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História We Are Dust In The Wind - Madhouse


Escrita por: VengeanceZombie

Capítulo 22 - Madhouse


Estava com frio, com fome e perdida. Rockland era uma cidadezinha de merda no Maine que já estava me irritando mais do que deveria e eu queria ir para casa. Frank não iria demorar muito para chegar, na verdade já deve ter, não sei. A ultima vez que falei com ele foi quarenta e cinco minutos atrás e não faço ideia de quanto tempo se leva de New York até o Maine então, oi.

- E ai gata, vem sempre por aqui? – um táxi parou ao meu lado e uma voz muito conhecida falou.
- No Maine? Não... Mas se você vier, posso pensar. – falei e nós rimos. Joguei-me dentro daquele táxi como se minha vida dependesse disso e então Frank falou o endereço de algum hotel que ele conseguiu um quarto. Tanto faz, tendo comida. Abracei-o fortemente e comecei a chorar de novo porque meu emocional estava abalado.
- Credo Lizzie, você está gelada. – falou, tentando me esquentar.
- E com fome. – comentei, ele riu.
- Já vamos comer alguma coisa ok? Só espera chegarmos ao hotel que eu peço um serviço de quarto digno de rainha.
- É bom que seja mesmo. – resmunguei. – Me diz, por favor, que você trouxe um casaco e que o Ge ficou lá em casa.
- Tudo como planejado meu amor, sua mãe nem desconfia.
- Ótimo – suspirei – Quero ir pra casa, mas acho que ela precisa de um tempo.

O táxi logo nos deixou em um hotel que até parecia bem aconchegante e, ao invés de Frank que parou na recepção para fazer o check-in, eu já fui voando para perto do elevador esperar ele.
- Sem a chave do quarto, é meio impossível entrar. – ele resmungou ao se aproximar e chamou o elevador.
- Não diga. – reclamei. – Só quero dormir até não aguentar mais, antes comer, claro.

 

Fazia três dias que estávamos em Rockland. Três miseráveis dias e nada da minha mãe ligar. Nem um telefonemazinho se quer. Nem Gerard. Ninguém ligava e eu estava começando a ficar preocupada. Que diabos estava acontecendo em casa nesse exato momento? Que droga.

 

Gerard’s POV – três dias atrás

Ficar trancado num quarto sem poder fazer barulho... Só podia ser ideia da Liz mesmo. Não que eu iria deixar minha mãe sozinha depois de ser sequestrado, mas caralho. Eu to com fome.
O cara demorou anos pra voltar pra casa... Como era mesmo o nome dele? Roberto? Ricardo?... Robert! Quase acertei essa merda. Que seja. Tive que ir pras escadas tentar ouvir o que eles conversavam.

- Demorou. – a mãe de Liz falou. Acho que ela estava tentando parecer natural.
- Ah. É. Reunião de negócios na cidade vizinha, o transito estava maluco. Vamos jantar? Morrendo de fome. – o tal de Robert falou bem calmo. Cara que vontade de socar ele.
- Certo. Vamos só esperar Lizzie voltar para casa. Deve estar na casa de um dos amigos.
- Se ela quiser comer, que coma por lá. Estou com fome. – falou bruscamente, eita cara delicado.
- Não, ela me disse que viria jantar hoje.
- E você realmente acredita naquela delinquente? – ele reclamou.
- Não fale assim da minha filha. – barulho de tapa. Eita, a mulher deu um tapa no cara?
- TÁ FICANDO MALUCA? – outro barulho de tapa, levou de volta...
- Você... O que... – a mãe da Liz ficou quieta por um tempo, qual o nome dessa mulher cara eu esqueci?
- Agora, o jantar.
E eles saíram por uma meia hora, até eu a ouvir chorando. Que merda gente, se eu descer essas escadas eu to fudido.

Lizzie’s POV – atualmente

- Quero ir embora. – reclamei pela quinta vez. E queria mesmo, o Maine era um saco. Quer dizer, não era tão chato assim, mas não estou simplesmente no clima para turistar pela cidade pelo amor.
- Já disse que só podemos ir quando sua mãe ligar ou mandar mensagem sei lá.
- MAS JÁ FAZEM CINCO DIAS QUE ESTAMOS AQUI! – gritei, levantando da cama. – E EU QUERO MINHA CASA! QUERO ACABAR COM AQUELE DESGRAÇADO!
- Eu sei Liz, eu sei. Fica calma.

