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História Você é definitivamente um mau caminho!!! - Alivie minhas dores e pesos


Escrita por: Nihalksc

Capítulo 35 - Alivie minhas dores e pesos


Fanfic / Fanfiction Você é definitivamente um mau caminho!!! - Alivie minhas dores e pesos

— Eu só vou lhe pedir uma coisa. Deixe-me ver meus avós, ou se não eu juro que aperto esse gatilho! — nunca falei tão serio em minha vida. Ele me encarava seriamente. E de repente senti um tranco e minha cara estava sendo prensada a mesa e meus braços para trás em um aperto doloroso. Clark se levantou.
— Solte-a, não a necessidade disso. Ela não faria tal coisa nem se quisesse.
— Tente a sorte! — falei entre os dentes e o guarda pressionou meu rosto ainda mais.
— Pelo amor... Solte-a nesse instante — ele me soltou. Clark estava agora perto da porta. — Jenna, vou conceder seu pedido, mas só porque está se comportando bem e tendo progressos em seus treinamentos e também porque adoro mulheres de iniciativa! Você me excita Jenna!— franzi o cenho com suas palavras.
— Vai me deixar vê-los sem joguinhos?
— Sim — falou sorrindo.
— Quando?
— Hoje!
— Hoje? — não dá para acreditar...
— Não acredita? — ele apontou para sua mesa e o guarda pegou o celular e o deu e ele o colocou ao ouvido. — Mande um helicóptero em duas horas. Viu só?
Ele vai realmente fazer isso assim sem mais? Isso me deixa com o pé atrás.
—... Obrigada... — ele sorriu e eu passei pela porta, queria sair de perto dele o mais rápido o possível, mas me assustei quando sua mão agarrou meu braço. — O-O que foi?
— Me beije! — meus olhos quase saltaram para fora.
— Que?
— Estou lhe pedindo um beijo é muito? — engoli em seco, o que ele quer? Porque está fazendo isso agora? Ele se abaixou até minha altura, me fazendo ir para trás, mas seu aperto em meu braço me segurou. Ele apontou para sua cicatriz. — Quero que beije aqui. Anda Jenna!

Ele é a única esperança para que eu possa ver meus avós, não posso recusar nem se quisesse!
Aproximei-me lentamente e segurando minha repulsa, fechei os olhos. Não era repulsa pela cicatriz, mas sim só por meus lábios encostarem-se a sua pele me faz querer vomitar.
Encostei os lábios e logo me afastei, me segurando para não limpar a boca.
Depois que o fiz, ele deu um grande suspiro de alivio, como se tivesse sarado alguma dor.
— Não sabe o quanto isso faz bem. Bom, pode ir, se apronte.

Não precisou nem terminar a frase, eu já tinha me virado e saído às pressas. Esfreguei minha boca com força até doer. Depois respirei fundo e comecei a andar, afinal de contas essa é a melhor noticia que recebo em dias!



                                                                           VINT


Tomei mais três comprimidos, arranquei minhas roupas e entrei na banheira quente. Era confortante, mas nada que me fizesse dormir, o que há de errado comigo?
Ouvi passos pesados e alinhados, não precisava nem olhar para saber quem era.
— Jason! — continuei de olhos fechados.
— O que quer Carter?
— Seu amigo Finley, disse que você não anda bem ultimamente.
— Não ver que estou perfeitamente normal? Agora cai fora, minha cabeça dói.
— Eu já falei que não tem que aguentar tudo sozinho, eu lhe ajudo. Também gosto de Jenna!

Me levantei e peguei a toalha e fui em direção ao quarto enquanto enxugava meu cabelo.
Peguei uma roupa qualquer no cabide a coloquei e saí. O deixando para trás.
Não é como se ele não fosse de ajuda, só não quero o envolver assim como Jenna!

Sai no na rua e o barulho do transito e pessoas, meio que acalmava minha mente bagunçada.
O ar também era muito agradável, caminhei sem nem perceber para onde estava indo.
Queria tanto vê-la, senti-la..., saber que está segura...



                                                                              JENNA


Está quase na hora de partir, mas estamos esperando por Clark que disse que quer falar comigo antes de ir. Sinceramente espero que não seja outro beijo!
Tomei um banho e tentei pentear meu cabelo de uma maneira que não pareça ridículo e preocupante, mas não resolveu muito.

Só vamos eu e Aisha, Adan está ocupado com outras coisas. Não precisa ser muito esperto para saber que Aisha está indo porque Clark não confia em mim, mas com toda sinceridade, não faria nada que colocasse meus avós em risco!
Clark estava vindo, Aden estava logo atrás. Ele parou em minha frente.
— Só vim pessoalmente para lhe dizer que qualquer caminho fora da rota, se resultara em punição! Acho que você não quer passar por aquilo de novo, não? — meu corpo tremeu ao pensar em algo assim acontecer de novo. — Agora que está avisada pode ir. Divirta-se!

Ele se virou e logo fomos até o helicóptero, que estava esperando com o motor já ligado.
Aden me mandou esperar e tirou algo de seu bolso. Vi que era um boné de baseboll preto ele o colocou em minha cabeça e eu tive que gritar obrigada, por causa do barulho. Ele acenou e deu meia volta.

