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História Who You - Certezas inaceitáveis


Escrita por: Minsyeol

Notas do Autor


Oláaááááááá não me matem pela demora ok? Eu continuo a amar Hanjoo com todas as minhas forças mas fiquei sem motivação por isso demorei MT tempo para escrever. Misturando a minha falta de motivação ´com as minhas crises existenciais de adolescente com hormonas aos saltos mais testes e exames e trabalhos para fazer só pude atualizar agora, EM PLENAS FÉRIAS DE VERÃO YEEEEEEEE

Okay continuem a leitura não vos chateio mais

Capítulo 4 - Certezas inaceitáveis


Fanfic / Fanfiction Who You - Certezas inaceitáveis

 

- “1, 2, 3, 4, 5, 7, 8!” Uma voz grossa e arrastada ecoava, contrastando com a música intensa e electrónica, na sala espelhada. Também podemos juntar ao ruído, o barulho inevitável dos passos pesados e atentos dos alunos.

Sem aviso prévio, o professor balofo e com a barba grisalha descuidada, saiu da sala deixando os alunos a dançar. Nenhum deles se atreveu a parar pois já estavam habituados ao comportamento esquisito daquele professor.

Byung Joo nem precisava de rever os passos na sua cabeça pois o seu corpo já os sabia de cor e salteado. Para maior concentração, ele imaginou-se sozinho naquela sala, apenas acompanhado da aparelhagem.

No caso de Hansol, este  também havia treinado o suficiente para saber a coreografia. Naquele momento, ele estava mais atento aos movimentos do rapaz de cabelos castanhos. Hansol tentava desviar a sua atenção para a dança porém, ver Byung a dançar era algo que o deixava dislumbrado. Lançou olhares sorrateiros a fim de admirar a cara do mais novo de perfil. A sua expressão de concentração era bastante intensa e séria.

A música havia terminado e formaram-se grupos que trocavam garrafas de água e palavras rápidas no pequeno descanso. Sem pensar duas vezes, Hansol aproximou-se do mais novo que bebia água como se não houvesse amanhã.

- “Bom trabalho, vê-se que estás empenhado.”

B-Joo deu um último gole e suspirou ruidosamente com um sorriso no rosto, aliviado por matar a sede. Pousou o objecto de plástico no chão antes de mostrar os dentes num sorriso mais aberto. Ele encontrava-se contente uma vez Hansol tinha vindo falar com ele, e assim não estava sozinho, e também pelo seu esforço ser reconhecido. Só Byung sabe as noites que ele gastou a praticar.

Fez uma pequena vénia antes de responder: “Obrigada hyung. Ainda bem que se nota porque eu tenho esforçado-me imenso. Aliás, eu nem teria entrado na Wizard se não fosse para levar as coisas a sério.”

- “Boa, é assim que deves pensar.” Hansol mostrou os seus dentes perfeitamente alinhados antes de lançar um olhar à garrafa de água. “Posso beber um bocadinho?”

- “Força.” Byung sentou-se no chão, com as pernas cruzadas e Hansol fez o mesmo antes de agarrar na garrafa e beber um pouco do líquido. No entanto, só deu um único gole. Um pensamento perturbador e sem importância atravessou a sua mente nervosa: Ele tinha acabado de dar um beijo indirecto com B-Joo. E aquilo foi o suficiente para se engasgar. Afastou o gargalo da boca e tossiu violentamente. O mais novo assustou e deu umas leves palmadas no mais velho na tentativa de o fazer parar de tossir.

- “Estás bem?” B-Joo perguntou assustado, reparando nos olhares preocupados e curiosos dos outros.

