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História We are Better Together - Passatempos favoritos


Escrita por: brunacezario

Notas do Autor


Que história é essa que eu só ia postar a continuação da fic em dezembro? Tava escrevendo o capítulo.

Ótima leitura!

PS: Textão nas notas finais sim.

Capítulo 1 - Passatempos favoritos


O laranja se misturando com o azul do céu indicava que a tarde estava chegando ao fim. Mesmo assim as crianças continuavam brincando no parque, correndo de um lado para o outro, subindo e descendo no escorregador, se balançando ou balançando algum amigo no balanço, brincando na caixa de areia e escalando no trepa-trepa finalizando sempre de cabeça para baixo, deixando alguns pais desesperados, mesmo que fosse algo que fizessem praticamente todo dia quando estavam no parque. A expressão de cansada dos pais já estava visível. Poderia passar quantos anos fosse da infância das crianças, elas sempre teriam aquele pique interminável de deixar os pais mais cansados do que 12 horas de trabalho.

Só que Alex não se importava.

 Desde que seus filhos passaram a ter idade suficiente para realmente brincar no parque, aquilo havia passado a ser um de seus passatempos favoritos. Amava ver as crianças construindo castelos de areia, enterrando um ao outro na areia, atraindo a atenção de outras crianças que queriam ser enterradas também e no final criando uma grande amizade.

Amava vê-las correndo de um lado para outro com Litch e Lolita e ouvir a risada delas quando os bichinhos tentavam subir o escorregador, mas acabavam escorregando sem conseguirem chegar ao topo, e com o intuito de fazer os cachorros se divertirem também, elas os pegavam no colo e escorregavam com eles.

O medo de ver os filhos ficando de cabeça para baixo no trepa-trepa ainda existia, entretanto ela deixava com que eles brincassem, mas sem tirar a atenção deles, ainda mais o garoto que se deixasse passaria horas de cabeça para baixo no brinquedo porque gostava do “efeito” que causava na cabeça sempre que ele voltava a ficar de pé.

Ainda era encantada com o fato da filha ter aprendido a se balançar sozinha no balanço, sendo que seus pés nem alcançavam o chão ainda. Sempre abria um sorriso quando a garota dizia: “Só me empurra uma vez mamãe, deixa que eu consigo”.

Lembrava-se de como Piper ficou contrariada quando ela realmente conseguiu se balançar sozinha. Achava que seus filhos estavam crescendo muito rápido e que daqui a pouco apareceriam em casa dizendo que iam casar e isso era algo que ela não ia permitir.

- Eu to com fome!

Era sempre assim que se encerrava o dia no parque.

Alex só esperava que o garoto de cinco anos, dos olhos verdes e cabelos com um corte curto, com um “topete” de lado, tão pretos quanto os dela ou a garota também de cinco anos, dos olhos verdes, cabelo uns quatro dedos abaixo do ombro, ondulados nas pontas, com uma franja para o lado, tão pretos quanto os dela falava que estava com fome.

Às vezes eles falavam até juntos e de uma forma que era impossível não se lembrar de Piper, pois eles poderiam ter sua cor de cabelo, mas em fisionomia eles eram extremamente parecidos com a esposa. Por sorte, o filho havia puxado um pouco de sua personalidade, tendo em vista que a filha era um clone de Piper até na hora de fazer birra, caso contrário não teria ninguém para tomar o seu partido.

Com o dia encerrado no parque, iniciava-se outro passatempo favorito seu depois da maternidade: comer o quanto de besteira aguentasse assistindo desenho com as crianças.

Amava todo o alvoroço na hora de comprar os sorvetes, as coberturas para colocar no sorvete e os chocolates para também jogar dentro do pote com três bolas de sorvete. Isso tudo para comer depois das pizzas que escolhiam. Passavam horas deitados no chão, comendo e rindo com Pica-Pau.