Achei bem legal da parte dele fazer isso, pelo menos assim vou poder esconder um pouco meu cabelo cortado todo em zigue-zague.
Olhei para baixo onde estava o mar abaixo e a sensação de liberdade não vinha, na verdade me sinto mais presa e atada como nunca.

Logo chegamos à cidade e descemos para entrar em um carro preto que já nos esperava.
O motorista começou a dirigir e depois de um tempo o carro já estava no centro da cidade e não andava mais por causa do transito louco. Abri a janela porque estava me sentindo sufocada, a brisa entrou me refrescando. Estávamos em cima da ponte o que fazia o vento ser mais fresco. O carro finalmente começou a andar, me fazendo ter que segurar o boné e foi quando o meu coração parou por um momento. Eu tinha visto seu perfil e tenho certeza disso!
— Pare o carro — falei desesperada, mas fingiram não ouvir. — PARE A DROGA DO CARRO AGORA!
— O que foi Jenna? — perguntou Aisha.
— Fale para pararem, eu preciso descer! — ela não estava me entendendo, então abri a porta e pulei.

Sai rolando e também queimando por causa do asfalto. Carros estavam parando e buzinando. Levantei-me e peguei o boné no chão, o coloquei e corri. Minhas pernas pareciam ter vida própria de tanto que corriam. Ele estava sentado na beirada olhando para o nada.
Percebi que estava diferente, estava mais magro e também sua barba estava para fazer, seus olhos estavam fundos e escuros. Não era o Vint que estava acostumada.

Eu fiquei parada olhando para ele, forcei meus pés pararem antes que eu fizesse alguma idiotice, afinal de contas o que estou fazendo? Não deveria ter saído do carro e corrido até aqui! Eu fiz uma promessa em que vidas dependem disso... a dele depende disso...
Ouvi alguém correndo e vi Aisha. Fiz sinal de silencio e dei meia volta, apertando minhas unhas na mão para, que não chorasse. Não posso chorar, nunca mais o farei!
— Jenna? — sua voz fez com que meu corpo respondesse por conta própria e parou. Não, não, não, não pare continue andando! — Jenna? — sua voz fraca me fez olhar para trás.

Minhas pernas estavam fracas, há quanto tempo estou reprimindo esse rosto para conseguir seguir enfrente? E agora estava bem em minha frente me chamando. Ele andou até mim com passos cuidadosos, como se eu fosse um pequeno animal que fugiria a qualquer movimento brusco.

Quando chegou perto, tão perto que pude sentir seu hálito quente em meu rosto, senti minha mão pingar, a apertei tanto que não tinha percebido que estava sangrando. Sua mão quente e familiar tocou meu pescoço e não pude disfarçar meu suspiro. Seus olhos tremeram em reação.
— ... É mesmo você! Como...? — perguntou com voz fraca. Ele puxou o boné de minha cabeça e eu me encolhi o tampando com vergonha. — O que aconteceu com seu cabelo? — não confiava em minha voz nesse momento.

Seus lábios se comprimiram em uma careta. E abraçou minha cabeça com força. Depois me pressionou contra a parede da ponte e afastou-se para que seu rosto se encaixar-se em meu pescoço e respirasse profundamente, meus braços agarraram seu pescoço o puxando para mais perto de mim, queria afunda-lo em meu peito. E de repente senti seu peso e estava caindo em cima dele por não aguenta-lo.
— Vint? — o olhei preocupada. — Vint? — bati em seu rosto. Aisha se abaixou para examina-lo e eu esperei ansiosa pela resposta.
— Ele está somente dormindo.
— Hum?
— Olhe, está morto de cansaço. Parece não dormir a dias — mordi meus lábios, não podia chorar.  
— Jenna...
— Eu sei... — falei com voz tremida.

Procurei por seus bolsos, com a esperança de achar algum celular e acabei achando.
Olhei a lista de contatos e vi o nome de Finley. Liguei para ele e parecia totalmente surpreso ao ouvir minha voz, até mesmo ouvi sua voz tremer um pouco, o que me fez dar um sorriso.
Estávamos esperando ele chegar para buscar Vint.
— Estamos ficando sem tempo Jenna...
— Vamos esperar — falei decidida. Olhei para Vint em meu colo e meu coração apertou. De repente agua começou a pingar em seu rosto, eu limpava, mas não parava de cair.
Ouvi passos correndo e vi Finley todo vermelho correndo em nossa direção.
— Jenna — seu rosto era de alegria e espanto. — Te procuramos por dias, onde esteve?
— Preciso que leve Vint para casa.
— Hum? — me levantei e esperei ele vir até Vint e segurar sua cabeça. Comecei a andar. — Jenna! O que está fazendo? O que esta havendo?
— Somente estou voltando, adeus Finley. Não procurem mais por mim!
— Como assim? Você não parece alguém que quer voltar!
— E como sabe disso? — ele me olhou antes de falar.
— Por que seus olhos parecem cascatas transbordando...
— Não estou chorando! — ele riu.
— Então o que são isso? — caminhei até ele e segurei sua gola e disse como um sussurro em seu ouvido, depois me virei e entrei dentro do carro.


 



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