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História Wave - California


Escrita por: unknownwriterr

Notas do Autor


Então, 1 cap da fic! To muito animada para saber oq vcs acham! Boa leitura

Capítulo 2 - California


Fanfic / Fanfiction Wave - California

NARRADOR POINT OF VIEW

Massachusetts — Boston 

19 de Janeiro de 2015 

PUB Lif 

02:37 AM  

 

— Vai Angel, só mais um copo! — Rebecca incentivava sua melhor amiga a virar o copo vermelho em suas mãos pela quinta, sexta vez? Quem liga? Elas não se importam mesmo. A loira olhou pro líquido transparente e virou de uma vez, recebendo gritos das garotas a sua volta em comemoração, aprovando o ato.  

A verdade é que se existe uma coisa em que Angel é ótima, é ser o centro das atenções. Ela sabe perfeitamente como roubar a cena e manter todos os olhos para si.  E ela adora isso. Adora ser a protagonista de sua própria vida, mandar em seu próprio umbigo e fazer o que bem queria, quando queria. Amava a sensação de estar sempre no meio. Afinal, sempre funcionou desse jeito.  

Até mesmo no jardim de infância a garota ditava qual seria a brincadeira do dia. E ninguém ousaria discordar, certo? As outras crianças não queriam fazer parte dos excluídos, então apenas concordavam calados. E é assim desde que Angel se lembra, ela realmente não faz ideia de como é não estar no controle das situações. 

Onde passava chamava atenção... Arrancava olhares. Era a típica garota bonita e popular, todos na cidade a conheciam. Boston é considerada grande, mas tão pequena para Angel. 

 Para toda menina do West Wood High Angel Prousc é perfeita. Como se tudo que a envolvesse fosse estupidamente... Perfeito. Mas ela sabia que não era bem assim. Estava longe de ser como a julgam.  

Já se passavam das três e ela se sentia tão livre e leve como uma pena, como se seu corpo flutuasse naquele bar. As luzes piscavam freneticamente incomodando seus olhos e a fazendo fechar os mesmos, curtindo aquele momento. Já não ouvia mais nada á sua volta, sentia como se tivesse perdendo totalmente o controle de seu corpo e da sua mente. E realmente estava. 

— Angie, você está bem? Angie, porra! — A ruiva que antes a incentivava a beber mais, agora se encontrava desesperada por sua amiga não responder. — Meninas, preciso de ajuda! A Angel... Ela não responde!  

A ruiva pronunciava as palavras com rapidez devido ao nervosismo, estava definitivamente desesperada. Pegou seu celular e digitou com as mãos trêmulas, já  sabendo como aquilo iria acabar. 

"A... Alô... Senhora Prousc?" A garota mordeu os lábios fechando os olhos com força.  

As outras meninas estavam em volta de Angel tentando acorda-­la a todo custo. Mas a mesma parecia ter morrido, exceto pelo fato de continuar respirando.  

"Desculpe-me por ligar a essa hora.. Bom, aqui é a Rebecca.. E... Houve um probleminha aqui com a Angel será que a senhora podia vir ao PUB?" Falou com a voz entrecortada, temendo pelo o que estava literalmente a chegar.  

Alguns seguranças do local se dirigiram ás meninas e pegaram a garota loira no colo. Todos presentes naquele PUB a olhavam. Se estivesse acordada, Angel certamente estaria adorando toda aquela atenção.  

Ela foi carregada para fora da boate e colocada no chão, com a cabeça apoiada no colo de Bex. Lágrimas escorriam de seus olhos por ver sua amiga naquele estado.  

Alguns minutos depois a Ranger Rover branca foi estacionada na frente da boate, e os pais da garota desacordada desceram do mesmo.

— Bex, o que houve? — Senhora Prousc falava preocupada enquanto se abaixava para ficar do tamanho da filha.  

— Nós estávamos bebendo e a Angel do nada começou a ficar estranha... — Rebecca falava tentando desviar dos olhos da mãe da amiga. Sabia que ali havia um olhar de decepção.  

