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História Whatever - Tudo aquilo que me causa dores de cabeça


Escrita por: shotales

Notas do Autor


Oláaaaaaaaaaaaaa
turu bom?
mais uma vez, desculpem a demora rsrs
dessa vez não tem desculpa, é só que ultimamente eu to lendo muito mais os livros que eu tenho aqui em casa do que escrevendo, sorry

mas enfim, uma hora tinha que chegar capitulo novo, e aqui está

Capítulo 28 - Tudo aquilo que me causa dores de cabeça


Rápido, voltamos para dentro do carro. Entreguei meu celular pra Rafael, para que ele e o Alan pudessem ver o endereço.

– Se ela não estiver aí, não sei mais onde pode estar – afirmo. – É a minha ultima esperança.

– Então cruzemos os dedos – Alan diz antes de puxar o freio de mão.

 

Esse foi, de longe, o lugar mais longe para onde fomos essa noite. Quando chegamos, o sol já aparecia aos poucos no horizonte e um laranja forte tomava o espaço do escuro céu noturno.

Acho que passei tanto tempo acordada, que já não sinto mais sono. Ou meu corpo só esqueceu de que eu precisava dormir com tanta adrenalina que ele produzia. Minhas mãos suavam tanto que meus dedos escorregaram ao tentar abrir a porta do carro.

O tal endereço ficava em um bairro pouco movimentado. Mais especificamente, era um parque muito bem arborizado no meio de um condomínio chique.

O lugar era bonito. Ao passar pelo portão de entrada, apenas eu e Alan seguimos. Os outros pararam para ler a placa, e depois correram para nos alcançar.

– Tem certeza de que ela ta aqui? – Rafael perguntou.

– Eu nunca disse que tinha certeza – respondo, apenas.

Nós seguimos andando por um tempo, entrando mais fundo no parque. As vezes chamávamos o nome dela, mas em nenhuma das vezes recebemos resposta.

Eu já estava quase desistindo. Estava cansada, fedendo, queria voltar pra casa e dormir pelo resto da semana. Mas, de repente, sinto algo puxando meu casaco. Era Kay. Ele puxava minha manga com força e olhava fixamente para um lugar.

Cocei os olhos e olhem para a mesma direção. Lá estava ela. Sentada, de costas pra gente, em uma pedra grande que ficava na beira de um laguinho pequeno. Antes que Kay pudesse falar qualquer coisa, saí correndo na direção dela. Ouvi os meninos chamarem meu nome e correrem atrás de mim, mas não me virei pra ver. Meu objetivo estava logo à frente.

No meio do caminho, tropecei em uma raiz de árvore. Algumas mãos tentaram me ajudar a levantar, mas não dei importância e logo me levantei e continuei a correr.

Estava chegando perto quando Kay me alcançou e passou a correr na minha frente. Ele se lançou pra frente e prendeu Luíza em um abraço. Quando os alcancei, me juntei ao abraço. Os outros dois pararam ofegantes atrás de nós instantes antes, e observavam a cena.

Luíza, que até então ainda olhava para o lago, se virou para mim e me abraçou forte – tão forte que chegou a doer – e deitou o rosto no meu peito. Abracei ela de volta, igualmente forte. Mas aí Kay a cutucou, e ela me soltou e se virou.

Por alguns momentos Luíza parecia não reconhecer que era o cara na sua frente. E quando percebeu, seu rosto se iluminou e ela o abraçou também.

Por mais que eu estivesse com saudades da Luíza e queria ficar junto dela, Kay e ela não se viam há anos. Então me levantei e me juntei aos outros dois, para os deixar sozinhos um pouco.

– E não é que a gente achou? – Alan falou, soltando um suspiro satisfeito. Concordei em um aceno de cabeça e um sorriso de lado.

– A parte ruim é que agora tu não vai mais ficar na minha casa – Rafael disse e secou uma lágrima imaginária.

Revirei os olhos e me virei para ver os outros dois. Mas enquanto eu girava o corpo, me bateu uma tontura e tive que me segurar em uma árvore ali do lado para não cair.

– E-eu não to m-me sentindo mu-uito be-em. Meus joelhos colidiram contra o chão e pude perceber uma movimentação ao meu redor antes de perder a consciência.

 

Eu acordei algumas horas depois em um apartamento completamente estranho, nunca tinha estado ali antes. Eu estava deitada em um sofá e tinha um pano úmido na minha testa, que caiu no meu colo quando me sentei.

Um pouco de dor de cabeça e mais tontura me fizeram levar a mão a testa. Eu tinha me levantado muito rápido. Quando a tontura ia passando, alguém apareceu por uma porta à direita.

– Acordou, finalmente – falou, e ao se aproximar eu pude ver que era Alan com uma xícara na mão. Ele me entregou a xícara e o vapor junto com o cheiro se espalharam pelo meu rosto.

– Argh, o que é isso? – perguntei. O cheiro era ruim, muito ruim.

