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História We are Better Together - Just Us


Escrita por: brunacezario

Notas do Autor


Eu tenho quase certeza que meu inferno astral chegou com mais de um mês de antecedência porque não é possível eu ta sem computador de novo não, motivo de ter demorado para atualizar e da destruição dos meus planos de postar dois capítulos nesse feriado, mas vida que segue.

Não sei se é porque eu escrevi esse capítulo todo em 4 horas, se é porque eu to com sono ou se juntou tudo de fez um viradão, mas achei bonitinho o capítulo e não é bonitinho do jeito que a Bruna gosta e sim bonitinho do jeito que vocês gostam, mas sei lá né.

Ótima leitura!

Capítulo 19 - Just Us


As três leves batidas na porta de vidro aberta fizeram Piper tirar a atenção do computador em sua frente.

A loira abriu um sorriso ao ver que a responsável pelas batidas era Alex que segurava um buquê de flores na mão e trazia um sorriso no rosto tão doce quanto o dela.

- O que você aprontou Alex? – perguntou desconfiada, mas ainda sem esconder o sorriso.

- Desde quando eu só te trago flores quando eu apronto algo? – estendeu o buquê de flores para a esposa. – Cadê seu romantismo Piper Chapman?

- Eu sou romântica! – exclamou em tom ofendido. Cheirou as flores. – Obrigada. – agradeceu com um olhar doce. – Viu como sou romântica?

Alex riu.

- Pipes isso não é ser romântica. Isso é ser educada. Mas tudo bem... – puxou a esposa pela mão para que ela desse a volta na mesa e ficasse de frente para ela. – Eu não ligo de continuar sendo romântica por nós duas. – selou seus lábios com o de Piper. – Que tal uma noite só nossa?

- Uma noite só nossa? - franziu o cenho. - Eu não lembro qual foi a última vez que tivemos uma noite só nossa.

- Por isso mesmo. Nós merecemos. Ainda não comemoramos de verdade nosso aniversário de casamento.

- E as crianças?

- Elas estão com a Jess e a Nicky.

- Uma noite sem as crianças... - Alex com um sorriso fez um positivo com a cabeça. Era uma ótima proposta Piper tinha que concordar. - Espero que elas fiquem bem.

- Elas vão ficar. A Jess não vai deixar que a Nicky abandone nossos filhos no meio da estrada.

- Eu não estou falando dos terremotos, eu sei que eles vão ficar bem. Estou falando da Jess e da Nicky cuidando de quatro crianças.

Alex riu e deu de ombros.

Era melhor deixar o celular desligado pelas próximas duas horas por via das dúvidas e torcer para que nesse tempo os desastres naturais não colocassem fogo no apartamento.

A noite das duas começou em uma balada.

Elas não lembravam qual foi a última vez que foram em uma juntas. Motivo que fez Alex levá-las até lá naquela noite.

Fazia muito tempo mesmo que elas não saiam sozinhas para se divertir e por mais que fossem casadas e mães de trigêmeos nunca ouviram falar que existia momento na vida que as impediam de sair para dançar.

Pelo contrário, quem via as duas na pista de dança não fazia ideia de que elas eram casadas - com exceção de quando viam as alianças - e que tinham filhos.

Elas pareciam somente um casal em começo de relacionamento. Todos os olhares, movimentos e química que elas possuíam impedia que as pessoas pensassem qualquer coisa ao contrário disso.

E não somente isso.

A leveza que as duas traziam era contagiante.

Elas passavam a impressão de que não existia tanta cobrança no relacionamento.

Que cada uma tinha seu papel para fazer dar certo e nenhuma carregava toda a relação nas costas tentando a todo custo fazer dar certo enquanto a outra não se importa.

Elas eram ótimas juntas e para as duas isso não era segredo. Sabiam disso fazia um bom tempo.

Quem disse que Piper não sabia dançar?

A pista era das duas e Alex se divertia com os olhares dos rapazes em cima dela. Poderiam babar o quanto quisessem. Não teriam a mínima chance.

Mas algo que Alex só percebeu algum tempo depois era que Piper não estava dando a mínima para as mulheres que olhavam para ela. Pelo contrário, parecia se divertir da mesma forma que ela estava se divertindo com os homens olhando para a loira.

Não via um sinal de ciúmes ou cara feia indicando que a qualquer momento a loira começaria a brigar com as mulheres por achar que alguma delas só estava esperando a oportunidade de agarrar a sua esposa e levá-la para o banheiro.

Não comentou nada.

