História Wild Side - Iniciativa Vingadores

Acordei mais feliz do que o normal, deve ser pelo fato que eu não tive pesadelos. Tranquei a porta do meu quarto e fui ao banheiro para tomar um banho e escovar os dentes. Assim que sai, vesti uma roupa confortável porque afinal, era sábado e eu não tinha planos para hoje. 

Desci as escadas e me deparei com o Steve fazendo (tentando) fazer o café da manhã.

- Érr, Lizzy... Acho que você vai ter que me ensinar a usar essa coisa. - Ele disse se referindo ao fogão.

- É, tenho certeza que sim. - Falei rindo da situação, já que ele estava todo sujo de farinha. - Mas não devia se incomodar, eu mesma podia preparar alguma coisa.

- Mas é que você tem sido tão legal comigo, me oferecendo um lugar pra ficar... Que eu queria poder fazer alguma coisa pra agradecer. Eu ia começar pelas panquecas, mas acho que não deu muito certo. - Ele sorriu tímido. 

- Ah, Steve... Você é um amor. - Falei apertando uma de suas bochechas, e que por sinal estavam bem quentes e vermelhas. - Pode deixar que eu comando a cozinha, porém você ensinar você algumas coisas. Eu fico fora durante o dia todo por causa do trabalho, então acho que você vai ter que aprender a se virar. Por ora, deixa que eu termino de fazer o café. Vá se limpar, você está todo sujo de farinha. - Falei rindo.

- Ué, mas você também está suja. - Steve falou sorrindo.

- Aonde Steve? Acabei de sair do banho. - Falei enquanto procurava alguma coisa suja na minha roupa, mas quando levantei a cabeça, Steve havia jogado um pacote de farinha inteiro em cima de mim. - Steve! - Grite. - Você me paga! - Falei enquanto pegava alguns ovos e atacava nele.

E assim foi durante uns 30 minutos, guerra de farinha e ovos. Obviamente eu é quem fiquei mais suja no final. 

- Ok Steve, você venceu! Eu me rendo. - Falei quase sem folego de tanto rir. 

- Está aceito a sua rendição. - Steve disse enquanto se apoiava na bancada da cozinha.

- Vem, me ajuda a limpar essa bagunça. - Falei enquanto pegava algumas coisas do chão.

Demoramos 1 hora pra arrumar tudo, porque durante a arrumação a gente jogava umas coisinhas a mais um no outro. Assim que terminamos de arrumar a cozinha e nos limpar, sugeri ao Steve que a gente fosse comer fora, já que eu estava com um pouquinho de medo de fazer a almoço e causar mais uma guerra de comida.

Levei Steve para comer no Ellen’s, que fica bem próximo da agência que eu trabalhava na Times Square. Steve adorou o lugar, tem um clima ótimo para lanchar com a familía, os garçons cantam e dançam enquanto servem as mesas e Steve achou isso bem divertido.

Chegamos em casa super cansados, pois ainda levei Steve para conhecer direito a Times Square, já que da ultima vez ele não teve uma boa "experiência".

- Lizzy, na sua sala de treinamentos... Eu reparei algumas fotos suas lutando. Por que uma jovem tão bonita e delicada como você, pratica esse tipo de coisa? - Steve perguntou.

- É que você nunca sabe quando vai ter que usá-las... Sabe Steve, as coisas mudaram muito. Existe muitas pessoas que apenas querem fazer o mal e tirar o proveito de pessoas inocentes. Você nunca sabe a hora de se defender e é preciso estar preparado. - Falei enquanto pensava nas coisas que aconteceram comigo e sobre meus poderes que eu evitava ao máximo usar para não chamar atenção. E também lembrei que não havia contado sobre isso para Steve.

- Eu entendo o seu ponto de vista. Mas eu queria ver o que você sabe fazer. - Steve disse sorrindo.

- Então tá, eu preciso voltar a lutar. Estou meio "enferrujada" - Falei fazendo aspas com os dedos. - Vamos.

Colocamos uma roupa mais adequada para treinar e fomos para o espaço da casa que eu reservei para montar uma pequena academia e algumas coisas para lutar.

Eu mostrei ao Steve o que eu sabia e ele me deu algumas dicas e lutamos um pouco. Após um tempo de luta pesada, eu me sentei num banco com uma toalha enrolada em volta do pescoço e uma garrafa de água na mão, e fique observando Steve lutar. Ele parecia bem concentrado no que fazia e parecia que ele nem se importava mais com minha presença ali. 

Ele batia naqueles sacos de boxe de uma maneira assustadora, como se ele estivesse descontado toda a sua raiva ali. Deduzi que ele deve estar se lembrando das guerras em que lutou. Chegou um momento que Steve deu um soco tão forte, que ele conseguiu arrebentar o saco de boxe e joga-lo longe. 

