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História Wake me up - Jikook - It's all in the past


Escrita por: Ly_Aguiar

Notas do Autor


Eu sei, eu sei! Faz muito tempo! Acho que vocês até chegaram a pensar que eu tinha abandonado a fic kkkkk
Mil perdões! Esse foi um ano bem difícil para mim. Mas o que importa é que voltei e com capítulo novo!
Espero realmente que gostem. Não vou prometer nada dessa vez. Só vou dizer que pretendo continuar postando capítulos 💜
Amo vocês ❤

Capítulo 28 - It's all in the past


Fanfic / Fanfiction Wake me up - Jikook - It's all in the past

    - Vem, vamos entrar - falei, guiando-o para dentro de sua casa.

    Ele assentiu, claramente consternado, ora sentado no sofá, ora andando pela sala. Eu o observava, sem saber direito o que fazer enquanto Jimin falava rapidamente e num tom claramente zangado.

    - É muita audácia dele aparecer aqui! Muita audácia! Ele pensa o quê? Que é só aparecer do nada com um pedido de desculpas que tudo vai se consertar?! Há!

    - Jimin… - tentei chamá-lo, mas ele me ignorou.

    - Mas eu não vou perdoar ele nunca! Não quero ver ele nunca mais na minha vida! Ele me traiu! Traiu! Essa é a pior coisa que pode ser feita para alguém!

    - Jimin…

    - Se ele vier aqui de novo, eu juro que dou um soco nele…

    - Jimin! - falei, alto e firme, o que fez ele olhar para mim - Já passou, ok? Ele já foi embora. Por que você ainda está com raiva, remoendo isso?

    Ele pareceu ficar desconcertado.

    - Eu… Eu não sei! Eu não esperava que ele aparecesse aqui!

    - Mas ele já foi embora, hyung! - me aproximei dele, segurando seu rosto entre minhas mãos - Por que se importa tanto?

- Eu não me importo, Kookie! - ele se afastou abruptamente - Mas você não entende! Aquele filho da puta me traiu e me manipulou psicologicamente. Eu descobri tudo e ele ainda colocou a culpa em mim! Sabe, eu sofri muita tortura psicológica, com minha mente voltando a lembrar de tudo o que ele fez o tempo inteiro, como um loop infinito e… - ele não falou mais nada, apenas cerrou os punhos e fechou os olhos com força para conter a raiva. Grunhiu, dando um soco em uma das almofadas no sofá.

Aquilo me assustou um pouco, porém eu entendia como ele se sentia. Havia sentido a mesma coisa em relação a Ashley.

- Vem aqui - eu o puxei para um abraço, ele parecendo mais calmo depois de ter socado a almofada - Eu entendo tudo o que está sentindo, hyung. Mas precisa fazer o possível para deixar isso para lá. A Ashley também me traiu e apareceu do nada, mas não fiquei desse jeito…

- Espera aí - ele me interrompeu, se afastando um pouco - Sua ex voltou e você não me contou nada?

Senti um nó na minha garganta.

- Não contei porque não era importante. Ela não é importante.

- É mesmo? - Ele se afastou, cruzando os braços.

- Por que ela seria? Ela é passado. Assim como esse Nicholas - fiz uma pausa e me aproximei de Jimin, acariciando sua bochecha - Não vamos deixar eles bagunçarem com nossas vidas de novo. Agora só tem eu e você.

Ele pareceu ficar mais calmo e beijei seus lábios.

- Você… Quer maratonar alguma série? Sabe, ficar um pouco… - Ele perguntou, de um jeito tão fofo que me fez querer apertá-lo.

- Você sabe que sim - sorri, eu sentando no sofá e ele deitando em meu colo, me deixando fazer cafuné nele, enquanto o mesmo escolhia uma série na tv. Ele parecia estar bem mais calmo agora, embora eu soubesse que reencontrar uma pessoa que fez tanto mal não era nada fácil. Sentia isso na pele.


***


- Jungkook!