Já estava tão acostumada com o ciúmes de Piper que era até estranho não ter que lidar com ele. Mas precisava confessar que estava gostando da noite assim. Dos últimos dias assim. Dos últimos meses. Do último ano.

Não sabia o que estava diferente. Só sabia que alguma coisa estava e talvez fosse por isso que todos ao redor as viam como um casal leve, sem cobranças, sem carregar todo o relacionamento nas costas e que cada uma fazia a sua parte para que o relacionamento desse certo.

Elas eram mesmo esse tipo de casal.

- Eu vou pegar uma bebida para nós.

Alex deu um beijo na bochecha de Piper e saiu para pegar as bebidas enquanto a loira ficou em pé na frente de uma das mesas que tinha um pouco afastado da pista de dança.

- Piper?

- Julian? - abriu um sorriso surpresa por vê-lo ali. O rapaz por reflexo foi cumprimentá-las com um abraço, mas carregava duas taças de vinho na mão. Soltou um riso ao perceber a trapalhada que ia fazer e pousou os copos na mesa, podendo assim finalmente abraçar Piper. - Como você está?

- Depois de voltar de uma temporada na Espanha eu estou muito bem. Eu tinha esquecido como o país é excelente para viajar não para morar.

- Você é um Nova Iorquino. Obvio que não vai querer morar em nenhum outro lugar, mesmo que seja nos Estados Unidos.

Julian ergueu os ombros com um sorriso. Era a mais pura verdade.

- E você? Eu vi algumas fotos suas no instagram... Trigêmeos, Piper? - abriu um sorriso divertido. - Você teve trigêmeos?

- Eu tive. - respondeu com um sorriso orgulhoso. - Você precisa conhecê-los. Esse seu terno na presença deles não vai permanecer limpo nem por trinta segundos.

- Só marque o dia. Você sabe como eu amo um desafio. - Piper soltou um riso. Não tinha duvidas que Julian se daria bem com seus filhos. - Você veio sozinha?

- Não. - Alex respondeu antes mesmo que Piper pudesse pensar em abrir a boca para responder algo. - Ela veio comigo. - pousou os copos com bebida que trouxe em cima da mesa e parou ao lado de Piper. - E você? - abriu um sorrisinho forçado.

- Eu vim com a minha esposa.

- Você casou de novo? - indagou Piper.

- Na verdade eu nunca me separei. - Piper não conseguiu esconder sua expressão de surpresa. Da ultima vez que conversaram ele disse que a esposa era louca e que o casamento havia acabado fazia um bom tempo. - Nós resolvemos tentar de novo.

- Cadê ela? - Piper olhou rapidamente ao seu redor. - Podemos tomar uma bebida juntos nós quatro.

Alex olhou para a esposa com uma expressão totalmente incrédula pouco se importando se Julian ia perceber ou não.

- Ela foi ao banheiro enquanto eu pegava as bebidas. - pegou os copos de cima da mesa. - Acho melhor deixarmos a bebida para outro dia. Acho que não é todo dia que vocês conseguem uma noite sozinhas, não é verdade?

- Exatamente! – exclamou Alex ainda com um sorriso forçado.

- Eu te ligo para marcarmos de você me apresentar os... – fez uma pausa, tentando lembrar o apelido das crianças. – Terremotos...? – Piper fez um positivo com a cabeça. Um largo sorriso tomava conta de seu rosto. Era sempre assim quando qualquer pessoa citava os seus filhos. – Os terremotos. Muito bom te ver Alex.

Alex só acenou com a cabeça, ainda com o mesmo sorriso. Era o único que tinha na presença de Julian. Sorriso que desapareceu assim que ele sumiu de seu campo de visão.

- O que foi? – perguntou assim que percebeu que a Piper lhe olhava com um sorriso divertido.

- Sério que você ainda tem ciúmes dele? Do Julian? Nós só somos amigos.

- Só você não percebe que ele é louco por você. – tomou um gole de sua bebida. Era fora do comum como Julian lhe afetava. O que era totalmente irônico, ainda mais naquela noite. Normalmente era Piper que tinha as crises de ciúmes, não ela. - O coitado resolveu até voltar com a louca da esposa quando viu que ao invés de terminamos nós tivemos trigêmeos.

- Ele não é louco por mim e mesmo se fosse... – abriu um de seus sorrisos mais doces. – Eu sou louca por você. – deu um beijo em Alex. – E essa sou eu sendo romântica. – falou enquanto seus lábios ainda estavam colados no da morena.

Alex riu.