Claro que elas assistiam desenhos mais atuais, mas Pica-Pau era o desenho dos dois com Alex. Lembrava-se da primeira noite dos dois em seu apartamento e em como nada os animava. Sem querer sentou no cotrole da televisão e lá estava o desenho da ave vermelha. Pensou que nem passava mais, entretanto o episódio em que o Pica-Pau estava sendo enganado pela raposa na distribuição de comida fez com que os seus filhos voltassem a rir, e sempre que ela conseguia um fim de semana com eles, era o desenho que assistiam.

- Hora de dar “boa noite” para a mãe de vocês.

- É pra falarmos que comemos direto? – o garoto perguntou em tom inocente. – Você sabe como a mãe vai reclamar porque hoje comemos pizza. – revirou os olhos.

- O que falamos sobre sempre dizer a verdade? – perguntou Alex o colocando no banco de frente a bancada da cozinha onde estava o notebook. – Ela disse que comer besteira no fim de semana estava liberado. Para mim a semana começa na sexta-feira.

- Por mim a semana podia começar na segunda-feira. – disse a garota.

- Tudo isso para comer torta de frango no jantar? – a menina fez um positivo com a cabeça carregando um sorriso no rosto. Alex soltou uma risada enquanto a colocava ao lado do irmão de frente ao balcão. – Sinto muito, mas regras são regras. - mandou uma piscadela para os dois, se afastando do computador antes que Piper atendesse a ligação feita via Skype.

- Oi terremotos! – disse Piper aparecendo na tela do computador.

- Oi mamãe! – responderam juntos. – Você não vai acreditar no que fizemos hoje no parque. – disse o garoto com uma tremenda animação. Piper só alargou o sorriso esperando que ele continuasse. Amava ver os filhos animados nem que fosse com algo simples. Algo que normalmente não importaria para ninguém. – Fizemos um castelo bem maior do que o da última vez.

- Eu duvido! O último castelo que vocês fizeram já era grande.

- É sério! – exclamou a garota. – E dessa vez Litch não destruiu o castelo assim que terminamos. – o cachorro latiu ao ouvir seu nome. Não tinha destruído o castelo de propósito da última vez. – Tiramos várias fotos ao lado dele. A mamãe pode te mandar se você quiser.

- Depois eu vou pedir para ela porque eu só vou acreditar vendo. – eles deram de ombros. Piper não sabia bem se era porque já tinham dado aquele assunto por encerrado ou porque não acreditavam que ela pediria as fotos. – Já jantaram?

- Sim. – responderam juntos fazendo um positivo com a cabeça em perfeita sincronia. Poderia passar anos, mas Piper nunca se acostumaria com aquilo, era uma das coisas mais fofas a ligação que os filhos tinham e poderia apreciar tal sincronia o dia inteiro. – Comemos muitos legumes, verduras e até brócolis. – respondeu a garota.

Do outro lado do apartamento Alex soltou uma risada. Sabia bem a expressão de totalmente desacreditada que Piper estava fazendo ao ouvir aquilo.

- A não ser que vocês tenham pedido uma pizza de brócolis – os dois fizeram careta ao ouvir aquilo -, vocês não comeram verdura nenhuma e ainda tomaram um litro de sorvete. Eu conheço vocês dois. – tentou usar um tom de repreensão, mesmo sabendo que havia falhado, estava achando era graça a cara de pau de seus filhos. A mesma cara de pau que Alex tinha.

- Tinha tomate na pizza de mussarela. – disse o garoto erguendo os ombros, arrancando risos das duas mães. As crianças eram impossíveis. – Quer falar com a mamãe? Passar toda a lista do não podemos fazer até segunda-feira?

- Eu tenho quase certeza que já passei essa lista para ela e se eu esqueci alguma coisa eu mando por mensagem depois. Só queria desejar boa noite para vocês porque estou saindo para uma festa bem chata com a tia Polly agora.

- Boa noite, mamãe. – falaram juntos novamente. – Amo você.

- Eu também amo vocês, terremotos. – beijou a mão e levou até a câmera. Os dois fizeram a mesma coisa, arrancando um sorriso emocionado de Piper. – Estou com saudade de vocês. Boa noite.

E desligou.

