido e comido naquela noite.

— foi mal. — Matt sorriu sem jeito, passando a manga da camisa nos lábios, uma careta se formou em seu rosto, com o gosto ruim persistindo em sua boca.

O castanho se sentia estranhamente vingado, e culpado por ter vomitado ali. Mas felizmente sua barriga já não doía tanto.

— É... — Jackson moveu a boca algumas vezes sem ter o que dizer no momento. — T-Tudo bem... — suspirou observando o Daehler, calmamente, entrar no seu carro, se sentar no banco e apoiar a cabeça no encosto.

— eu devia ter vindo com o carro de papai.

Choramingou ladeando o automóvel lentamente e entrando no mesmo. Inclinou seu corpo em direção ao do castanho colocando o cinto. Abriu a janela, com o odor queimando suas narinas, torceu o nariz. Do banco de trás pegou a sua mochila, retirando um frasco de perfume, borrifou por todo o interior do carro para afastar o cheiro de vômito. Funcionou, um pouco, quase nada, mas funcionou.

— foi mal mesmo. Tentei segurar mas você ficou me puxando, me deixou mais enjoado. — com os olhos ainda fechados, o castanho murmurou com pesar. Sabia do apreço do rapaz para com o carro.

— tudo bem Matt... — O loiro suspirou pesado e o encarou de soslaio. Vendo o rosto contorcido do castanho, enquanto ligava o carro. — você ainda se sente enjoado?

Matt negou, abrindo os olhos assim que sentiu o carro começar a se mover.

— para onde vamos? — o castanho soluçou, sua mão pousou sobre a sua barriga, a apertando por conta do chacoalhar do veículo. Sua barriga doía novamente.

— vou te levar para a sua casa. — Jackson virou seu rosto para encara-lo por poucos instantes, logo voltando a fitar a rua parcialmente iluminada pelos postes.

— para a... minha casa não! — Matt arregalou os olhos, conseguindo não tropeçar nas palavras.

— meu pai vai me matar. — afirmou inclinando seu corpo para frente, se arrependemos em seguida pois sentiu-se com mais enjoo. Se o seu pai o visse nesse estado o mataria nessa e nas próximas sessenta encarnações.

— e para onde eu vou levar você? — Jackson parou o carro pois sinal fechara.

— me leva pra Marte. — o castanho tentou encostar a cabeça no vidro da janela, mas no mesmo se encontrava abaixada. Seu pescoço doeu com o movimento abrupto para o lado. — merda. — praguejou baixinho voltando a encostar a sua cabeça no encosto. Os olhos espremidos por causa do enjoo que persistia em lhe sondar.

De soslaio, Jackson o encarou com os olhos atentos e surpreso. Surpreso pois Matt já ressonava baixinho.




•×•




O Whittemore passou a mão de forma exasperada sobre os cabelos, despenteando-o, assim que estacionou no carro e encarou a fraca luz de uma das janelas da casa. Sabia que sua mãe estava no trabalho e seu pai em casa. Saiu do carro logo em seguida, o ladeando com pressa até a porta em que Matt estava. Balançou o castanho, ouvindo o mesmo resmungar e estapear sua mão pedindo que ele o deixasse em paz.

Jackson bufou, se tinha uma coisa que ele não suportava era lidar com gente alcoolizada, não aguentava nem ele mesmo bêbado. Inclinou seu corpo para o interior do carro e livrou o rapaz do cinto de segurança, segurando o seu braço em seguida.

— agora... não, pai.

O castanho tropeçou nas palavras, sentindo seu corpo ser puxado para fora do automóvel. Usando de uma força descomunal Jackson conseguiu este feito, com o calcanhar empurrou a porta do porsche a fechando. Aos tropeços de Matt, que cantarolava algo que ele desconhecia, Jackson o levou até a varanda de sua casa. Ele nunca havia levado ninguém ali, ninguém a não ser a sua antiga namorada; Lydia.

— o que deu em você para beber tanto? — perguntou irritado com a imprudência do castanho. Enquanto com certa dificuldade e habilidade abria a porta com a sua mão livre, já que com a outra ele segurava o rapaz.

— Stiles disse...

— shiii...

Jackson pediu que o Daehler falasse mais baixo, abrindo a porta e o puxando para o interior da residência.

— shiii... — o castanho repetiu, risonho, colocando o indicador em riste nos lábios do Whittemore. Que tirou a mão do rapaz ali e lutou para fechar a porta, em silêncio. — Stiles disse para eu me divertir. E bom... Acho que me diverti. — o castanho franziu o cenho, gargalhando baixinho em seguida.

— e aí você resolveu beber todo o estoque de bebida da festa.

Jackson balbuciou guiando o rapaz, com certa hipervigilância, pela escada. Sendo alvo de um olhar estranho do Daehler. Um misto de confusão e indagação.

— foram só set... Ou vin... Trinta copos.

Matt viu-se estranhamente confuso com a contagem naquele momento.

— shiii, fale um pouco mais baixo. — o loiro pediu mais uma vez. Vendo o sorriso de canto do rapaz

— por que?

Jackson o apertou, no topo da escada. Praguejou baixinho vendo uma luz repentina escapar por debaixo da porta de um dos cômodos. E a mesma sendo aberta logo em seguida. E seu pai devidamente vestido para dormir surgir.

— rapaz, por onde você an... — o homem franziu o cenho para a cena em que se deparou. Um rapaz estranho apoiando no seu filho de cara avermelhada. — Jackson quem é ele? — perguntou o Sr. Whittemore de certo modo preocupado, caminhando em direção a dupla. — e que cheiro é esse? — o homem torceu o nariz..

— não sou eu! — o Daehler riu baixinho. — quem é ele Jackson? — apontou descaradamente para o homem bem a sua frente, olhando dele para o Whittemore mais novo.

— esse é o Matt, pai. — Jackson encarou o outro deitado, apoiado a cabeça sobre o seu ombro. David, com a boca levemente aberta, balançou a cabeça em confirmação. — ele está bêbado, não pode voltar assim para casa.

— certo. — O mais velho assentiu num suspiro, analisando os mais novos. — dê uma banho nele, Jackson... E uma copo com café... Bem forte.

— NÃO... — Matt exclamou exasperado, assustando os dois. — ele vai abusar do meu corpinho nu.

O castanho balbuciou sério. Encarando cada um, gargalhando logo em seguida. Jackson o fitou incrédulo. Que se viu em seguida sendo encarando pelas sobrancelhas inquisitórias do seu pai.

— precisa de ajuda para leva-lo? — o loiro mais velho perguntou e o Whittemore mais novo assentiu.

O mais velho pegou o outro braço do Daehler e passou sobre os seus ombros. O castanho gargalhava baixinho sendo praticamente arrastado pelos dois.

— Matt, fica quieto. — Jackson o encarou de soslaio, sentindo o mesmo apertar a sua orelha repetidas vezes. Enquanto ria sozinho.

— quero milkshake. — disse o castanho cessando a sua crise de risos.

— como? — o Whittemore mais novo o encarou, enquanto adentrava o seu quarto e o levava para o banheiro.

— bolo. — Matt balbuciou. — isso.

— ele está drogado?

Jackson ouviu seu pai perguntar, o encarando por cima dos ombros de Matt.

— não, pai. — o mais novo negou prontamente, sem ter certeza de fato. Com a ajuda do mais velho fez com que o Daehler se sentasse na tampa do sanitária. — ele só bebeu... Muito. — se ajoelhou ao lado do castanho, encarando o pai sobre os ombros.

O mais velho permaneceu o encarando, seu filho especificamente, por alguns segundos antes de resolver sair do cômodo.

— boa sorte. — murmurou, sorrindo discreto.

Jackson ouviu seu pai falar, antes de sumir. Encarou o a porta ainda sobre os ombros, certificou-se que o castanho estava bem equilibrado sobre o vaso e caminhou apressado em direção ao objeto retangular e o fechou. Logo voltou sua atenção para o Daehler que ria sozinho encarando a palma da mão.

O Whittemore se aproximou do outro rapaz, rindo enquanto negava com a cabeça. Puxou as bordas da sua bermuda para cima e deu duas volta, as dobrando. Despiu-se de sua camisa e a colocou sobre o mármore dá pia. Caminhou calmamente até Matt e se agachou em frente ao rapaz. Desfez os laços que apertavam o sapatos nos tornozelos do castanho, descalçou-o e retirou as meias brancas e viu os dedos se remexerem.

Jackson se pós em pé, segurando as mãos de Matt e fez com que o rapaz risonho fizesse o mesmo movimento que ele. Sua mãos pousaram na barra dá camisa e fez menção em erguer a peça de roupa, movimento que fora barrado por Matt.

— o-oque está... Fazendo? — perguntou puxando o tecido da camisa para baixo. O encarando com seus olhos inquietos.

— tentando te dar um banho. — o loiro explicou calmamente.

