P.O.V Lauren
- Mãe, pai, Tay e Chris, eu tenho que contar uma coisa pra vocês…
- Quem você engravidou, maninha?
- Você é ridículo, menino. É uma coisa séria…
- Fala logo, Lauren Michelle, tô ficando preocupada – disse meu pai enquanto colocava a mesa do jantar junto com a minha mãe.
- Eu tô namorando… - todos ficaram em silêncio por um tempo e eu já estava assustada com isso.
- Ué… Mas você já não namorava a Camila? - minha mãe questionou.
- Que? Não…. Quer dizer, a gente tinha algo mas não era oficial, sabe?
- Sei… Bom, fico feliz com essa notícia, minha filha, eu vejo o quanto essa menina vem te fazendo bem e o quanto vocês parecem se gostar, Camila é uma boa menina. Vamos fazer um almoço ou um jantar e você chama ela aqui, ok? - eu ri por ter previsto exatamente isso e concordei com a cabeça, recebendo um abraço coletivo com desejos de felicidades pra nós.
- Você vai ter q falar com a mãe dela pra pedir em namoro, Laur? - minha irmã me pergunta – Eu sempre quis saber como funciona essa questão de pedidos em relacionamentos homossexuais.
- Essa coisa de pedido é meio sexista, né? Se fosse assim, ela teria que vir aqui também “pedir” pra namorar comigo – fiz aspas com as mãos – Mas eu prefiro dizer que vamos oficializar e conhecer a família uma da outra, odeio quando as pessoas acham que é preciso alguma fazer papel de homem na relação.
- É verdade, minha filha, mas confesso que fico mais feliz com uma menina te namorando do que um marmanjo.
- Por que, pai?
- Não sei, coisa de pai. - eu apenas ri imaginando se ele reagiria assim se soubesse as coisas que eu e a Camz fazemos.
-
Lauren: sapatonas, tenho uma novidade pra vocês
Vero: hum, conta aí
Lauren: eu tô namorando
Lucy: haha não diga
Dinah: você fez eu parar de assistir minha série pra contar algo que todo mundo já sabe?
Lauren: sério, que merda, por que ninguém responde com um: jura??? parabéns, felicidades!!!
Lucy: hahahahaha não fica brava, amiga, mas só vocês duas não sabiam do namoro, tá?
Vero: verdade. De qualquer jeito, felicidades, Jauregay, espero que você e a Camilinha continuem se amando e se agarrando pelo depósito.
Dinah: eu quero é saber como foi isso, mas quero saber pessoalmente. Vamos sair hoje, eu tô com uma mina, ela canta em barzinho e me chamou pra ir hoje lá.
Lauren: por mim tudo bem.
Lucy: por mim também. Leva a Mila e as meninas, Laur.
Lauren: vou falar com elas.
Liguei pra Camz e combinamos tudo para a noite, eu passaria na casa dela e as meninas já estariam lá me esperando. Estava deitada no sofá da sala olhando as fotos no meu celular, até que achei uma com a Camz e aproveitando minha felicidade, resolvi expor pra o mundo que agora Lauren Jauregui tinha dona. Postei uma foto onde estávamos deitadas numa cama e os sorrisos nos nossos rostos mostravam o quanto éramos completas uma com a outra. As vezes eu me assustava quando me pegava pensando em como estávamos avançando, em como, aos poucos, trilhávamos um futuro e o quanto eu desejava a minha morena nele. Eu sabia que as coisas poderiam se complicar no final da escola, nós queríamos fazer faculdade e não sabemos onde, poderíamos ficar a uma hora de distância ou a dias. Mas preferi tirar esses pensamentos da cabeça e focar no presente, no meu presente com ela, lidaríamos com essas questões na hora certa.
P.O.V Camila
Após conversar um tempo com a Lauren, resolvi treinar um pouco uns acordes no violão. Após o pedido de namoro, eu percebi que tocar e cantar era algo que me fazia bem, então eu ia me dedicar nos tempos livres. Meu celular vibrou com uma notificação e era do Instagram. A Lolo tinha postado uma foto comigo e eu surtei de felicidade, sai pulando pela casa e abracei minha mãe que me olhou feio querendo uma explicação:
- Mãe, a Lolo, mãe!!! Ela postou uma foto linda nossa, agora todo mundo sabe, é oficial.
- Uau! É oficial só por que ela postou uma foto? - eu ri e lembrei que ainda não tinha contado pra ela.
- Não, mama, é oficial porque eu a pedi em namoro?
- Como dizem vocês: MORTA, VIADO! Me conta como foi isso.
