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História Where You Are. Taekook, Vkook. - Capítulo 1


Escrita por: CopinhuYoongi e nebulouszy

Notas do Autor


🌍 Aviso de certos gatilhos. Se você se sente desconfortável pelo tema abandono, sugiro que não leia. Contém trechos de depr*ssão.

Where You Are - PinkPantheres

Capítulo 1 - Capítulo 1


Um colega da faculdade resolveu dar uma festa na sexta-feira, e é claro que eu resolvi vir.

Vim beber.

Ouvir música. 

Encher a cara e pular enquanto tocava I Like You, de Post Malone e Doja Cat. Meus cabelos ruivos cacheados já estavam suados de tanto que eu pulava, minha garganta doía de tanto que eu gritava e cantava.

Só tínhamos dois dias de folga da faculdade. Sábado e domingo. Tínhamos que aproveita-lo ao máximo. 

Quer dizer, pelo menos tentar. Tentar aproveitar alguma coisa quando Jeon Jungkook tá por perto é meio complicado. 

Aquele menino é insuportável. 

A gente se conhece desde o nono segundo ano do ensino médio e infelizmente estávamos na mesma faculdade também. Eu não sei exatamente como aconteceu, mas o fato é que ele sempre foi chato e briguento, e ai teve um dia que ele buscou confusão comigo na cantina e eu joguei todo o macarrão com queijo na sua cara, e ai ele literalmente começou a me perseguir.

Fazer o inferno na minha vida.

Mas eu também fazia na dele.

Falar no capeta...

Ele acabou de saber que eu estava aqui e veio até mim. Provavelmente já bêbado. A testa suada, os lábios vermelhos, o piercing no lábio inferior a mostra e o sorriso filho da puta.

— não sabia que vadiam eram permitidas. — ele disse, parecendo surpreso. O corpo agora apoiado na parede ao meu lado. — quer dizer que tá fazendo programa até aqui?

Revirei os olhos, arrumando a alça do macacão amarelo.

— não sei. Por quê? Tá interessado?

— em foder com você? E ainda ter que pagar pra comer alguém que todo mundo passa a mão? — ele riu, negando com a cabeça enquanto tomava mais um gole da sua cerveja. — obrigado. Prefiro tomar veneno.

— então toma, por favor, porque eu não aguento mais ter que olhar pra essa sua cara. Seria muito bom se você sumisse do mapa de uma vez por todas.

Respirei fundo, enrolando um dos meus cachos ruivos, tomando mais um pouco da bebida. De repente, a festa tinha ficado insuportável com a presença de Jungkook. Até mesmo aquele perfume dele me enjoava, me dava vontade de vomitar.

De preferência na cara dele.

— eu não vou tomar. Acha que eu vou perder a oportunidade de te infernizar todos os dias, coração?

— é a única coisa que você sabe fazer, Jungkook. Você faz de tudo pra chamar atenção de todo mundo porque não tem ninguém por perto. Nem seus amigos te suportam mais.

— é? — perguntou, piscando os olhos lentamente. Parecia entediado com meu papo. — e como chegou nessa conclusão? 

— é fácil. Só olhar pra você e ver o quão deplorável você é, é a ponto de ninguém querer ficar perto de você. E ai, você vem, me inferniza, me enche o saco, porque você só consegue atenção do cara que te odeiam

— eu sou deplorável por te chamar de vadia? Não é culpa minha se você sai dando pra todo cara que abre as suas pernas.

— só que isso não é verdade, imbecil, e mesmo se fosse não é da sua conta. Eu não fico falando merda no seu ouvido por você se deitar um e com outro. — enfezei a cara, o olhando de relance. — tô pouco me fodendo onde você coloca o seu pau ou a sua bunda, então por que você se incomoda se eu tô sentando com um ou com mil?

— então por que você se importa de ser chamado de puta?

— porque eu não sou. Transo porque quero, não por ser pago. Embora seja uma boa opção. — ponderei, pronto pra sair de perto dele quando Jungkook me segurou pelo braço, me impedindo. — me solta, inferno!

— eu não terminei de falar. 

— e o que mais você vai me dizer?? É sempre a mesma coisa. Nem a porra de um argumento bom você tem, asno!

— eu deveria falar sobre o quê, então? Sobre quem? Que tal o seu pai, aquele cara que se metia com agiota?

Eu ergui meu rosto para olhar Taehyung, lentamente, piscando meus olhos verdes antes de respirar fundo.

Eu odiava esse homem.

Odiava o quão baixo ele era.

— não toque no nome do meu pai, Jungkook. 

— o quê? Não posso falar que ele era a porra de um drogado? Viciado? E que foi por isso que-

— CALA A BOCA! — berrei, o empurrando contra as caderinhas que estavam por perto. Jungkook só não caiu porque tinha se segurado na parede, mas estava tão bêbado que não ia demorar pra estar no chão. — EU NÃO QUERO QUE VOCÊ AO MENOS TOQUE NO NOME DO MEU PAI!!