— eu não quero. — o castanho protestou, mordendo o lábio inferior.

— mas você precisa... Urgentemente. — o Whittemore tentou erguer a peça de roupa usando um pouco mais de força. A ponto de ouvir a custara ceder com o “cabo de guerra” que eles faziam.

— não, a camisa não. Por favor, não. — o castanho choramingou com um bico formado nos lábios.

Jackson o encarou por alguns segundos, sendo mirado pelos olhos claros do rapaz. Estranhando o show do mesmo, afinal ele já havia o visto sem camisa no vestiário. E entendeu que talvez aquilo fosse sua culpa por ele estar envergonhado em se despir na sua frente, consequência dá sua brincadeira.

— e se eu fechar os olhos? — propôs afrouxando seu agarre na roupa do rapaz.

E Matt pareceu avaliar as palavras do rapaz de cabelos alourados com cautela.

— está bem.

Murmurou e viu o loiro semicerrar os olhos. Jackson fez com que o rapaz ergue-se os braços, difícil pois Matt sempre os abaixava rindo baixinho. Talvez, só talvez Jackson estivesse começando a ficar com um pouquinho de medo daquelas rápidas mudanças de humor.

— assim, Matt. — segurou firmemente os braços do castanho a cima da cabeça, vendo o mesmo assentir risonho.

O loiro segurou firmemente o tecido da camisa e o puxou para cima, fazendo com que a peça de roupa deslizasse sobre o corpo volumoso do rapaz. Mas a camisa ficou presa na cabeça do rapaz. Jackson riu baixinho vestindo o rapaz novamente - que o fitou sem entender, mas também rindo - com a camisa novamente. Desabotoou os dois botões que dificultaram o processo.

— a calça também, tudo bem? — avisou com a mão próximo ao cós dá calça de Matt. E se perguntou porque ainda mantinha seu olhos semicerrados.

— Está bem... — o castanho murmurou sentindo uma leve tontura.

Jackson desabotoou a calça do rapaz e se agachou novamente trazendo a roupa consigo, fazendo com que a calça deslizasse por entre as pernas do rapaz. Deixando-o somente com a cueca box azulada. Matt se apoiou nos ombros do rapaz, curvando o corpo, temeu que mais uma vez vomitasse, só que desta vez em cima do Whittemore. E uma por uma retirou suas pernas da calça, se equilibrando o máximo que conseguiu. Em silêncio, deixou que Jackson passasse seu braço por cima dos ombros dele. E que Jackson o guia-se para dentro do box.

Matt encarou os azulejos perolados que brilhavam com a umidade do local. Apoiando-se nos mesmos. Tentava inutilmente ver o seu reflexo através da cerâmica, ouviu um rosquear e sentiu a água cair sobre deu corpo como gelo. Jackson viu o corpo do rapaz estremecer pelo frio, que tentou se mover rangendo os dentes. Teria escorregado se o loiro não o tivesse o segurado pelos ombros, Jackson sentiu o choque térmico dá água gelada eriçar seus pelos da nuca o fazendo praguejar baixinho. Fez com que o castanho se apoiasse na parede novamente e esticou seu braço até a saboneteira e pegou o sabonete. Começou a esfregar o corpo do Daehler com certa pressa, ouvindo os dentes do rapaz se chocando, e os seu começavam a ranger também. Seus braços circularam o corpo do rapaz e deslizou a barra pelo peitoral e abdômen volumoso do rapaz, ensaboando as costas logo em seguida.

Seus olhos caíram sobre a box azul claro que se tornara um azul mais escuro por conta da água e a peça íntima se grudar ao corpo do rapaz. Deixando seus volumes marcados.

“merda” Jackson murmurou se estapeando mentalmente por estar se animando naquele momento, afastando-se minimamente do corpo de Matt. Pensou em algo broxante e não havia nada mais broxante do que o beijo que presenciou naquela noite, na verdade o deixou irritado. Colocou o sabonete no seu devido lugar e livrou o corpo do castanho de toda a espuma que havia se formado. Saiu do box apressadamente - tomando cuidado para não escorregar - e rumou até a pia. Retornou em seguida com um vidrinho com um liquido esverdeado em mãos.

Jackson desrosqueou o vidro e o levou aos lábios do castanho, que o fitou imparcial.

— beba, é um enxaguante, vai tirar o gosto ruim do vômito. — disse usando toda a sua calmaria. Virou o recipiente e viu Matt beber o líquido.

O Whittemore tampou o vidro vendo Matt erguer a cabeça e começar a gargarejar. Viu atentamente o castanho abaixar a cabeça novamente com uma careta maquiada em seu rosto, e tossir em seguida.

— você engoliu? — o loiro perguntou espantado. Suspirou com o rapaz balançando a cabeça em confirmação. — não era pra engolir, cara...

Matt deu de ombros e sentiu mão de Jackson circular o seu pulso e o puxar com cuidado para fora do box.

— Eu vou pegar as toalhas.

Jackson avisou, guiando-o ao vaso onde o sentou e o encarou. Matt mantinha ao cabeça abaixada, fitando os próprios pés, querendo se esconder todo o seu corpo e toda aquela vergonha que estava sentindo. O loiro se afastou e colocou o enxaguante bocal em cima da pia. Virou seu rosto sobre os ombros e viu Matt abraçando o próprio corpo.

O Whittemore o encarou por alguns instantes, algo dentro de si estava demasiadamente estranho, se fosse semanas atrás ele não saberia afirmar o que era de pronto. Ver o rapaz daquele jeito mexeu consigo. Ele se agachou e suas mãos circularam o rosto do Daehler.

— você está bem? Ainda está se sentindo enjoado? — Jackson perguntou preocupado, fazendo Matt encara-lo. O castanho assentiu e negou, respondendo as perguntas do loiro, que aproximou-se novamente.

— ei, ei... Eu vou alí buscar a toalha OK? Você vai ficar bem!? — Jackson tornou a falar, acariciou os cabelos molhado do rapaz, que acenou positivamente. — se você sentir enjoado me chame, se for vomitar e não conseguir segurar, ponha pra fora não tem problema, depois eu limpo. — o Whittemore ergueu seu corpo, ereto.

Matt acenou mais uma vez, sentido seus olhos úmidos. Queria enfiar sua cabeça no ralo e sumir dali, mas sabia que tecnicamente era impossível.

Whittemore livrou-se dá sua bermuda e cueca úmida as jogando em um cesto abaixo da pia. Caminhou até o seu guarda-roupas deixando um rastro de pegadas úmidas sobre o assoalho do quarto. Pegou duas toalhas novas e se enrolou em uma. Fora no quarto de seu pai, sobre os olhos do homem - que lia um livro pois perdera o sono - abriu o guarda-roupas do mais velho e pegou uma peça de roupa do mesmo. Que o seguiu com os olhos, vendo o mais novo sair apressado do quarto.

— adolescentes... — negou com a cabeça voltando a sua leitura.

Quando Jackson voltou ao banheiro, enrolando em uma toalha e com outra em mãos e um samba-canção novo de seu pai. ouviu um fungado baixinho. Ele aproximou-se de Matt, que estava da mesma forma que ele havia deixado. Se ajoelhou ao lado do Daehler e passou a massagear as sua costas. Achando que provavelmente o rapaz estaria passando mal ou algo do tipo.

— Matt, você está bem? — perguntou, parando com a massagem só para cobrir as costas do rapaz com a toalha.

— eu só estou me sentindo enjoado. — o castanho murmurou, fitando-o de soslaio. — Desculpe.

Jackson o fitou o rapaz com desconfiança.

— tudo bem. — disse colando-se em pé, em frente ao Daehler, que ergueu o rosto para fita-lo. — venha, vou ajudar você.

O Whittemore segurou o pulso do rapaz e lhe pós de pé a sua frente. E enrolou a tolha na cintura do Daehler. Suas mãos subiram pelas coxas do castanho, por debaixo a toalha. Sentiu um choque elétrico percorrer suas mãos em contato com a pele do rapaz. Com os olhos fixos nas orbes azuladas de Matt, puxou lentamente a cueca molhada que o rapaz usava e o ajudou a vestir o samba-canção. Apoiou o castanho em seus ombros, deixando que a toalha do rapaz caísse sobre o chão frio, e o fez sair do lavabo e caminhar até a cama.

— ainda sente vontade de vomitar?

Jackson perguntou fazendo com que Matt se sentasse na cama, esse que negou com um breve balançar de cabeça.

— não... Eu só estou com fome.

O castanho desviou o olhar e sentiu seu rosto esquentar quando Jackson riu baixinho.

— eu vou pegar um café para você.

Matt ouviu atentamente as palavras do rapaz, observou o mesmo passar pela porta e, então, deixou que seu corpo caísse sobre a cama, se aconchegou ali no calor das cobertas, caindo no sono logo em seguida.