Morta fiquei eu com essa mãe moderna, quero saber onde ela tá aprendendo essas coisas. Ficamos num papo gostoso de mãe e filha e ao mesmo tempo de amigas, e ela acabou dizendo:
- Filha, eu tenho certeza que seu pai estaria muito feliz com esse namoro. Ta explícito o quanto você está feliz e te ver assim enche meu coração de alegria, sem contar que Lauren é uma boa menina. – eu fiquei radiante com o que ouvi porque em muito tempo, foi a primeira vez que ela falou sobre o papa sem chorar.
- Eu também tenho certeza que ele ia super apoiar, mama. Laur disse que em breve os pais dela farão um jantar pra gente, ok?
- Ótimo, filha. A propósito, diz pra Lauren fazer menos barulho da próxima vez que ela dormir aqui e sair escondido, tá?
Fiquei sem reação, apenas concordei com a cabeça e desviei minha atenção pra o celular. Morta, viado, minha mãe sempre soube.
P.O.V Lauren
A noite estávamos num barzinho, fomos todas de táxi porque hoje eu queria beber uma cervejinha pra comemorar com minhas amigas e minha namorada linda. Dinah não parava de falar na tal menina que ela estava saindo, que a menina era linda e tinha uma voz maravilhosa, que era fofa e safada e aceitava o jeito dela de não querer namorar, enfim, provavelmente era a menina ideal para a Dinah né.
Estávamos sentadas em uma mesa redonda e o papo estava muito agradável, ainda mais com a ajuda do álcool que fazia todo mundo ficar mais solto, mas em determinado momento da noite, senti, por baixo da mesa, a mão da Camz tocar minha coxa e fazer um carinho não muito inocente. A olhei com uma expressão de dúvida e ela apenas sorriu pra mim, e eu sabia o significado daquele sorriso. Ela deslizou seus dedos calmamente pela minha calça e pressionou os dedos na área da minha intimidade, o que me acendeu na hora mas precisei de muito controle pra não demonstrar nada. Camila se levantou e sussurrou no meu ouvido que ia ao banheiro, mas eu percebi a indireta, eu e a mesa toda.
- Vai Lauren, tá esperando o que? - Vero me berrou fazendo eu acordar pra vida e levantar rápido, indo atrás dela. Assim que cheguei ao banheiro, procurei em todas as cabines e assim que encontrei a morena, entrei junto com ela e tranquei a porta. Meu corpo já pressionava o dela na parede e eu sentia aquela cabine muito mais quente do que o normal. Não precisamos de conversa, eu e a Camila conversamos por olhares e esse olhar dizia que ela me queria o tanto que eu a queria. Apenas a beijei com toda a vontade e desejo do meu corpo, deixei que minha boca e mãos falassem por mim.
Camila segurava meu cabelo, arranhava minha nuca, puxava meu corpo contra o dela e eu sentia o meu corpo em chamas, mal conseguíamos controlar os suspiros, e quando deslizei a boca pra beijar e chupar seu pescoço, ouvi um gemido mais alto dela, o que me fez voltar a beijá-la, demonstrando o tesão que dominava meu corpo. Mas quando ela me empurrou e fez minhas costas baterem na outra parede da cabine, eu percebi que ela não queria ser comida, ela queria me foder e eu já estava de pernas abertas pra hora que aquela mulher me quisesse.
Sem mais demora ela abriu minha camisa e enquanto deslizava a língua pelo meu colo, suas mãos foram habilidosas até o fecho do meu sutiã, deixando meus peitos livres. Camila não ligava pra atenção que provavelmente estávamos atraindo, ela estava concentrada no meu corpo e cada movimento dela provava isso. Lambeu, chupou, sugou cada seio meu como se não tivéssemos transado a anos e a essa altura eu já não ligava mais que alguém pudesse ouvir o que fazíamos, eu apenas queria sua boca em cada parte do meu corpo.
Ela estava abaixada na minha frente e quando abaixei o olhar pra ela, eu não vi a minha menina romântica e delicada, eu vi a mulher que ela vem se tornando, vi o tesão e desejo no seu olhar. Camila passou a língua devagar pelos seus lábios enquanto ainda me olhava, abrindo minha calça e descendo devagar junto com a calcinha. Não demorei muito pra sentir sua língua encontrar meu clitóris e iniciar uma sequência de chupadas que precisei morder minha mão pra não gemer mais alto ainda.
- Porra, Camila, que delicia, não para… - Camila explorava todo o meu sexo com a sua língua, ela já conhecia o meu corpo, ela sabia os meus pontos de prazer e ela abusava de todos eles. Eu já revirava os olhos de tanto tesão quando sinto ela parar e levantar na minha frente.
- O que você tá fazendo? - perguntei já revoltada pela interrupção de uma chupada maravilhosa.
- ela deslizou a língua por todo meu pescoço, parando na minha orelha e chupando a pontinha, em seguida sussurrou com uma voz baixa e rouca:
- Eu quero te comer, diaba. - assim que ela acabou de falar, sinto dois dos seus dedos me penetrando e ela chocando seus lábios nos meus pra abafar meu gemido. Ela me beijava sem pressa porém de uma maneira extremamente sensual, mas quando começou a movimentar seus dedos, deslizei minha boca até seu ouvido e concentrei meus gemidos ali, baixos, apenas pra minha mulher escutá-los.