- “Sim Sim!” Ele tossiu uma última vez antes de soltar um suspiro. Que vergonha que passara! Ainda por cima à frente dele! “Desculpa…”

- “Estás a pedir desculpa de quê?” O mais novo arqueeou a sobracelha, lembrando-se de repente da história indicada para aquela situação. Congratulou-se por saber como continuar a conversa. “Isso está sempre a acontecer, não tens de te preocupar. Houve uma vez que-“

Um grito ecoou no prédio do pólo creativo da universidade. O grito era estridente, ensurdecedor e extremamente agonizante. Algo que nenhum deles se esqueceria tão cedo. Sem reação, os alunos olharam uns para os outros sem saber como proceder. Até que um rapaz alto como um poste levantou-se e saiu da sala a correr. Algumas pessoas seguiram-no, incluindo B-Joo e Hansol que se encontravam demasiado assustados e preocupados para ficarem no mesmo lugar.

O mais novo não conseguia desencadear uma única palavra. A sua cor já pálida tinha ficado ainda mais branca. Como sempre acontecia nos momentos stressantes, ele mordia o lábio inferior.

Já o mais velho, virava a sua cabeça para todos as direções sem saber como prosseguir. Desejava perguntar o que se havia passado mas sabia que ninguém lhe responderia.

Ouviu-se outros gritos arrastados e palavras à solta de uma sala ao fundo do corredor. E o pequeno grupo de dançarinos dirigiu-se com cautela. Na porta de madeira clara havia um sinal onde se podia ler “Grupo de Teatro: Os loucos”.

Com cuidado, o rapaz que guiava o grupo abriu a porta e enfiou a cabeça para dentro da sala. Assim que se apercebeu do que se passava, entrou sem medo dentro da sala. Os outros, incluindo Hansol e B-Joo fizeram o mesmo. Os gritos havia cessado e o único som que restava era as gargalhadas altas dos alunos.

O grupo estava a meio de um ensaio e o grito era obviamente parte da peça. Uma rapariga loira, certamente estrangeira, exibia uma cor avermelhada nas bochechas gordinhas. Hansol conhecia-a de vista uma vez que outro seu conhecido estava no teatro.

- “Oi!” Um cumprimento alegre captou-lhes a atenção e B-Joo pôde logo reconhecer o rapaz de orelhas grandes. Era o Sangdo.

- “Olá hyung.” Byung sorriu ainda um pouco alterado.

- “O que foi aquilo?” Hansol balbuciou ainda fora de si. “Eu juro que o meu coração ia rebentar! Parecia que tinha morrido alguém!”

Sangdo riu-se sem preocupação. “É a Cassandra, uma aluna da Escadinávia que está a fazer intercâmbio. Ela tem demasiado talento!”

- “Ai sim? Ninguém duvidaria porque íamos morrendo na sala ao lado!” Byung aproveitou a deixa para participar na conversa.

Algumas pessoas aproximavam-se da rapariga tímida e deram-lhe high fives com sorrisos felizes no rosto. Também ela se ria ainda um pouco contida.

- “Ela sabe falar coreano?” O rapaz de cabelos castanhos perguntou curiosamente.

- “Sim e muito bem. Ela aprendeu antes vir para a Coreia. Cassandra!” A rapariga olhou para Sangdo e dirigiu-se ao grupinho.

- “Sim?” Ela proferiu no seu melhor coreano.

- “Este é o Hansol e o Byung Joo. Eles são meus amigos e também se assustaram bastante.”

Os dois rapazes cumprimentaram-na timidamente, principalmente Hansol que não se conseguia entender com raparigas. Byung Joo tinha melhor facilidade dado ao seu cadastro.

A rapariga entrelaçou o seu braço no sangdo e encostou a sua cabeça pequena no ombro do outro. Hansol trocou um olhar com  Sangdo que rapidamente respondeu à sua pergunta: sim eles namoravam.

- “Vocês.. hmm fazem parte do grupinho do Sangdo?” A rapariga atrapalhou-se por momentos, mas conseguiu fazer a pergunta.

- “Sim, somos.” Byung Joo respondeu com um sorriso no rosto.

- “Vocês parecem ídolos!” Ela exclamou e olhou para sangdo procurando apoio.

Hansol soltou um risinho de vergonha.

- “Desculpem, ela é uma kpopper muito viciada.”