Jackson desceu as escadas com certa pressa, direto para a cozinha. Com um mar, de pensamentos, revolto em confusão, encarou o líquido escuro lentamente preencher o recipiente de vidro. Riu baixinho, porém sem humor. Perguntava-se o que estaria de errado consigo, quando foi que começou a se preocupar tanto com outra pessoa a ponto de fazer o que fizera hoje. Sabia perfeitamente que na maior parte do tempo era um egoísta. Mas lá estava ele cuidando de um rapaz no qual nutria sentimentos incertos, aquele beijo roubado ainda assombrava sua mente lhe dando algumas noites mal dormidas. Ele havia sido um idiota com o Daehler, sabia bem disso, no final das contas era uma forma de se redimir. Ao menos tentar.

Fora quando uma voz se fundiu com o som da cafeteira. Quebrando o silêncio soturno e tirando o rapaz dos seus devaneios.

— precisa de algo senhor Whittemore?

Voz essa que ele conhecia bem. Era Amélia, a governanta. Pelo fraco reflexo embaçado do armário acima da pia de mármore, o loiro observou a mulher que havia acabado de levantar.

— não, pode voltar a dormir. — murmurou, abaixando seu olhar, encarando a cafeteira que havia acabado de fazer o seu trabalho. — eu só vim buscar um pouco de café.

O mais novo caminhou até o armário do outro lado do cômodo, com o bule de vidro em mãos, e pegou uma xícara.

A mulher de cabelos de tons grisalhos franziu o cenho para a atitude do rapaz. Deu de ombros deixando de lado, adolescentes eram estranhamente complicados e estranhos afinal.

O loiro caminhou para o seu quarto. Observando com a ajuda da meia claridade. A fumaça esvoaçar no ar, escapando do liquido preto que ele levava consigo. A xícara balançava sobre o pires a cada passo dado. Ao entrar em seu quarto, frustrado, ouviu o castanho respirar pesado, num sono tão pesado quanto. Repousou a xícara com café no criado-mudo e aproximou do rapaz adormecido.

— Matt...

Chamou-o o cutucando, mesmo sabendo que seria em vão. Recebendo como resposta um simples resmungo. Jackson com certo custo puxou a lençol, que jazia embaixo do travesseiro que Matt repousava a cabeça, e cobriu o rapaz. Permaneceu o encarando por alguns segundos, ou minuto até. Antes de pegar um calção folgado e vesti-lo, livrar-se dá toalha usada, desligar todas a luzes que havia ligado e caminhar rumo ao quarto do seu pai.

O rapaz de cabelos alourados abriu a porta do cômodo do mais velho. E o fitou, vendo o encarar por detrás das lentes do óculos, deixando o livro de lado.

— vou dormir aqui.

Jackson avisou ao Whittemore mais velho, sentando-se na beirada da cama. Se deitando na mesma em seguida.

— posso saber por que você não vai dormir em um dos quartos de hóspedes?

— estão fechados... — disse Jackson, enfiando-se embaixo das cobertas. Sabia que dei pai não diria nada contra. — E eu estou com preguiça de procurar as chaves agora.

David encarou o filho de soslaio. Retirando seus óculos, e junto ao livro, colocou-o sobre o criado-mudo.

— quer conversar sobre isso? — perguntou. Estranhando o seu filho querer dormir ali, e não em seu quarto com o seu amigo, o que era estranho pois até então ele só conhecia Derek. E quando Isso acontecia, era porque algo o estava incomodando.

— não, pai... — Jackson virou sua cabeça para o outro lado, e deixou que a mesma afundasse no travesseiro.




•×•




Pesada e dolorida, era como Matt sentia sua cabeça. Como se alguém estivesse a empurrando contra uma bigorna repetidas vezes.

Tateou a cama por debaixo do lençol que o cobria é só então ousou mover suas pálpebras, fechando-as em seguida.

A luz forte que entrava pelas janelas exageradamente escancaradas o forçara a isso. Tateou seu corpo sentindo a sua barriga reclamar, vazia. Som de tiros zuniam em seus ouvidos. Apesar de ouvi-los de forma estritamente, sabia que provavelmente não estava tão alto assim. Ao fundo ouviu um último tiro, uma risada e um sonzinho de comemoração.

Matt forçou-se a abrir os olhos e os correu por todo o cômodo, não o reconhecendo. O Daehler ergueu sua cabeça tentando olhar melhor, mas a deitou novamente no travesseiro, soltando um resmungo pois sua cabeça doera no processo.

Jackson - que ouviu o ruído do Daehler - pausou o jogo e encarou o rapaz sobre os ombros.

— bom dia... — murmurou deixando o controle de lado. Se levantando e caminhando até a cama, esboçando um sorriso fino.

O rapaz de cabelos castanhos se apoiou nos cotovelos e ergueu corpo, nem arregalar os olhos em espanto conseguiu. Mas o deitou novamente, vendo o Whittemore se sentar ao seu lado.

— pensei que não fosse acordar hoje...

O Daehler ouviu Jackson comentar e soltar uma risadinha logo em seguida. Para o total desentendimento do castanho, que não entendia nada. Como fora parar ali, e o mais importante: o que Jackson fazia ali.

— onde eu estou? — Perguntou espremendo os olhos e os abrindo novamente, fitando o rapaz de cabelos louros.

— hã... Na minha casa. — Jackson disse simples.

Matt sentou-se na cama, se encostando na cabeceira do objeto. Sentiu o lençol que o cobria escorregar até a sua barriga, expondo parte do seu torso. O castanho arregalou os olhos erguendo parte do tecido, constatando que estava seminu, na cama de Jackson. E com um olhar desesperador encarou o Whittemore, só uma coisa se passava na sua mente fértil. Levando em conta que Jackson estava praticamente dá mesma forma.

— nós... — balbuciou atônito, engolindo em seco e as frases que diria.

— que? — Jackson franziu o cenho. Encarando a face de espanto do Daehler. Passando-se alguns minutos e a feição do rapaz persistindo, ele entendeu o que o castanho quis dizer. — Deus! NÃO! — exclamou com uma careta, negando com um balançar frenéticos de mãos.

— se não transamos... Por que eu estou praticamente nu? Na sua cama... — o castanho - com muito custo - conseguiu dizer. Controlando arduamente a coloração das suas bochechas.

— ei, ei calma lá. Nós não fizemos nada tão... Radical, OK!? Só tomamos banho juntos.

Jackson permaneceu com as mãos erguidas - como se estivesse se rendendo - com o cenho perfeitamente franzido para o rapaz de cabelos castanhos. Questionando duramente como Matt chegou aquela conclusão absurda...?!

— mas...

Matt colocou as mãos na cabeça, crispando os lábios. As memórias dá noite passada vieram em flashes incessantes. A festa, as bebidas, o beijo, Jackson brotando no meio da sala logo em seguida. E para a sua vergonha total, o banho. Um calor excessivo se concentrou em seu rosto, mudando-o drasticamente de cor, enquanto encarava o Whittemore. Viu Jackson balançar uma pílulas em uma das mãos e na outra segurava um copo com água.

Jackson colocou a aspirina na boca de um Matt imóvel, e atônito. E levou o copo com água aos lábios do castanho, o fazendo beber.

O Daehler engoliu aquela pílula com certa dificuldade, como se estivesse engolindo uma bola de tênis.

— você me deu banho. — murmurou incrédulo. Juntou suas mãos em formato de concha e a escondeu seu rosto ali. Tentando esconder sua total vergonha naquele momento.

— sim! e eu percebi uma coisa... — disse Jackson - rindo baixinho - cutucando a mão do rapaz, que abriu os dedos de uma das mãos para fita-lo com curiosidade. — não levo o menor jeito para ser cuidador.

Disse o loiro. E sorriu ao ouvir uma risada gostosa, contida escapar do rapaz. Que durou muito menos do que ele gostaria.

— droga. — Matt praguejou desviando o olhar para o lençol esverdeado que o cobria, por poucos segundos.

Ainda com o gosto estranho dançando em seu lábios, por estranhar a forma tão espontânea de sorrir ao lado Daehler, Jackson encarou o céu azulado que eram as orbes do castanho, que mordia o lábio inferior fazendo uma leve careta. Achou que talvez ele estivesse enjoado.

— o que? O que foi? — o loiro perguntou. Arrastando seu corpo na cama, ficando sentado mais próximo ao outro. Que o fitou sustentando sua careta.

— o seu carro... Eu... — é ele havia se lembrado dessa parte, tão constrangedora quanto o banho. Encarou o rapaz com certa culpa, com um pedido mudo de desculpas estampado nos olhos com um sorriso fraco nos lábios.

— esquece isso, Matt. — o Whittemore pediu, inclinando seu corpo um pouco para frente. — Eu já o levei a um lava-jato. — afirmou rindo baixinho.

