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História Vísceral - Chicote.


Escrita por: sadvenus666

Notas do Autor


Dedico este Capitulo para à Drikka :**
Espero que gostem.

Capítulo 4 - Chicote.


O resto das aulas passou rapidamente, e assim que o alarme da saída soou, parti em direção à minha bicicleta.
Queria evitar ele.
Já estava virando a esquina do colégio, quando pude escutar sua voz chamando meu nome.
Fingi não escutar, e acelerei o ritmo das pedaladas, e quando estava para atravessar a rua, destraí-me com sua figura correndo para me alcançar, e me desequilibrei, esborrachando-me no asfalto.
Que grande porra !
Senti suas mãos erguendo-me, e fui obrigado a encará-lo.
- Parece que você tem um grande fetiche por quedas, não é mesmo?! - Perguntou ele, divertido.
Rapidamente juntei minha mochila, e bati meus palmos na calça, para me livrar da fuligem da queda.
-  Não tem a menor graça. - Franzi o cenho, e em seguida revirei os olhos.
Ele estava me seguindo, no meu encalço.
- Pode deixar, não preciso de nenhuma Babá para me segurar quando eu cair - Cuspi as palavras, ferozmente.
- Irei anotar a observação. - Pude notar um tom de divertimento em sua voz, e ele continuava a me seguir.
- Você vai me seguir até onde?! - O questionei, girando meus calcanhares para encará-lo.
- Não sei se sabe, Theo, mas eu moro naquela direção também. - Ele respondeu, cruzando os braços e apertando os lábios numa linha.
Revirei os olhos, e voltei a caminhar.
- Podemos nos ignorar por nenhum motivo aparente, ou podemos tentar ser amigos. - A última palavra era acariciada por sua língua.
Como ele poderia ser tão... excitante !
Amigos? Eu e ele? Não consigo nos ver como amigos. - Já que você não toma a iniciativa - Ele correu para o meu lado, levou um cigarro aos lábios e o acendeu com um isqueiro preto.
A fumaça escapou por suas narinas, e pude a sentir queimar meus olhos. - Sabe, a Luiza é uma boa garota, gostei dela.
MAS QUE PORRA ! Ele era muito dissimulado !
- Sim ela é, e você pode não fumar perto de mim? - Respondi, fechando meu resto e encarando-o.
- Crises de ciúme não são nada legais, e desculpe-me, Sr. certinho.. - Ele retrucou, iluminando seu rosto e abrindo um largo sorriso.
" Sr. Certinho " ?
Nos aproximamos de sua casa, e a tensão entre nós podia ser sentida em meus palmos.
Era inegável, tinhamos algo diferente.
Ele terminou seu cigarro e jogou o resto do filtro da calçada, virou-se pra mim e sorriu.
- Até amanhã, então ? - Perguntou-me, no seu estilo galanteador.
- É, pode ser. - Respondi, corando.
Vai ser sempre assim? Ele falando meia dúzia de palavras e minhas bochechas quase entrando em combustão?
Ele voltou-se para sua casa, cruzou o gramado e adentrou a casa.
Passei alguns segundos ali, tentando botar meus pensamentos em ordem, e entender o que havia acabado de acontecer. Continuei a caminhar, e fui para casa.

Eu já estava rolando na cama à horas, tentando dormir.
Algo dentro de mim queimava, e insistia em me deixar acordado, mesmo que por vezes eu cochilasse, era assombrado por seus olhos cinzentos.
Por quanto tempo isso iria continuar ?
Sentei-me na cama, minha ereção já dolorida apertando a calça de pijama, tateei pela mesinha de cabeceira em busca de meu celular e fones, e cegamente os coloquei em meus ouvidos.
A voz deliciosa de Banks começou a soar, rasgando meus ouvidos numa melodia apaixonante.
This is like it feels like preenchia minha cabeça.

Ele estava sentado numa poltrona azul, seu corpo esparramado pelo estofamento, trajado por um Jeans preto, já desgastado e uma camisa de botões também preta.
Seus cabelos perfeitamente desgrenhados, seu rosto tinha uma iluminação impecável, um sorriso malicioso se formava, seus lábios carnudos e avermelhados.
O foco de tudo aquilo eram seus olhos.
As orbes cinzas se destacavam, seguidas por suas pupilas dilatadas
Eu me encaixava perfeitamente entre suas pernas, enquanto chupava com vontade um chicote de montaria.
A tira única de couro passeava por meu rosto, apenas para estalar em minha bochecha direita. Pude senti-la queimar.

Despertei ofegante, arranquei os fones e repus o ar aos meus pulmões.
Haviam gotas de suor brotando em meu rosto, e em minha calça uma mancha enorme e esbranquiçada.
Não podia ser. Eu havia gozado?
Mas foi apenas um sonho...



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