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História Vodka and Tears - Rilaya - Pele Azul


Escrita por: Aikn

Notas do Autor


Desculpa a demora. O @HardinNadine me convenceu a escrever esse capítulo com uma única frase. Eu sei que esse capítulo é muito pequeno comparado aos outros, mas o próximo vai compensar. Me perdoem a demora. Esses últimos meses estão me matando. E eu realmente desisti dessa fic. Eu reli ela e a achei muito idiota. Vou tentar continuar a escrever. Prometo.

Capítulo 10 - Pele Azul


A forte batida na porta fez com que Maya parasse de beijar Riley e ficasse irritada. Gostava de ter um tempo com a namorada, e odiava quando as duas eram interrompidas. Estava apreciando o fato de Riley estar passando muito mais tempo em sua casa. Ela sempre fugia ou inventava qualquer desculpa para o pai. Maya gostava daquilo. Fazia com que ela se sentisse importante.

Se levantou do sofá velho e caminhou até a porta. Se fosse a sua mãe, ela não bateria na porta, pois ela tem a chave. Quem sabe ela tenha perdido a chave por estar bêbada. Não seria a primeira vez. Mas se não fosse ela, quem poderia ser?

Encontrou o homem com um sobretudo velho e fedido. Suas botas estavam sujas de lama. Seu cabelo estava um pouco molhando, talvez suor, talvez chuva, ou talvez alguém tivesse mijado nele enquanto ele estava sentado na esquina, dormindo abraçado com sua maleta e com um cachorro para protegê-lo. Mas não se importou com o estado em que ele estava. Se jogou nos braços de Louie para abraçá-lo, encheu o rosto dele de beijos e sorriu para ele.

- Tire essas coisas nos seus pés antes de entrar. Eu não vou limpar essa porra. – Maya disse, rindo. Riley se aproximou dela para cumprimentar Louie Two Shoes.

Já tinha contado para Riles sobre o mendigo, e ela ficou horrorizada com as histórias, rindo de quando os dois se drogaram em uma festa e saíram correndo achando que o lugar estava pegando fogo.

Os três se sentaram no sofá e Louie abriu a sua preciosa maleta.

- Tente adivinhar.

Maya riu.

- Bebida e cigarro... óbvio. – À medida que ela falava, ele colocava o objeto na mesa. – Maconha. Haxixe. Ei, você conseguiu pílulas?

Sorriu ao ver seu amigo mostrando as pílulas e as jogando em cima da mesa.

- Você acha que eu só traria isso, Maya?

- Dá um chute, Riles. – Maya pediu, sorrindo para a namorada. Ela ficou vermelha.

- Hm... LSD?

- Boa. – Louie colocou um potinho em cima da mesa. – Demorou para arranjar isso aqui. Eu vendi fácil como bunda de prostituta virgem. Isso aqui são só as sobras.

Maya e Riley sorriram uma para a outra.

Maya pediu para que Riles começasse com cigarro, esperando que a pressão dela abaixasse. Ela começou a rir com a sensação. Depois, foram para bebida. Louie não se importou, usando maconha e haxixe juntos. Somente depois que Maya foi dividir o doce do amigo, e pensou em negar quando Riley lhe pediu.

- Fume devagar, e apenas algumas vezes. Ainda é sua primeira vez com haxixe.

Riles sorriu da forma mais linda que Maya já tinha visto.

Riley tragou e tossiu. Louie riu e Maya a abraçou, sorrindo, achando adorável. Depois, as duas pensaram nas pílulas. Maya tinha um bom histórico com pílulas. Antes tomava algumas todos os dias antes de ir para a escola até elas pararem de fazer efeito. Depois das pílulas, Riley foi pegar o LSD.

- Gente... eu vi que ‘tá tendo uma festa muito foda a poucos quarteirões daqui. – Louie disse. Antes que Riles pudesse colocar o papel na boca, Maya tomou dela.

- Riles... você quer ir nessa festa?

Riles a olhou confusa.

- Por que não? Pode ser legal. Mas... me dá o papel, May.

Maya a encarou enquanto repartia o papel em dois. Seria mais do que o suficiente para Riles. Não queria que ela já ficasse completamente doida na festa. Maya colocou o papel em sua língua, observando como Riles iria reagir.

Ela aparentou ficar bem. Maya a observou por um tempo até Louie convencer completamente Riles de ir até aquela festa fodida. Riles se levantou e arrastou Maya até o quarto para que as duas se arrumassem. As duas tomaram banho juntas, e Maya não soube se era mesmo Riles ou se era a droga, mas ela estava com fogo. As duas quase não saíram do banho. Riles sempre a convencia a voltar para se amarem mais.

Foi a primeira vez que Riles se arrumou para uma festa daquele tipo. Maya a maquiou fortemente, assim como fazia nela, e as duas usaram roupas escuras e calças. Maya jamais e arriscaria a ir de vestido ou de saia para um lugar como aquele. Fortes e pesados casados e luvas. Uma mochila, dinheiro e identidades falsas caso precisassem.

