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História We are Better Together - Amor Super-herói


Escrita por: brunacezario

Notas do Autor


OLHA EEEELLAAAAAAA (dessa vez não perdi a oportunidade).

Ótima leitura!

Capítulo 18 - Amor Super-herói


Assim que o relógio marcou meia noite as duas – que fazia cinco minutos que estavam deitadas na cama, olhando para o teto, em completo silêncio – se olharam. Um sorriso discreto foi brotando nos lábios de ambas até se tornar uma risada.

Risada não. Gargalhada.

Elas gargalhavam sem se preocupar com a altura e muito menos se iriam acordar os três pequenos no quarto ao lado. Mereciam aquele momento.

Quando a gargalhada cessou, elas voltaram a se olhar e abriram um sorriso. Dessa vez doce. Nos olhos de ambas davam para ver como elas estavam felizes e até um pouco orgulhosas de si mesmas.

- Nós conseguimos Pipes. - Alex disse sem esconder o sorriso.

- Claro que conseguimos. - o tom de Piper era de falsa superioridade. - Eu disse que nós somos melhores juntas. - abriu um sorriso doce. - Nós realmente sobrevivemos a essa um ano.

- Um ano? - Alex soltou um riso. - Quase dois anos você quer dizer né? Não esqueça dos seus oito meses de gravidez.

- Nem vem... Vai me dizer que meus oito meses de gravidez foram piores do que o primeiro ano de vida dos trigêmeos?

- Eu não vou estragar esse momento respondendo isso. - balançou a cabeça em negativo. - Não vou mesmo. - Piper riu. Estava tão feliz que nada realmente poderia estragar aquele momento. - O que eu vou fazer é comemorar esse momento. - deu um beijo na ponta do nariz de Piper. - Por que não é todo dia que seus trigêmeos fazem um ano. - beijou suavemente os lábios dela.

- Só temos mais dezessete anos para sobreviver. - Alex riu entre os lábios da esposa.

- Só mais dezessete anos. - repetiu selando de vez seus lábios com o de Piper.

De começo o beijo foi lento. Explorando cada lugarzinho da boca da loira. Depois ele aprofundou-se. Tornou-se urgente.

Sua mão passeava pelo corpo de Piper. Começando pelas pernas expostas pelo short do pijama até chegar por debaixo de sua blusa.

Ouviu um baixo gemido vindo da esposa assim que tocou seu seio.

Abriu um sorriso malicioso.

Estava prestes a se livrar daquela blusa quando ouviu latidos e quando menos esperou dois cachorros estavam em cima da cima bem no meio das duas.

- O que foi? - em outras vezes o tom de voz de Piper seria frustrado ou até mesmo irritado por terem esquecido de fechar a porta. - Vieram comemorar que sobreviveram a esse primeiro ano dos trigêmeos também? - disse passando a mão na cabeça de Litch.

- Vocês se saíram bem também. - Alex completou acariciando a barriga de Lolita. - Mas vocês poderiam fazer que nem a gente e irem comemorar sozinhos. Na cama de vocês.

Eles latiram e aconchegaram-se mais ao lado das duas na cama.

- Não? - Alex fez uma pergunta retórica. Piper fez um negativo com a cabeça, como se respondesse pelos cachorros. - Tudo bem.

- Hoje são eles. - fez uma careta engraçada com a lambida que recebeu no rosto de Litch. - Nesse próximo ano será os três.

- Será que vende uma cama maior que essa?

Piper deu de ombros, rindo. Precisava confessar que estava ansiosa para as crianças começarem a andar e invadir a cama delas no meio da madrugada.

Não ficaria ansiosa por muito tempo e em alguns momentos ia desejar nunca ter tido essa ansiedade.

Eles seriam piores que a Nicky muitas vezes.

Mas mesmo assim continuariam sendo a melhor coisa que ela e Alex fizeram na vida e cada mês de vida de cada um deles era motivo para ser celebrado, ainda mais por elas estarem juntas. Por terem certeza que nada mais abalaria o relacionamento das duas a ponto de se separarem novamente.

Bom... Não vamos nos antecipar.

No horário que elas sabiam que os trigêmeos costumavam acordar, as duas foram até o quarto deles.

Piper segurava um cupcake em cada mão e Alex segurava um terceiro, ambos com uma única velinha no meio.

- Parabéns pra você. - cantavam, se aproximando dos berços. - Nessa data querida. Muitas felicidades. Muitos anos de vida.

Piper parou entre Lucas e Christopher e Alex parou na frente de Diane. As crianças não se importavam que o cupcake estava com uma velinha acesa. Estavam loucos para pegá-lo para comer.

Elas apagaram as velinhas.

Os trigêmeos riram. Impressionados pelo que as mães tinham acabado de fazer.

- Nós deixamos vocês passando fome ontem por acaso? - perguntou Piper se divertindo com a cara toda lambuzada de chantilly dos três.

- Eles vão dar tanto prejuízo. - disse Alex puxando a esposa para mais perto de si e a abraçando de lado. - Próximo negócio que vamos abrir é uma rede de supermercados.

- Bem que Red podia sair logo da prisão e abrir um restaurante. Íamos economizar bastante na comida.

Alex riu balançando a cabeça em negativo. Estavam brincando, mas as brincadeiras de Piper às vezes pareciam tão sérias.

A beijou.

Usando uma das frases mais clichê e ridícula que existe: O aniversario era dos filhos, mas elas que estavam de parabéns. Elas que a cada dia que passava ganhavam um presente que era a linda família que tinham formado e que estava totalmente inabalada.

- Bom dia, Carol. - Alex disse ironicamente enquanto descia as escadas com Christopher e Diane nos braços. - Bom saber que você ainda tem a cópia da chave da nossa casa.