Matt encarou a face do loiro com uma feição indecifrável. Avaliou-o, seus olhos claros, o sorriso incomum que ornamentava seu rosto. Ainda processando minuciosamente tudo o que havia ocorrido, dá festa até a casa do Whittemore. Jackson havia cuidado de si, de um modo até íntimo demais. Porque ele tinha quer ser legal agora, consigo?! Depois de uma semana sem se falarem, depois daquele cinema. Já havia passado por muitas situações onde pessoas idiotas queriam regular a quantidade de comida que consumia, é difícil para as pessoas entenderem que pessoas acima do peso podem sim ser felizes com o seu corpo. Por isso ficou chateado com o rapaz. Ele gostava do corpo que possuía, mas as pessoas pareciam se incomodar mais do que ele. Bom ele se afastou, no final das contas.

Era complicado, e eles davam um jeito de complicar um pouquinho mais.

— você foi o primeiro cara que eu beijei... —

Matt confessou. Com os olhos grudados nos do Whittemore. Vendo o rapaz de cabelos alourados abrir e fechar a boca algumas vezes. As palavras saíram como de ele tivesse a necessidade de proferi-las.

O assunto pegou Jackson de surpresa, sua mente voou para dia em que ele fora espionar o jogo - ao invés de tê-lo levado para sair - e fatidicamente havia beijado o rapaz. Se estapeou mentalmente se sentindo um idiota. Mas estranhamente feliz por saber aquilo.

— hei Matt. — Jackson pós seu corpo ereto sentado sobre a cama. Manteve o contato visual com o rapaz. Suas mãos se moveram inquietas sobre a colcha de cama, teria segurado as de Matt se os braços do rapaz não estivessem abraçados ao próprio corpo, segurando o lençol. — eu sou um idiota.

— fato. — o castanho balbuciou o cortando. Seus olhos percorreram o quarto em busca das suas roupas. Ele queria ir para a sua casa.

Jackson o observou com atenção. Tivera uma semana para lidar com o que sentia pelo castanho

— sim, um fato incontestável. Eu sinto muito por seu primeiro beijo ter sido daquele jeito. — os dedos esguios do Whittemore seguraram o queixo de Matt, para que esse o encarasse. — eu sou um ser tão tapado que não notei que era o seu primeiro. É que eu não pensava que caras se importam tanto com isso... Sinto muito mesmo.

Jackson fez uma pequena pausa, vendo que Matt permaneceu em silêncio prosseguiu.

— eu devia ter feito aquela brincadeira com você, não devia ter constrangido você por causa do seu peso. Peço desculpas do fundo do meu coração por isso. — o Whittemore ergueu sua mão e a levou até a mão castanho a tocando. — Eu estava meio chateado com eles no nosso encontro. Me perdoe, por favor.

O loiro estava começando ficar nervoso com o silêncio do Daehler. Que permanecia o encarando com aqueles olhos azuis-acinzentados indecifráveis.

— fala alguma coisa ou eu vou surtar. — sorriu nervoso. Soltou a mão do rapaz e recolheu seu braço.

O Daehler piscou algumas vezes como se tivesse acabado de despertar de um sono profundo

— tudo bem, já é passado. Vamos esquecer tudo isso...

Foi o que o que Matt conseguiu dizer naquele momento, sua barriga doía de fome. Não era exatamente a resposta que Jackson esperava.

— beleza. Mas... — o loiro inclinou o corpo, indeciso, para frente, mas recuou em seguida. Repensando no que pretendia fazer.

— “mas...”? — Matt franziu o cenho para a atitude de Jackson, e viu que o Whittemore olhava abaixo dos seus lábios — eu não vou beijar você... — disse e viu o rosto do rapaz tomar uma feição tristonha. — Acabei de acordar... — completou.

Jackson riu baixinho com que o que o Daehler disse. Em seguida seus lábios se esticaram num sorriso de lado. Avançou lentamente em direção a Matt, com o queixo erguido levemente, encarando o rapaz imóvel a sua frente.

— se não quiser... Basta falar, me empurrar, ou me dar um soco...

Jackson balbuciou, estava ciente de que talvez estaria sendo um idiota por querer beija-lo, mas era algo que ele queria fazer novamente, desde que provou-os naquela naquelas tarde. Os olhos de Matt acompanharam os movimentos dá boca alheia, rente a sua. Com o corpo quase travado, sentia a respiração do loiro tocar a sua bochecha e aquece-la. Quase que involuntariamente inclinou seu corpo.

O Daehler sentiu os lábios do rapaz deslizarem com lentidão sobre os seus, que passaram a se mover dá mesma forma em resposta. Um beijo lento e calmo, um roçar de lábios duradouro. Jackson inclinou no corpo sobre o seu, o imprensando contra a cabeceira e a cama. Viu o loiro se afastar minimamente cessando o beijo, e levando consigo o calor cálido que o Daehler passou a sentir no peito e em seu baixo ventre deixando um certo incômodo ali.

Jackson sorriu encarando a face avermelhada do rapaz, sentindo algo duro pressionar a sua pélvis. Permaneceu encarando outro, um tanto esperançoso para o que ele diria.

— Onde estão minhas roupas? — balbuciou o Daehler, ignorando o fato de estar excitado e o seu rosto em combustão. — Preciso ir para casa. Estou com fome... — Desviou seus olhos dos de Jackson, que brilhavam com certa decepção.

— você sabe mesmo como cortar um clima não é? — Jackson murmurou, sentando-se novamente, sem se importar com a sua barraca armada.

Matt voltou a encarar o rapaz, quase de imediato, evitando olhar para a clara animação alheia.

— é que? — balbuciou incerto. Naquele momento sua cabeça já não doía mais, mas estava um mar revolto em confusão.

— o que? — o Whittemore Perguntou, agarrando-se ao colchão, sentindo o tecido da colcha de cama roçar entre os seus dedos. Estava nervoso. Seus olhos estavam fixos em cada expressão do castanho.

— não sei se nós daremos certo...

A voz de Matt sairá baixinha, mas Jackson conseguiu escutar perfeitamente e não deixou de esboçar a sua cara de surpresa. Eles eram, sim, diferentes em vários aspectos.

Mas os opostos se atraem, como dizem.

— nós ainda nem tentamos... Direito. — Jackson balbuciou baixinho. — Gosto de você, Matt. De verdade.

Ele engoliu em seco. Era difícil para ele se abrir assim com alguém. Depois de Lydia.

— nunca me senti assim com um cara, a ponto de querer namorar, até, com ele. Tudo o que eu te peço é uma segunda chance, Matt.

— não pensei que vo... — Matt balbuciou atônito. E parou por alguns segundos pensando no que diria. — o que mudou? — ele estava um tanto confuso, aquilo foi tão repentino que ele achou que estaria sonhando, ainda estava com um pé atrás com aquilo tudo. Várias situações fizeram com que ele se tornasse tão desconfiado.

— eu, você. Tudo.

Jackson sentou-se mais próximo do castanho novamente, mantendo poucos centímetros afastado.

— eu mudei? — o castanho franziu o cenho. Seus braços escorregaram para o lado dos seu corpo, levando parte do lençol consigo. Atento, encarava o rosto firme do loiro.

— você me mudou... — o Whittemore confessou, com as maçãs coradas. Vendo o rosto do castanho se contorcer em uma careta., pois deixar Jackson envergonhado, corado é um grande feito. — isso é tão confuso para você quanto é para mim.

Jackson desviou o olhar - para a cômoda ao lado - coçando o queixo sem jeito.

Matt crispou os lábios processando e absorvendo tudo o que Jackson havia dito, e feito. Talvez Stiles estivesse razão, e ele estivesse exagerando, em se afastar. Tornando aquela bola de neve maior do que realmente era. O Daehler segurou o rosto do rapaz, fazendo-o encara-lo

— eu beijei o Brett. — o castanho confessou. Sentiu como se fosse obrigado a dizer, ele precisa ao menos. — tecnicamente foi ele que me beijou. Eu só correspondi...

— eu sei... Infelizmente eu vi. — Jackson cortou-o de pronto, fazendo uma careta por lembrar-se da venda. Suavizando sua segundos após. — Mas isso não importa, certo!?

O loiro ergueu sua sobrancelhas em indagação e Matt assentiu o encarando surpreso.

— isso foi o pedido de namoro mais estranho... — Matt murmurou, rindo baixinho, quebrando no silêncio repentino que se instalou.

— tenho que concordar... Espera isso é um sim? — o loiro sorriu animado.

— talvez.

— talvez não vale, Matt. — Jackson pulou sobre o rapaz, imprensando contra a cama outra vez. — é sim ou não. — encarou fixamente os olhos do castanho, poucos centímetros impediam que seus lábios se unissem.

— isso é um ultimato? — o castanho franziu o cenho seriamente. Encarava o loiro nos

— é... — Jackson engoliu em seco, mas manteve o seu tom firme. — sim, é!

— tudo bem então. — Matt murmurou risinho, enfim sorrindo naquele dia.