- “Sou nada!” A rapariga fez beicinho adorável que fez Sangdo rir que nem um idiota.

- “Que grupos gostas?” Hansol perguntou curioso.

- “Hm, eu sou EXO-L, VIP, Sone, Blackjack e B2uty.”

Byung joo abriu a boca de surpresa: “A sério? Eu também sou Blackjack!”

A loira sorriu com todos os dentes. “Ai é? Eu amo-as!!! Eu sou Park Bom biased e tu?”

- “CL biased!” Byung respondeu, relembrando-o a beleza da diva coreana. Aquele corpo só podia ser de deusa. Algumas das razões pelas quais ele gostava da CL era pelo seu talento mas também pela aparência. Desde sempre que B-Joo não apreciava raparigas mais retas que um pau. E a CL era tudo menos recta. O corpo dela era perfeito, nos olhos de Byung Joo.

- “Ah perfeito! Sabes que ela anda a fazer debut nos EUA?”

- “Sim sim é fantástico-“

- “Vá vá já chega de conversa temos de voltar para o ensaio!” Sangdo cortou a conversa, ouvindo a voz de repreensão da professora.

- “Aw mas agora a conversa estava animada!” A Cassandra aninhou-se no corpo de Sangdo e este passou-lhe a mão no cabelo longo e sedoso.

- “Continuas a conversa de viciada mais tarde ok?” Sangdo riu-se e rapariga beliscou-lhe a bochecha.

- “Não sou viciada!” Ela repetiu com outro beicinho antes de puxar o rapaz para junto da professora, depois de ele se despedir devidamente.

Os dançarinos regressaram à sala, onde se encontravam os outros ainda assustados.

- “Está tudo bem, era só um ensaio!”

Uns riram-se, outros reviraram os olhos e alguns resmungavam que devia de falar mais baixo.

A pausa já tinha sido demasiado longa então decidiram treinar a coreografia mais uma vez.

A meio da dança, o professor voltou com uma laranja na mão e sentou-se numa cadeira a comê-la sem dar atenção aos alunos. Byung Joo perguntou-se porque é que o professor não estava ali e tínhamos de aturar aquele balofo substituto.

- “Tu óh sobreiro! Mexes esse cu!” Ele gritou para um rapaz desajeitado que tentava seguir os outros. “Tu óh alface que é isso?! E tu cabeça de alfinete!” Ele continuava a exclamar com a boca cheia de gomos de laranja.

Finalmente, a dança tinha terminado e o professor levantou-se com dificuldade. “Vocês não fazem nada, não passam de um bando de preguiçosos! Parecem sobreiros! Tou fartos de vos ver, fora daqui!” Para finalizar, uma semente saltou-lhe da boca e foi parar a poucos centrímetros dos sapatos de Hansol que já tremia de raiva.

Alguns lançavam-lhe olhares de puro veneno, incluindo Byung e Hansol. Saíram do prédio a resmungar.

- “Aquele velho! Farto estou eu de o aturar!” Hansol repetia com o punho fechado. “Mas enfim, vamos comer um gelado!”

- “Onde?”

- “Há um sítio espetacular aqui perto! Eu levo-te lá.”

Assim foi acordado e seguiram para fora do recinto da universidade. Em poucos minutos estavam na gelataria a pensar no que pediriam. Hansol pediu um gelado de menta e caramelo e Byung de morango e bolacha. Pousaram as malas ao lado da mesa circular que tinha uma vista fantástica.

Assim que o mais novo provou o gelado, soltou um pequeno som de surpresa: “Wow isto é demais hyung!”

- “Eu sabia que gostarias!”

Continuaram a comer até o rapaz de cabelos castanhos revelar a sua curiosidade: “Olha lá porque é o nosso professor é tantas vezes substituido por aquele velho?”

- “Oh.” Hansol encolheu os ombros. “O professor, tem um problema nas costas e muitas vezes fica de cama. O único professor que o pode substituir é aquele cabrão!” Com revirar de olhos, concentrou-se de novo no gelado.