Gerard’s POV – dia 2

É oficial, vou morrer de fome nessa casa. Quando o babaca lá finalmente jantou – enquanto eu passava fome, deixar bem claro aqui – ele ficou contente e foi dormir. A mãe de Liz ainda ficou lá em baixo uns quinze minutos e depois, puta que pariu, resolveu que ia ser massa dormir no quarto da filha. Resumindo: tive que dormir no armário. Sinceramente viu, isso não estava no contrato de amizade que assinei.

Quando eu finalmente acordei no dia seguinte, a casa estava vazia. Literalmente vazia. Nem sinal da mãe ou do “padrasto” de Lizzie. Então vi esse momento como: Hora de Estocar. Roubei tudo quanto era comida da cozinha e levei pro quarto da Liz porque sim e porque to morrendo de fome. Pedi umas pizzas e tal, negócio foi louco. Não tive muito tempo porque a mãe dela voltou umas três horas depois e me vi obrigado a voltar pro quarto. Ouvi ela pegando o telefone e dei graças a Deus que o do quarto da Liz era a mesma linha.

- Megan! Graças a Deus você atendeu.
- Qual o problema? – a tal de Megan perguntou. Espera... A tia da Liz não se chama Megan?
- Robert ele... Meio que sequestrou a Lizzie.
- QUÊ? COMO ASSIM “MEIO QUE SEQUESTROU”? – ow caralho não berra.
- Ela achou ele no cinema com outra mulher, foi lá tirar uma da cara dele, que iria contar pra mim e tal e ele levou ela para Rockland.
- MAINE? – mulher para de berrar!
- É. – suspiros – Não sei o que fazer. Mandei Frank ir lá com ela, não quero que Lizzie volte... Não por enquanto. Preciso resolver isso com Robert de uma vez por todas.
- Precisa mesmo. Qualquer coisa venha para Laguna. Sempre tem um quarto pras Moon.
- Obrigada irmã. – fim de chamada.

Eita porra.

Lizzie’s POV

- Sua mãe acabou de mandar uma mensagem. – estávamos há quinze dias no Maine, então obviamente quando Frank falou isso a primeira coisa que fiz foi arrancar o telefone da mão dele.
Vocês já podem voltar, x
- SÓ ISSO? ELA ME DEIXA QUINZE DIAS NESSE INFERNO E ELA SÓ MANDA UM “PODEM VOLTAR”? NOSSA ESSA MULHER VAI OUVIR!
- Para de berrar Liz. – Frank resmungou.
Esses quinze dias foram um inferno entre nós, eu vivia brigando com ele, enquanto Frank tentava ignorar ou simplesmente contornar a situação, o que no caso eu não deixava. Brigamos mais do que em todos nossos anos de amizade – que são muitos – e não havia um dia que ele não arranjava outro lugar para dormir. Então, muito provavelmente, ele estaria tão feliz quanto eu.

 

New York! Nunca achei que sentiria tanta falta dessa selva de pedra... Estávamos quase sem dinheiro – porque me negava a usar meu cartão – e o táxi saiu caro demais. Ge já havia voltado para casa no dia cinco falando que não ficaria mais nem um minuto dentro daquela casa, só não quis explicar o porquê e ainda falou “Isso é algo que você precisa perguntar a tua mãe”.

Chegar em casa foi o momento mais libertador da minha vida, mandei Frank ir para casa então seria só eu e minha mãe ali, apenas nós.
- Olha quem voltou. – uma voz bem conhecida falou me arrancando do meu conto de fadas.
- Mas o quê...
- Achou mesmo que seria assim tão fácil?
- Cadê minha mãe? – perguntei. – MÃE! CADE VOCÊ? MÃE!
- Ah, não se preocupe... Ela não vai te ouvir.
E ele sorriu.


Notas Finais


he he he he he he he he he he he he he he heh, até o próximo capítulo, comentem ^~^


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