— você gosta de responder nas entrelinhas não é?!

O rapaz de cabelos alourados balbuciou, encarou aquele sorriso como uma incógnita. Vendo o seu dono assentir o sustentando. Moveu seu rosto para frente capturando os lábios do Daehler outro vez.

— que horas são? — Matt repousou suas mãos nos ombros do Whittemore, quando o mesmo cessou o beijo.

— já é a segunda vez que você me pergunta isso hoje. — o loiro apoiou nos braços ladeando o corpo do rapaz, sem sair de cima do mesmo.

— segunda? Hoje? — o Daehler franziu o cenho em perfeita confusão.

— é. De manhã, foi a mesma coisa. — Jackson soltou despreocupado. Ergueu seu corpo e se sentou sobre os calcanhares, fitando os olhos arregalados de Matt.

— MANHÃ? — o castanho se desesperou. Também se sentando na cama, mantendo uma distância mínima do outro. Matt instintivamente olhou para a janela. A luz fraca passava pelas cortinas cinzentad, era fraca como a luz do sol pela manhã, quando começava a nascer.

Mas não era mais de manhã, segundo Jackson.

— eu estou muito ferrado! — o Daehler murmurou levando suas mãos ao rosto, o escondendo ali.

Seu pai o mataria.

— são quase cinco. Não está tão tarde... — Jackson puxou as mãos do castanho que cobriam o rosto, vislumbrou o rosto de tédio do Daehler, antes do mesmo jogar seu corpo para trás. Querendo se deitar novamente, mas não calculou o espaço necessário e acabou batendo com a cabeça na cabeceira.

— merda. — o castanho praguejou um resmungo. — eu preciso ir. — se sentou novamente, massageando a cabeça. Sorria amarelo para o Whittemore.

— vamos pegar suas roupas na lavanderia...

O rapaz de cabelos alourados balbuciou a contra gostoso, crispando os lábios se levantou de cama, sendo seguido no ato pelo castanho. Pensou que ao menos Matt passaria o resto da tarde consigo. Livrou-se do shorts que vestia e pegou uma bermuda do seu guarda-roupas e a vestiu, assim como uma camisa azul-céu.

Quando se virou franziu o cenho para Matt que estava de costas para si. Seu namorado era um rapaz estranho. ‘namorado’, essa palavra ainda soava estranha na sua boca.

— vamos? — chamou-o e viu o rapaz o encarar sem jeito.

É, ele poderia se acostumar facilmente com aquilo. Mordeu o lábio inferior encarando o corpo desnudo, rechonchudo, que somente era coberto pelo samba-canção de seu pai. Ele tinha vontade de aperta-lo, e mais algumas outras vontades que com certeza fariam o castanho entrar em estado de ebulição.

— hã... Claro.

o Daehler balbuciou estranhando o olhar que Jackson lhe lançava e marchou para fora do quarto com o rapaz em seu encalço.

— seu pai não está, né? — Matt perguntou num sussurro, parando no meio do corredor. Seus olhos vagaram de um canto a outro, seus ouvidos estavam atentos a qualquer ruído que não fosse emitido por ele e Jackson.

Com que cara ele encararia o pai de Jackson? Seu sogro? Oh, aquilo fora tão repentino, aceitar namorar Jackson Whittemore.

E Sim! Ele se lembrava parcialmente bem do ponto alto do seu mico tour.

— não... Então você lembra?! — Jackson gargalhou baixinho.

Matt o fuzilou com o olhar.

— infelizmente... Porque eu não esqueci essas coisas? Bêbados não esquecem o que fizeram, no dia seguinte?! — disse emburrado.

Jackson deu de ombros, rindo da cara de descontentamento do rapaz, o guiando para o andar de baixo.




•×•




— você pode dar uma licença?

Matt ergueu uma das sobrancelhas encarando Jackson. O cheiro de amaciante emanado das suas roupas que segurava, que estavam perfeitamente secas, invadiram suas narinas

Jackson franziu o cenho para a frase do rapaz.

— não estamos namorando? — o loiro cruzou os braços rente ao peito. O encarando fixamente.

— e o que isso tem a ver? — o castanho colocou as roupas em cima da máquina-de-lavar, permanecendo com sua cueca em mãos.

— eu já vi você nu de qualquer forma. — encarava o corpo do rapaz fixamente.

— você disse que eu estava de cueca... — o castanho o encarou surpreso.

— estava molhada. — os lábios de Jackson se esticaram num sorriso nada discreto, deixando o rapaz constrangido, descobriu que gostava de vê-lo assim. “Tentador”, era a palavra que rondava sua cabeça. Enquanto se deleitava com a imagem do rapaz ressonando em sua mente. — quase transparente, grudada no seu corpo, marcando tudo...

Ele afirmou sonhador.

— idiota.

Matt murmurou, a contragosto, começando a abaixar o calção emprestado. Para a sua surpresa e alívio o Whittemore fechou os olhos. Enquanto vestia sua peça intima, começava a se sentir um idiota por ficar tão envergonhado perto do loiro; ele era Jackson, chamava atenção de qualquer um, e ele, bom era ele. A verdade é que ele ainda se sentia inseguro. Pegou sua calça e a vestiu, assim como a sua camisa. Não tardou em calçar seus tênis.

— você é lindo sabia?! — Jackson deixou escapar como se tivesse de deixar claro.

Matt se sobressaltou deixando os cadarços de lado, com a voz repentina, quase se esquecera que o mesmo estava ali.

— aham, sei.

O castanho ergueu a cabeça, deparando-se com um Jackson sério o encarando.

— estou sendo sincero. — o loiro apertou os braços envolta de si, mantendo-os cruzados.

— eu não disse que não estava... — o Daehler deu de ombros, voltando-se para os seus cadarços.

Jackson permaneceu encarando-o atentamente. Matt as vezes parecia ter um baixo autoestima irritante. O Whittemore viu o castanho se colocar em pé, ereto.

— o que? — o castanho estranhou a forma que o rapaz lhe encarava.

— existem três tipos de pessoas. — o loiro soltou aproximando-se do castanho, que estranhou mais ainda o assunto. — as que acham que são bonitas. As como eu, que sabem que são bonitas e usam isso a seu favor. E as como você...

O Whittemore agora estava em frente ao rapaz, próximo o suficiente para sentir a respiração do outro em seu rosto.

— e que tipo de pessoa eu sou? Senhor filósofo, que transborda alto confiança. — Matt cravou seus olhos nos do jogador de lacrosse. Sentindo o suor escorrer por entre os seus dedos.

O loiro riu contido para a frase do rapaz. Ele tivera uma semana para lidar com o que sentia pelo castanho. De como seu jeito envergonhado, deu sorriso, seus olhos expressivos mexiam consigo. E entonou em afirmação:

— do tipo que é bonita e não sabe, ou acha que não.

— tenho quase certeza que isso fez mais sentido na sua cabeça.

O castanho brincou. Por dentro estava explodindo em nervosismo. Seguiu os movimentos braços alheio que circularam a sua cintura.

— pode ser. — Jackson balbuciou puxando o corpo de Matt para si, colando-o ao seu. — mas o que eu quero dizer é, você é bonito do jeito que você é, sem tirar nem por.

Matt observou os movimentos dos lábios alheio, absorvendo cada palavra, vendo o mesmo se aproximar cada vez mais de si. Os lábios do loiro roçou sobre os seus novamente, num selo não duradouro. Pois a barriga do castanho roncou de forma furiosa fazendo Whittemore se afastar minimamente e encarar o sorriso

— está com fome? — perguntou. E se estapeou mentalmente pela sua pergunta óbvia. Claro que estaria, o cara passou a parte dá manhã e tarde dormindo e não comera nada.

— sim, mas...

O rapaz de cabelos castanhos iria dizer que esperaria até chegar em casa mas o loiro saiu o puxando pelos corredores, até a cozinha.




•×•




O vento que balançava os cabelos castanhos de Matt cessou assim que Jackson estacionou o carro em frente a sua casa. O interior do automóvel cheirava a carro novo, fizeram o bom trabalho. O castanho observou de soslaio o loiro se desprender do cinto de descer do porsche, fizera o mesmo. Com Jackson em seu encalço. O Daehler ainda sentia o olhar atento dá empregada sobre si, enquanto devorava discretamente um segundo pedaço de lasanha. Ele ficou um pouco desconfortável com aquilo, já bastava Jackson o encarando.

Os rapazes pararam a centímetros da porta da residência, se fitando, com o vento sussurrando em seus ouvidos já que o silêncio predominou.

Agora parado ali de frente para o rapaz, percebera que o pouco tempo que passará com o loiro fora bom e não queria que ele fosse embora. As vezes ele se sentia estúpido demais com a sua capacidade de complicar certas coisas.

— hã... Não quer entrar? — acabou soltando enquanto sua mente trabalhava a mil.