- “Ah… pois coitado…”

- “Coitado é de nós que temos de aturar aquele estupor, traficante de banhas! Nem sei como é que ainda não o despediram. Ele parece que tem cem anos e ainda por cima tem cirrose.”

- “Quê?! A sério?”

- “Yah ele tem problemas de fígado. Ele já deu aulas de educação física numa escola onde eu andei e ele teve problemas com a bebida. Tanto que chegava às aulas bêbado.”

Byung Joo abriu a boca, atónito.

- “É verdade!  Ele também nos chamava sobreiros por isso não te admires.”

- “O que é que acontecia quando ele ia com os copos?”

- “Bom, às vezes cambaleava e quase caía, outras vomitava na casa de banho…ah e também havia vezes em que ele ia para a sala de professores ver vídeos.”

- “Uau que professor bestial. Também gostava de dizer que o meu antigo professor de educação física era louco mas ele era um pãozinho sem sal.”

- “Ao menos não vos chamava de sobreiro!”

Riram-se da parvoíce até entrarem num silêncio confortável. Para Hansol aquele era o clima perfeito que pedia um beijinho. Mas ele não o podia fazer. Nem pensar. Nem querer. Nem desejar. NADA.  Olharam-se por alguns segundos. Hansol refletia nos seus desejos enquanto apreciava a beleza do outro. B-Joo por sua vez, pensava no quão fixe Hansol se revelara. Ele era simplesmente perfeito para conviver. Era amigável, extremamente engraçado e deixava-o confortável. Byung não se sentia constragido ao lado do mais velho.

- “E que tal combinarmos praticar juntos?” Byung sugeriu na tentativa de se tornar mais próximo do outro.

- “Hmm quando?”

- “Quando te convir.”

- “Amanhã que tal?”

- “Depois das aulas então.”

- “Pode ser na minha casa, os meus pais vão estar a trabalhar.” Apercebendo-se que aquilo poderia ter soado esquisito, rapidamente acrescentou: “Para que possamos ter a música aos altos berros!”

Byung Joo riu-se do embaraço do outro. Certamente que o outro era estranho. “Okay então fica combinado. Dá-me o teu número para podermos contactar.”

Hansol acedeu e trocaram de números. Queria aquilo dizer que o mais velho podia ligar e mandar mensagens quando quisesse ao mais novo? Ele ficou na dúvida mas preferiu não perguntar.

- “Ah já agora.” O rapaz de cabelo preto pousou o telemóvel na mesa transparente. “Disseste que eras Blackjack à Cassandra então gostas de kpop não é?”

- “Sim amo!”

- “Quais são os teus fandoms?”

- “Hmm eu não tenho muitos fandoms, só sou blackjack. Mas ouço BTS, Block B, B.A.P…”

Byung só se sentia preso a um único grupo, as 2NE1, porque as músicas eram boas e as meninas também. Ele não era ARMY, nem BBC, nem BABY pois não tinha qualquer interesse físico em rapazes. É claro que as coisas mudam ao sabor do vento.

- “Ah compreendo… No meu caso, eu gosto muito de BTS e Beast.”

- “Ah sim! Beast! Também é bom mas prefiro música mais louca ou animada. Também ouço alguns underground rappers.”

- “Isso já não. Não conheço nem um!” Hansol admitiu, meio envergonhado. Ele queria mesmo que o rapaz gostasse dele mas naquele assunto ele não podia inventar nem sequer imaginar pois ele estava completamente fora disso.

De repente, uma ideia um pouco arriscada atravessou a sua mente perturbada. Enquanto continuava a conversar, tirou da mala o telemóvel de última geração e decidiu mandar uma mensagem ao EuropeanDreamer. Se Byungjoo mexesse no telemóvel, só provaria a sua teoria.

«Olá EuropeanDreamer! Tudo bem?»