Ouvi aquela voz familiar, que por algum motivo ainda me causava arrepios, e parei no meio do corredor, esperando que a dona da voz me alcançasse.

- Sim? - respondi, tentando parecer indiferente.

- Nós temos um trabalho para fazermos juntos.

Nem me lembre.

- Eu sei.

- Estava pensando se você não quer ir na minha casa hoje depois da aula para fazê-lo.

- Pode ser - dei de ombros.

- Bom, então te vejo depois - ela disse, saindo dali rapidamente.

Fiquei observando ela andar pelo corredor até virar a esquina e sair do meu campo de visão. Eu iria na casa dela depois de mais de um ano. Infelizmente, várias memórias começaram a vir em minha mente, mas tentei expulsá-las. Não valia a pena pensar naquilo.

Infelizmente, não segui meu conselho. O pensamento de que iria para a casa dela estava ali, no fundo da minha mente, voltando à superfície de quando em vez. E junto com ele vinha tudo o que ela havia feito, o que fez com que uma raiva há muito tempo adormecida, voltasse à tona.

    Sacudi a cabeça, lembrando-me de Jimin. Eu estava com ele agora e precisava deixar Ashley definitivamente no passado.


***


    A casa de Ashley estava exatamente como na última vez que em estivera ali, o que me causou a sensação incômoda de ter voltado no tempo. Não havia ninguém na casa quando chegamos, pois àquela hora a mãe dela estava trabalhando. Me sentia nervoso por estar ali, arrependendo-me o tempo inteiro de ter aceitado fazer aquele trabalho justo aqui.

    Nos sentamos no sofá, um clima estranho tomando conta do ambiente. Ela começou a tirar os cadernos de dentro da mochila, colocando-os em cima da mesinha de centro e sentando-se no chão. Olhou para mim quando eu não a acompanhei.

    - Você quer sentar do meu lado? Para terminarmos logo isso?

    Hesitei um pouco, sentindo-me extremamente desconfortável, mas torcendo para que ela não percebesse. Tirei meu caderno da mochila e coloquei-o em cima da mesinha, sentando-me ao lado dela. Isso me fez lembrar de quando eu vinha visitá-la e como desenhávamos juntos exatamente como estávamos agora.

    - Você se lembra… Quando costumávamos desenhar juntos aqui? - ela disse, assim que comecei a abrir meu caderno, como se estivesse lendo minha mente.

    - Não - menti - Vamos começar logo?

    Ela pareceu um pouco decepcionada, mas ligou o seu notebook e começamos a pesquisar o assunto do trabalho. Os únicos sons audíveis naquela sala era o barulho dos dedos dela contra as teclas do teclado e o deslizar da caneta sobre o papel do caderno. Eu estava concentrado no trabalho, pois assim sairia logo dali.

    - Por que parece que você está fugindo de algo?

    - Como assim?

    - Você está fazendo tudo rápido como que para sair logo daqui. Calma - ela sorriu.

    - É impressão sua.

    - Será que é mesmo? - ela suspirou.

    - O que isso importa agora?

    Ela não falou nada e voltamos a fazer o trabalho. Eu estava me sentindo quase confortável com o silêncio daquela casa, quando ela disse:

    - Me desculpe.

    Eu desconfiava sobre o que ela estava pedindo desculpas, tamanho foi o arrepio que percorreu meu corpo. Aquilo era sobre ela ter me traído e ido embora.

    - Pelo quê? - fingi que não sabia do que ela estava falando.

    - Você sabe pelo quê.

    Suspirei, ficando um breve tempo em silêncio.

    - É um pouco tarde demais para isso, não acha?

    - Não pode deixar isso no passado?

    - Já está no passado.

    - Se estivesse, você não agiria estranho perto de mim.

    - Eu não ajo estranho.

    Ela não falou nada por um tempo.

    - Me desculpe. Eu não deveria ter feito aquilo com você. Não deveria ter ido embora também.

    - Como falei, é tarde demais para isso - me levantei - Acho que já vou. Já está quase pronto, de qualquer forma. O que falta podemos fazer sem a ajuda um do outro.