– Chá. – Eu ia levando a xícara até a boca, mas parei e devolvi pra ele quando ele disse isso. – Não gosta? – Nego com a cabeça. Ele suspira e coloca a xícara na mesinha de centro. – Ta se sentindo melhor?

– Sim, só com um pouco de dor de cabeça – respondi. Ele pegou o pano do meu colo e pressionou contra minha testa de novo. Substituí sua mão pela minha, segurando o pano quente na cabeça. – Essa é a tua casa? – pergunto.

– Sim. Ela era a mais próxima, então te trouxemos pra cá depois que desmaiou – explicou.

– E os outros...?

– Kayser levou a Luíza pra casa e o Cellbit saiu pra comprar umas coisas, já deve voltar daqui a pouco.

– O que realmente aconteceu? Eu não lembro muito bem. – Tento me forçar a lembrar, mas a última coisa que me vem a cabeça é eu ir abraçar Luíza na pedra.

– Nós encontramos a Luíza. Vocês se abraçaram. Tu deixou os dois sozinhos e veio pra junto da gente. Tu disse que não tava bem e de repente desmaiou, o Cellbit teve que te segurar pra não cair. – Ele vai explicando. – Nós te trouxemos pro carro e viemos correndo pra minha casa. Kayser explicou o que tinha acontecido pra Luíza no caminho pra cá. – A porta se abre o interrompendo. Era Rafael entrando com algumas sacolas.

Ao me ver, ele sorri e larga as coisas para se juntar a nós.

– Tá se sentindo melhor agora? – ele pergunta.

– Sim, mas ainda to com um pouco de dor de cabeça. – Ele colocou a mão na minha testa, onde o pano já não estava mais, e a outra mão na sua própria.

– Não parece ta com febre ou algo assim – diz por fim.

– Eu tava contando pra ela o que aconteceu depois que ela desmaiou – Alan fala. – Continua de onde eu parei – ele fala para o Rafael e sai, levando consigo as sacolas que estava no chão.

Rafael senta do meu lado, onde antes estava o Alan.

– Onde vocês estavam? – ele pergunta. Falo a última coisa que Alan me contou e ele continua:

– Depois de cuidarmos de ti, eu Kayser e a Luíza saímos de novo e fomos até o meu prédio, onde Kayser pegou sua moto e levou Luíza pra casa. Eu fui no mercado e na farmácia e voltei pra cá. Foi basicamente isso – ele termina.

Alan volta da cozinha com três xícaras nas mãos. De longe, senti o cheiro de café. Ele nos entrega duas – que já tomamos boa parte do líquido – e coloca a outra na mesa de centro, na sua frente.

– Seus viciados – ele fala e senta.

Ambos, Rafael e eu, ignoramos o comentário alheio e continuamos tomando o café. Até que eles terminam e colocamos as xícaras em cima da mesinha, junto com a xícara cheia do Alan.

Depois de alguns segundos em silêncio, pergunto:

– E agora? – eles me olham sem entender. – Eu vou pra casa, não é?

Eles se entreolham e Alan faz um gesto com as mãos incentivando Rafael a falar.

– Então... Na verdade, a Luíza pediu pra ficar um tempo sozinha – o interrompi.

– Mais do que ela já ficou?! – exclamo indignada. Mas sou ignorada.

– E nós também achamos que é melhor tu não ficar com ela, por causa dos cuidados e a condição emocional não muito estável da Luíza.

Suspiro, convencida.

– Ta legal. Então vamos? – pergunto me levantando.

Eles se entreolham de novo e então Alan pergunta:

– Pra onde?

– Pra casa dele. – Aponto pro Rafael. – É lá que eu vou ficar, né?

– Ah, sim – Rafael fala se levantando. – Vamos então.

Alan nos dá carona até o apartamento de Rafael. Nos despedimos e esperamos o carro ir embora antes de entrar. Quando entramos no apartamento, Rafael fica me fazendo várias perguntas.

– Ei, calma. Eu to bem. – O tranquilizo. – Só um pouco cansada.

Ele fica mais calmo e se senta do meu lado. Então puxa o celular do bolso e verifica as horas.

– Daqui a pouco vai amanhecer. Quer ir dormir? – Penso um pouco.

– Não to com sono – falo. – Mas pode ir lá.

Ele me olha atravessado. Reviro os olhos, rindo.

– Qualquer coisa eu grito.

Ele dá um sorriso contido e vai para o seu quarto. Eu fico na sala, mandando algumas mensagens pra Luíza e tentando falar com ela de alguma forma. Mas não sou respondida.

Sem muito o que fazer, fico mais um tempo na sala, pensando. Então me levanto e, devagar para não fazer barulho, vou até o quarto de Rafael. Ele dormia tranquilamente, ainda com a roupa que estava antes.

Me sento do seu lado e começo a fazer cafuné nele. Fico assim por um tempo, até também adormecer.


Notas Finais


nem precisa comentar, eu não mereço kkkk
mas eu ia ficar bem feliz


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