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História Vísceral - Sonho.


Escrita por: sadvenus666

Capítulo 2 - Sonho.


Um espasmo invadiu meu corpo, assim que meus ouvidos receberam sua voz.

- Sim, estou bem. -  Respondi a ele.

Ele estendeu uma mão para mim, e eu a aceitei.

Assim que nossos palmos se tocaram, pequenas descargas elétricas podiam ser sentidas.

Todo o ar entre nós se tornou denso, e uma ligação palpável nos ligava. Ele tinha algo que me afetava de uma maneira, tal como nem a Luiza jamais tinha feito.

 Sentia o gosto do sangue tomar conta de minha boca, meus palmos ardiam: estavam esfolados.

Cuspi uma grande quantidade de sangue da calçada, e com uma leve apalpada aos meus lábios pude sentir seu inchaço.

- Acho melhor você entrar e colocar um gelo nisso . - Sugeriu ele, fitando-me com certo interesse.

- Eu moro quatro casas daqui, acho que não será necessário. - Disse, erguendo minha Bike sem tirar meus olhos dos dele.

- Prazer em te conhecer, apesar das circunstâncias, vizinho ! - Exclamou, sorridente.

- Acho que posso dizer o mesmo. - Subi a rua, caminhando ao lado de minha Bike.

Eu podia sentir seus olhos seguindo-me, e de repente sua voz ecoou pela rua ensolarada.

- Qual é mesmo seu nome ? - Berrou ele.

- Theo, e o seu ? - Gritei em resposta.

- Franco ! 

- Franco... - Sussurrei para mim mesmo.

As palavras dançavam em minha língua;

Franco. Um nome belo, para uma pessoa que fazia jus a ele.

Espere. Eu estava achando um rapaz bonito ? EU? Não sou gay, eu amo minha namorada, mas aquele garoto tinha algo de especial. Algo que mexia profundamente comigo.

Cheguei ao quintal da minha casa, joguei a Bike na porta da garagem e adentrei pela porta principal.

Fui até a cozinha,  coloquei um gelo na boca e subi as escadas correndo.

Assim que cheguei ao meu quarto, atirei-me na cama e meus pensamentos começaram a me consumir. 

Franco. Franco. Franco. 

Era a palavra que mais me vinha a cabeça.

Cocei os olhos, e senti o inchaço diminuir pela ação do gelo. Descalcei meus pés e me esparramei pela cama. 

Em minutos, já estava cochilando.

Seus olhos me perseguiam. Tudo era escuridão, e apenas seu olhar tempestuoso estava presente.

Sua voz me chamava, fazendo meu nome enroscar em sua língua.

Sua língua: adentrava minha boca, invadindo-me, satisfazendo-me.

Seus cabelos cacheados eram sedosos ao toque.

Sua pele leitosa cheirava a menta e cigarro..

Seu corpo correspondia ao meu. 

Nos beijávamos.

-

Acordei num sobressalto. Meu coração estava acelerado, minha respiração ofegante e meu membro agitado dentro de minhas roupas.

Aparentemente, o sonho havia tido um contato direto com meu sexo.

Sacudi a cabeça, tentando livrar-me do sonho.

Eu não podia estar gostando de um menino

Eu não sou gay.

Levantei da cama num salto e fui até a janela que dava vista para a rua, cujo o lado fluia para a direção da casa de Franco.

O sol estava se pondo, e uma iluminação agradável banhava meu quarto e toda a rua.

Fitei a pequena movimentação ali embaixo, até que...

Ele estava caminhando pela rua, subindo-a em direção ao portão de minha casa.

Um cigarro pendia em seus lábios carnudos e rosados.

Ele parou de frente para minha janela, escorou-se no portão e passou a me encarar.

Novamente seus olhos tempestuosos invadiam os meus, num azul marinho.

Todos os pelos de meu corpo se eriçaram com seu olhar. Meu membro enlouqueceu, endureceu de uma maneira espetacular.

Passamos alguns segundos, talvez minutos, talvez horas nos encarando.

Eu já não sabia quanto tempo tinha se passado, e eu ainda não me cansava de o observar.

Um sorriso esboçou-se em seu rosto sardento, e rapidamente ele jogou a bituca de seu cigarro no chão, girou os calcanhares e num andar malandro começou a se dirigir para sua casa, deixando-me lá, embasbacado na janela, sedento pelo seu olhar.

O que estava acontecendo comigo ? Eu não podia gostar de um rapaz.


Notas Finais


olár, tudo bem ?
espero que tenham gostado do novo capítulo e por favor, comentem.
bjss <3


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