Foi a mensagem que o rapaz de cabelos pretos mandou e rapidamente o telemóvel do mais novo reagiu. Hansol lançou um olhar sorrateiro ao ecrã do objecto mas não conseguiu ver com clareza pois o ecrã estava virado para Byung. No entanto, Hansol reparou no símbolo do WHO YOU na barra das notificações. Não havia muitas mais dúvidas. Mesmo assim, ele não aceitaria aquela teoria. Era necessário recolher mais provas.

- “Tudo bem?” Byung perguntou depois de responder a Mikiki, dando atenção ao mais velho.

Hansol viu o sorriso que se formou nos lábios volumosos do menor. Poderia Byungjoo sentir algo por Mikiki? Esse pensamento deixou Hansol aterrorizado. Ele nunca deveria ter-se registado como rapariga. O programa não devia permitir essa opção. Se é preciso introduzir o número de estudante, então a informação de género já devia vir incluída. Hansol tirou uma nota mental para se lembrar de sugerir isso à equipa que está encarregue do WHO YOU.

- “Oh sim.” Hansol forçou um sorriso, ao qual Byung não reparou na sua falsidade porque estava ocupado em pensar na Mikiki. “Bom, tenho de ir andando.”

Hansol guardou o telemóvel na mala e Byungjoo pegou na sua, levantando-se. Juntos caminharam para o exterior da gelataria e despediram-se.

- “Vens a que horas?”

- “Onde? AH sim. Não sei. Quando posso aparecer por lá? Aliás, eu nem sei onde moras.”

- “Oh pois é. Hm, eu posso te dar direções por mensagens.”

- “Okay, espero que não seja muito confuso.”

- “Não, o caminho é fácil a partir da universidade.”

- “Okay, então depois manda mensagem com as horas e como chego à tua casa.”

- “Está combinado, adeus B-Joo.” O mais velho sorriu feliz antes de caminhar na direção oposta de Byung. O último fez o mesmo, verificando se tinha recebido resposta. Ainda não. Mas ele esperaria.

 

 

Mikiki diz: «Posso perguntar uma coisa?»

EuropeanDreamer: «Claro, que queres saber?»

Mikiki diz: «Estou curioso, qual é a tua orientação sexual?»

Mikiki diz: «*curiosa»

EuropeanDreamer diz: «Eu sou hétero e tu?»

Mikiki diz: «Eu também… quer dizer mais ou menos.»

EuropeanDreamer diz: «Então? És mais ou menos hétero?»

Mikiki diz: «Bom, eu sou pansexual.»

EuropeanDreamer diz: «Ah pessoas que olham para o interior e não para o exterior. Isso quer dizer que alguma vez namoraste com uma gaja?»

Mikiki diz: «Não, mas já me senti atraída por uma. E não, não fisicamente. Se fosse pelo físico, eu era Bisexual. Mas não é esse o caso.»

EuropeanDreamer diz: “Ah percebi. As pessoas costumam confundir a bi com a pansexualidade.”

Mikiki diz: “Ah é verdade! É super chato porque não entendem a diferença nem querem entender.”

EuropeanDreamer diz: “Aposto que sim…”

Mikiki diz: “Mas, por agora, estou mais virada para rapazes…”

EuropeanDreamer diz: “A sério? É bom saber ahah.”

Mikiki diz: “A informação pode fazer falta no futuro, quem sabe…”

(…)

 

 

Hansol pousou o telemóvel no chão depois de uma noitada a conversar com o Byung, ou melhor EuropeanDreamer. Ele ainda não queria aceitar, era bom e mau demais.

Os seus olhos desfocados fitavam as persianas semi abertas, tingidas de um leve rosa arroxeado que anunciava o rotineiro amanhecer.

Sem querer, mais uma vez, ele apanhava-se a pensar na curvatura dos lábios voluptuosos do mais novo; na sua altura que fazia os desconhecidos pensar que Hansol era de facto o mais novo; Na linhas perfeitas que os seus olhos delineavam; No seu cabelo e na maneira como ele o arranjava e passava os dedos nos fios; Mas principalmente na maneira como se entregava à dança.

