História Você é definitivamente um mau caminho!!! - Eu juro!

Aden pediu para encontra-lo do lado de fora. Me pergunto se é para a pratica com armas. De um certo modo acho que pode ser divertido, imagino algo como nos filmes de faroeste em que se tinha que atirar em garrafas.

Estou andando pelos corredores e agora as coisas estão meio que mais animadas por aqui, já que agora tem muito mais homens do que antes, o que faz os estreitos corredores parecerem menores ainda. A frente tinha umas entradas para outros corredores, como uma encruzilhada. E estava passando um grupo que ria e batiam um no outro alegremente.

Eu olhava-os com um certo sorriso nos lábios, mas de repente era como se tudo a minha volta estivesse se passando lentamente quando vi o cara alto com uma bandagem no pescoço, era ele!

Meus pés pararam abruptamente, minha respiração não estava funcionando direito.
Seu rosto que estava sorrindo, quando olhou em minha direção, fechou-se.
Não tinha uma expressão que demonstrasse ódio, mas seus olhos eram assustadores como se ele fosse o predador que ia me rasgar em pedaços!

O olhei desaparecer pelo outro túnel. Senti uma mão em meu ombro e tinha me esquecido que Aisha estava atrás de mim. Não tinha percebido que estava exprimida contra a parede como um gatinho assustado, também estava suando frio.
Me lembrar de como me espancou, me faz tremer dos pés a cabeça.
— Está tudo bem. Ele não irar fazer nada contra você. Ele sabe que é homem morto se o fizer.
— Estou bem — falei me recompondo. — Acho que vai ser difícil de encara-lo toda vez. É como se eu voltasse no tempo...

Aisha não falou nada somente apertou meu ombro em consolo e continuamos andando.
Uma hora vou ter que perder esse medo, quando penso que ele somente estava seguindo ordens, me acalma um pouco, mas também quando penso que ele pode ter algum tipo de rancor, a duvida mortal volta!

Chegamos à superfície e o sol era tão reconfortante, era como se espantasse todos os medos e duvidas dentro de mim.
Tinha algumas pessoas em volta de Aden, que estava como imaginei com garrafas em cima de uma mesa. Meu estado de espírito se elevou de novo. Chegamos perto de Aden.
Ele tirou a pistola de sua cintura e me lançou, eu a peguei no ar.
— Não vamos praticar com meu rifle? — perguntei confusa.
— Para uma primeira vez é melhor usar uma arma com um recuo baixo — o que ele está falando?
— Ah tá — fingi que entendia.
— Venha aqui — fui até ele e ele me passou balas. — coloque-as.
— Hum...
— Eu te mostro como — falou, enquanto deslocava o pente e colocava uma bala e depois passou para mim, para fazer o mesmo. Depois que coloquei, ele me puxou pela manga e me posicionou de maneira com que minha coluna ficasse correta. Depois foi para trás de mim e pude ouvir barulhinhos dos caras estavam nos assistindo. Os ignorei e continuei prestando atenção nas instruções. — Deixe os braços esticados e relaxados. Respire fundo e solte. Vai sentir o impacto mais não se assuste.

Fiz como mandou e quando falou para disparar, também o fiz. Apertei o gatilho e fechei os olhos, pelo barulho e impacto em minha mão. Ouvi o barulho da garrafa se quebrando e meu sorriso se alargou, assim que todos deram gritinhos de surpresa.
— Não se alegre, você fechou os olhos!
— Sinto muito, mas não consegui.
— Mais uma vez.

Acertei em todas às vezes provando que tenho boa pontaria e que não foi sorte de principiante. Isso me deixou muito feliz, saber que sou boa em algo e ser elogiada, apesar de Aden brigar comigo por fechar os olhos.

