História We Are Dust In The Wind - Plans

- Eu ouvi boatos por ai que o Maine fica uma delícia essa época do ano. – Robert comentou sarcasticamente. Ele me olhava como se soubesse tudo que tinha acontecido comigo até aquele segundo. Como se de algum jeito ele tivesse estado comigo aquele tempo todo.

- E eu ouvi por ai que você vai tomar nesse seu cu. – respondi, irritada.

- Hmm – sorriu perversamente – A menininha da mamãe está estressada.

- Onde está ela? O que você fez com minha mãe?

- Não se preocupe querida, ela está dormindo tranquilamente... Diria que não vai acordar tão cedo. Ah não ser que você queira... Posso resolver isso. – e sorriu.

- Qual seu problema ein? Sua mãe não te deu amor, não? Sua vida era tão miserável assim que você precisa descontar nos outros? Me diz. O que foi que eu te fiz? Por que você quer infernizar minha vida?

Robert começou a andar de um lado pro outro, dando risadinhas de vez em quando, se divertindo da situação. Como se aquilo fosse só uma grande piada pra ele. Como se tudo fizesse parte de um grande programa de comédia pra ele. A única coisa que eu pensava era pular naquele pescoço e acabar com a raça dele, infelizmente, ele estava entre eu e o quarto onde mamãe estava “dormindo”.

- Sinceramente, não entendo o problema. – continuei – Só porque peguei você traindo minha mãe com qualquer vagabunda por ai, você fica irritadinho? Não estou entendendo, não. Poderia me explicar? – ele pareceu nervoso quando xinguei sua tal amante. – Oh. Parece que toquei num ponto fraco.

Ele começou a se aproximar de mim, com uma cara nenhum pouco amigável.

- Você – disse, próximo ao meu rosto. – Não tem direito de falar mal de ninguém aqui, pois a única vagabunda que conheço é você. – falou rispidamente. – Fica por ai passeando com quantos homens quer e acha que as pessoas não comentam? – riu – Você nem sabe da própria fama, não é mesmo?

Dei de ombros. – E qual o problema da minha fama? Nova Iorque é uma cidade enorme, não é como se todos me conhecessem, e quem conhece que se foda. Mas ainda não entendi o chilique pela vadiazinha do cinema.

- Nunca. Mais. Fale. Assim. Dela! – e, sem cerimônia, meteu um tapa na minha cara. – Você não tem direito de falar nada dela. – falou, ou melhor, gritou.

Naquele momento um celular tocou e, como o meu estava no bolso, e o de mamãe estava em cima da mesa de centro, conclui que fosse o dele. O que foi confirmado assim que ele saiu correndo para poder atender.

Assim que o perdi de vista, peguei meu própria celular e mandei uma única mensagem para Frank: SOS.

Frank’s POV

- E como foi ficar preso num armário por cinco dias? – perguntei, dando algumas risadas.

- Vai se foder Iero, espero que você tenha que passar por isso pra saber as merdas que tive que aguentar. Aquele cara é louco. Ele ficou possesso enquanto estava lá, eles discutiam o tempo todo, a mãe de Lizz chorava na maioria do tempo e apanhava no resto, e era mil vezes pior quando ela revidada. Eu nunca mais quero ver aquele cara na minha frente. Tipo nunca mesmo.

Meu celular vibrou. Era uma mensagem de Lizz pedindo socorro.

- Pessoal... – comecei a me desesperar, e acho que meu rosto transpareceu isso pois todos começaram a ficar preocupados. – Acabei de receber um pedido de ajuda... Da Lizzie... Eu acho que ele tá lá com ela, mas ela não recebe minhas mensagens...

Todos ficaram desesperados, Mike parecia extremamente assustado e Ge não falou uma palavra desde que recebi a mensagem.

- Será que...? – Ray começou, mas não conseguiu terminar a pergunta.

- Alguém liga pra polícia pelo amor de Deus. – Ge berrou, desesperado.

E foi exatamente o que fiz.

Lizzie’s POV

Dez minutos haviam se passado desde que mandei a mensagem para Frank, mas não poderia saber se ele viu ou não pois Robert havia pego meu celular e, basicamente, acabado com a vida dele. Ele estava irreconhecível. É verdade que nunca fui com a cara dele, principalmente... Bom... Nunca. Mas algo nele mudou quando meu irmão... Quando ele... Enfim, ele mudou. Ele se sentia mais livre, como se tivesse livrado algum peso que tivesse. Nunca entendi isso. Sempre o achei um hipócrita, por ter sumido meses e voltado depois, como se nada tivesse acontecido, como se meu irmão não tivesse sido enterrado, como se ele não tivesse... Morrido...

Eu estava, novamente, amarrada. Isso começaria a ser um habito em breve, quem sabe eu me interesse por essas coisas de ser amarrada e tal... Vai saber né, do jeito que sou feita de capacho o tempo todo. Urgh. Como odeio esse idiota. Por que ele não some logo da minha vida ein?

Ouvi barulhos no quarto onde mamãe estava.

- O que você fez comigo? – ela berrou e ouvi um barulho de tapa, outro em seguida e mamãe chorando. – Saia dessa casa! – gritou, desesperada.

- MÃE! – gritei.

- Lizzie? – ela perguntou. – O que você fez com ela seu monstro?

- Cala boca! – Robert gritou. E então. Eu ouvi. O melhor barulho de todos os tempos. Sirenes e alguém batendo na porta. Só consegui gritar “socorro”, antes de levar um baque na cabeça e desmaiar.