- Steve, o que... - Fui interrompida por aquele mesmo cara que conversou com Steve na Times Square. 

- Não consegue dormir? - O cara falou um pouco distante de nós.

- Dormi 70 anos, acho que preenchi minha cota. - Steve falou dando mais alguns socos em outro saco de boxe que ele pendurou no lugar do outro.

- Mas o que é isso? Quem é você e como entrou na minha casa? - Perguntei indignada. 

- Sou o diretor Fury, da S.H.I.E.L.D. Desculpa por entrar sem sua permissão, mas é algo importante.

- Está aqui em missão, senhor? - Steve perguntou. 

- Estou... - Fury falou.

- Quer me levar de volta pro mundo? - Steve falou encarando ele. 

- Quero salva-lo. - Fury disse enquanto entregava para Steve uma pequena pasta de arquivo estranho e eu me aproximei dele para ver melhor.

- A arma secreta da Hydra. - Steve disse e eu permaneci calada.

- Howard Stark encontrou isso no mar enquanto procurava por você, ele achou o mesmo que nós... Que o tesseract pode ser a chave para a energia sustentável ilimitada. Com certeza é uma coisa a qual o mundo precisa. 

- Quem foi que roubou? - Steve perguntou sério para Fury enquanto lhe entregava o documento.

- Ele se chama Loki. Ele... Não é daqui. - Espera aí, ele disse isso mesmo? O Loki? 

- Loki? - Perguntou com a voz tremula. 

- Sim, você o conhece? - Fury perguntou olhando para mim. 

- Bom, eu... Já ouvi falar dele em livros. - Falei tentando disfarçar.

- Vocês precisam saber de muita coisa antes de se juntar a nós. O mundo hoje ficou bem mais estranho do que o que você conheceu. 

- A essa altura eu duvido que alguma coisa me surpreenda. - Steve disse se levantando.

- Aposto 10 pratas que está errado. - Fury falou. - Tem um pacote de informações pra vocês lá em cima. Mais alguma coisa que precisamos saber do tesseract que devemos saber agora? - Fury perguntou. 

- Deviam ter deixado ele no mar. - Steve falou enquanto se retirava. Já eu fiquei ali parada observando Steve sair.

- Eu sei quem você é e o que você faz. - Fury falou chamando minha atenção.

- Do que está falando? - Perguntei com receio.

- Sei que tem poderes especiais, que pode controlar o fogo. - Ele disse se aproximando.

- E como você sabe disso? - Perguntei séria dessa vez.

- Temos câmeras ao redor de toda a cidade, vez ou outra flagramos você usando seus poderes. Apenas esperamos o momento certo para abordar.

- E aposto que o momento é esse. - Falei e ele assentiu.

- Como eu disse, tem pacotes com informações que eu deixei lá em cima. Espero que eu possa contar com vocês. Principalmente o capitão, conversa ele a nos ajudar. - Fury disse com um olhar quase desesperado.

- Vou fazer o possível. - Disse e ele agradeceu e foi embora. 

Subi as escadas e vi Steve sentado na bancada lendo as papeladas que Fury havia deixado, e quando ele me viu me olhou de um jeito estranho.

- Por que não me contou? - Steve perguntou.

- Contar o que? - Respondi enquanto me aproximava. 

- Isso. - E ele jogou uns documentos para mim onde haviam informações sobre minha vida, nome completo, data de nascimento e minha mutação... Fiquei me perguntando onde eles conseguiam tanta informação assim.

- Calma Steve, eu posso explicar. - Falei enquanto me sentava. Contei tudo para ele, e dessa vez sem omitir nada de Steve, que me olhava em sinal de reprovação e também um pouco chocado por saber o que meu pai e irmão faziam comigo. - Eu sinto muito, Steve. Eu queria ter te contado, mas fiquei com medo de que você ficasse com medo e fosse embora. - Falei chorando e sem coragem de encara-lo. 

- Eu jamais faria isso. - Senti que Steve se sentou-se ao meu lado e me abraçou. - Mas você não deveria ter escondido isso de mim.

- Sei disso, mas peço desculpas. - Falei olhando para ele.

- Desculpas aceitas. - Steve disse sorrindo enquanto secava minhas lágrimas. - Então, sobre esse Loki... Ele deve ter voltado por você, quer dizer... Ele disse que tinha planos pra você no futuro, e pode ser agora. 

- Pode ser Steve, mas ainda não tem como saber. Mas devemos aceitar a proposta de Fury e ajudar no que for necessário. - Steve assentiu e decidimos arrumar nossas coisas e ir atrás de Fury.

**********

Encontramos com Phil Coulson, que disse que nos levaria até Nick Fury. 

- Falta uns 40 minutos para chegarmos, senhor. - Um dos pilotos falaram.

- Esse dr. Banner estava tentando reproduzir o soro que usaram em mim? - Steve perguntou ao agente Coulson.