Ficamos por um tempo significativo fazendo isso, o que me surpreendeu por ter tantas garrafas de cerveja. Meus braços também estavam doloridos e cansados. Me sentei na areia e Aden pairou sobre mim tampando o sol.
— O que pensa que esta fazendo? Levante-se temos um outro tipo de treino — e o tirano estava de volta!
— Que treinamento é dessa vez? — falei enquanto me levantava. Ele saiu da frente e Aisha estava tirando seu fuzil das costas e depois andou até mim.
— Reflexos — respondeu Aden.
— Que? — Aisha parou em minha frente com os punhos em sua frente.
— Eu não vou pegar leve com você Jenna — falou sorrindo.
— Defenda-se Jenna! — falou Aden sem me dar tempo para pensar e me empurrando. Se não tivesse me empurrado, eu teria levado um soco de esquerda mais rápido que já vi.

Ela veio para cima de novo e dessa vez ia ser um de direita, mas consegui desviar, só não contava que o punho esquerdo ia atingir em cheio meu estômago!
Me afastei enquanto me encurvava e cuspia. Tentei me recompor o mais rápido possível porque ela já estava vindo em minha direção mais uma vez.

Desse vez quando deferiu um soco, me desviei e ia tentar lhe dar um soco só que foi eu quem levou um na cara, me fazendo cair.
Me forcei a levantar, meu lado esquerdo do rosto doía, mas não era nada comparado a surra que levei de Hank. Se o objetivo é reflexo, então é isso que vou usar ao meu favor, já reparei que sou boa, mas não tenho técnicas para usar.

Comecei a andar envolta, ela veio para cima mais uma vez. Não entendo desse tipo de coisa, mas era muito óbvio saber que sua especialidade era o boxe, o que não precisaria me preocupar em levar uma rasteira, já que isso seria muito raro e eu poderia usar isso a meu favor.

Assim que chegou perto, esperei até o ultimo momento, não iria mais apanhar de ninguém! E com sangue frio, consegui me desviar de seu soco e me abaixei rapidamente colocando as mãos no chão e passando a perna sobre as dela a fazendo cair no chão de costas. Todos ficaram em silencio e em surpresa, até mesmo eu não acreditava que consegui derruba-la.
Fui até ela e estendi a mão a ajudando se levantar. Ela deu o primeiro grande sorriso que vi.
— É assim que se faz! — eu sorri também satisfeita.
— Comer, atirar e agora reflexos... Tem algo que você não faça? — falou Aden impressionado, eu dei de ombros, entrando na brincadeira e fazendo todos riram. Acho que conquistei pelo menos uma parte deles! — Já que é tão boa assim, acho que já pode passar para o próximo nível!
— Hum?



                                                                            VINT


— Isso é um sim senhor Vint? — eu o olhei, ele definitivamente não é de confiança. Qual é sua relação com Clark? Não parece ser um simples subordinado!
— Como posso confiar que são informações certas?
— Já falei, sou um alto rank, e também tenho algo que os outro não tem, a confiança de James— James?
— Lhe contatarei quando for preciso — lhe entreguei a bolsa de café com o dinheiro. — Espero que não esteja tentando me passar a perna... — falei mexendo no bolso, o mostrando a arma.
— Claro que não! Já mais faria tal coisa, afinal de contas isso não esta em meus planos. Agora se me der licença — falou se levantando. — Foi um prazer fazer negocio com o senhor. Espero que me contate logo!

Esperei que se afastasse e me levantei e fui até o carro. Um milhão de dólares só para saber que acontecerá daqui a três meses e nem se quer sei aonde! Daqui a três meses... isso é tempo demais! Liguei o celular.
— Finley, onde encontrou esse homem?
— Na verdade foi ele quem nos achou.
— Que?
— Eu estava em um sistema tentando rastrear algo que fosse útil, mas me surpreendi quando percebi que tinha sido descoberto e que estava sendo rastreado, o que nunca aconteceu. E então recebia uma mensagem ao vivo dele. Foi um pouco assustador, mas como não tínhamos nada em mãos, resolvi dar uma chance, fiz mal?
— Não! Claro que não, mas temos que ficar de olhos bem abertos com ele. Ele está querendo nos usar, mas antes que o faça temos que conseguir o que queremos e cair fora.