Jackson o encarou atento, e fora inevitável não deixar um longo sorriso escapar

— tire esse sorriso, eu só perguntei se você não queria entrar. — o castanho resmungou caminhando em direção a janela ao lado, pegando um chave reserva que ficava embaixo da bancada.

— mas eu não disse nada. — O Whittemore se defendeu, rindo baixinho encarando o castanho abrir lentamente a porta e enfiar somente sua cabeça para o interior e move-la para ambos os lados. — o que está fazendo?

— verificando. — Matt sussurrou, abrindo a porta e entrando. Retirando seus sapatos e os colocando no canto da porta, fazendo o mínimo de barulho possível.

— verificando o que exatamente? — Jackson o seguiu para o interior da residência, sem se importar em medir seu tom de voz.

E claro que o Daehler o encarou com repreensão pedindo discrição.

— se a barra está limpa, não quero levar esporro uma hora dessas. — murmurou olhando para o topo da escada. É seu pai, Strauss, não estava. Provavelmente estava na delegacia.

O castanho rumou da sala para a cozinha e passou a fitar os armários.

— então... — Jackson se pronunciou chamando a atenção do rapaz para si. Já cansado de seguir o mesmo. — o que nós vamos fazer aqui exatamente?

— como assim? — o castanho voltou a encarar a mesa. Estava atrás do seu celular, sempre o deixava em de um lugar onde ele poderia encontra-lo facilmente. Como a mesa, bancada ou estantes, mas não o encontrou.

— ue, você me convidou para entrar só por convidar? — ele esperava mais, não negaria.

— foi meio que um ato impensado. — o castanho se moveu novamente. “Em cima da geladeira, talvez.” Pensou, de certo já havia o deixado ali uma vez.

— eu quase fiquei ofendido agora.

O Whittemore balbuciou o seguindo, sem se importar com o bico de indignado que fazia. Parando atrás do rapaz que se manteve imóvel em frente ao eletrodoméstico. Por cima dos ombros do rapaz leu o bilhete que ali estava grudado.



Quando eu chegar teremos uma conversa, rapaz. Por acaso eu te dei um celular para ele virar enfeite de cômoda? E nem o procure, muito menos suas câmeras. Volto as oito.


Jackson arregalou os olhos, nunca viu o Daehler correr tão rápido. O castanho simplesmente sumiu em meio a escada após sair do cômodo. O loiro ouvia atentamente os passos apressados do castanho ecoar a cima; esperou um tempo antes de sair da cozinha e encarou as escadas meio incerto se subiria ou não, acabou dando de ombros e seguiu o castanho. Afinal ele esteve no seu quarto, também. Chegou ao corredor do segundo andar a tempo de ver Matt caminhar a passos duros de um quarto para o outro. Quando o castanho abriu a porta o corredor fora iluminado por uma luz avermelhada.

Jackson curioso andou até o cômodo, era um quarto escuro com algumas fotografias penduradas. Mas antes que pudesse ver algo mais Matt se pós a sua frente fechando a porta de pronto. Parecia ter pressa em o faze-lo, não é como se Jackson não soubesse que ele tirava fotos suas, a todo momento

— não está aqui. — balbuciou. Ele arfava e seus olhos estavam inquietos, carregavam certa culpa. Pedia silenciosamente que o rapaz não as tivesse visto. Mas pela feição do Whittemore, já tinha a sua resposta.

— claro que não... — Jackson o encarava duramente, sustentando um semblante sério. Se divertindo internamente com a feição desesperada do Daehler.

— hã... Você as viu? — perguntou com cuidado.

— vi o que Matt? — o loiro ergueu uma das sobrancelhas, se fazendo de desentendido.

— é você as viu. — o castanho suspirou. Não queria que o rapaz lhe entendesse e errado vê que deu estranho e repentino fosse pelo ralo logo no primeiro dia. — eu posso explicar. Eu acho...

Murmurou meio incerto, na verdade não sabia como e o que dizer.

— se você queria fotos minhas era só pedir... Um nu artístico, quem sabe?! — Jackson o cortou, sorrindo ladino.

— O QUE? — o castanho guinchou surpreso. — OK, você é estranho. — concluiu sentindo a ardência se espalhar por sua face.

— estamos namorando, esqueceu?! — Jackson indagou dando alguns passos a frente. Matt ergueu minimamente o rosto, fitando o teto pensativo, havia esquecido desse detalhe. — uma hora você vai ter que me ver pelado...

Deu de ombros segurando a cintura do rapaz e o prensando contra a porta. Não esperou que o rapaz retrucasse e atacou seus lábios, sendo correspondido segundos depois. Matt fechou os olhos, com o corpo espremido entre a madeira da porta e o corpo do Whittemore, mesmo sendo travado para aquele tipo de coisa estava se deixando levar. Sentiu um calor incomum se concentrar no seu baixo ventre, o mesmo que sentira quando o loiro deitou-se sobre si. Permitiu que a língua do Whittemore escorregasse para dentro da sua boca, e passasse a disputar por espaço com a sua. Seu corpo parecia se mover no automático naquele momento.

Jackson cessou o beijo num sobressalto, sentindo um aperto um tanto bruto, repentino nas suas nádegas.

— o que foi isso? — perguntou surpreso pela atitude do rapaz, que o soltou de imediato.

— desculpa. — Matt riu baixinho envergonhado. Até mesmo ele estava surpreso.

— você não deveria ficar provocando. — Jackson o encarou com um olhar afiado, sentindo mais do que nunca sua bermuda apertada.

— foi mal, foi mal. Eu não sei o que me deu... — Matt encarou a boca alheio, observando a ponta dá língua deslizar sobre os lábios do rapaz. Ele estava quase se arrependo do seu ato.

— eu compreendo perfeitamente. — Jackson balbuciou e Matt ergueu seu olhar para os olhos acesos do loiro. — eu sou irresistível.

O Whittemore lançou o seu típico sorriso convencido, voltando a colar o seu corpo ao do castanho. Fazendo questão de roçar a sua ereção na coxa do rapaz.

Matt sentiu um frio subir pela sua espinha, e engoliu em seco.

— j-jackson... — chamou-o com as mãos repousada na cintura alheia. Tentando enfiar toda a sua vergonha no fundo do seu âmago e reunindo coragem para o que pretendia tentar fazer.

— o que? — Jackson desviou seus olhos dos lábios tentadores do castanho, para lhe encarar devidamente.

— não podemos fazer isso aqui. — Matt sussurrou sem jeito, vendo o rapaz se afastar minimamente.

— tudo bem...

Jackson suspirou sabia que não seria assim tão fácil...

— não aqui no corredor. — Matt segurou o pulso do rapaz, impedindo que o rapaz se afastasse.

— como? — o loiro o encarou com desconfiança, sentindo o seu pulso formigar.

— aqui. — O castanho não o respondeu devidamente, o puxou pelo corredor para o cômodo ao lado do quarto negro, era o seu quarto. Ele continuou em silêncio puxando o rapaz para dentro.

— você tem certeza Matt? — o Whittemore se desvencilhou do aperto em seu pulso e abraçou o castanho por trás. Enfiando seu rosto na curva do pescoço do mesmo. Ele precisa ter certeza, não queria apressar as coisas...

— uhun...

o castanho confirmou sentindo os lábios do outro escorregarem pelo seu pescoço e começarem a assediar o lóbulo dá sua orelha, sugando com lentidão, fazendo seu corpo tremer ansioso. Sentiu um calor incomum se concentrar no seu baixo ventre, o mesmo que sentira quando o rapaz deitou-se sobre si. as mãos do loiro o puxaram pelos quadris e Matt sentiu a dureza do pressionar sua nádega. Jackson fechou a porta usando seu pé e virou o castanho, fitando com intensidade.

— vamos fazer isso do jeito certo então.

Disse calmamente, sabia que seu namorado era inexperiente. Os braços do jogador circularam as costas do rapaz puxando o corpo contra o seu, pressionando sua ereção na do castanho, vendo o mesmo assentir freneticamente.

Jackson inclina seu rosto levemente e toma os lábios do rapaz outra vez. Num beijo ligeiro, afastando-se logo em seguida

— por qu...

Para a surpresa de Matt, Jackson começou a se despir sem cerimônias. Fora rápido a forma como ele se livrou dá camisa e dá bermuda em seguida. Permanecendo somente com a branca listrada. Observou atentamente o corpo atlético, magro com alguns poucos músculos que se faziam presentes, olhos do castanho caíram sobre o volume que esticava o tecido fino do corpo do Whittemore. Não soube ao certo quanto de comprimento ele possuía.

— você não vai tirar essa roupa não? — Jackson sorriu de canto com os olhos do amante fixos sobre si. Mas ele não queria fazer aquilo sozinho, queria vê-lo sem aquelas roupas novamente.