- Eu passei meses limpando essa casa. Merecia mesmo uma cópia da chave permanentemente. - pegou Diane no colo. - Feliz aniversário coisa mais fofa da vovó. - deu um beijo na bochecha de Diane e outro na bochecha de Christopher.

- Mãe? – Piper parecia realmente surpresa. Às vezes não sabia por que ainda se surpreendia com qualquer coisa que sua mãe fazia. Recebeu um beijo na bochecha de Carol assim como Lucas que estava em seu colo. - O que você está fazendo aqui logo cedo?

- Vim ouvir sua esposa sendo desagradável comigo.

- Você não precisava vir pessoalmente para isso sogrinha. – Carol fez uma careta. – Pode me ligar que eu vou ter o imenso prazer de ser desagradável com você por telefone.

- Quando vocês duas vão crescer? – pegou as bolsas das crianças e conforme a conversa ou discussão, chamem do que quiser, ia acontecendo, Alex ia e voltava da cozinha com as coisas necessárias para um dia inteiro dos trigêmeos na creche como toda manhã.

- Eu tento ser agradável com ela, mas ela não colabora.

- Todas às vezes que eu tentei ser agradável com você, incluindo ontem a tarde quando eu perguntei se você queria ir na pizzaria com a gente, você não colaborou, então eu acho que estamos quites. – mandou um sorrisinho cínico para Carol. A mãe de Piper ia abrir a boca para dizer algo, mas a morena cortou. – E não venha falar que eu não sou boa o suficiente para a sua filha, pois já passamos dessa fase.

- O que você quer mãe? – resolveu quebrar a discussão que iria começar com a pergunta.

- Não posso vir desejar feliz aniversário para os meus netos? E saber como anda os preparativos do aniversário sábado?

- Você estava em todas as reuniões sobre isso. Lembro da vontade que eu estava de desconvidar você e a Alex da festa.

- Ela viu o post do seu pai no facebook sobre ir ver as crianças mais tarde na Floresta Encantada. – disse Alex balançando o celular em uma mão e entregando a última mamadeira para Piper colocar na bolsa. – Ele com toda certeza vai com a Michelle.

- Eu pensei que vocês já tinham se resolvido.

- Nós nos resolvemos! Somos amigas de novo. – fez uma careta. – Mas eles ainda são meus netos. Eu tenho meus direitos de desejar feliz aniversário para eles antes da avó falsa.

Piper só acenou e abriu um sorriso amarelo. Não cairia na armadilha de satanás de responder qualquer coisa que fosse sobre aquilo.

Por incrível que pudesse parecer, mesmo com algumas crises que sua mãe ainda tinha, as coisas estavam boas em sua família.

Os trigêmeos fizeram milagres. E, com toda certeza, o milagre maior foi o relacionamento de Alex com Carol.

Obvio que elas ainda se alfinetavam e costumavam deixar bem claro o quanto não se suportavam. Por que elas teriam uma relação de nora e sogra como ela costumava ter com Diane ou como Nicky tinha com Michelle, não é mesmo? Mas, por incrível que pudesse parecer, entre provocações e deboches, às vezes Alex e Carol conversavam como duas pessoas civilizadas. A conversa poderia durar somente cinco minutos antes das provocações e deboches começarem novamente, mas ninguém podia negar que era um grande começo para alguém que era contra o casamento das duas e torceu até o último segundo para que tudo desse errado.

- Ah eu não vou poder almoçar com você hoje porque vou ter uma reunião na hora do almoço. – avisou Alex entregando Diane para a esposa colocá-la na cadeirinha do carro. – E você liga para confirmar o sabor do bolo ou eu ligo?

- Pode deixar que eu ligo. – entregou o copo térmico de café para Alex que estava em cima do carro. – Não vai demorar muito para me encontrar na pizzaria, pois você sabe que eu não posso entrar sem uma criança.

- Eu não vou. – disse com um sorriso divertido lembrando da última vez que Piper ficou plantada do lado de fora da pizzaria por terem entrado sem ela. – Eu te ligo mais tarde para saber como está o seu dia de sóciamiga de uma grávida. – deu um beijo em Piper. – Eu te amo.

- Eu te amo.

Piper e Carol observaram o carro de Alex partindo.

- Vocês são muito boas nisso.

- Nós somos, não somos? – disse com um sorriso orgulhoso e um brilho no olhar que Carol só passou a perceber quando começou realmente a conviver com a família Vauseman. – Quer carona? Quer tomar café em algum lugar antes de eu ter que aguentar minha sóciamiga grávida?

Não fiquem surpresos. Tudo isso cortesia do primeiro ano dos trigêmeos.

***

- Escritório Hotel Floresta Encantada sala da Alex Vause: seu conforto vale mais do que um Best-seller. – disse Alex em tom debochado assim que encontrou em seu escritório e encontrou Nicky deitada em seu sofá. – O que você fez dessa vez?

- Por que sempre que eu estou deitada no seu sofá você acha que eu fiz algo? Eu não posso simplesmente estar descansando enquanto não começa mais um dia de trabalho puxado?

- Você passa o dia inteiro no twitter e no facebook. – se encostou na mesa. - O que de tão puxado tem nesse trabalho?

- Você não sabe como as fãs do Devon podem ser insuportáveis. – sentou-se no sofá. – Elas conseguem acabar com o meu dia quando querem.

- Pensei que você tinha bloqueado todas.

