1. Spirit Fanfics >
  2. Wingardium Levirola >
  3. Sala Precisa

História Wingardium Levirola - Sala Precisa


Escrita por: Sra_Smith

Notas do Autor


Oi gente linda
Estou desaparecida porque é final de semestre na faculdade, e esse mês tá parecido com aquela sequência de desgraça desencadeada pela segunda aparição do Colossal
Só falta a beesha titânica aparecer por aqui, não está fácil
Atualização cortesia da doce donzela @Combat, cuja perspicácia e inteligência ímpares colaboraram para um acordo muito agradável entre nós duas
Só que eu empolguei e vai ter um terceiro capítulo bjs

Capítulo 2 - Sala Precisa


 

 
  Mikasa, mais gelada que as bolas do papai Noel lá no Polo Norte, sentou rígida em uma das cadeiras da sala de reunião, o mais distante possível do Snape anão. Não deu tempo do cara falar mais nada já que os demais arquitetos escalados para o projeto chegaram logo depois para a reunião, e mesmo que todo mundo estivesse de ressaca e um ou outro ainda bêbado, trabalho era trabalho e geral tentou mostrar a competência. Quieta e vermelha – provavelmente da cor das bolas congeladas do papai Noel lá no Polo Norte – Mikasa olhava para a mesa e evitava prestar atenção na beleza notável, agora que estava sóbria poderia apreciar, do chefe do projeto.
  Snape baixinho começou a falar, a voz grave levemente rouca da véspera, e ela fez um bom esforço para suprimir os arrepios. Ok, foco no projeto. Ele se virou e apontou para a tela com os slides, e a camisa apertou nos músculos do braço. Ok, nem tão foco assim. Não só o rosto da moça queimava, ela se sentia o próprio papai Noel com a roupa vermelha berrante.
  O tempo passou em uma tortura de quente e frio – quente de vergonha e gelada de nervoso, tudo misturado com a sensação da ressaca e o abalo da roupa agarrada do Snape. Lá pelo fim da reunião, que Mikasa não entendeu bulhufas, um calhamaço de folhas chegou a sua frente e ela olhou. Era o projeto inicial do condomínio... Mas ao abrir o encadernado, a estagiária quase caiu pra trás. Não era a merda de um condomínio! Quando o projeto havia mudado?! Provavelmente quando ela estava babando, vítima de oscilações de temperatura, por um baixinho professor de poções!
  Só poderia ser piada, aquelas piadas do destino, ou vingança da entidade do Natal por ela ter passado uma hora e meia pensando em suas partes íntimas. Não era a merda de um condomínio, kk, não. Era a porra de um protótipo da escola de Hogwarts!
  Mikasa jurava, se saísse viva daquele estágio, ia achar J. K. Rowling e socar o punho guela abaixo da autora.
  Surpresa por não ter compreendido logo essa palhaçada logo no começo, ela começou a ler a descrição do projeto. Parecia que uma família obcecada por Harry Potter pretendia morar em uma versão de bolso da escola de bruxaria – pelo amor de Deus, quem iria querer morar em uma escola?! – e procurou o melhor escritório de arquitetura da cidade. Ah, ela foi escalada para ser a assistente pessoal do chefe... Certo. 
  Ok.
  Tudo sobre controle.
  Ela não ia gritar. Levantou discretamente, avisou Annie ao seu lado que ia ao banheiro – Levi Snape estava concentrado demais dando um pito em Reiner para reparar que ela saía – andou elegante e calma pelo escritório até o banheiro feminino, se olhou no espelho e sorriu.
  Estava tudo bem; menos que ia ter que trabalhar trancada em uma sala pequena pelos próximos meses junto com o homem gostoso que beijou bêbada e que por acaso era seu chefe.
  Caiu de cara na pia e sufocou um grito.
  Depois do almoço, estava parada, com as plantas iniciais nos braços, em frente à porta fechada da toca do leão – ou, se preferir, sala de poções. Era ridículo como ela estava se sentindo realmente uma estudante medrosa; e era ainda mais engraçado se identificar com aquele personagem lá não-sei-das-quantas Longbottom, que absolutamente morria de medo do Snape (só sabia o nome dos caras porque Annie a obrigava a assistir os filmes desde que se conheceram). Pelo menos o menino não havia beijado o professor.
  Levantou a mão e hesitou, abaixou, mordeu o lábio. Amaldiçoou não ser corajosa igual Hermione Granger e voltou a erguer a mão. Bateu. Esperou. Pensou em fugir mas se acovardou quando a porta abriu.
  Homem bonito a vista, e que homem.
  - Oi. – Ele parecia meio sem jeito.
  - Oi. – Mikasa apertou a pasta com os documentos contra o peito. – Eu... Sou sua assistente.
  Os olhos cinzas se iluminaram.
  - Ah. – Ele abriu mais a porta. – Entre, vamos começar a organizar as plantas.