Jessica acariciava o rosto da filha enquanto algumas lágrimas brotavam sem sua permissão. Nunca em toda sua vida ela esperava que sua filha fosse se tornar tão... Inconsequente. Tão irresponsável. E todos os planos que tinham para o futuro? Iam todos afundar assim, num piscar de olhos, por causa de festas e bebidas? Não podia mais ser assim.  

O pai da garota puxou sua mulher para um abraço, ainda sem pronunciar nenhuma palavra á respeito. Já tinha ligado para a ambulância, que estava á caminho.  

E então o barulho da sirene se aproximava. Sr. Prousc sem perder tempo colocou sua filha ainda desacordada na maca com a ajuda de alguns paramédicos.

— Garotas, obrigado por me ligar, mas já podem ir para suas casas. Isso é um assunto de família agora. — Jason falou grosso e as garotas assentiram com as cabeças baixas.  

Por fim entrou na ambulância junto com a sua esposa.  

(...)

A espera é a pior parte de hospitais. Jessica tinha sua cabeça apoiada no ombro de seu marido enquanto esperava alguma notícia de sua filha. O silêncio era angustiante.  

— Querida, isso é inaceitável. Quando ela vai começar a dar valor a tudo que fizemos por ela? — Jason balançava sua cabeça em negação.  

— Eu sei, amor. Mas eu não consigo pensar em nada agora. Só quero saber se ela ficará bem. — Suspirou.  

"Responsável por Angelina Victoria Prousc?" Um médico alto, que já aparentava ter em torno dos seus 40 anos, pronunciou-se.  

— Somos nós, doutor! Como ela está? — A mãe da garota levantou depressa, com sua feição de cansada e preocupada no rosto. Afinal, já se passavam das quatro da manhã.  

— Ela está bem. Aplicamos glicose, um pouco mais do que costumamos aplicar em adolescentes de sua idade, devido a quantidade álcool altíssima que se encontrava em seu sangue, ela estava em coma alcóolico. — Disse olhando a ficha da paciente. – E o que consta nos exames é que ela tinha uma porcentagem de drogas em seu sangue, além do álcool. Cocaína, talvez. – Falou calmo e logo os pais da menina fizeram expressão de espanto. Não faziam ideia no que Angel se metia quando eles viravam as costas.  

— E todos sabemos que quando misturam-se duas substâncias em excesso, acaba assim. Não deixem isso acontecer de novo. — Falou por último virando as costas para o casal. Mas antes de sumir pelo enorme corredor branco disse:   

— Já consideraram procurar uma boa reabilitação?  

(...)

— Não podemos mandá-la para uma reabilitação, Jason! O que iriam pensar de nós? Que falhamos como pais? Que deixamos ela se tornar uma drogada? — Jessica andava de um lado para o outro com as mãos na cabeça. Completamente perdida e indignada com a situação.  

— Não há muitas opções! Você prefere deixá-la aqui conosco e todo final de semana passar por outra humilhação dessas? Aquele médico quase falou que tudo isso é culpa nossa, Jess! Eu não vou passar o resto da minha vida ouvindo sermão de médico. — Disse alterado.  

— Querido, nós temos uma reputação! Não podemos manchá-la com algo assim. Eu não irei permitir isso.    

Tudo que a mãe de Angel conseguia pensar é que um drama daqueles daria uma boa manchete. Ela temia saber o que os clientes da empresa pensariam sobre isso, o que as suas amigas diriam... Afinal, o sobrenome da família limpo era muito mais importante que qualquer ato irresponsável da sua filha única.  

— Eu não estou com cabeça para discutir com você agora. Resolvemos isso depois. — Jason falou rude e subiu as escadas.  

ANGEL PROUSC POINT OF VIEW

Algumas horas depois

 

— Angel, acorda! Precisamos conversar. — Abri os olhos lentamente, piscando algumas vezes para me acostumar com a claridade. — Tome um banho e desça. Eu e seu pai estamos esperando lá embaixo. — Falou por último e logo fechou a porta, fazendo um barulho que parecia que estavam espremendo meu cérebro. Franzi o cenho me recordando aos poucos do que havia acontecido nas últimas horas.  

