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História We are infinite - Entrando nos eixos


Escrita por: lHina e scarletamanda

Notas do Autor


Oi gente <3
quem acompanhou minha outra fic sabe me dizer se ela teve um feedback melhor que essa está tendo?
Saudade de novos favoritos :(
Amando os comentários como sempre.

Capítulo 6 - Entrando nos eixos


POV Amy

   Uma onde de preocupação percorria meu corpo por medo de não ser contatada para a entrevista de emprego na Infinite, já fazia quatro dias e até agora o rapaz não tinha me ligado ou mandado SMS para solicitar minha presença na revista, tentei me concentrar nos livros a minha frente para ter um bom desempenho na prova e não dar mais motivos para Farrah falar merda na minha cabeça, mas parecia impossível com a ansiedade que só crescia a cada segundo foliei o livro inúmeras vezes e nenhuma informação foi absorvida pela minha mente e bufei de raiva comigo mesma. Como se não bastasse ter prova, escutar o falatório da minha mãe eu ainda tinha de lidar com Lauren e seus problemas dos quais minha ajuda nunca era bem vinda, pedi a ela que não metesse Liam naquela bagunça e a resposta que tive foi um “vai se ferrar”.

   Minha cabeça parecia inchar com tantos problemas e estudar qualquer coisa seria um grande desafio, enfiei a cara no livro e respirei contra o papel sentindo cheiro do meu fracasso no dia do teste e já me preparando para ouvir mais uma cobrança com crítica. Minha única alternativa era tentar pedir a ajuda de Reagan para me tirar desse hospício e por minha consciência no lugar, tateei a cama em busca do celular e com ele em mãos disquei para ela.

- Amy oi. – Parecia empolgada em ouvir minha voz.

- Desculpe não estar tão presente. – Resmunguei.

- Relaxa, sei que tá foda para você ai.

- Não tem ideia do quanto, não consigo estudar.

- Sua irmã tá brigando com sua mãe de novo? – Como sempre ela deduziu sobre meus dramas familiares e não podia estar mais certa.

- Nesse momento não, mas Lauren tá se metendo em problemas de novo e aquele maldito homem não entre em contato comigo para marcar essa entrevista de emprego. – A frustração em meu tom era óbvia.

- Esquisita porque não vem para cá para eu poder colocar essa sua cabeça de ovo no lugar? – Era tudo que eu mais queria.

- Tipo agora? – Precisava sair dali.

- Tipo agora, anda vou te esperar.

- Obrigada Rea. – Desliguei.

   Juntei minhas coisas na bolsa e joguei um casaquinho fino por cima da blusa saindo do quarto, segui rápido pela casa em busca da saída assim como um claustrofóbico quer sair de um lugar fechado. E como meu carma parecia não gostar de mim ouvi Bruce me chamar mais de uma vez e infelizmente tive que me virar para responder.

- O que foi? – Tentei soar normal, mas acabei soando presunçosa.

- Nada, mal fico em casa e vejo que você faz o mesmo. – Comentou sarcástico.

- Não que seja da sua conta já que até a vizinha passa mais tempo aqui que você. – O alfinetei ganhando um olhar desaprovador.

- Não te culpo por querer fugir daqui. – Fiquei surpresa pela compreensão em sua voz.

- Eu não culpo ninguém por querer sair daqui. – Abri a porta e finalmente senti minha liberdade surgir de novo.

   Caminhei pela rua devagar sentindo o sol sobre minha pele a agradecendo por não estar frio já que teria que voltar e pegar um casaco mais grosso fazia algum tempo que o frio não dava descanso e hoje ele decidiu me fornecer um pouco de alegria dando lugar ao calor. Rea não morava muito longe, portanto chegaria lá rapidinho e teria como estudar de verdade sem me preocupar com perturbações e interrupções de ninguém, isso era a melhor parte. Durante a caminhada fiquei imaginando se haveria a possibilidade de algum dia arranjar um trabalho e sumir desse lugar deixando tudo para trás, tentaria levar Lauren comigo que provavelmente rejeitaria, mesmo diante de todos os seus problemas ela era a única da família que significava algo para mim além de encheção de saco e isso era raro naquela casa.

   Quando avistei a porta não fiz cena em bater repetidas vezes e logo uma voz gritou “já vai” e não muito tempo depois Rea surgiu na minha frente com um bico de desaprovação pelos barulhos que provoquei.

- Desesperada. – Foi tudo que disse antes de me convidar para entrar e fechar a porta.

- Não sabe como me sinto aliviada em respirar uma atmosfera sem brigas e gritaria.

- Como sua família é animada. – Riu de forma descontraída.

- Antes fosse animação. – Bufei frustrada.

- O que Lauren fez dessa vez para te deixar mais puta do que já é? – Sorriu com sua pergunta.

- Vai se ferrar engraçadinha. – Rebati cutucando a cintura dela. – Ela tá pedindo bebida para aquele amigo certinho e bobo que gosta dela.

- O nerd inocente que faz tudo que ela quer?

- Exatamente, metendo o garoto nas merdas dela e quando falei para ela parar recebi um “vai se ferrar” de resposta. – Sentei na cama.

- Sinto muito. – Sentou ao meu lado.

- É tão exaustivo se importar com alguém e tentar ajudar e só receber patada atrás de patada, eu queria desistir dela, mas nunca conseguiria. – Desabafei me sentindo de mãos atadas.