- Hora de escovar os dentes e dormir. – avisou Alex. – Isso está na lista do que vocês tem que fazer até segunda-feira.

- Vocês pensam que enganam a gente. – disse a garota. – Nós sabemos que vocês não andam conversando por mensagem. Nem as fotos ela vai pedir.

- Você não sabe de nada, garota. – Alex colocou a filha no chão. – E eu já falei que é para parar de mexer no meu celular.

- Você disse que ia trocar a senha. – o garoto deu de ombros. – A culpa não é nossa.

- Eu troquei!

- Por um dia. – disse a garota revirando os olhos. – A senha continua sendo a data de aniversário da mamãe.

Alex ficou sem palavras. Costumava acontecer com frequência. Seus filhos poderiam ter somente cinco anos, mas às vezes se comportavam como se tivessem bem mais, a inteligência deles em alguns aspectos era impressionante, ainda mais quando usavam isso contra ela.

Sua única saída foi mandá-los escovar os dentes para dormir, algo que gerou muitas risadas dos pequenos. Eles sempre sabiam quando tinham pegado Alex em cheio. Mesmo quando sabiam que eventualmente aquilo teria volta.

E o dia se encerrava com o terceiro passatempo favorito de Alex depois da maternidade: ler uma história antes das crianças irem dormir. Com os seus terremotos não tinha briga para a história, eles gostavam de praticamente tudo, e mesmo que não gostassem de algum gênero, sempre eram solidários um com o outro. Quase nunca brigavam sobre qual noite era de quem escolher a história. Na verdade não se importariam se Alex tivesse lendo um livro científico para eles, o que importava era ter a mãe naqueles minutos antes de pegarem no sono.

Por mais que eles tentassem ficar acordados, normalmente acabavam adormecendo antes mesmo de Alex terminar a história. Como um ritual a morena cobriu seus pequenos e deu um beijo na testa de cada um desejando boa noite e dizendo que os amava.

- Mamãe... – o garoto a segurou pela mãe antes que ela pudesse se afastar de sua cama e deixar o quarto. Alex o olhou esperando que ele continuasse o que tinha para dizer. – Quando vamos ser uma família de novo?

Aquela pergunta acertou bem em cheio o coração de Alex, ainda mais devido ao tom manhoso que o filho usava. Sentou-se ao lado dele na cama e fez carinho em seus cabelos negros, procurando uma forma simples de responder aquilo e que não soasse mentirosa também. Seus filhos poderiam ter uma inteligência um pouco superior para a idade, mas em coisas relacionadas a família, ao seu relacionamento com a Piper, eles eram extremamente ingênuos e se magoavam facilmente, como toda criança que fica no meio dos pais quando acontece uma separação.

- Quem disse que não somos uma família?

- Você e a mamãe não estão mais juntas, então...

- Isso não significa que não somos uma família. – abriu um sorrisinho. – Nós amamos vocês. E é disso que uma família é feita, de amor. Independente de eu e sua mãe estarmos juntas ou não.

- Mas eu gostava mais da nossa família quando morávamos todos na mesma casa.

Alex também gostava, mas infelizmente essa era uma das coisas que não poderia dizer em voz alta para não magoar mais o coração de seu pequeno. Fez mais um carinho em sua cabeça, mandando um pequeno sorriso triste. Não tinha realmente uma forma de responder aquilo, ainda mais quando o coração dela também estava magoado, quando tudo ainda doía por causa da separação e ouvir coisas assim de seus filhos só fazia com que tudo doesse mais. Queria sua família de volta só que nos últimos tempos se sentia derrotada. Ainda não havia desistido, entretanto não fazia a mínima ideia do que fazer.

Deu mais um beijo na testa do filho seguido de um “eu te amo” e em resposta só ouviu um murmuro, pois o garoto já estava pegando de vez no sono.

Levantou-se da cama e caminhou até a porta do quarto. Observou por alguns minutos seus filhos dormindo e abriu um sorriso bobo. Aquela era uma das cenas que sempre a faria sorrir. A forma que eles pareciam pequenos anjinhos dormindo. A expressão de tranquilidade que carregavam ainda lembrava muito de quando eram bebês. Só as paredes do quarto da casa perfeita sabiam dizer o tempo que ela passou no lugar só observando os filhos dormindo.