Assim que desliguei, dirigi para a farmácia mais próxima, precisava de algo para dormi.
Comprei o remédio e voltei para o hotel. Tomei três de vez para ver se fazia algum efeito.
Meus olhos começaram a ficar pesados e foi só isso, só serviu para piorar minha situação.


                                                                       JENNA


Próximo nível? Tipo o que? Seguimos de volta para dentro do solo era hora de comer, minha hora preferida. Viver aqui despertou algo que eu não sabia que tinha, uma fome monstruosa.

Primeiro tomei um banho, depois ia direto para o refeitório. Quando sai da sala de banhos, Aisha disse que tinha outras coisas importantes a serem resolvidas, e que eu teria que ir sozinha até o refeitório, que Aden estaria lá.

Então fui, andando sozinha. A minha frente, tinha um grupo de homens que estavam conversando, pareciam não ter se dado conta de minha presença.
— Você ouviu falar da tal renomeação? — perguntou um deles.
— Hum, sim, aquela mulher vai comandar as coisas na superfície depois disso!
— Não acha estranho?
— Claro, mas o que podemos fazer. Acabamos de conversar com Clark, agora a pouco em seu escritório, e nesse pequeno instante, era como se meu sangue ficasse gelado.
— Sim, já enfrentei muita coisa, mas esse cara ainda me arrepia. Talvez seja por causa da cicatriz.
— Não, não é só isso. Mas quando você pensa que alguém realmente teve coragem de fazer isso com ele...
— Não sabe quem foi? — perguntou o outro sussurrando.
— Não! — falou o outro chegando mais perto.
— Ninguém realmente sabe disso, na verdade muitos poucos sabem, mas no passado durante uma guerra no oriente médio...

Depois disso não consegui mais ouvir a conversa, porque entraram em outro túnel.
Meus pés pararam e eu fiquei a pensar em duvida... Resolvi dar a volta e ir até o escritório de Clark. Andei de volta e entrei no túnel que antes tinham saído, seu escritório deve ser por aqui...

A minha frente tinha uma porta em que tinha luz branca saindo. Fui até ela e respirei fundo e a abri sem bater. Dei com Clark sentado em uma mesa grande e também com um guarda que agora apontava sua arma para minha cabeça. Ele levantou a cabeça.
— Pode deixa-la passar — falou despreocupadamente. — Este rifle não tem balas.
O guarda abaixou a arma e voltou para sua posição ao lado da porta, e eu cheguei perto de sua mesa.
— Sim, Jenna?
— Onde estão meus avós?
— Ah, sim eles. Estão bem.
— É só isso que tem a me dizer?
— O que mais quer ouvir?
— Por que fez isso? Não bastou tentar me controlar dizendo para deixar Vint e ir para seu lado?
— Na verdade eu te dei escolhas e você as fez!
— Não pedi tais escolhas! — ele simplesmente sorriu.
— Jenna, eu te deixo vê-los, mas vai ter que fazer algumas coisas em troca, como de costume— eu não aguento mais, somente ele ditar as regras, estou cansada...

Me virei e fui até a porta, mas com um movimento rápido tirei a pistola da perna do guarda e me afastei apontando a arma. Clark ficou surpreso, mas logo voltou à expressão de sempre e para mostrar que não estou de brincadeira, destravei a arma apontando para o guarda, que era o mais perigoso no momento.
— Deite-se — ordenei ao guarda, que não me obedeceu.
— A ouça, acho que ela não está brincando — falou Clark despreocupado. Ele dessa vez se deitou. E eu fui até sua mesa apontando a arma para seu rosto a centímetros.
— Eu só vou lhe pedir uma coisa. Deixe-me ver meus avós, ou se não eu juro que aperto esse gatilho! — nunca falei tão serio em minha vida.