  Mikasa deixou os documentos sobre a mesa e enrolou para se virar para ele, ignorando com força o cheiro do perfume gostoso... Sufocando um riso nervoso, ela pensou que talvez ele cheirasse àquela poção do amor lá. Amortentia. Credo, Mikasa, como estava cafona.
  Decidida a ser profissional, ela se virou para Snape com cara séria de estagiaria centrada.
  - Acho que precisamos nos apresentar corretamente. – Ele apontou para um conjunto de poltronas, e eles se sentaram frente a frente. – Meu nome é Levi Ackerman.
  Ela sorriu, surpresa com a coincidência.
  - Mikasa Ackerman.
  Levi também sorriu com a coincidência, e logo eles começaram a trabalhar. Não conversaram muito, a vergonha ainda incomodava a moça, mas falaram sobre o projeto o mínimo necessário. A tarde passou , o tempo correndo até que rápido.
  Cada um no seu canto, trabalhando quieto, olhando de rabo do olho para o outro. De novo, ela sentia calor e frio. De novo, ela queria beijar o moço. Beijar direito, dessa vez. Mas ela não era louca de ser antiética assim, e suspirando resignada a controlar o fogo, mordeu a ponta do lápis e voltou a rabiscar fraco sobre as plantas do subsolo. Certo, eles queriam fazer o porão inspirados nas masmorras da Sonserina, então deveriam aumentar três metros das colunas centrais para o leste...
  - Mikasa.
  Levantando o rosto vermelho, ela encontrou o chefe a observando da mesa dele, com uma cara muito estranha. Parecia estar sofrendo com um feitiço.
  - Sim? – Abaixou o lápis e as folhas.
  - Eu não sabia que você seria minha assistente. – Levi sussurrou, levantando da cadeira e caminhando para perto dela.
  - Oh. – Mikasa se sentiu mal. – Prefere outra pessoa...?
  Levi Ackerman se ajoelhou aos pés dela e se enfiou entre as pernas da moça, que as abriu de bom grado. Ela entendia o que estava acontecendo, mas achava que era sonho. Só poderia ser um delírio.
  - Ah, não. Não mesmo. – Ele sussurrou rouco, tirando as plantas do colo dela e jogando na mesa ao lado. – Temos que terminar uma coisa, não acha? – Começou a subir as mãos pelas pernas cobertas por jeans dela, apertando levemente.
  Mikasa fechou os olhos, meio perdida.
  - Estamos no trabalho... – Tentou argumentar, agarrando-se um último fio de sanidade.
  Ele abraçou sua cintura e levou a boca até o ouvido coberto pelo cabelo curto, assoprando as mechas e arrepiando até o dedão do pé dela.
  - Vamos fingir que estamos na Sala Precisa. – Droga de argumento de Harry Potter.
  No final, Mikasa cedeu com vergonha da facilidade com que caiu na dele. Levi a beijou de leve, como se temendo a enrolação de mordidas da véspera, acariciando os lábios quentes nos dela bem de leve. Ela o pegou pela gola da camisa, puxando para cima e o abraçando pelo pescoço, e o beijo leve se transformou naquele desejado desde que estavam loucos na festa. Levi agarrou os cabelos da nuca da moça, puxando a cabeça para trás e mordendo o lábio inferior antes de desaparecer com o ar dos dois em um beijo muito melhor do que os dos filmes do Harry Potter. Mikasa o empurrou e segurou longe quando ele quis voltar.
  - A porta... – Murmurou com a boca inchada, doida pra beijar o homem mas com medo de serem pegos.
  Levi levantou em um pulo e trancou a porta correndo, voltou para perto dela e a puxou pela mão. Agarrou aquela cintura com gosto, apertando as mãos nela sem perceber que deixava marcas, beijado a moça de novo. Mikasa derreteu nos braços dele, deixando a palma das mãos passearem e apertarem os músculos daqueles braços que ela viu bem antes, na sala de reuniões.
  - Não devíamos fazer isso. – Ela sussurrou quando ele libertou seus lábios e desceu para o pescoço, as pernas bambeando quando o moço ficou cheirando sua pele. Quando sentiu a língua, quase caiu. Sorte que ele estava segurando.
  - Estamos na Sala Precisa. – Ele argumentou de novo. – Aqui podemos tudo.
  Ela puxou o rosto dele até encará-lo de perto.
  - Tudo? 
  - Tudo. – Levi a puxou para mais perto, beijando de novo a boca vermelha e inchada até arrancar um gemido.
  A mão dela que dançava nos braços desceu pelo peito, surpresa pela rigidez dos músculos que encontrou lá. Puxou a camisa e arranhou, o calor da pele dele muito agradável de sentir, e o abraçou puxando as costas fortes. Foi a vez dele gemer, e também de puxar a blusa dela, jogando o tecido para longe.