- Você disse para eu parar de bloquear pessoas, caso contrário o twitter da Floresta Encantada estaria com número negativo de seguidores. – Alex cruzou os braços. Ela tinha um ponto e não era exagero. Nunca era, mas normalmente Nicky costumava não ouvi-la. – Por que as pessoas são tão obcecadas por casamento? – ficar em silêncio até que Nicky resolvesse falar o que aconteceu por vontade própria continuava funcionando. – Ninguém mais casa hoje em dia.

- Se não me falha a memória – Alex deu a volta na mesa e sentou-se em sua poltrona. Tinha certeza absoluta que aquela era um assunto que ela ia gostar de prosseguir sentada. - quem casou eu e a Piper pela primeira vez foi você.

- Aquilo foi diferente. Vocês precisavam de uma motivação para não estragar tudo novamente. Deu certo! Mês que vem podemos comemorar o aniversário de três anos de casadas de vocês naquela churrascaria nova que abriu.

- Ah eu e a Piper vamos comemorar nossos três anos de casadas – abriu um sorrisinho sacana - mas nem você nem ninguém estão convidados. – Nicky fez uma careta. – Por que você não pede a Jess em casamento logo e para com essa chatice? Ninguém aguenta mais!

- Se eu quisesse pedir a Jess em casamento, ao invés de dormir no seu escritório para fugir dela, eu estaria em casa a pedindo em casamento. – Alex levou seus óculos até o topo da cabeça e cruzou os braços em uma expressão totalmente desacreditada. – Eu também achei que tinha passado dessa fase, mas me responde... Por que estragar algo que já está bom com um casamento? Nós já estamos criando uma filha juntas, não precisamos casar.

- Você ainda não entendeu, não é mesmo? – Nicky ergueu os ombros com uma expressão confusa. Não entendeu o que? – Todo mundo sabe que só é um pedaço de papel, mas o casamento traz a sensação de segurança. A sensação de que é realmente para sempre.

- Você sentiu isso mesmo quando casou com a Chapman ou está pensando em ser a nova escritora de Best-seller da Floresta Encantada?

Alex riu.

Por mais que a pergunta da amiga fosse debochada, sabia que ela queria mesmo saber a resposta e que talvez pudesse fazer alguma diferença na vida dela, mesmo que ela não fosse admitir.

- Se dependesse da Piper só o casamento em Litchfield estava ótimo, mas... Sim, eu só senti que nós íamos continuar dando certo depois que eu assinei aquele pedaço de papel.

- Vocês não tinham uma filha. Depois que se tem um filho o casamento não é tão importante assim.

- Por que você está se escondendo atrás da Amy?

- Eu não estou me escondendo atrás de ninguém doutora Vause. - disse em tom debochado. Odiava quando a Alex dava uma de psicóloga para cima dela, ainda mais porque a maioria das vezes ela sempre tinha razão. Levantou-se do sofá. - O presente dos trigêmeos eu só preciso dar no sábado, né? Eu nem sei o que é. Jess disse que ia comprar, pois somos um casal e agora damos presente como um casal.

Alex só balançou a cabeça em negativo e abriu seu notebook.

Era hora de começar o seu dia de trabalho já que a amiga não queria conversar.

- Eu tenho medo que depois que casarmos a Jess perceba que não quer passar o resto da vida dela ao meu lado.

O silêncio sempre funcionava, não funcionava?

Alex não teve a oportunidade de responder.

Esse era um dos momentos que Nicky despejava algo e ia embora antes que alguém pudesse dizer alguma coisa.

Ela ainda estava aprendendo. Em vista de quase três anos atrás, ela estava lidando muito bem com tudo. Especialmente com seus sentimentos. Dessa vez ela sabia o que queria e não queria perder.

O único problema é que ela deveria ter um pouco mais de fé em Jess. Achar que a namorada por causa de um casamento ia perceber que elas não foram feitas para passar o resto da vida juntas era não conhecer a Jess de forma alguma.

***

O quintal da casa parecia o parquinho. Provavelmente o parquinho deveria estar desfalcado naquele sábado a tarde tendo em vista que metade das crianças estavam no aniversario dos trigêmeos.

Os pequenos se dividiam entre a cama elástica, a piscina de bolinha e o balanço que Alex, com a ajuda de Nicky, construiu uns dias atrás.

Por causa do tempo a piscina não foi liberada. Algo que só foi um problema para as crianças nos primeiros cinco minutos. Após isso só via as pequenas criaturinhas correndo de um lado para o outro chamando os outros amiguinhos para alguma brincadeira sempre com alguma coisa de comer na mão.

Toda a história de que pais não se divertiam em festa da criança era totalmente mentira. Pelo menos no caso de Piper e Alex.

O bom de ter uma família grande e os trigêmeos terem resolvido aprender a andar dois dias antes do aniversário fez toda a diferença.

Eles não lembravam nem o que era mais o colo de suas mães. Na verdade eles nem lembravam que tinham mães quando tinham tia Nancy, tia Bárbara e até tia Annie dando total atenção para eles.

Além de Carol e Bill que também não desgrudavam dos netos um único segundo.

Piper e Alex não precisavam se preocupar em ficar atrás dos filhos impedindo que eles aprontassem. Sua família estava fazendo um ótimo trabalho e com isso elas podiam curtir a festa com mais calma.

Elas observavam cada convidado com um sorriso no rosto. Assim como os filhos, os pais também estavam apreciando a festa. Entre uma chamada de atenção e outra quando as crianças começavam a fazer alguma peraltice eles conversaram, comiam, riam, bebiam e nenhuma das duas achava que aquilo era média. Apesar das histórias falsas que costumavam contar, elas fizeram bons amigos no parquinho e todas aquelas crianças ali gostavam de seus filhos e, mesmo que ainda não entendessem direito, seus filhos também gostavam daquelas crianças.