- Isso, mais rápido, me fode, Camila! - eu sentia seus dedos cada vez mais rápido e meu corpo cada vez mais quente, eu sentia o calor me dominar, eu sentia o ápice do meu tesão se aproximando e acabei descontar tudo isso ao arranhar as costas e ombros da morena. Quando finalmente senti aquela onda sublime de calor dominar todo meu corpo, precisei me agarrar mais ainda na Camila pois meu corpo tremia e eu sentia minhas pernas completamente bambas. Afundei o rosto no seu pescoço e precisei de um tempo até recuperar a respiração e a razão, mas ela tirou os dedos de dentro de mim e os levou até minha boca, ainda com sua cara de safada:
- Chupa, Lauren. - eu não sabia e nem queria dizer não para aquela Camila, eu só sabia obedecer e querer ser dela. Chupei seus dedos e fiz questão de demorar nesse gesto e a encarar, fazendo-a sorrir e morder o lábio inferior, balançando a cabeça devagar – Boa menina. Já podemos tirar “sexo no banheiro do bar” da nossa lista de lugares pra fazer sexo.
- Nós temos uma lista? - eu perguntei enquanto tentava vestir minha roupa e ficar apresentável pra sair do banheiro.
- Na minha mente nós temos uma lista enorme, Lolo. - me deu um selinho e abriu a porta da cabine, olhando e conferindo que não tinha ninguém no banheiro. Foi até o espelho e enquanto ela arrumava o cabelo, eu encarava o quão perfeita sua bunda era. Não resisti e a abracei por trás, sentindo aquele corpo maravilhoso e cheiroso colado ao meu.
- Você é maravilhosa, sabia morena? - ela riu e concordou com a cabeça.
- Você bem que podia dormir hoje na minha casa, né?
- Com esse fogo que nós estamos, vamos acordar sua mãe e toda a rua, Camz. - ela se virou pra mim com aquele sorriso maroto nos lábios e disse.
- Minha mãe sabe que você dorme esse tempo todo comigo, ela disse que era pra você fazer menos barulho da próxima vez. - arregalei os olhos e passei a mão pelos meus cabelos.
- Puta que pariu, essa é uma péssima imagem pra passar pra sogra.
- Relaxa, diaba, ela tá feliz por você me fazer feliz. E quando você me come, me deixa muito feliz. Então você está autorizada a dormir hoje comigo porque eu quero a minha mãe feliz, estamos combinadas? - estendeu a mão pra mim, apenas balancei positivamente a cabeça e prontamente apertei sua mão, puxando seu corpo contra o meu, colando nossos lábios e engatando outro beijo daqueles que ia acabar em sexo se não fôssemos interrompidas por um grupo de meninas entrando no banheiro.
-
- Camren is back, finalmente ein casal.
- A fila do banheiro tava enorme, gente – Camila respondeu na maior cara de pau, eu apenas ri e recuperei meu copo, voltando a beber mas percebendo o olhar desconfiado de cada uma daquela mesa. Vero olhava pra mim e ria discretamente, estendendo o copo na minha direção como se brindasse, e logo todas acabaram rindo da situação.
- Olha amigo, não sei que tipo de fila que vocês pegaram, mas pelo seu ombro, acho que vocês foram numa guerra e voltaram né? - Ally disse e todos olharam a blusa da Camz que não escondia seus ombros, então toda minha arte estava exposta no seu corpo. Ótimo, território marcado.
- Que babado, olha essa marca aqui – Mani apontou – Essa tá muito forte, provavelmente foi a última, sabe, a marca do orgasmo.
- NORMANI! - Camila gritou e a mesa toda riu, incluindo a minha morena – Meu deus, como vocês são indiscretas…
- Ah tá, vocês vão transar no banheiro e NÓS somos as indiscretas? - Lucy respondeu e suspirou, virando pra Vero – Amor, nossa vez, né?
- Ah não, o que está acontecendo hoje com vocês? Se controlem, que bando de ninfomaníacas que eu resolvi chamar de amigas, viu – Ally resmungou sendo abraçado por Mani.
- Concordo, essas meninas tão precisando de Deus. Leva elas domingo na igreja, AllyCat, alguns demônios da luxúria precisam ser exorcizados. - Ally resmungou de novo, dessa vez falando que não íamos virar o alvo da mesa pra ela. Enquanto a conversa rolava solta, olhei pra o lado e dei um beijo na bochecha da Camz, aproveitando pra falar perto do seu ouvido:
- Acho melhor você pedir um energético porque hoje você não dorme, Camila Cabello.
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