- Talvez se ela se apaixonar pelo seu amigo certinho fique certinha também.

- Como se fosse simples assim. – Resmunguei jogando o corpo contra a cama.

- Tem uma coisa que é bem simples. – A voz dela soou sedutora e me assustei ao senti-la com as pernas abertas sobre mim.

- O que tá fazendo? – Sorri tentando soar despreocupada, mas meu rosto estava corado e meu coração acelerado.

- Te ajudando a esquecer os problemas. – Sussurrou no meu ouvido beijando-o devagar e me fazendo tremer nas bases.

- Rea não sei se posso te dar o quer. – Falei contra o ouvido dela e a resposta que recebi foi um beijo de língua.

- Vamos ver se não.

   Sua boca estava grudada na minha e eu podia sentir seus seios contra os meus, acabei me levando pelo momento e enfiando minha mão em seus cabelos mantendo o beijo firme e demorado. Não contive o suspiro quando senti uma mordida no pescoço e meu corpo gelou enquanto a mão dela deslizava pela minha barriga por dentro da blusa, eu era virgem e não sabia muito bem como parar os hormônios de desejo que se espalhavam pela minha mente, senti uma leve rebolada sobre mim e tentei não ofegar com a excitação crescente daquele momento.

- Rea... – Murmurei em seus lábios.

- Hmm...

- Eu não posso... – Tentei me levantar e ela forçou seu corpo sobre o meu me mantendo presa e imóvel de baixo dela.

- Pode sim. – Sorriu maliciosamente. – Sou sua melhor amiga A.

- E eu sou... – Corei com medo de dizer que era virgem e receber alguma represália da mulher cheia de fogo encima de mim.

- É o que? – Me olhava curiosa.

- Nada. – Eu parecia um pimentão.

- Você é virgem? – Rea ficou boquiaberta caindo sentada ao meu lado e deixando meu corpo se mover de novo.

- Não disse isso. – Fiz um bico envergonhado.

- Nem precisa dizer. – Sorriu.

- Qual Reagan vai me zoar agora só porque nunca dormi com ninguém? – Perguntei frustrada ajeitando minha blusa e me sentando na cama, como me sentia constrangida.

- Não vou é só que você é bonita demais para nunca ter feito nada. – Admitiu me olhando incrédula.

- Não tenho tempo para namorar ninguém e você sabe disso, mal consigo beijar alguém sem ser você. – Coloquei os cotovelos apoiados na perna enquanto segurava meu rosto.

- Ai meu deus Amy, você tem que viver alguma coisa além da faculdade. – Se virou para mim.

- Sabe que é impossível encontrar alguém interessado a ingressar nesse inferno que chamo de família. – Isso era a mais pura verdade.

- Eu até entraria nesse seu inferno se minha mãe não fosse religiosa fanática e odiasse gays. – Eu sempre soube que embora fosse um amor de pessoa a mão de Reagan tinha um tremendo preconceito contra casais homossexuais.

- Algum dia vai ter que dizer a ela.

- Algum dia de preferência quando tiver grana para me mandar daqui. – Bufou descontente.

- Porque tudo tem que dar errado? – Joguei a pergunta no ar.

- Nunca vamos saber.

- Melhor a gente estudar. – Sugeri antes que começássemos a chorar de frustração.

- Tem razão.

   Minha amiga se levantou pegando alguns livros de cima da sua mesinha e os jogou na cama ao meu lado, ficamos estudando por muito tempo e finalmente me senti tranquila por ter conseguido me concentrar e estudar tão facilmente ao lado dela. Já era tarde quando notamos e acabei ficando para o jantar, durante a refeição senti meu celular vibrar em meu bolso e o peguei sem grandes expectativas e o que constava no visor era um número desconhecido.

- Alô! – Atendi pedindo licença para Reagan e sua mãe.

- Olá querida Amy. – Quando reconheci a voz do tal Shane do outro lado da linha senti uma alegria crescer dentro de mim, eu sabia que não ia ser contratada agora, mas teria uma chance de ouro para ganhar meu próprio dinheiro.

- Shane! Ai meu deus que bom que ligou achei que não iria mais entrar em contato. – Soei empolgada e arranquei um sorriso dele.

- Eu mesmo. – Riu de novo. – Prometi que te ligaria chère. – Usou mais uma de suas palavras em francês. – Estou marcando as entrevistas com os candidatos o quanto antes, Karma precisa mesmo de ajuda.

- Entendo, fiquei tão feliz em te ouvir. – Comentei.

- Imagino, e então está livre na segunda à tarde?

- Pra essa entrevista estou livre o dia que precisar.

- Ótimo, apareça por volta das três da tarde te espero aqui meu amor.

- Com certeza irei, obrigada mais uma vez.

- De nada, até lá então.

- Até. – Desligou me deixando sozinha com o turbilhão de pensamentos positivos que rondavam minha mente.

   Voltei à mesa dando pulinhos e gritinhos de alegria, e as duas me encararam sem entender nada quando expliquei Rea me abraçou forte e a mãe dela me parabenizou. Depois de tanto tempo era ótimo receber uma boa notícia e foi com esse pensamento que voltei para casa naquela noite.


Notas Finais


Vocês estão gostando?
Pra ser sincera tó achando essa aqui mais bem escrita que a outra e vcs?


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