Queria vida mais normal do que uma festa que estava parecendo aniversário  de criança de filme que se passa no subúrbio?

- Eu não sabia que podia trazer acompanhante para esse aniversário. - Danny cruza os braços, irritada.

- Claro que podia. - Piper respondeu tranquilamente. - Outras crianças. Ou você acha que essa festa está cheia porque?

- Aquela ali - apontou com a cabeça em direção a Devon que conversava com uma mulher. - tem muito mais que seis anos de idade.

- Aquela ali não é a irmã dele? - Alex perguntou. - Ou a prima?

- Eu conheci a irmã do Devon... Aquela ali não é ela e desde quando as pessoas deixaram de ficar com seus primos?

Alex fez uma careta.

Nunca ficaria com nenhum de seus primos. Obvio que não era devido ao bom senso de saber que possuíam o mesmo sangue.

- Por que você está incomodada com quem Devon trouxe para a festa se foi você que deu um pé na bunda dele? - perguntou Piper. - Ele gostava de você.

- Eu não dei um pé na bunda dele! - se defendeu, ofendida com a acusação. - Eu disse para ele que não estava pronta para um relacionamento sério e que nunca estarei porque eu fui traída e não confio em mais porra de homem nenhum!

- Eu pensei que seu ex-namorado só tinha mudado de cidade, não te traído. - Alex recordou.

- Eu fui traída porque pensei que ele estaria lá quando eu fosse solta, mas não, ele não pôde esperar alguns meses antes de – imitando a voz do ex-namorado – “desculpa amor, mas é Miami”. – revirou os olhos. – Ele traiu o meu coração então eu não acredito mais em relacionamentos séries e acho que todo mundo que já foi traído não deveria mais acreditar em relacionamentos sérios também.

- Ela casou comigo. - disse Piper apontando para a Alex. A morena só fez um positivo com a cabeça, concordando. Ela tinha casado com a Piper e não poderiam estar mais felizes.

- Vocês não são como as pessoas normais. Vocês não deveriam ter direito nem de dar conselhos amorosos.

- Ele não vai te trair. - Alex disse segurando o riso. Pensou que Danny era uma das normais, mas claramente havia se enganado.

- Como você sabe? Eu estava lendo um artigo de que todo homem trai. Mesmo que seja só uma vez durante toda a sua vida, mas todo homem trai.

- Eu tenho quase certeza que estavam falando de outro tipo de traição. – disse Alex.

- Vira lésbica e casa com a Nicky então. - Alex não conseguiu conter a risada ao ouvir aquilo, ainda mais pela expressão desacreditada que Danny ficou. A amiga não conseguia encontrar palavras para responder aquilo. - Por que você não conversa com ele? Nós sabemos que você gosta dele e que está com ciúmes dele com a prima, então...

- Eu já disse... Vocês não tem direito de darem conselhos amorosos porque não são um casal normal. Mas eu vou falar com ele, não porque vocês estão falando, mas porque se for pra ele me trocar por alguém que seja alguém mais gostosa né. Só que antes eu vou comer mais um cachorro-quente. Estão deliciosos.

Danny saiu praticamente desfilando e as duas foram obrigadas a rir. Não tinha mesmo ninguém normal naquele círculo de amizades.

- Mamã! – Diane, toda sorridente, mostrou suas duas mãozinhas e os brigadeiros que tinham nela para Alex.

- Desde quando você tem altura para roubar docinhos da mesa? – Alex abaixou-se para ficar da altura da filha. – Tem um para a mamãe? – estendeu a mão.

- Não... – balançou a cabeça em negativo olhando para suas duas mãos que carregavam os docinhos. – É meu.

- Ainda não estou acreditando que coloquei três filhos no mundo para eles me negarem comida. – Piper riu. Ainda não sabia se ria pela cena ser adorável, engraçada ou uma mistura das duas coisas. A única coisa que sabia era que não cansava nunca de ver a interação de Alex com os filhos. - Dá um pedacinho só para a mamãe. – Diane fez um negativo com a cabeça.

- Tem lá. – apontou para a mesa do bolo. – Finn!

- Ah então é você que está pegando os doces da mesa para quem não tem altura?

- Não. – o garoto respondeu com a boca cheia. Alex o fitou com um olhar descrente. – Ta bom! – revirou os olhos. – Você tem que dar fermento pra ela crescer logo, Alex. Assim a gente pode pegar os docinhos da mesa juntos.

- Eu vou dar, mas antes... – estendeu a mão. Finn suspirou, contrariado e deu um docinho para Alex. – No próximo aniversário ela estará ajudando você a pegar docinhos escondidos da mesa. Prometo.

- É meu. – Diane pegou o docinho da mão de Alex e saiu correndo.

- Garota, você não tem nem tamanho e muito menos pernas para correr, vai acabar... – pois é... Diane caiu e derrubou os docinhos. – Isso que dá roubar o docinho da própria mãe.

- Mamã... – manhosa, estendeu os braços para que Alex a pegasse.

- Nem machucou.

- ‘chucou sim. – disse fazendo um beicinho. – Dodói. – esticou a perna que supostamente havia sofrido um arranhão.

Aquilo com toda certeza iria longe.

Tempo o suficiente para que Piper tentasse entender o que se passava na cabeça de Jess que estava sentada em uma das mesas acompanhada somente de um pão com patê e um copo de refrigerante.

- Eu pensei que você amasse aniversários de criança. – sentou-se ao lado da amiga na mesa.

- E eu amo.

- Finn falando que não pegou os docinhos da mesa soou mais convincente que você.

- Mas eu amo! É só... – soltou um suspiro. Tinha certeza que se arrependeria do que ia dizer em seguida. – Tem três dias que a Nicky não dorme em casa.