- Quando as pessoas são românticas elas não precisam avisar. Você ainda tem muita coisa para aprender sobre romance Chapman.

- Eu aprendo rápido. – disse quase em um sussurro no ouvido da morena. – Mas aqui não é lugar para ser romântica. – pegou Alex pela mão. – Nem de você ficar com ciúmes dos meus amigos. – tomou sua bebida em um único gole. – E sim de curtimos uma noite só nossa.

Quem seria a Alex para discordar? Ainda mais depois de ser puxada para a pista de dança e Piper beijá-la no mesmo ritmo da música eletrônica que estava tocando.

E essa só era a primeira parte da noite que tinha tirado para as duas.

A segunda parte era – teoricamente - as duas jantando em qualquer restaurante que Piper escolhesse naquela madrugada, mas elas acabaram comendo em um food truck que tinha em uma praça a algumas quadras da boate.

- Eu nunca entendi... – Alex engoliu o pedaço de hambúrguer que comia e prosseguiu. – Existem dezenas de ótimos restaurantes em Nova York abertos a essa hora e você sempre escolhe comer na rua.

- Eu nunca fui essa patricinha que vocês sempre acharam que eu fosse. – Alex a fitou com uma expressão descrente. – Eu não sou! – Alex levou algumas batatas fritas a boca. Ainda esperava por uma explicação. – Sempre fui para os melhores restaurantes e aquela formalidade me lembrava alguns jantares que minha mãe dava e, assim como minhas festas de aniversário, eu odiava. Eu gosto de ir a lugares em que eu me sinta confortável para conversar e rir. Único lugar que eu me senti assim, fora as carrocinhas que comíamos, foi naquele restaurante que você me levou depois de ter me contado que era uma traficante.

- E eu todos esses anos achando que você gostava de ter noites “A Dama e o Vagabundo”.

Piper fez uma careta arrancando uma gargalhada de Alex. Ela foi obrigada a rir logo em seguida também. Havia casado com uma ridícula. Não ia cansar nunca de dizer e pensar isso. Ainda mais pela parte do casada. Amava estar casada com a ridícula da Alex Vause.

- O que foi? – perguntou assim que as risadas cessaram e percebeu que Alex a olhava com encantamento.

- Você está diferente.

- Alex, eu não corto meu cabelo desde que descobri que estava grávida e você só percebeu isso agora?

- Eu tenho quase certeza que já te elogiei diversas vezes por isso. – Piper continuou a fitando. Aquilo não era uma explicação sobre o que se tratava o comentário então. – Eu não sei o que é Pipes. Só sei que você está.

- Eu espero que isso seja algo bom pelo menos.

Alex riu.

- Claro que é. – abriu um pequeno sorriso, olhando Piper com total doçura. – Ou talvez essa só seja eu me apaixonando novamente por você.

- Você também está diferente. – Alex franziu o cenho, desconfiada. Tinha certeza que não viria uma declaração depois daquela frase. - Se Nicky estivesse aqui com toda certeza teria revirado os olhos depois de ouvir isso.

Claro que ela estava certa!

- Piper... – balançou a cabeça em negativo. Estava se segurando para não rir. Piper era completamente impossível. – Se isso fosse um dos nossos primeiros encontros eu não te ligaria de novo.

- Ainda bem que não tivemos encontros.

- Claro que tivemos encontros! – Piper fez um negativo com a cabeça. – Nós nunca tivemos encontros. – caiu em si, surpresa.

- Sempre fomos ótimas em pular os encontros e ir direito para o sexo. Depois de ter apanhado da sua namorada eu deveria ter exigido pelo menos um encontro.

- Suas pernas não aguentavam ficar fechadas quando estavam em um mesmo ambiente que eu. – o tom era totalmente convencido e malicioso.

- Hoje em dia eu tenho autocontrole. Consigo terminar um hambúrguer pelo menos. – mostrou o papel do hambúrguer que estava comendo sem nada. – Consigo até ter uma quarentena de quatro meses. – Alex foi obrigada a gargalhar novamente. Também havia casado com uma ridícula. – Eu ainda não acredito que chegamos até aqui.

- Eu também não acredito. Um carro quase nos atropelou na hora que fomos atravessar a rua. – Piper fez uma careta. – Viu? É isso que você sempre faz comigo.

- E você quis casar comigo mesmo assim e ter trigêmeos.

- Você não vai ligar para a Jess.

A expressão de Piper era de total surpresa. As leituras de pensamentos que elas faziam com o tempo ficou mais forte. Às vezes ela odiava isso.