A voz de Jackson o tirou dos seus devaneios. Viu-se pego pela ansiedade naquele momento e com ela veio a insegurança, que retornou só em pensar em ficar nu, tão exposto na frente do outro. Aquilo o deixava com um pé atrás com toda aquela situação

— vamos Matt. — Jackson sorriu o incentivando, deu alguns passos rompendo alguns centímetros que os separaram — mudou de ideia? — Perguntou, segurando os ombros do rapaz, suas mãos escorregaram pelos braços do Daehler até às mãos, as segurando. Ele não insistira.

— não. — afirmou, erguendo seus rosto para finalmente encara-lo, apertando as mãos do loiro. — é só que... A esquece.

O Whittemore franziu o cenho vendo o castanho soltar sua mão, suavizou sua expressão quando o castanho o beijou.

Matt se afastou segurando a barra dá sua camisa, e a ergueu puxando-a do seu corpo. O loiro havia dito que gostava de si, do jeito que ele era, e não parecia mentir. Sem contar que ele já havia o visto sem roupa de qualquer forma, então em uma situação como aquela algo do tipo já não se tornava tão importante. Era como uma pequena barreira que ruía. Seus dedos pararam por alguns segundos sobre o botão metálico dá calça, mas logo a desabotoou e usando de uma pressa incomum a desceu até os calcanhares e deu dois passos para trás livrando-se dá peça de baixa. Sentiu a madeira fria dá sua cama encostar nas suas panturrilhas. Seu corpo agora era coberto somente pela sua peça íntima azul-céu.

O castanho fitou seu amante e viu-se sendo encarado atentamente, com desejo que ele desconhecia. Jackson encarou a mancha úmida que se destacava na coloração da box, e avançou contra o rapaz. Suas mãos se fixaram nas costas do corpo do castanho, que segurou sua cintura. Seus lábios passearam pelos ombros e pescoço do castanho, chupando e mordiscando cada centímetro de pele do local. Sentindo o quão quente a pele do seu amante estava.

— eu gosto das suas curvas extras.

Jackson sussurrou rente ao ouvido alheio e apertou a cintura volumosa do castanho o fazendo prender um arfo e pressionar as unhas nos seus quadris, o fazendo prender um gemido. O loiro sorriu para o ataque repentino em seus pescoço, curtindo os lábios desajeitados do contra a sua pele. Sentira a língua morna do Daehler deslizar sobre o seu pescoço, até o queixo, o deixando aceso. Seu membro pulsou ansioso, sentindo a dureza do castanho contra a sua.

O Whittemore tomou os lábios do castanho com urgência. Suas mãos passeavam pelo corpo do rapaz, que lentamente fazia o mesmo consigo. Deixou que a língua do castanho invadir sua boca e o mesmo gemer contra os seus lábios quando suas mãos atrevidas invadiram a peça íntima do rapaz e apertou suas nádegas carnudas.

Matt o fitou sem jeito, sentindo os lábios do loiro desgrudarem dos seus, deixando uma ardência muda nos mesmos. As mãos do loiro deixaram de assediar os glúteos do amante e seus olhos se encontraram, vendo seus desejos ocultos refletidos nas imensidões azuladas alheias.

— quero colocar muito mais que minha língua aí dentro. — Jackson deslizou seu polegar por cima dos lábios de Matt, vendo as bochechas do rapaz mudarem drasticamente de cor. — mas vou deixar você desfrutar isso primeiro.

Jackson sorriu roubando um selo do rapaz, antes de se abaixar. Colocou-se de joelhos em frente ao castanho e as pontas dos seus dedos seguraram o elástico dá cueca do rapaz. Jackson a puxou até os joelhos do castanho, vendo o membro do rapaz saltar para fora. O loiro encarou – atento – o membro que apontava em sua direção. Ergueu seu rosto para encarar o rosto do amante, que o encarava com expectativa. Jackson segurou membro expeço sentindo-o pulsar em sua palma, levou a ponta aos lábios e a sugou. Se deleitando com a expressão prazerosa do castanho; sentindo o gosto do rapaz explodir na sua boca, passou a mover sua cabeça para frente e para trás.

Matt suspirou pesado, suas tremiam e a boca do seus estômago parecia vibrar com a língua morna de Jackson deslizando sobre a sua glande sensível, e os lábios raspando sobre a sua extensão. Gemeu sentindo os dentes alheios pressionarem sua glande, por cima dos lábios, sua mão pousou nas madeixas do Whittemore ditando o ritmo.

Jackson ouviu um gemido de descontentamento quando deixou de lado o falo do rapaz e ergueu-se em busca dá boca de Matt, mas para a sua surpresa o castanho se sentou na cama e puxou sua cueca para baixo. Sorriu para a aparente pressa do rapaz.

Matt livrou-se dá sua última peça de roupa que estava presa aos seus calcanhares e voltou a encarar a virilha do loiro. Devido a sua falta de experiência focou em repetir os mesmos movimentos do rapaz. Sua mão deslizou das coxas ao membro, sobre a pele lisa e livre de qualquer pelo do rapaz. Segurou seu membro sentindo o quão duro estava, seu polegar deslizou sobre o canal projetado. Vislumbrou – em meio a penumbra parcial, pois já começava a escurecer – um liquido translúcido ser expelido pela fenda dá glande rosada em duas lentas gotas. E aproximou seu lábios lentamente dá ponta, com os olhos fechados a envolveu com a sua boca. Não tardou em começar a se mover, enfiando o que conseguia, sentindo o gosto alheio se espalhar por toda ela. Era estranho, diferente, novo e bom.

O Whittemore espremeu os olhos, sentindo os dentes rasparem descuidados na sua glande. E gemeu com o vai e vêm desajeitada dos lábios do rapaz na extensão do seu membro. Suas mãos passearam pelo seu torso, que se aquecia cada vez que a língua áspera do amante tocava a sua glande. Seus dedos brincaram com seus mamilos rijos, apertando-os entre seus dígitos. Jogou a cabeça para trás, com a boca entreaberta deixando escapar um gemido mudo, apreciando ao máximo a boca alheia.

Matt observou o loiro mover o quadril para trás e sentiu o membro deslizar de sua boca. Em seguida os dedos do Whittemore fixaram em seu queixo, fazendo uma leve pressão para cima e ele os seguiu, se colocando em pé. Sentiu as mãos do rapaz lhe segurarem a cintura e a respiração entrecortada acertar a face.

Jackson poderia mergulhar no mar acinzentados que eram as orbes do castanho, mas preferiu provar dos seu novo vício que eram os lábios do rapaz. Inclinando seu corpo sobre o do rapaz, que retribuía seu beijo com fervor. O deitando na cama deitando-se sobre o seu corpo macio. Agora, naquele momento, parecia mais suscetível aos seu assédios. O Whittemore movia seu quadril para frente, esfregando sua ereção dolorida na alheio. Sentindo a troca de calor entre seus corpos, trocou gemidos com o Daehler entre o beijo.

Matt levou suas mãos para as costas do mesmo, as escorregou furtivamente para as nádegas do loiro. Sentiu o corpo do loiro escorregar dos seus assédios quando os lábios do mesmo deslizarem sobre o seu pescoço. Arfou arqueando os quadris sentindo a língua de Jackson circular o seu mamilo, ergueu sua cabeça para fitar o ato com seus olhos brilhantes. Viu a língua do rapaz deslizar quente e úmida para o outro, perdeu o fôlego com os olhos do Whittemore cravado nos seus. Gemeu sentindo sua carne ser guardada com certa força.

Jackson trilhou selos sobre o torso do Daehler e beijou o centro do peito do castanho, e por ele sentiu o coração do rapaz bater acelerado. Segurou as pernas do rapaz e as espalhou na cama sem relutância. Curvando seu torso deslizou seus lábios sobre a barriga do rapaz, e se pós ereto entre as suas pernas, sentando-se sobre os calcanhares.

Ambos se fitaram em silêncio, como uma conversa muda. Matt se remexeu inquieto na cama, com seus calcanhares a curva do joelho do loiro o puxou, com a certeza de que o queria. A mão do Whittemore deslizou sobre a coxa do castanho, sentindo sua pele quente e arrepiada. Com o membro em mãos, curvou seu corpo e buscou o falo alheio. Sua língua deslizou sobre a extensão que era estimulado por sua mão, até a glande. Lambeu de forma áspera a ponta sensível, ouvindo o castanho gemer baixinho, e a envolveu numa sugada um tanto apressada. Suas mãos escorregaram para as pernas do Daehler, mantendo-as devidamente separadas. Apertou as coxas sentindo seus dedos afundarem na pele de Matt, afundando seu rosto entre as pernas do rapaz. Engolindo toda a extensão do amante, sentindo os poucos pelos que margeavam a base contra os seus lábios.

— assim, eu vou... — o castanho agarrou-se nas cochas de cama, movendo seu quadril contra a boca do loiro.