- Vocês duas não cansam de ser chatas?

E ela se arrependeu.

Em qualquer outro dia ela ia contar o que estava acontecendo de qualquer forma. Independente dos deboches da irmã, mas não naquele dia. Não estava com animo nem para isso. Portanto, ela só revirou os olhos e levantou-se da mesa.

Percebendo que o assunto era realmente sério a ponto da amiga não entrar em suas provocações, Piper segurou no pulso de Jess. Impedindo-a que se afastasse da mesa.

- Me desculpa! Prometo que vou levar o assunto a sério. Prometo que serei uma ótima...

- Irmã.

- Amiga. – abriu um sorrisinho cínico. – Uma ótima amiga igual você. Se quiser eu converso com você até com um sorriso irritante no rosto. – abriu um sorriso tentando imitar o de Jess. Algo que fez com que a médica risse. Talvez fosse um bom começo. – O que foi que aconteceu?

- Eu não sei. - soltou um suspiro. - Nós estávamos conversando sobre casamento até que a Nicky veio com a história de pra que casar se tudo estava bom como estava.

- E o que você disse, Jess?

- Eu não falei nada por que ela não deixou com que ela falasse. Ela saiu do quarto antes que eu pudesse responder e não voltou nele para dormir até hoje.

- Se tem três dias que ela não dorme em casa por que eu só estou ouvindo sobre isso hoje?

- Por que eu resolvi conversar com alguém que não fosse nos chamar de chatas tipo a minha mãe. - mandou um sorrisinho para Piper e logo em seguida fez uma pausa. - Mas ela também nos chamou de chatas, então eu não sei por que ainda converso com vocês. Só por que ela tem o relacionamento perfeito, assim como o seu, não significa que eu e minha namorada sejamos chatas só porque temos problemas idiotas que a própria Nicky causa. - sim, Jess estava despejando tudo, sem nem ao menos parar para respirar. Se tudo que ela estivesse dizendo fosse uma redação a professora ia ter um treco por causa da falta de vírgulas. - Problemas que eu pensei que não teríamos mais por termos passado dessa fase. Mas claro que não! Nós sempre seremos o casal problemático!

- Ela realmente consegue te irritar, não consegue? - disse Piper com um sorriso divertido. Precisava confessar que amava quando Jess tinha seus momentos de irritação como qualquer outro ser humano normal.

- Qual a obsessão das pessoas por casamento? - Polly sentou-se a mesa. - Por que não podem aceitar que as coisas estão boas do jeito que estão?

- Você e a Nicky podiam montar o "Odiamos casamento anônimos". - disse Jess em tom debochado.

- O que deu nela?

- Faz três dias que a Nicky não dorme em casa.

- Você acha que ela está te traindo? - pegou o pão com patê de Jess que havia sido totalmente esquecido pela médica por causa do momento desabafo. - Ainda sobrou alguém em Nova York para ela transar?

- Ela não está me traindo! - respondeu com firmeza. - Ela só continua fugindo do assunto casamento, literalmente.

- Nunca pensei que fosse dizer isso... - tomou um gole do refrigerante de Jess antes de dizer as palavras proibidas. - Nicky está certa! - tanto Jess quanto Piper olharam para a amiga com o cenho franzido, surpresa com o que acabaram de ouvir. - Casar pra que? Para quando você menos esperar a pessoa te abandonar com um filho pequeno?

- Quantas vezes eu vou ter que dizer que o Larry não é o Pete? - disse Piper em tom de tédio. - Eu ia casar com o Larry se você esqueceu.

- Mas não casou! E eu também não vou casar. Tenho muitas fraldas para comprar não posso ficar gastando dinheiro com advogado. Não é todo mundo que tem o casamento perfeito que nem o seu não.

- Você deveria não casar com a Nicky. Formariam um belo casal. - Jess abriu um sorrisinho debochado e Polly respondeu com uma careta.

- Será que você podia... - Alex esticou Diane para Piper. A garota ainda chorava por causa da queda. Na verdade o termo certo seria ainda resmungava por causa da queda. - Ela quer colocar a mão no bolo e eu já falei que ela não vai colocar a mão no bolo.

- Dodói. - desse vez ela mostrou o braço que também não tinha nenhum arranhão, fazendo biquinho. - Pra sarar. - apontou para a mesa do bolo.

- Não sabia que chocolate curava machucado agora. - disse Piper. - Você não vai colocar a mão no bolo Di.

- Eu quero! - forçou um choro. - Mamã... - esticou o braço para Alex. Sabia que teria mais chances de conseguir o que quisesse da mãe morena do que da mãe loira. - Mamã... - Alex só fez um negativo com a cabeça. Não cairia naquela.

- Depois do parabéns você pode enfiar a mão aonde você quiser pra sarar o dodói. - Piper deu um beijo no bracinho dela. - Vamos ali ó. Mamãe vai balançar você.

- Balançar? - como em um passe de mágica o choro cessou.

- Uhum... Balançar. Bem alto.

Alex acompanhou com o olhar Piper se afastando com Diane no colo. Um sorriso bobo brotou em seu rosto. Não cansaria nunca de ver qualquer coisa que fosse da esposa com um dos três filhos.

- Eu odeio vocês duas. - disse Polly revirando os olhos.

***

- Posso saber onde você está dormindo nesses últimos três dias? - Alex colocou Christopher dentro da piscina de bolinha. - Cuidado pra não se afogar!

- Eu não vou deixar tia. - disse Amelia que ganhou uma piscadela de Alex em resposta.

- Eu estou dormindo no apartamento da minha mãe. - Alex a encarou com uma expressão descrente. - Um apartamento vazio que minha mãe tem. Não preciso ouvir os sermões dela sobre jogar um relacionamento bom fora.