- Alex!

- Nós demos boa noite para eles mais cedo e eles quase desligaram o telefone na nossa cara. Essa noite é só nossa. Sem filhos.

Não argumentou sobre isso. Fazia 11 horas de 27 minutos que estava longe dos filhos. Sobreviveria mais 11 horas sem problema nenhum.

As duas andando pelas ruas de Nova York naquela madrugada de sexta-feira pareciam duas adolescentes.

Conversavam sobre tudo. Riam sobre tudo. Divertiam-se sobre tudo. Parecia até que estavam mesmo tendo um primeiro encontro e que uma não conhecia perfeitamente bem a outra.

Talvez esse fosse até o diferencial daquela noite. Elas pareciam duas pessoas que fazia pouco tempo que estavam se relacionamento – todos da boate ainda concordam sobre isso -, mas elas tinham uma bagagem de quase duas décadas. Seria difícil encontrar alguém com a vida amorosa que nem a das duas e mesmo assim uma sempre se apaixonar pela outra toda dia. Pois esse era o motivo delas não parecerem que eram casadas e que tinham trigêmeos. Todo dia uma se apaixonava pela outra. Todo dia o olhar cheio de amor, ternura e desejo estavam lá. Isso sem duvidas ficou mais forte por causa dos trigêmeos.

Só que aquela noite era delas e elas puderam mostrar tudo que uma sentia pela outra na terceira e última parte da noite. Dentro de uma suíte de hotel que Alex havia reservado. Passaram o resto da madrugada se amando que mal perceberam que estava quase amanhecendo quando foram dormir.

Alex passou a mão pela cama e não encontrou nem sinal de Piper.

Abriu os olhos e pela luz que entrava pelas janelas do quarto fazia algum tempo que já tinha passado das 10 horas da manhã.

O chuveiro não estava ligado. Conseguiria ouvi-lo e não pensaria duas vezes em juntar-se a Piper caso ele estivesse.

Estava começando a se conformar que se procurasse pelo quarto encontraria um bilhete da esposa pedindo desculpas, mas que precisava ver os filhos.

Era fora do normal o amor que a loira tinha pelos filhos. Ainda estava surpresa por ela ter realmente aceitado passar uma noite inteira longe dele por livre e espontânea vontade. Até alguns dias atrás ela ainda chorava quando alguma viagem a obrigava passar a noite longe de seus pequenos. Teve uma vez que ela chegou a cogitar comprar um jatinho – ou um helicóptero – para não ter que passar por esse tipo de situação. Até hoje Alex não sabia com qual dinheiro ela compraria um dos dois, mas que Piper disse que compraria isso ela disse.

Com o tempo ela passou a se considerar uma boa mãe. O sorriso que os filhos abriam sempre que a via e as gargalhadas que eles davam sempre que estavam brincando não podia ser sinal de que ela era uma péssima mãe. Se os trigêmeos sentiam só uma parcela de como ela se sentia quando passava um tempo com a sua mãe, isso realmente significava que ela estava fazendo um ótimo trabalho.

Mas Piper era uma mãe duas vezes melhor que ela. Nunca disse isso a ela e nem diria. Não com todas as palavras. Tentava mostrar todo dia que ela era. Que por instinto ela estava conseguindo criar os filhos como nunca pensou que conseguiria. Que todo o medo durante a gravidez a tornou a mãe que ela era hoje.

As crianças poderiam ter só 1 ano e 3 meses – um dos motivos de Piper não aceitar que era realmente uma boa mãe e muito menos uma mãe melhor que ela -, mas eles sabiam que aquela mãe loira faria qualquer coisa por eles. A morena também, mas era a loira que sempre chorava com qualquer movimento que eles faziam.

Alex saiu de seus devaneios quando viu a porta abrindo e para sua surpresa quem entrou no quarto foi a figura loira que ela tanta amava empurrando uma carrinho com uma bandeja cheia de comida.

- O que é isso? – Alex perguntou enquanto afastava os lençóis da cama liberando espaço para que Piper pudesse colocar a bandeja em cima dela.

- Eu sendo romântica. – sentou-se ao lado de Alex na cama.

- Tem donuts. – pegou um donuts com recheio de sonho. – Isso é a declaração mais linda e sincera que alguém poderia receber. – deu uma mordida no donuts.

- Alex, eu estou falando sério. – revirou os olhos. – Eu pensei no que você disse. Eu não sou romântica.

- Eu já disse que não ligo de ser romântica por nós duas. – estendeu o donuts para Piper. – Você quer? Está melhor do que os que a Nicky leva de café da manhã na editora.