  Ele teve que afastar para ver a moça da festa sem blusa, os peitos pulando para fora do sutiã azul, aquela pele que parecia brilhar... Só ficaria melhor se a boca dele se enfiasse no decote. E foi o que fez, derrubando as coisas de cima da mesa e a colocando sentada, tateando o fecho da lingerie enquanto afundava o rosto entre os peitos dela, deixando marcas de chupões, e ouvindo os gemidos abafados dela.
  Mikasa jogou as pernas para frente, ainda cobertas pela calça, e envolveu a cintura do Snape baixinho, deixando os corpos ainda mais perto. Nenhum dos dois tinha massa cerebral suficiente para interromper o ato, e mesmo que o lugar fosse completamente errado, eles não conseguiriam parar. Queriam aquilo desde a festa da noite passada. Logo o sutiã se juntou as blusas perdida no chão, a boca e a mão de Levi acharam o caminho para os mamilos e pronto, Mikasa quase derretia em cima da mesa. Serio, ela ia virar uma poça de desejo a qualquer minuto.
  Levi Snape chupava seu mamilo e acariciava o outro, abaixando a outra mão para abrir os botões da calça dela. Mikasa queria ajudar a se livrar do jeans, mas não conseguia se mexer com a língua dele brincando com seu peito. Mas parece que o moço havia conseguido se livrar mais ou menos da calça dela, o tecido foi meio abaixado até os joelhos e ele enfiava uma mão dentro da sua calcinha.
  Merda, ela teria de evitar gemer muito alto. Teve que morder o próprio lábio para impedir a voz de ir duas oitavas acima, e parece que o som que escapou da sua garganta fez Levi perder a paciência. Ele arrancou sua calça e calcinha, as mãos pareciam sofrer por se afastar dela, mas ele se livrou da própria calça e cueca bem rápido.
  - Mikasa, o Harry vai comer a Cho.
  O quê?! O cara estava gracinha naquela hora? Ela levantou os olhos para ele, que agarrava firme sua coxa e se esfregava na entrada dela, e viu o humor mais safado do mundo brilhando naqueles olhos cinzas. Então ela resolveu entrar na brincadeira. Rindo, se inclinou até passar a ponta do nariz em uma carícia pela mandíbula dele, chegando ao ouvido e dando um beijinho delicado antes de sussurrar.
  - Mas você não era o Snape? – E mordeu de leve a orelha dele.
  Levi deu uma pequena gargalhada rouca, fechando os olhos e a beijando de novo, e quando Mikasa menos percebeu ele a segurou mais firme e entrou nela com um impulso delicado. Aí ela teve que gemer, e ele também. 
  O ritmo dos dois era lento e suave, um sentimento estranho subia pela garganta dela, mas Mikasa estava entorpecida demais para prestar atenção em nada que fosse além dos movimentos dele dentro dela. Caramba, nunca havia sido assim. Mesmo que fosse tranquilo, sem nada de uma loucura exacerbada, Mikasa sentia um prazer absurdo e uma elevação insana que nunca sentiu com ninguém antes. Ela o abraçou, e foi assim, agarrada a ele – que não tirava os braços de volta dela nem os olhos dos olhos dela – que explodiu em um orgasmo tão alto e tão puro que ela não conseguiu segurar o sorriso de felicidade. Levi não a soltou de imediato, gemeu abafado contra o pescoço dela e depois de um tempo a acompanhou no ápice.
  Ficaram abraçados em cima da mesa, os papéis e plantas de outros projetos espalhados pela sala inteira, nenhum dos dois arrependidos da bagunça gigante que causaram.
  Bem, depois daquele dia, os outros cinquenta e sete de desenvolvimento do projeto seguiram mais ou menos o mesmo padrão. Os dois chegavam, conversavam meio envergonhados, se olhavam de canto quando achavam que o outro não via, e antes das duas da tarde estavam se enroscando em algum canto sem roupas. Na sala dele, no banheiro masculino, no feminino, uma rapidinha na cozinha dos funcionários na hora do almoço, na sala comum depois do expediente. Depois de uma semana os encontros se estenderam para a casa dela, para a casa dele, para o canteiro de obras da casa Hogwarts na fase final do projeto... Enfim. Várias vezes em vários lugares.
  Mas o que é bom dura pouco, como diz o ditado. E quando a construção terminou, Mikasa descobriu que Levi seria transferido para o escritório do centro. Bem, o que eles tinham não era nada sério, era um rolo de conveniência, os lugares certos nas horas certas. Ninguém tinha compromisso com ninguém, mas Mikasa tinha se ferrado feio porque acabou se apaixonando. E veria Levi pela última vez na festa de comemoração da conclusão do projeto, que, claro, não poderia ser outro tema: Harry Potter.
 

Notas Finais


Eu acho o Voldemort um sapão (cobrão, no caso)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...