- Ela está errada? A Jess não faz a mínima ideia do que está acontecendo porque você não conversa com ela.

- Eu vou conversar, tudo bem? Mas não hoje. Ainda não estou pronta para acabar com tudo isso.

- Acabar? - Alex ergueu uma sobrancelha. - Nicky, eu não... Carol, você está querendo transformar meu filho em um alcoólatra?

- O que...? - a mãe de Piper olhou para Lucas que segurava a taça de vinho com as duas mãos pronto para tomar um gole. - Luc... - pegou a taça da mão dele. - Pelo menos ele tem bom gosto. Não vai sair bebendo qualquer porcaria como os jovens de hoje em dia.

- Luc, vem aqui... - pegou o filho no colo. - Vamos ali pegar um refrigerante pra você tomar. - a Nicky. - Para de fazer merda!

- Eu não to fazendo... - bufou. As pessoas achavam que era fácil ser ela. - Salsicha não joga a bolinha nele. - ela jogou e a criança começou a chorar. - Amelia! Ela não é minha filha. - levantou a mão em forma de redenção por causa dos olhares dos pais para a criança chorando na piscina de bolinha. - Cadê a mãe dessa criança que não vê as coisas que ela está fazendo?

A festa seguiu animadíssima.

Quanto mais as crianças comiam os diversos tipos de guloseimas que tinha na festa juntando com os vários copos de refrigerante que bebiam mais elas se mostravam animadas e os gritos e correrias triplicavam. Mas não era como se os pais passem o tempo inteiro preocupados com isso. Elas faziam coisas piores no parquinho.

Até os trigêmeos que não tinham nem tamanho direito estavam aproveitando a própria festa. Deixando as mães completamente aliviadas.

Pelo tempo que passaram organizando a festa a maior preocupação de Piper e Alex era que os filhos estranhassem tudo e passasem a festa inteira chorando. Foram diversos artigos que Piper leu sobre isso sim.

Eram bebês tranquilos a maior parte do tempo e costumavam se dar bem com todo mundo. Mesmo Diane que era a mais manhosa dos três esquecia das mães quando estavam no parquinho e sempre era a maior guerra com todos quando chegava a hora de ir embora. Se dependesse deles poderiam passar 24 horas brincando que ainda seria pouco para o pique que tinham.

Os trigêmeos não deram trabalho nem na hora de tirar as fotos antes de cantar parabéns. Nunca viram crianças para gostar tanto de tirar fotos como aquelas três. Exceto Finn e Amelia que também queriam sair em todas as fotos. Parecia até que o aniversário também era deles.

A única hora mesmo que eles deram dor de cabeça foi quando Diane tentou colocar a mão no bolo e os irmãos entraram no embalo. Mas eles não foram impedidos por muito tempo sobre fazer isso. Assim que o parabéns acabou, Piper e Alex propositalmente curvaram-se com eles para apagar a velinha. Oportunidade perfeita para eles enfiarem a mão no bolo.

Lucas não contente em somente colocar a mãozinha no bolo ainda pegou um pedaço e colocou na boca, lambuzando-se todo e logo em seguida sujando o rosto de Piper também. Queria dividir um dos primeiros pedaços com a mãe.

Christopher não satisfeito em colocar somente uma mão resolveu colocar a outra também soltando uma de suas mais gostosas gargalhadas depois do gesto.

Diane que era a que mais desejava colocar a mão no bolo, só deu uma lambida na mão suja de bolo de chocolate e depois pediu para Alex limpar a sua mão.

- O que foi? - Alex perguntou ao ver o sorriso bobo que a esposa estava no rosto e olhar distante fitando o nada.

- Foi uma ótima festa.

- Foi, não foi? - Alex deu um beijo na bochecha dela. - Daqui a pouco podemos fazer aniversários para eles da mesma forma que sua mãe fazia para você.

- Pode me chamar para organizar. - disse Carol que tinha acabado de se aproximar em tom animado. - Acho que eu tenho umas duas tiaras das suas festas de princesa guardadas. Você vai ficar linda com elas, não vai Di?

Diane fez uma negativo com a cabeça e esticou os bracinhos para que Alex a pegasse, arrancando risos das duas mães.

- Daqui a pouco ela vai dizer que é lésbica também. - resmungou contrariada. - Não sei onde eu errei na hora de formar essa família. - fez um negativo com a cabeça. - Preciso ter uma conversa seríssima com o Cal. Ele e a Neri precisam parar com essa história de não quererem filhos. Absurdo!

Antes que Carol pudesse ir atrás de seu filho, alguém chorando chamou a atenção das três. Em especial de Piper e Alex. Poderia ser um de seus filhos que estavam brincando com Finn e Larry em algum lugar do quintal que de machucou.

- Eu só pedi para você ficar de olho nela cinco minutos e nem isso você consegue fazer! - esbravejava Jess com Amelia chorando em seus braços.

- Eu me distraí um segundo com o Chris agarrando minhas pernas. - Nicky acompanhava os passos largos que Jess estava dando. - Não foi nada!

- Não foi nada? - repetiu indignada. - Olha o tamanho do galo que tem na testa dessa menina. Mas por que você se importa não é mesmo? Ela nem é sua filha!

Por sorte a festa estava no fim e os olhares confusos e até surpresos trocados pela discussão era somente das integrantes do clube das ex-presidiárias e familiares.

- Nós vamos acompanhar vocês ao médico. Carol, você pode...

- Não se preocupe Alex. - se não fosse a preocupação o tom de voz de Jess estaria totalmente doce, diferente do tom de voz que estava usando com Nicky. - Ainda tem convidados...