- Será que você pode me levar a sério por cinco minutos?

- Eu te levo a sério Pipes, mas eu estou fora da minha zona de conforto aqui, então eu não consigo falar sério. Prefiro fazer piadas. Mas se isso vale de alguma coisa... Você é romântica, do seu jeito, mas você é.

- Você sabe como eu me sinto sobre você?

- Se eu não soubesse eu não teria casado com você. – Alex respondeu com um sorrisinho debochado. Piper fez uma expressão de tédio. Antes não tivesse resolvido ter uma conversa. – Você ainda, todo dia antes de me acordar, fica me admirando dormir. A forma como você me olha não precisa de palavras para eu saber como você se sente. Essa mesma forma que você está me olhando agora. – Piper baixou os olhos, totalmente sem graça. O que era ridículo. Era casada com aquela mulher. Nem o frio na barriga por ouvir tudo aquilo deveria sentir, mas mesmo assim estava sentindo e por mais ridículo que achasse que fosse não conseguia achar isso ruim. – Você sempre manda meu almoço com um bilhete quando não podemos almoçar juntas. Você nos associa com casais de séries e filmes por causa das declarações de amor que eles trocam. Você sempre presta atenção no que eu falo, mesmo quando finge que não está prestando atenção. – acenou com a cabeça para a bandeja em sua frente. – Eu não preciso escutar como você se sente seus gestos mostram isso perfeitamente bem. Quando seus gestos não existirem eu vou ter certeza que tem alguma coisa errada e então eu vou querer saber como você se sente sobre mim.

- Você é mesmo romântica por nós duas não é?

Alex deu de ombros e com um largo sorriso puxou Piper para um beijo.

Ela também não precisaria demonstrar com palavras o seu amor se quisesse. Cada beijo, cada toque, cada olhar, cada sorriso também mostravam o quanto ela amava Piper. Sentia-se melhor dizendo. Assim como sabia que Piper sentia-se melhor mostrando por ser tão espontâneo e dela que ela nem fazia ideia de que qualquer mínimo gesto era melhor do que qualquer declaração de amor que aquelas pessoas fazem na televisão.

Não era a Piper que estava diferente. As duas estavam. Elas não tinham mais medo daquele relacionamento dar errado. Pararam de carregar esse peso nas costas. Não sabiam exatamente quando isso aconteceu, só sabiam que tinha acontecido.

Elas estavam felizes.

Elas eram felizes.

Elas permaneceriam felizes.

Claro que Piper sabia que no seu caso não era somente isso. Mas isso era coisa dela. Não precisava espalhar. Estava tudo bem.

Elas estavam felizes.

Elas eram felizes.

Elas permaneceriam felizes.

O celular de Piper tocou.

Se o celular estivesse no viva-voz não daria para escutar com tanta nitidez os gritos de Polly como Alex estava ouvindo naquele momento. Piper não precisava nem colocar o celular na orelha para entender perfeitamente bem o que a amiga estava dizendo.

Ou praguejando.

- Será que agora que essa criança sair dela, ela vai voltar a ser desagradável em seu estado normal? – indagou Alex.

- Você vai segurar a mão dela.

- O Larry é o pai do bebê, não eu. Ele que segure a mão dela. Eu vou ficar bem longe me divertindo com toda a dor das contrações que ela está sentindo.

- Você sabe que são as mesmas dores que eu senti, não sabe? Ah não sabe... Você passou boa parte do tempo dormindo quando eu estava sofrendo com as contrações dos seus filhos.

- Meus filhos? – franziu o cenho - Só meus filhos? Eu não lembro de tê-los feito sozinha, Chapman.

- Será que agora já podemos ir embora ver nossos filhos? – a voz era manhosa e os olhos de suplica. - Daqui a pouco eles vão esquecer que tem mães.

- Vou levar esses donuts para eles. Na hora que verem que levamos comida eles vão lembrar que somos mães deles bem rápido.

Piper riu e a beijou.

Por mais que sentisse falta dos filhos aceitaria sem problema algum ter outra noite só das duas.


Notas Finais


Olha... Não queria dizer nada não, mas acho que só não teve spoiler dos capítulos finais nesse capítulo porque de resto...

Próximo capítulo ainda vai ta cheio de doce do jeitinho que vocês gostam. Juro! Alex vai até descobrir sobre os almoços que Piper anda tendo com o Devon.

Uma excelente Páscoa para todas vocês e até o próximo capítulo <3


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