É, acho que aquilo era uma bela ressaca.  

Percebi a aspirina e a jarra d'água em cima do criado­­­-­mudo e agradeci aos céus por isso. Engoli o comprimido e me levantei, tomei meu banho e vesti uma roupa qualquer. Não estava com saco pra nada mesmo, e não pretendia sair de casa hoje.  

Minha cara estava péssima.  

Desci as escadas tentando preparar-me mentalmente para os gritos que viriam á seguir. Sentei-me no sofá e os dois ficaram em pé, de frente pra mim.  

— Angel, você se lembra de como chegou em casa? — Papai falou sério e eu olhei para o lado tentando me lembrar. Merda.  

— Sim. — Menti. — A Bex me trouxe de taxi. — Falei a primeira coisa que veio na cabeça, mas não fazia ideia de como tinha chegado em casa e realmente não me importava. 

— Você acha que nós temos quantos anos? 10? Angelina, você não consegue mais nos enganar. — Continuou falando e em seguida respirou fundo fechando os olhos. — Você quer saber como saiu daquela boate? Numa maca, Angel. Eu e sua mãe fomos te buscar quando sua amiga ligou desesperada, ás três da manhã. Você tomou glicose na veia por que estava em coma alcoólico. Sabe o que resultou nos seus exames Angelina? Que além da bebida, os testes constaram que tinha um índice de drogas ilícitas no seu sangue. — Falou, dessa vez aumentando seu tom de voz.  

— Jason, calma. — Jess falou espalmando suas mãos no peito dele.  

— Há quanto tempo você usa isso? — Papai jogou um saquinho em cima da mesa. Arregalei os olhos pois sabia exatamente o que tinha dentro. Cocaína. Como ele conseguiu aquilo? Merda, eu estou tão ferrada. Achei que estava escondido na minha gaveta de calcinhas.  

— Você andou mexendo nas minhas coisas? — Esbravejei irritada.  

— Não mude de assunto, responda porra! — Meu pai nunca tinha falado dessa maneira comigo, e isso me assustou. 

— Há um tempo. — Abaixei a cabeça. — Mas eu tô bem, tá legal? Eu não uso sempre. Já terminou? 

 — Não, ainda não terminamos. Eu e sua mãe decidimos que você vai para um colégio interno, e vai ficar lá até estar completamente livre dessa merda. — Disse indiferente.  

— COLÉGIO INTERNO? VOCÊ TÁ LOUCO? — Levantei do sofá gritando.  

— Ou é isso, ou é uma reabilitação. — Sorriu irônico e meus olhos marejaram. Que inferno! Eles não podem fazer isso comigo. Não podem. 

— Amanhã você viaja para Califórnia. Ás oito. — Disse por fim e virou suas costas saindo da sala.  

Eles irão estragar minha vida dessa maneira.  

Colégio interno? Isso é uma piada. Vão me fazer usar uniforme também? Que nem nos filmes que vestem aquelas saias rodadas bregas? Ai meu Deus! E se for um internato só para meninas? Só espero não ficar um ano na seca e acabar virando lésbica. Que horror.  

Peguei uma mala grande e soquei algumas roupas dentro. Percebi que talvez não fosse ser tão horrível assim quando só havia shorts, biquínis e croppeds na minha mala. Afinal, na Califórnia sempre tem sol. Acho que da próxima vez papai tem que garantir que eu vá para Escócia, porque um castigo na Califórnia, nunca será um castigo, convenhamos. Eu iria fazer daquele lugar o paraíso, mesmo sendo o inferno.  

Terminei de arrumar minha mala e me joguei na cama ofegante.  

É, talvez, apenas talvez, um internato não possa ser assim tão mal.  

(...)