O moreno riu, apoiando a mão na parede amarela antes de quase cair de novo quando tropeçou na cadeira rosa.

— não quer que eu fale que ele era um viciado em cocaína e que pegou tanto dinheiro a ponto do agiota dar uma surra nele?

— Jungkook, ele morreu. Ele morreu, caralho. Eu não vou tolerar nenhuma brincadeira com ele!

— mas eu não tô brincando, uai. Eu tô falando a verdade. É mentira o fato de ele ser um doente mental e viciado? 

Fechei os olhos, passando a mão suada por meu rosto enquanto respirava fundo. Outra vez. Com Jungkook eu sempre precisava tentar me acalmar com tanta besteira que ele me dizia. Enquanto tocava Dog Days Are Over, de Florence The Machine, eu abria as pálpebras novamente pra encarar o moreno.

— pelo menos eu tive um pai, Jungkook. E você? — perguntei, chutando uma cadeira quando me aproximei mais do seu corpo, o encarando nos olhos. O cheiro de bebida impregnando no meu nariz. — seu pai te abandonou antes mesmo de você nascer, Jeon. Sua mãe tentou te abortar umas mil vezes porque não queria ter a praga que você é, e pelo que eu sei, assim que você nasceu ela te jogou nos braços da sua avó. Ela não quis cuidar de você, então deu pra sua tia. Sua tia não te suportava, é claro, então deu pro seu tio, mas ele não gostavs de você, e ai você foi passando de casa em casa porque ninguém queria ficar com um lixo que nem você. — praticamente cuspi as palavras, o empurrando novamente. Desta vez, Jungkook bateu as costas na parede. — sua vó te pegou pra cuidar de novo, né? Mas depois de anos nem ela te aguentava mais, não aguentava mais o peso que você deve ter sido pra ela. E ai sua mãe quis finalizar pegar a pensão do seu pai e te pegou pra criar de novo, mas parece que nem te dar comida ela dava direito. Sabe o porquê? — indaguei, apontando pro seu rosto, não me importando com a proximidade. — porque nem a sua própria mãe te ama.

— cala a boca. — ele vociferou, mas nada mais. Ele só estava me olhando, sem se mover. — cala a merda da boca. 

— por quê? Só porque eu tô falando a verdade? Não é culpa minha que você é a porra de um inútil que ninguém quis por perto, Jeon. Nem amigos você tem, porque eles não te suportam! — eu ri, dizendo o óbvio. O corpo borbulhando de raiva, tanta raiva que me fazia querer chorar de ódio. — ninguém te suporta!

— eu já mandei calar a boca, Taehyung. Isso não é da sua conta!

— meu pai também não era da sua, mas você encheu a boca pra falar dele. Ele pode estar morto, mas eu tenho certeza que se estivesse ele com certeza se importaria comigo. Já os seus pais estão vivinhos da silva e mesmo assim não ligam nem se você tá vivo também. 

– eu já mandei ficar calado.

— ué, por quê? A verdade dói? Doi saber que se você morrer eles não vão sentir falta? Porque ninguém vai. Ninguém vai. Na realidade, vai ser um alívio, Jungkook. — digo, me afastando de si pra poder ir me sentar novamente, cruzando minhas pernas. — se você morresse agora, ninguém ligaria. No meu caso, eu compraria fogos de artifício pra estourar no seu funeral.

Quando terminei de falar, eu peguei minha cerveja pra continuar bebendo.

Jungkook ainda estava parado no mesmo lugar, olhando pra mim com os olhos brilhando por algo que tô pouco me fodendo pro que é.

Só sei que ele largou a cerveja no chão e saiu rapidamente, me fazendo me sentir aliviado por não ter mais que olhar para aquela cara.

Por mim, não olhava nunca mais.

Nunca. 

Eu passei o resto do tempo com meus amigos. Não era de ficar enchendo a cara, mas hoje eu precisava. Hoje eu queria. Então, sim, comi, bebi e cantei, tentando esquecer de qualquer coisa que não seja restrito a essas três coisas.

Só que por volta das duas da manhã Namjoon tinha aparecido. Ele tinha aparecido todo ofegante, se aproximando da nossa roda de conversa.

A música ainda era alta e eu me sentia corado pela bebida.

— o que foi? Por que tá assim??

— Jungkook sofreu um acidente. Acabei de sair de la e... porra, tá cheio de viatura, tem uma ambulância por lá e... — ele suspirou, passando a mão pela testa suada. — eu acho que ele pode morrer. Machucou a cabeça, os ossos das pernas estão pra fora...


Notas Finais


pesado...

roupa do tae: https://pin.it/5NbXPuX

cabelo do tae: https://pin.it/5iIcjTT

cabelo do jk: https://pin.it/7ukVwut


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