    Comecei a colocar minhas coisas na mochila o mais rápido que consegui para sair dali. Aquela conversa reavivou memórias amargas, coisas que eu gostaria de deixar no fundo da minha mente, esquecidas, como se nunca tivessem acontecido.

    - Jungkook…

    - Não, Ashley - a interrompi - Você acha que um pedido de desculpas vai consertar o que fez? Toda a dor que me causou? Toda a tortura psicológica que me fez passar?

    - Não, eu sei que não…

    - Então, apenas pare. Não fale mais comigo. Se me ver por aí, por favor, finja que não conhece, ok? Farei o mesmo - peguei minha mochila, colocando-a nas costas e saindo daquela casa.

    Andei pelas ruas pisando duro, quase correndo. Podia sentir a raiva inundar minhas veias, minha mente me fazendo lembrar de toda a dor que senti há tempos atrás. Eu queria me livrar daquilo definitivamente, precisava fazer isso. Porém, a dor de ser traído por alguém que você confia é algo que deixa resquícios, mesmo depois de muito tempo. Eu soube naquele momento que nunca poderia perdoar Ashley pelo que fez.


***

*dias depois*


- Hyung, Jackson daqui a pouco vai estar aí e você ainda não está pronto!

    Eu estava sentado na cama de Jimin, tomando cuidado para não amassar minha roupa, enquanto meu namorado se arrumava. Já era a quinta camiseta que vestia e tirava. Devo admitir que era algo que eu gostava de ver, mas realmente queria ir para a festa a que fomos convidados.

    - Só mais um minutinho, Kookie!

    - Você já falou isso antes - me levantei, aproximando-me do guarda roupa e pegando uma camisa preta com mangas compridas e gola alta e uma jaqueta jeans azul claro, da mesma cor das calças jeans de Jimin - Veste isso.

    Jimin analisou a roupa por um momento e a vestiu. Se observou no espelho e sorriu.

    - Boa escolha, Dongsaeng - ele se virou para mim e me beijou. Neste momento, ouvimos uma buzina soar, indicando que Jackson já havia chegado.

    Descemos as escadas, nos despedindo da mãe de Jimin, que nos disse para não chegarmos muito tarde. Eu nem poderia: meu pai estava no trabalho e nem sabia que estava indo para uma festa. Precisava chegar antes dele se quisesse evitar um mês ou mais de castigo.

   

    A festa estava acontecendo numa boate LGBT , que ficava no centro da cidade. Como eu era de menor, tivemos que montar um plano para que eu entrasse e Jackson teve a brilhante ideia de dar um soco na cara do segurança enquanto eu passava correndo pela porta.

    - Isso não vai funcionar - falei - E ele não vai te deixar entrar.

    - Não tinha pensado nisso - ele bufou - Mas a gente precisa de algo para distraí-lo.

    Todos ficaram pensando em algo para que o segurança se distraísse e eu pudesse entrar. Depois de um tempo, Namjoon deu um grito de “Já sei!”, assustando todos no carro.

    - Aquela ali é a chave para o Jungkook entrar - ele disse, apontando para um mercadinho há alguns metros de onde estávamos.

    - O mercado? Sério? - eu não via como aquilo iria me ajudar.

    - Mas é claro - ele pigarreou - Vamos comprar um daqueles rojões que faz um barulho parecido com o de um tiro.

    - E o que vamos fazer com isso?

    - Um de nós, discretamente, acende o rojão ali na lateral da boate, naquele beco. Outro fica na frente do Jungkook, para que o segurança não o veja. Quando a bomba estourar, Jungkook entra correndo enquanto todos olham espantados na direção do beco - Namjoon sorria, parecendo satisfeito com o próprio plano.

    - As chances de isso dar errado são muito grandes - Jackson ponderou.

    - E dar um soco no segurança iria dar super certo, não é?

    Todos no carro se entreolharam, refletindo se realmente não havia outra escolha a não ser seguir o plano de Namjoon. Bufei. Nessas horas eu gostaria de ser maior de idade como eles.