ANGEL PROUSC POINT OF VIEW

Aeroporto Internacional de Boston 

20 de Janeiro de 2015 

7:40 AM 

"Passageiros do voô 1794, favor dirigir-se para a sala de embarque." 

— Eu vou sentir sua falta, Angie. Se cuida ok? — Bex falou baixo com os olhos marejados e logo me abraçou. — O West Wood High não vai ser o mesmo sem você. — Sorri e me soltei de seus braços.  

Eu ia sentir falta dela, apesar de tudo ela foi minha amiga por muitos anos e sabe tudo sobre mim. O que é bem raro, pois não costumo falar muito da minha vida abertamente para as pessoas.  

— Tchau querida, iremos visitar você assim que possível. — Mamãe falou e eu apenas assenti. Não aguentava olhar na cara dela, mesmo sabendo que a decisão de me fazer ir para o internato não tinha sido totalmente sua. 

— Filha, fizemos isso para o seu bem ok? No futuro você nos agradecerá por isso. Ah, e outra coisa, você está indo 10 dias antes das aulas começaram, então alugamos uma casa pra você, fica á uma hora de Los Angeles, pertinho do mar. Não queremos que você fique com raiva, Angel. Você sabe disso não é? —Uma casa? Aquilo com certeza foi para me comprar, para eu não ficar com raiva, e vamos dizer que deu certo. 

 Ir sozinha para a Califórnia, completamente livre de tudo -— por pelo menos 10 dias — é maravilhoso. Obrigada papai, talvez eu realmente te agradeça depois.   

— E lembre-se, não é uma viagem de férias. Eu sei que colégio interno é ruim, por isso se concentre em ficar limpa e logo poderá voltar, ok? — Papai falou e me deu um beijo na testa. Me despedi de novo e me direcionei para a sala de embarque.  

Pode não ser uma viagem de férias, mas ouvi dizer que na Califórnia tem os melhores luaus e boates. E por 10 dias eu vou beber tanto que não vou nem lembrar que a mitocôndria é responsável pela energia de uma célula.  

"Senhores passageiros, estamos pousando no Aeroporto Internacional de Los Angeles. Preparem-se para o desembarque." 

Acordei com a voz chata da aeromoça anunciando que já estávamos em Los Angeles. Já consigo sentir o sol entrando pelos meus poros e o bronze surgindo.  

Desci do avião e peguei minhas malas, caralho esse é o maior aeroporto que eu já vi na minha vida.  

— Senhorita Prousc?  

— Sim? — Me virei tendo a visão de um cara alto e de terno, muito gato.  

— Prazer, sou Travis, seu novo motorista. Posso levar isso para você? — Apontou para minhas duas malas.  

— Ahn... Claro.  

Motorista? Então quer dizer que eu tenho um carro aqui? Uma casa, um motorista e um carro só para mim. Uma coisa é certa, nos próximos dias eu vou me certificar que toda a população da Califórnia nunca vai se esquecer do nome Angelina Prousc. Pode ter certeza.  

Saímos do aeroporto e ele colocou minhas malas no banco de trás do meu novo bebê. Era um conversível branco. Puta merda!  

— Então, você quer dar uma volta ou quer conhecer sua casa primeiro?  

— Fico com a primeira opção. Ah, eu posso dirigir? — Perguntei sorrindo angelicalmente e estendi a mão para pegar as chaves que ele segurava.  

— As regras foram bem claras, senhorita. Eu dirijo. — Sorriu e girou a chave no seu indicador.  

— Me chame de Angel. — Bufei irritada e entrei no banco de passageiro. 

— Para onde a senhorita deseja ir? — Revirei os olhos pelo senhorita. 

— Ouvi dizer que a Califórnia tem as melhores praias dos Estados Unidos...O que você acha? — Ele sorriu de lado girando o volante e alguns minutos depois pude ver uma placa escrito Malibu.

É, se papai e mamãe queriam que eu voltasse uma nova pessoa, talvez eles teriam uma nova Angel, a Angel que eles mais temem.


Notas Finais


Espero que gostem!! Comentem oq vcs acharam!


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