- Muita gente tentou... Você foi o primeiro super herói. - Phil disse. Eu apenas observava a conversa dos dois. - O Banner achou que a radiação gama poderia desvendar a formula original.

- Não deu muito certo, não é? - Steve falou.

- Não muito. Mas quando ele não é essa coisa, o cara é um Stephen Hawking... Ele é uma pessoa inteligente. - Eu ri de canto com a expressão que Steve fez. - Queria dizer, que é uma honra conhece-lo... Oficialmente. - Steve riu. - Na verdade eu já o conhecia, observei você enquanto dormia. - Dessa vez eu tive que rir, chamando a atenção dos dois. - Quer dizer, eu estava presente quando estava inconsciente por causa do gelo. - Steve se levantou e Phil o seguiu. - Sabe, é realmente uma grande honra telo conosco.

- Eu espero estar qualificado. - Steve disse o interrompendo.

- Ah, está... Sem duvida. É, nós modificamos um pouco o seu uniforme. - Phil ainda insistia em puxar assuntou com Steve. - Eu ajudei um pouco no visual.

- O uniforme? - Steve perguntou o encarando. - Estrelas e listras não são... Antiquadas?

- Com tudo que está acontecendo... As coisas que vão sem reveladas... As pessoas talvez precisem de uma coisa antiquada. 

Pousamos no que parecia ser um simples porta aviões no meio do mar. Quando saímos, vi uma mulher ruiva vindo em nossa direção. 

- Agente Romanoff, Capitão Rogers e Lizzy. - Phil nos apresentou. 

- Muito prazer. - Steve e eu dissemos juntos e ela nos respondeu apenas disse um "Oi".

- Precisam de você na ponte, vão iniciar o rastreamento. - Romanoff falou para Phil e ele respondeu com um "Nos vemos lá".

- Foi a maio confusão aqui quando te encontraram no gelo. - Ela foi dizendo enquanto a gente andava. - Achei que o Coulson fosse ter um treco. Ele já pediu para que você autografe as figurinhas dele do Capitão América?

- Figurinhas? - Steve perguntou surpreso.

- São relíquias, ele tem muito orgulho. - Chegamos até o dr. Banner.

- Dr. Banner? - Steve foi ao seu encontro.

- Sim, sou eu. - Banner respondeu enquanto cumprimentava Steve e eu. - Eu sou que você vinha.

- Disseram que você pode achar o cubo? - Steve falou.

- E foi só isso que disseram sobre mim? - Banner perguntou.

- É só isso que me importa. 

- Deve ser estranho pra você, tudo isso. - Banner mudou de assunto. 

- Bom, na verdade é até meio familiar. - Steve disse enquanto acompanhava Banner até a ponta do... Como eu devo chamar isso mesmo?

- Senhores, é melhor entrarem daqui a pouco. Vai ficar difícil de respirar. Ouvimos um barulho estranho e pessoas se movendo rápido.

- Isso é um submarino? - Steve perguntou enquanto ia mais pra ponta.

- É sério? Vão me colocar num recipiente de metal pressurizado submerso? - Banner falou meio irônico. - Olha, é pior do que eu imaginei. 

Eu estava impressionada com tudo aquilo, parecia apenas um sonho. Seguimos a agente Romanoff até o interior do aeroporta aviões. Aquele lugar era incrível.

- Senhores... - Nick disse se virando para nós e vi Steve lhe entregar 10 dólares. Steve parecia mais impressionado do que eu.

- Qual é a situação? - Banner perguntou.

- Estamos barrendo todas as câmeras acessíveis do planeta, celulares, laptops... Se tiver conectado a um satélite, usamos para monitorar. - Coulson falou.

- Mesmo assim não vamos acha-los a tempo. - Natasha falou.

- Preciso reduzir o campo... Tenho acesso á quantos expectronomos? 

- Quantos usar... - Nick falou.

- Ligue para os laboratórios que conhecer. Mande que coloquem os expectronomos no telhado e calibra-los para raios gama. Vou criar um algoritmo de reconhecimento. Assim vamos descartar alguns lugares. Onde posso começar a trabalhar? - Bruce perguntou.

- Agente Romanoff? Pode levar dr. Banner ao laboratório por favor? - Nick falou.

- Vai adorar, dr... Tá cheio de brinquedos. - E os dois sumiram pra algum lugar.

Ficou apenas Steve, eu e Nick. Ele nos explicou algumas coisas e falou um pouco sobre Loki. Fiquei meio nervosa, mas tentei não chamar atenção. Tudo que eu menos queria, é que pensassem que eu estivesse envolvida com seja lá o que for o que Loki está planejando. E espero que não seja algo grave. Eu prefiro aquele Loki gentil que me ajudou alguns anos atrás, mas parece que ele não existe mais.