Sempre que parava para ver os filhos dormindo ou para ter todo o dia que tiveram, a certeza de que eles eram a melhor coisa que ela e Piper já fizeram na vida era inquestionável.

6 anos atrás...

Estavam no sofá da sala.

Alex deitada nas pernas de Piper mexendo em seu Ipad, rindo de coisas aleatórias que via na internet após cansar de rir de originais que havia recebido. Parecia que a cota de livros bons havia acabado desde os últimos que havia escolhido ou a Floresta Encantada havia ficado mais exigente em suas publicações.

Piper também estava mexendo em seu Ipad, mas diferente da esposa, não estava rindo, na verdade fazia uns 10 minutos que ela estava bem concentrada no que estava vendo, tanto que havia parado de brigar com a morena pelas coisas que ela estava vendo, dizendo que seu humor negro estava cada vez pior e que ela precisava andar menos com a Nicky – que desde a partida de Jessica estava duas vezes pior.

- O que você acha desse? – entregou seu Ipad para a esposa.

Ao pegar o aparelho Alex viu a foto de um rapaz moreno, de cabelos castanho claro que chegava um pouco abaixo da orelha.

- É o modelo para as fotos do novo xampu? – ergueu uma das sobrancelhas. - Pensei que ia escolher alguém com o cabelo mais parecido com o meu já que você não deixou com que eu tirasse as fotos. – revirou os olhos fazendo com que Piper fizesse uma careta. Tinha uma semana que a morena jogava aquilo em sua cara como se fosse fazer com que ela mudasse de ideia. – Mas até que ele não é ruim não.

- Esse não é o modelo. – respondeu em tom de tédio pegando o Ipad de volta. – Nós vamos escolher o modelo amanhã. Esse é o nosso possível doar de esperma.

- Nosso quem? – Alex sentou-se no sofá, assustando Piper com a rapidez que ela fez o movimento. – Desde quando estamos procurando por doares de esperma?

- Desde uns 10 minutos atrás quando eu percebi que já está na hora de começarmos a aumentar a nossa família.

- Eu não estou lembrada de termos tido uma conversa sobre isso. – por mais que tentasse não demonstrar, Alex estava começando a ficar apavorada com o rumo daquela conversa, ainda mais devido a tranquilidade que Piper estava dizendo todos aqueles absurdos.

- Alex tenho certeza que nós conversamos mais sobre filhos do que a Polly quando engravidou do Finn. Se vamos ter nossos três filhos precisando começar logo. Meus óvulos não vão prestar para sempre.

- Piper... – Alex levantou do sofá. Parecia que seu cérebro estava começando a falhar, pois não sabia formar palavras para responder a tudo que ouvia. – Nós... – ajeitou os óculos, andando de um lado para o outro no meio da sala ainda procurando palavras, mesmo que não soubesse ao certo o que responder por possivelmente achar que havia assimilado errado tudo que acabara de ouvir. – Você não pode sair procurando doares de esperma pelas minhas costas! – Piper ia abrir a boca para responder algo, mas Alex a cortou. – E nós não conversamos recentemente sobre isso. Você não pode sair por ai decidindo que vamos ter filhos sem conversar comigo antes. Nem sabemos se estamos prontas.

- Nós estamos prontas. – afirmou ganhando um olhar confuso de Alex. Como ela poderia ter certeza disso? – Até hoje o Finn não foi parar no hospital enquanto estava aos seus cuidados e a Liza passou quase uma semana com a gente sem que morresse engasgada com alguma coisa. Tirando sua cara de idiota quando está vendo vídeos de bebês. Nós estamos prontas!

- O Finn não foi parar no hospital ainda por que se essa criança vai parar no hospital aos meus cuidados eu vou parar no necrotério e tem tanto tempo que cuidamos da Liza. – sentou-se novamente ao lado de Piper no sofá, aparentemente a conversa não parecia mais tão absurda assim. Levou os óculos até a cabeça. – E quem fica com cara de idiota vendo vídeos de bebê é você. – completou em tom de tédio. – E essa coisa de doador anônimo não tinha que ser anônimo? Por que você ta vendo a foto de um cara?