Era vísivel a quilómetros a paixão que Byung Joo sentia pela dança. O tempo e esforço que ele dispunha naquilo só demonstrava a dedicação do coreano. E Hansol amava vê-lo a dançar, a expressar-se pelos movimentos, a desenhar mensagens invisíveis através do seu corpo.

Completamente perdido em pensamentos, nem se apercebeu que o seu telemóvel vibrava. Assustou-se quando finalmente se apercebeu e ainda ficou mais apavorado quando viu quem lhe ligava. Sem mais demoras, atendeu o telemóvel, sem ligar às horas nem à maneira como falaria.

- “Oh estás acordado…” Byungjoo disse, um pouco perplexo por Hansol responder à chamada. Era perto do amanhecer e Hansol ainda estava acordado? Aliás, porque raio é que aquela hora é que Byungjoo decidira ligar.

- “A-Ah…” Hansol gaguejou, tentanto raciocinar rápido. “N-Não, eu estava a dormir e tu acordaste-me…”

- “A sério? Pela tua voz, pareces bem acordado.”

- “Eu… acordo bem. Não sou o tipo de pessoa que enrola e enrola e nunca sai da cama. É… isso…”

Byungjoo riu-se e Hansol sentiu o seu coração apertar. Acabara de achar o som mais bonito do mundo.

- “Bom, de qualquer das maneiras eu liguei porque queria combinar melhor as cenas. Que tal vires cá às 4h? Eu até te convidava para vires de manhã mas… eu ainda não dormi por isso vou precisar da manhã.”

- “Compreendo.” Hansol soltou um riso baixo. “Está bem. Eu saio de casa às 3 horas, vou ter à universidade e a partir daí eu ligo-te para me dares direções pode ser?”

- “Sim é isso.”

- “Ah… já agora, porque é que ligaste a esta hora?”

- “Ah ah…………..” Byungjoo ficou atrapalhado por não saber como explicar. “Fiquei a falar com uma amiga e…aconteceu. Pensei em ligar-te agora porque eu sei que não acordarei antes da 1. E a essa hora tu já tens de saber os detalhes do plano por isso.”

- “A-ah..okay então. “Uma amiga. Byungjoo tinha ficado até aquela hora por causa de uma amiga? Estava mais que na hora de Hansol aceitar que sabia bem quem era essa amiga.

- “Bom… vou desligar. Já podes voltar a dormir!” Byung riu-se e Hansol fez o mesmo.

- “É, vais pagá-las por me teres acordado.”

- “Ai que medo!” O mais novo provocou. “Vá, até amanhã.” Para a surpresa do mais velho, Byung reproduziu o som de um beijo e os cabelos de Hansol eriçaram-se.

- “Q-Q-Que raio B-Joo?! Vá, vou desligar. Até amanhã!!” Hansol desligou, depois de ouvir mais uma vez o riso divertido e cativante de Byung.

O seu coração batia tão rápido que o assustava. A única coisa que tinha acontecido foi aquele som de um beijinho e foi o suficiente para tirar Hansol do sério. Ele não conseguia parar de pensar como seria os beijos de Byung, se seriam tão barulhentos ou silenciosos e…fatais.

Ai! Hansol tinha mesmo de parar. Se ele não parasse em breve, ele sabia que estava lixado porque Byungjoo é tudo menos gay.

 

Por agora.


Notas Finais


Será que tou perdoada pela demora? Era para ter uma pequena parte final Jenissi mas o plot que eu queria desenvolver tornou-se demasiado complexo para uma mera side story por isso não a apresentarei neste capítulo. Secalhar no próximo quem sabe....

Era bom que esta fic tivesse feedback porque eu não sei qual é a reação do público a este tipo de plot e gostava de saber se há algo que vocês acham que não está a resultar. Não tenham medo de mandar comentários ou de conversar comigo pelo twitter. Fica aqui, no acaso de alguém quiser falar cmg ^^ @tvppdogg

Bjs até ao próximo capítulo....(n me perguntem se vou demorar a postar pq n sei)


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