As duas foram ao lado de Louie Two Shoes, saindo pelos corredores do prédio e descendo as escadas. Maya ouviu gemidos altos, gritos e sentiu cheiro de maconha. Não sabia se era efeito da droga ou se seu prédio era realmente assim. Talvez fosse a segunda opção. Mas era aquilo que o seu dinheiro conseguia pagar. Sua mãe já tinha deixado claro que não queria juntar dinheiro para que fossem morar em um lugar mais seguro, onde as pessoas não se drogassem nas portas de seus apartamentos. Por mais que Maya quisesse morar em um bairro tranquilo e seguro, aquilo não estava nos planos de sua mãe, e enquanto Maya não completasse o ensino médio, ela ainda teria que ficar ali.

O lugar era uma boate grande, com várias pessoas na fila. Maya e Riles não iam ficar esperando, principalmente Louie. Eles cortaram a fila. Louie deu algum jeito de fazer o segurança da boate deixá-los passar na frente de algum modo. Maya gostava de como Louie conhecia todos e sabia exatamente como ter o que queria.

O local estava abafado, as luzes a deixaram tonta de primeira. O som estava extremamente alto. Não sabia explicar se aquilo realmente era real. Mas gostou daquela sensação. Gostava de estar em um local agitado de vez em quando. Foi com Riles até o open-bar, onde elas pediram algo para beber. Agradeceu o fato de o lugar ser um pouco mais afastado das caixas de som, e assim ela e Riles poderiam conversar.

- Eu estou muito doida. – Riles falou, rindo. Maya olhou para ela, rindo de volta. Ela estava com um sorriso gigante no rosto. – Eu estou vendo unicórnios.

Maya gargalhou com aquilo.

As duas dançaram em algum momento da festa, onde Maya já estava tão bêbada que ela sequer se lembrava. O LSD começou a fazer efeito enquanto ela dançava. Ela sentiu várias mãos da Riles em seu corpo, lhe causando uma sensação boa. Sentiu beijos em seu pescoço. Ela viu uma Riles colorida, de pele azul, brilhando e sorrindo para ela. Maya abraçou a garota enquanto elas dançavam, juntas.

Em outro momento da noite, Riles estava do lado de fora da boate, vomitando. Louie tinha desaparecido e o céu estava começando a clarear. Maya ajudou a namorada, com medo do que poderia acontecer. Riles vomitou muito, e por muito tempo. E o pior era que Maya não se lembrava de Riles ter bebido tanto assim.

De repente, Riles se encolheu em uma das paredes, chorando histericamente.

- Eu não acredito que eu comi, Maya. – Riles disse, chorando. – Eu estou me sentindo tão nojenta.

Maya se odiou por aquilo. Devia ter cuidado dela. Era tão inútil que não conseguia cuidar da namorada, a quem devia a vida. Riles a ajudou em todos os momentos que precisou, mas quando ela precisou mais, Maya estava chapada demais para se lembrar na manhã seguinte.

- Riles—

- Não me toque, Lucas. – Riles sussurrou. – Eu disse não...

Riles se encolheu mais, se debatendo contra o ar. Maya ficou paralisada, observando a namorada chorando e gritando. Aquilo era uma visão da droga ou seria uma lembrança? Se fez essa pergunta durante o ataque que a namorada estava tendo, e essa pergunta voltou enquanto a carregava de volta para o seu pequeno apartamento, e fez essa pergunta novamente ao colocar a menina na cama.

Se levantou, sem conseguir se manter em pé, e caiu no chão. Encarou as suas mãos e viu apenas ossos, fazendo-a gritar por um momento, até vê-las novamente. Ela se levantou, vendo que a maquiagem de Riles estava bem borrada. Ela foi até uma prateleira pegar demaquilante, tirando toda a maquiagem da garota. Não sabia como estava conseguindo tirar a maquiagem daquela estranha pele azul.

Depois, ela tirou as roupas de Riles e a deixou nua, a cobrindo com os lençóis e lhe dando um beijo na testa. Retirou a sua maquiagem rapidamente, sentindo todo o seu corpo formigar, como se sequer conseguisse se mexer. Tirou suas roupas o mais rápido que pôde, querendo logo se deitar e apagar.

Mas assim que se deitou, não apagou. Encarou a menina sentada ao seu lado. Ela tinha sofrido tanto! Maya não foi o suficiente para que ela melhorasse. Se afundou em sua própria miséria, ouvindo as palavras nojentas que as várias sombras em seu quarto falavam. Abraçou uma Riles adormecida e tentou ignorá-las.


Notas Finais


Sério, me perdoem esse capítulo insuficiente e escasso de conteúdo. Mas esse é o roteiro. O próximo capítulo vai explicar esse... eu espero.


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