    - Ok. Vamos fazer isso - Jimin disse, saindo do carro e chamando Namjoon para ir com ele na lojinha.

    Eu, Jackson e Jin ficamos no carro, esperando que Jimin e Namjoon retornassem. Admito que estava um pouco nervoso em relação a aquilo. As chances de dar errado eram grandes, mas mesmo assim uma parte de mim queria arriscar. Eu sentia o medo e a adrenalina inundarem minhas veias em igual proporção. Fiquei refletindo por um tempo sobre o que fazer se o plano desse errado, mas isso só estava me deixando mais ansioso.

    - Por que o Tae não veio? - perguntei para Jin, com o intuito de esquecer meu nervosismo.

    - Ele ficou doente hoje. Acho que é gripe. Hoseok está cuidando dele.

    Isso explicava porque não havia recebido nenhuma mensagem dele hoje.

    - Ah… Tomara que ele melhore logo - suspirei, vendo Namjoon e Jimin saírem do mercadinho com uma sacola. Meu coração começou a acelerar.

    - Vamos para a fila - Jimin disse, assim que chegou.

    Saímos do carro e nos dirigimos para a fila em frente ao estabelecimento, Namjoon escondendo a sacola no casaco. Eu torcia para que ninguém percebesse o que estávamos prestes a fazer, porém ao notar as pessoas na fila, percebi que a maioria já estava um pouco bêbada e concentradas demais em conversar com seus amigos, o que me tranquilizou um pouco.

A nossa vez estava chegando e eu me preparava psicologicamente. Jin estava na minha frente o tempo todo, bloqueando a visão do segurança em relação a mim. Namjoon fez um sinal que indicava que ele iria colocar o plano em prática: se afastou de nós, indo para o beco escuro entre a boate e o que me pareceu ser um estúdio de tatuagem. Respirei fundo, os outros sorrindo, ansiosos. Então chegou nossa vez e vi que Namjoon voltava para a fila, acenando com a cabeça indicando que, em poucos segundos, o rojão iria estourar. Eu precisava me preparar para entrar de fininho.

Aqueles segundos pareceram durar uma eternidade, porém o momento finalmente chegou: houve um barulho estrondoso, como explosões de fogos de artifício, que chamou a atenção de todos, inclusive do segurança. Aquela era minha chance: passei correndo pela porta, um pouco abaixado, para não chamar a atenção de ninguém, e adentrei na escuridão da boate.

Eu estava ofegante, meus olhos demorando a se acostumar às luzes piscando no espaço escuro da boate. Uma música eletrônica tocava e muitas pessoas estavam ou dançando, ou se beijando (algumas praticamente transando em público, só que com roupa), ou simplesmente bebendo. Sorri ao perceber que tinha tido êxito na minha empreitada. Agora era só esperar meus amigos. Estes entraram alguns minutos depois, me dando tapinhas nas costas e sorrindo. Jimin pegou minha mão e todos fomos até o bar, onde compramos bebidas e ficamos observando as pessoas ao redor.

- Eu estava muito nervoso - admiti para os outros.

- Isso era perceptível - Namjoon riu - Mas deu tudo certo.

- Ainda bem - Jimin levantou seu copo - Um brinde a Jungkook!

Todos nós tocamos nossos copos e bebemos, sorrindo. Jimin se levantou, me puxando para a pista de dança, onde ficamos por um bom tempo ora dançando, ora nos beijando. Eu me sentia muito feliz por estar ali e eu tinha a impressão que a beleza de Jimin só aumentava a cada instante. Aliás, eu tinha essa impressão o tempo todo.

Tudo estava indo bem, eu já me sentia um pouco bêbado e dançava muito, mas toda a minha felicidade veio por água abaixo quando o vi. Mal acreditei em meus olhos quando enxerguei um homem de uns 50 anos de idade com traços orientais passar pela porta. Senti um nó se formar em minha garganta.

Meu pai havia acabado de entrar na boate.


Notas Finais


Até breve! I purple you 💜


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