- Tem clinicas que os homens gostam de se mostrar.

- É... – tirou o Ipad da mão de Piper o colocando ao seu lado no sofá. – Nós não vamos escolher um doador que vimos o rosto, vai que você resolve entrar em contato com ele e ter essa criança da forma convencional?

Piper a encarou com uma expressão de completa indignação e lhe deu um tapa. Sem duvidas Alex ficaria com uma marca mais tarde, mas a expressão de Piper estava tão engraçada que ela nem sentiu a dor do tapa, ainda mais por ter começado a dar risada.

- Você é uma imbecil. – deu outro tapa nela. - Se eu quisesse ter um filho de forma convencional já teria começado. – mandou um sorriso cínico para Alex.

- Ah claro... Quero saber aonde você vai arrumar um homem para isso. Os da PoPi, depois das minhas ameaças, tenho certeza que não vão querer te ajudar nisso.

- Eu não sabia que o casamento tinha te deixado tão possessiva Alex Vause. – Piper entrelaçou seus braços em volto do pescoço de Alex e lhe deu um beijo na bochecha.

- Só estou cuidando de quem disse que ia passar a vida inteira comigo. – mandou um sorriso de canto de rosto para Piper, fazendo com que a esposa balançasse a cabeça, rindo. Piper levou as mãos até o rosto da morena e a beijou. Amava tanto aquela imbecil. – Se formos fazer isso nós vamos a uma clínica normal.

- Nós vamos fazer isso. – disse com um sorriso animado. – E nós vamos ser ótimas mães.

- Vou nos considerar vencedoras se formas melhores que sua mãe.

- Alex! – tentou usar um tom de repreensão, mas foi em vão, quando percebeu estava gargalhando do comentário. – Você é tão ridícula. – a morena deu de ombros, ganhando um beijo da esposa.

Elas iriam começar a aumentar a família.

6 anos atrás...

Alex foi despertada de seus pensamentos com seu celular tocando.

- Não Nicky, eu ainda não consegui assistir ao novo episódio de Lúcifer.

- Eu também não. – respondeu em tom de tédio. – O mais perto de Lúcifer que cheguei hoje foi de um vídeo do seu filho vestido de Hércules que achei no meu celular. Melhor festa a fantasia aquela. – mesmo que não pudesse ver a expressão de Alex, sabia que ela estava com uma cara de tédio devido a todo aquele comentário. – Eu não assisti Lúcifer ainda porque você sabe que eu sempre assisto com a Jess e no momento eu não estou falando com ela. Obrigada por perguntar, você é uma ótima amiga, Vause. – disse em tom sarcástico.

- Você fica sem falar com a Jess pelo menos uma semana na semana, então isso não é nenhuma novidade para mim.

- Mas dessa vez eu estou pensando em pedir o divórcio. – o tom era de uma naturalidade como se Nicky estivesse dizendo que não iria preparar café da manhã para a esposa. – Sabe o que é você estar rindo de memes aleatórios no twitter e a pessoa dizer para você que quer ter um filho? – o tom agora era de completa indignação, como se Jessica tivesse dito que queria cometer um ato terrorista. – Isso não se faz com alguém que já fez uma cirurgia no coração. Ela está querendo me matar, eu tenho absoluta certeza disso.

- Ou ela só está querendo um filho, Nicky. – Alex tentou parecer a mais desinteressada possível naquele assunto, mas a verdade é que estava rindo por dentro. Nunca ia se cansar das indignações da amiga em tudo que envolvia seu casamento com Jess. – E você sabe que ela não vai mudar de ideia, mesmo que você passe o resto da vida sem falar com ela.

- Eu sei. – soltou um suspiro. – Até agora não consegui fazer com que ela mudasse de ideia sobre trocar as nossas alianças. Já é a terceira aliança!