O loiro deixou que a extensão escapasse dá sua boca e apertou o membro do rapaz com mãos de ferro, dando uma última sugada glande. Ouvindo o mesmo resmungar desconexo.

— ainda não, apressado.

Cochichou inclinado sobre o corpo do castanho, beijando seus lábios. Aproveitando do estado aéreo do Daehler se moveu sobre a cama.

Matt piscou algumas recuperando-se do seu gozo interrompido. Sentia as molas do colchão rangiam com a movimentação do Whittemore. O castanho abriu os olhos surpreso por sentir as coxas do loiro apertarem sua cintura.

— … — guinchou surpreso, agarrando-se as coxas do rapaz. Sentindo o mesmo manusear seu membro entre as nádegas. — Ja... Jackson. — murmurou, gemendo com o circulo rugoso do Whittemore apertando-se em volta da sua glande. Sufocando a ponta do seu pau, pressionou os joelhos do outro com seus polegares.

— oh... pior do que pensei.

Jackson balbuciou sôfrego, com a queimação que sentira em sua entrada. Mordeu o lábio inferior, lamentando-se de sua pressa, por não ter perguntado se seu namorado tinha lubrificante. Já havia esquecido de como era chata a dor de início. Ergueu seu rosto fitando o teto, com as mãos do castanho alisando sua pernas, moveu seu corpo para baixo, sentindo mais centímetros do rapaz entrar em seu canal. Arfou sentindo seus anéis internos cederem a grosseria do invasor. Ouvindo o Daehler gemer em satisfação após ser acolhido por completo, o loiro sentiu suas nádegas se encaixarem nos quadris do rapaz. Assentiu com veemência quando, com a voz trêmula, Matt Perguntou se ele estava bem.

Jackson inclinou seu corpo sobre o do rapaz e buscou em seus lábios uma forma de esquecer do incômodo de início.

O castanho correspondia ao beijo, com suas mãos passeando pelo dorso do loiro. Sentia-se sufocado com os anéis lhe apertando o membro. Seu pau pulsava contra o canal apartado que o envolvia. Espalhando uma sensação boa por todo o seu corpo. Com as mãos fixas na cintura do loiro, controlava a vontade avassaladora de impulsionar seu quadril.

Jackson colou sua testa na de Matt, com os olhos fixos no rapaz e os lábios entreabertos rente aos do amante, passou a mover seu corpo para trás. Sentia o membro do rapaz mover-se num lento entre e sai do seu interior, arrancando gemidos tantos seus quanto do Daehler. Beijou os lábios do rapaz novamente antes de se afastar minimamente.

Matt sentiu as mãos do rapaz se fecharem em seu peito e observou o mesmo se por ereto, sentando sobre o seu corpo. Gemidos escaparam fáceis por entre os seus lábios trêmulos quando o loiro passou a ergueu minimamente o corpo e desce-lo com certa pressa e força, a sensação prazeroso fazia-o revirar os olhos, espalhando um calor cálido pelo seu torso, que era coberto por uma fina camada de suor.

Ondas de prazer os envolviam a cada sobe e desce realizado por Jackson. as molas chiavam com os movimentos brutos do loiro, o som era embalado pelos gemidos dos rapazes. O rapaz soltou o castanho se levantando, resmungando quando o momento escorregou do seu interior. Jackson deitou, com as pernas espalhados na cama, ao lado do castanho; que não perdeu tempo em se colocar entre as pernas do rapaz. Era uma posição bem convidativa afinal. O castanho encaixou seu membro na entrada do rapaz, e fora o introduzindo lentamente.

Mas o Whittemore parecia ter pressa, o Daehler viu o loiro se apoiar sobre um dos cotovelos e sentiu a outra mão do rapaz apertar uma das suas nádegas, puxando seu corpo. Matt compartilhou um grunhido com o amante, sentindo o interior morno o acolher por completo novamente.

— quem é o apressado agora? — balbuciou segurando as coxas do rapaz, que jaziam cruzadas atrás de si. Não segurando o impulso de investir contra o Whittemore. E assim o fez, em lentas estocadas entrava e saia do rapaz.

— não temos o... Hnnm... dia todo, temos?! — o loiro engoliu um gemido. Antes que Matt virasse seus rosto para encarar o relógio preso ao lado da janela Jackson agarrou sua nuca e o beijou. Sentia-se perto, a ponto de ebulição. Passou a mover seu quadril, seguindo os movimentos das investidas do rapaz. Seu membro deslizava entre os corpos espremidos. Gemeu agarrando-se ao corpo do castanho, sujando seus corpos com o seu prazer acumulado.

O castanho arfou sentindo o líquido quente se espalhar pela sua barris. E o aperto do canal de Jackson contra o seu membro aumentar, fazendo um calor subir pelas suas pernas trêmulas e este se tornar excessivo na sua pélvis, com um gemido rouco derramou-se no interior do rapaz.

Jackson fez uma careta sentindo o líquido morno preencher o seu interior. Com o cenho franzido fitou a face rubra do castanho.

— eu devia ter saído né? — Matt sorriu amarelo. Sentindo o cansaço lhe abraçar.

— não.

O loiro ladeou o rosto do castanho com suas mãos e o puxou em sua direção, fazendo com que Matt deitasse sobre o seu corpo novamente, tomando seus lábios.




•×•




Jackson ajustou sua camisa em seu corpo e abotoou a sua bermuda. Sentou-se na beirada da cama e sentiu uma dor chata marcar presença nos seus quadris. Deslizou sua mão pelos cabelos úmidos, havia acabado de se banhar. Viu o castanho entrar o quarto enxugando os cabelos, vestindo somente um calção escuro. Seguiu-o até o outro lado do quarto, o castanho jogou a toalha num cesto ali ao lado e virou em sua direção sorrindo, este que fora retribuído. Os olhos do loiro caíram sobre o relógio na parede e viu o quão tarde estava. Quase oito.

— seu pai é um homem pontual? — Jackson Perguntou. Apesar de querer ficar por ali mais um pouco, mas não abusaria dá sorte.

— até de mais. — Matt parou ao lado do rapaz.

— então eu acho melhor eu ir. — Jackson se levantou e enlaçou a cintura do rapaz, mordiscando o seu queixo.

O castanho assentiu. Também não estava pronto para apresentar um namorado ao seu pai. Tomou a iniciativa e puxou o rapaz para um beijo, antes de guia-lo para o andar de baixo.

Ao chegar no corredor entre a sala e a cozinha, as orelhas do castanho tremeram com o som característico do carro do seu pai. Virou-se para o Whittemore, que franziu o cenho para o rapaz. Havia se arrependido de ter se levantado dá cama.

— pai. — sussurrou, ouvindo o tilintar do molho de chaves. — Para a porta dos fundos rápido. — Matt agarrou o pulso do loiro, tentando faze-lo andar.

— porque? Qual o problema dele me conhecer? — indagou. Havia repensando sobre ser pego ali.

— está afim de um interrogatório? — o castanho ergueu uma sobrancelha para o rapaz. — não né! Então vamos!

Jackson gemeu desgostoso por ter de acelerar o passo. Sentindo cada passo um martírio. Observou o castanho abrir a porta e indicar o caminho pela lateral da casa.

— nos vemos amanhã certo? — perguntou puxando o castanho para um beijo de despedida.

— claro! — o Daehler afirmou, vendo o loiro esboçar um sorriso após cessar o beijo.

O castanho ficou parado no hall dá porta observando o Whittemore se afastar. Quando este sumiu do seu campo de visão ele entrou. Matt fechou a porta atrás de si e se encostou no objeto de madeira, deixando um suspiro escapar é um sorriso bobo nascer.

— de quem é aquele carro?

O castanho deu um pulo com a voz repentina de seu pai, que reverberou pelo cômodo silencioso.

— carro! Que carro? — o castanho recuperou-se do susto. Deslizando sua mão pelos cabelos. Fazendo a melhor cara de desentendido que conseguia.

Strauss franziu o cenho para o nervosismo do filho.

— aquele prat...

O homem calou-se ouvindo um ronco de motor, fizera menção em caminhar até a porta mas Matt se colocou no seu caminho

— nos não íamos conversar sobre a minha falta de responsabilidade, em não ter avisado que dormiria fora? — o castanho empurrou o mais velho até a mesa. E sorriu aliviado por não escutar mais o barulho do carro. — pois sente-se... — indicou o lugar e se sentou na cadeira a frente, preparando os ouvidos...


Notas Finais


O horror que eu tenho de cuidar de gente bêbado, PAZ!

mais uma vez peço desculpas pela demora. Fora o bloqueio criativo, eu estava meio indeciso se colocaria lemon ou não...
Como viciada em lemon - isso é crônico tá?! - que sou.... Coloquei!

Prometo, sei que não devia qqq, não demorar com o próximo.
Se bem que escrever lemon me dá uma preguiça, então é certeza que eu irei demorar um pouquinho...

🔊Até o próximo 😊


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