- Eu ligo para vocês depois. - Nicky completou saindo praticamente correndo logo em seguida por ter perdido Jess de seu campo de visão.

- Elas vão ficar bem? - Devon perguntou realmente preocupado. Nunca tinha visto Jess daquele jeito.

- Vão. - respondeu Piper tranquilamente.

- Elas só tem três dias de conversa para colocar em dia. - completou Alex.

***

- Escolhe um livro bem legal e espera a mamãe lá na sala. - Jess colocou Amelia no chão. - Eu vou levar daqui a pouco alguma coisa para você comer e ler a história, ta bom?

Amelia fez um positivo com a cabeça e caminhou em direção ao seu quarto para pegar o livro.

O pediatra disse que ela estava bem, mas por via das duvidas - e pelo tamanho do galo que tinha em sua testa - era melhor mantê-la acordada pelas próximas duas horas.

Jess caminhou até a cozinha em completo silêncio para preparar o lanche de Amelia e Nicky seguiu seus passos.

Não trocaram muitas palavras desde que deixaram a festa. Para dizer a verdade, por parte de Jess, não trocaram palavra nenhuma. Nicky até tentou engatar algum assunto, mas parecia que a namorada havia adquirido alguma tipo de surdes que só não ouvia a sua voz. Ela procurava acreditar que esse era o real motivo de Jess estar a ignorando ao invés do fato dela ter sido uma idiota nos últimos três dias.

- Ela é minha filha sim. - disse Nicky na tentativa de quebrar o gelo, encostando-se na bancada da cozinha. - E eu nunca ia deixar com que ela se machucasse. Nunca.

Jess soltou um suspiro, soltando a faca que usava para passar maionese no pão no balcão.

- Eu sei. - voltou sua atenção para Nicky. - Eu não quis dizer aquilo.

- O que você quis dizer então?

- Eu não sei Nicky. - bateu a porta da geladeira. - Você não me deixou dizer muita coisa esses últimos dias.

- Você já deveria estar acostumada.

- Acostumada com o que? Você agindo da mesma forma que agia quando eu resolvi ir para a África? Eu pensei que já tínhamos passado dessa fase!

- Nós passamos! – Nicky deu a volta na cozinha parando próxima ao armário. - Mas você pensa que é fácil, Jessica? Todo dia que eu acordo ao seu lado é uma briga que eu tenho comigo mesma porque as coisas estão realmente boas do jeito que estão e eu não quero estragar isso.

- Eu estou confusa... – o tom de voz era mais ameno. Ela tinha abaixado a guarda. – Você não quer estragar tudo, mas dorme três dias fora de casa?

- Eu precisava pensar! – o tom era quase de irritação por Jess não entender o que ela estava dizendo.

Mas quem estava afinal?

- Pensar no que? Você nem me deixou responder, Nicky.

- Responder o que? Que assim está bom para você também? – Jess fez um positivo com a cabeça. – Não mente porra! – a médica franziu o cenho. – Você é a princesinha da sua mãe. Claro que você quer casar! Você merece casar... Já que você considera isso como uma coisa boa. – Jess revirou os olhos. Claro que tinha que ter algum comentário do tipo, mas ainda estava confusa sobre o rumo daquela conversa. - Você merece mais do que algo bom, Jess. Você merece mais do que isso.

- Nicky não começa. – o tom era quase de suplica, talvez ela tivesse encontrado o rumo da conversa.

- Jess... – respirou fundo. Jess estava prestes a dar as costas e deixar Nicky falando sozinha. Lá ia ela de novo. – Você quer ser a Lois Lane do meu Clark Kent?

Que?

Essa era a pergunta que martelou na cabeça de Jess no mesmo instante que Nicky estendeu uma aliança com um pequeno diamante. Ela estava a pedindo em casamento ao invés de terminar tudo novamente?

- A Lois Lane do seu Clark Kent? – ergueu uma sobrancelha entrando em todo o clima da proposta. Queria gritar de felicidade e ao mesmo tempo perguntar o que realmente estava acontecendo, necessariamente nessa ordem caso tenha acontecido algum mal entendido. Gostava de se iludir às vezes e com o tempo percebeu que gostava mesmo de relacionamentos complicados, então... - Você é o Clark?

- Quem tem o sobrenome Lane aqui? Eu que não! E não era você que sempre falou que por trás de um grande herói tem uma grande esposa de herói? Eu quero que você seja a minha esposa. A Peggy Carter do meu Steve Rogers. – eles eram casados no coração das duas. – A Iris West do meu Barry Allen. A Jessica Jones do meu Luke Cage. – Jess abriu um sorriso. O mais feliz e emocionado que Nicky estava vendo nesses últimos três dias. – A Felicity Smoak do meu Oliver Queen.

- Não! – afastou-se de Nicky. – Por que você sempre tem que estragar o momento? – Nicky ria da expressão indignada da sua quase noiva. – Eu não vou ser a Felicity do seu Oliver. Por mim o seu Oliver pode morrer sozinho!

- Não é normal uma série te afetar desse jeito, você sabe né? – Jess fez uma careta e Nicky aproximou-se dela, estendendo a aliança novamente. – Você aceita ser a Laurel Lance do meu Oliver Queen? – Jess suavizou sua expressão revoltada fazendo Nicky abrir um sorriso. - A Lane do meu Nichols? Obvio que eu não vou prometer que não vou te irritar porque é isso que eu faço desde que nos conhecemos, mas eu ainda não vou para lugar. Eu não dormi em casa esses últimos três dias porque eu estava pensando em como te pedir em casamento. Essa aliança está ali escondida no armário desde o dia que eu fui comprar o presente de aniversário da Salsicha. Mas a Chapman não estava certa, eu não ia te pedir em casamento aquele dia porque eu não estava louca...