- Em defensa da Jess... A primeira aliança de vocês era em formato de dados, então... – ergueu os ombros.

- Nós casamos em um cassino, ela queria o que? Não tinha muitas opções de aliança. – revirou os olhos. – Ela é louca! – Nicky e Alex disseram juntas. Depois de todos esses anos a morena sabia perfeitamente o momento em que a amiga chamaria a esposa de louca. – Exatamente! – a loira concordou. – Mas eu não liguei pra você para falar em como o meu casamento está nas últimas, mas sim para dizer algo que você não vai gostar.

- Não... – balançou a cabeça em negativo como se Nicky pudesse vê-la. - Eu não vou trabalhar amanhã. Eu não vou passar nem perto da Floresta Encantada amanhã.

- Uma horinha só, Alex.

- Não! Eu não vou desperdiçar o dia com os meus filhos trabalhando em um sábado. Você sabe que tem muito tempo que eu não passo um fim de semana com eles.

- Você está com eles desde quinta-feira! E é coisa rápida, Alex. Nós precisamos selecionar as capas porque a Red vai escolher na segunda-feira. Já estamos em cima da hora com esse livro.

- E por que não podemos fazer isso na segunda-feira de manhã, porra? Ou não fizemos ontem quando eu fui trabalhar?

- Por que a Flaca não tinha terminado ainda. E se tiver alguma coisa errada com as capas que selecionarmos é ela quem vai se foder no fim de semana para arrumar enquanto você curte o dia com os terremotos.

- Eu te odeio, Nicky!

- Eu posso conviver com isso. – deu de ombros. – E não será um sábado perdido. Eles vão adorar a ideia de ir a Floresta Encantada em um sábado! – tentou parecer animada para ver se assim Alex se animava com a ideia também. - Você sabe como eles arranjam um jeito de se manterem ocupados enquanto estamos em reunião. – disse com um sorriso de canto de rosto, se divertindo com as lembranças. – Nos vemos amanhã as 11 e depois podemos sair todos para almoçar.

- Você paga.

- Eu pago, mas aproveite porque depois que eu entrar com o processo de divorcio não vou ter condições de pagar mais nada.

- Boa noite, Nicky. – disse sem conseguir segurar a risada desligando o celular.

Só Nicky conseguia fazer com que ela se esquecesse da fase toda errada em que sua vida se encontrava. Mesmo que por pouco tempo, tendo em vista que após desligar o telefone todas as lembranças voltaram com tudo e a esperança de encontrar uma solução para ter a Piper de volta no meio de todas essas lembranças também.


Notas Finais


Deixa eu dizer 1: Eu só ia voltar mesmo em dezembro, mas sem a menor condição essa mão da dor e do sofrimento tremendo, então tive que voltar antes, além do mais várias saudades de vocês sendo doidas <3

Deixa eu dizer 2: Esse capítulo foi menor do que o normal, ainda mais pra quem vive pedindo capítulo de 10k, porque eu não queria chocar vocês tudo de uma vez só. Peço que preparem o coração, pois o choque continua no próximo capítulo.

Deixa eu dizer 3: Provavelmente só vou postar uma vez na semana até rolar a winter finale de OUAT, usei esse hiatus para fazer um teste e da pra postar bem de boa um vez na semana, mesmo as bíblias que estão por vir, depois disso eu volto com as publicações normais.

Deixa eu dizer 4: Já deu pra perceber o quanto de sorrisas que vou esboçar nessa parte final da fic né? To que não me aguento!

Deixa eu dizer 5: Bem vindas de volta a quem já me lê e são doidas tem um tempo já nos comentários, espero que gostem de tudo que preparei para essa parte final, prometo continuar fazendo jus ao carinho de vocês e manter o nível da história. E seja muito bem vindo quem resolver acompanhar essa parte final com a gente. Nós somos doidas, mas somos doidas legais, certo?

Deixa eu dizer 6: Culpem as pessoas que ficaram pedindo sexo pela separação Vauseman bjão

Maneirem nas ameaças, por favor!

Até o próximo capítulo <3


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