Jess foi obrigada a calá-la com um beijo, caso contrário a noiva não calaria a boca nunca e daria um jeito de estragar mais uma vez o momento.

- Você não quer ser a Mulher Maravilha do meu Superman não?

- Nicky, vai se foder!

Nicky riu.

Tinha que admitir que nunca esteve tão certa de uma decisão como estava certa sobre aquele pedido de casamento.

O sorriso de Jess e os olhos verdes marejados assim que teve a aliança em seu dedo fez com que suas três noites dormindo fora de casa tivessem valido a pena. Mais uma vez tomou uma ótima decisão e tudo aquilo era devido a mulher parada em sua frente.

- Ainda da tempo de você perceber que eu não sou a mulher com quem você quer passar o resto da vida.

- Pelo amor de Deus, Nicky! – Jess riu enxugando uma lágrima que escorreu pelo seu olho. - Se eu não percebi isso quando transamos pela primeira vez acho que está tarde demais para isso agora.

- Por que você ta chorando mamãe? - uma garotinha ruiva, com uma chupeta branca de ursinho na boca agarrada em uma fraldinha com desenhos de macacos perguntou da forma mais doce e inocente possível.

- Por causa do presente que eu acabei de ganhar. – agachou-se para ficar da altura de Amelia. – Olha. – estendeu a mão esquerda com a aliança.

- Eu quero um anel desse também.

Jess riu.

- Se depender de mim você nunca vai ganhar um anel desse Salsicha. – passou a mão nos cabelos da filha. – Nunca.

- Eu já escolhi o livro mamãe.

- Ótimo. – pegou Amy no colo. – Eu vou ler uma história enquanto sua mãe estoura pipoca para gente.

- Com sorvete!

- Com sorvete? – Amelia fez um positivo com a cabeça. – Com sorvete então.

- Eu não era a sua empregada antes e só porque agora nós vamos casar isso não significa que começarei a ser sua empregada. Você está me ouvindo Jessica?

- Não esquece o suco! – as duas gritaram da sala.

Até que isso tem chances de continuar dando certo. Não tem?

***

- Olha... – disse Alex entrando no quarto. - Se eu soubesse que um dia inteiro de festa faria com que eles dormissem tão rápido teria festa todo dia.

Piper riu.

Até que era uma ótima ideia.

- Você não sabe da última! – disse Piper totalmente animada. – Jecky vai casar.

- Quem é Jecky? – sentou-se ao lado da esposa na cama.

- Como assim quem é Jecky, Alex? A Jess e a Nicky!

- Como assim elas vão casar? – Piper mostrou seu celular com a foto da mão de Jess com a aliança que tinha recebido minutos atrás. – Hoje quando conversei com a Nicky eu pensei... – Alex sentou-se ao lado de Piper na cabeça, balançando a cabeça me negativo. – Por que ela tem que fazer tanto drama quando vai me dizer as coisas? Eu pensei que ela fosse terminar com a Jess.

- Hoje aconteceu uma coisa engraçada...

- Engraçada não Pipes. Sua mãe, seu pai e sua madrasta – Piper fez uma careta com a palavra final fazendo Alex abrir um sorrisinho. Tinha feito de propósito. – conversando não foi engraçado foi bizarro. Eu estava esperando o momento que íamos começar a dançar Macarena e só parar no aniversário de 18 anos dos trigêmeos.

- Alex! – a loira exclamou rindo. – Eu não estou falando disso. Mas eu concordo... Foi bizarro eles tentando mostrar que eram os melhores amigos do mundo, mas eu acho que foi porque eu disse que se eles estragassem a festa dos nossos filhos eles não iam poder ver os trigêmeos nem por engano na rua.

- Amo como você consegue colocar ordem nas coisas da forma mais doce possível. – disse ironicamente ganhando uma careta engraçada de Piper. Deu um beijo na bochecha dela. – O que de tão engraçado aconteceu então se não foi a conversa dos três.

- Nós duas sendo um casal normal, estável e dando conselhos amorosos.

- De acordo com a Danny, nós não somos um casal normal.

- E mesmo assim ela e Devon saíram juntos da festa.

- Nós somos mesmo um casal normal e estável que dá conselhos amorosos não somos? – Piper fez um positivo com a cabeça abrindo um sorriso orgulhoso. – Quando isso aconteceu Pipes?

- Eu não faço a mínima ideia. Mas parece que o jogo virou, não é mesmo?

- Com toda certeza...

Alex praticamente se jogou em cima de Piper arrancando um gritinho de susto da esposa. Alex riu e em seguida a beijou.

Elas eram mesmo um casal normal e estável.

E, mais do que isso, eram um casal feliz que haviam passado por diversas coisas e, ainda assim - até o momento - sobreviver ao primeiro ano dos trigêmeos depois de terem sobrevivido aos oito meses de gravidez foi um dos maiores desafios das duas. Elas se saírem perfeitamente bem, não existia duvidas, mas às vezes elas achavam que terem passado um bom tempo presas foi muito mais fácil.

Só que ser mães era muito mais gratificante e elas nunca se sentiram tão felizes e, se dependesse de ambas, cultivariam esse sentimento até o último segundo de vida das duas. 


Notas Finais


Espero que a Diane não tenha ficado muito excluída dessa vez :P E tenho certeza que se mamãe lesse essas partes da Di claramente ia achar que qualquer semelhança comigo seria mera coincidência.

Próximo capítulo vai dar as caras novamente alguém que Alex não vai muito com a cara. Quem lembra de quem eu to falando?

Até o próximo capítulo <3


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