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História Wolves - Nine


Escrita por: JohannahValley e KiwiSweet

Notas do Autor


❁Olá meus amores, tudo bem com vocês?
❁Como prometido, aqui está o capítulo 9 de Wolves. Esforcei-me ao máximo para trazer o capítulo antes que o mês acabasse heuaheu.
❁Desde já quero agradecer pelos comentários do capítulo anterior. Vocês são leitoras incríveis.
❁E um aviso bem rápido: o próximo capítulo já será o último da fanfic. Ou seja, já estamos no final da história. Estou de coração partido :(
❁PREPAREM-SE! ESTE CAPÍTULO ESTÁ CHEIO DE POLÊMICAS
❁POR FAVOR, LEIAM AS NOTAS FINAIS. TENHO UM AVISO MUITO IMPORTANTE PARA DÁ À VOCÊS!
❁Boa Leitura

Capítulo 10 - Nine


Fanfic / Fanfiction Wolves - Nine

Nine

“Meu peito ardia em tamanha decepção e sofrimento. Nunca imaginei passar por terrível situação. Aliás, tudo parecia tão inacreditável e difícil de acontecer na vida real, que eu jurava estar em um filme, ou presa a um pesadelo. No entanto, eu sabia que toda a decepção e mágoa que eu estava sentindo era real. E que, de fato, haviam destruído  não somente a minha vida, mas também a minha alma.”

 

Maidstone, Kent

A 72,2 km de Londres

19h:55min PM


 

As sirenes das viaturas me cegavam ligeiramente, enquanto o coração em meu peito palpitava de maneira exagerada, quase querendo pular para fora. Em todas as minhas missões como detetive, eu nunca havia ficado tão nervosa quanto daquela vez. A cada vez em que eu encarava o casebre abandonado, mais a sensação de pressentimento ruim aumentava. O que ia ao caminho contrário da felicidade dos meus colegas de trabalho, em finalmente dar um fim ao maior pesadelo de North River.

A gangue Wolves havia despedaçado-se, assim como eu tanto desejara durante todo esse tempo. Restava apenas um. E era esse um que restava,  que estava a me deixar com medo. Extremamente com medo.

Meus colegas poderiam não estar vendo, mas eu sabia o quanto estava transparente o receio e a hesitação em seguir em direção ao casebre, e acabar com tudo. Talvez, a euforia dos policiais fosse tamanha, que os impossibilitavam de enxergar o quão eu estava apavorada.

Como poderia eu, a melhor e maior detetive de North River, que já encarou terríveis criminosos e serial killers, ter medo de entrar naquele casebre, e encarar o responsável por tanto caos?

Talvez, é porque eu já soubesse quem era o responsável por tanto caos. E não foi somente a população de North River que ele amedrontara, mas também a mim mesma.

Notando que meus colegas apenas esperavam por minha autorização, mesmo que boa parte dos policiais já haviam cercado o casebre, fechei meus olhos, e respirei fundo. Estava na hora de encarar quem estava ali dentro.

Meu Deus, por que eu estava tão assustada?

Tentando controlar o tremor em minhas mãos, saquei a minha arma, olhei para o Ryan, como um sinal de que podiamos avançar, e assim fizemos. Apressadamente nos dirigimos em direção ao casebre. E quanto mais nos aproximávamos, mais eu sentia um desespero, uma agonia me acometer. Eram como mãos que me sufocavam e me impediam de respirar.

Por mais que eu estivesse a me aproximar rapidamente da porta de madeira, eu mal conseguia sentir minhas pernas se moverem. Tamanho era o medo, que chegava a fazer meu corpo ficar dormente. E, antes que eu pudesse pedir alguns segundos para pelo menos respirar, Ryan chutou a porta de madeira, fazendo-a cair em um estrondo.

E, mesmo sem sentir minhas pernas se moverem, eu adentrei ao casebre. Meu coração parecia enlouquecer de tanto que batia. Entretanto, assim que me deparei com o seu rosto, meu coração pareceu parar de bater, enquanto senti todo o ar dentro de meus pulmões sumirem.

Eu não conseguia acreditar que era ele quem estava ali.

Eu não conseguia acreditar que fora ele quem causara tanta bagunça e mortes desenfreadas em uma cidade.

Quando seus olhos cruzaram com os meus, senti uma forte pontada em meu peito.

Eu já deveria imaginar que Kesley Watson me decepcionaria mais uma vez.

Eu já deveria imaginar que ele era o chefe da gangue Wolves.

 

[...]

 

Despertei ao sentir um grande solavanco na viatura, o que quase me fez bater de cara com a poltrona da frente. Senti as mãos do policial Shawn Mendes me colocarem de volta no lugar, enquanto ele falou de maneira preocupada:

-Você estava tendo um pesadelo?

Ainda atordoada, tentei assimilar o que havia acontecido. Então eu estava sonhando, e o Kesley não era o chefe da gangue Wolves? Tudo parecia tão real, que eu ainda sentia o meu peito arder com a revelação que me fora dada. As minhas mãos até tremiam, com o quanto acreditei que na verdade, aquele terrível pesadelo, era pura realidade.

Olhei para o Shawn, que permanecia de cenho franzido a me encarar, e assenti com a cabeça, confirmando que tudo não passara de um pesadelo. E eu até poderia me sentir mais aliviada, se não fosse pelo fato de que aquele sonho, poderia ser uma espécie de aviso, ou até mesmo uma previsão.

Eu sabia que o Kesley poderia sim ter grandes chances de ser o chefe da gangue Wolves.

Aprumei a minha postura, enquanto levei as minhas mãos à cabeça, sentindo-me extremamente desconfortável com toda a situação, e também com o sonho.

-Não acredito que acabei adormecendo.

Ryan, que permanecia com uma pasta de arquivos nas mãos, as folheando rapidamente, olhou para mim e falou com uma expressão tensa no rosto:

-Relaxa, o dia hoje foi puxado. E você não foi a única a adormecer. O Shawn também deu uns baitas cochilos.

Ouvi o Shawn dar uma risada constrangida, provavelmente envergonhado por também ter adormecido. Contudo, não consegui desviar o olhar da expressão tensa do Ryan, e falei tocando em seu ombro, sentindo o seu corpo igualmente tenso:

-Aconteceu alguma coisa? Você parece tão tenso!

Ryan respirou fundo, e se remexeu no banco, parecendo querer desfazer toda a tensão que percorria em seu corpo. Sem me olhar no rosto, como se sentisse envergonhado, o meu colega de trabalho falou quase em um sussurro:

-É que é difícil encarar essa missão, após ter passado pelo o que eu passei durante toda a semana em que fui mantido em cativeiro. Quer dizer, vou me sentir um pouco assustado ao ter que encarar o chefe da gangue, mas iremos capturá-lo.

Assenti com a cabeça, sabendo o quanto seria difícil para o Ryan ter que passar por toda aquela situação. Pela rápida descrição que ele dera no departamento, sobre os dias que passou em cativeiro, eu sabia o quão ele estava traumatizado. Nem mesmo o melhor policial da cidade sairia ileso psicologicamente. Então, com  certeza aquela missão estava mexendo consigo, deixando-o assustado.

Rapidamente um silêncio constrangedor se instalou dentro da viatura. O motorista e seu companheiro pareciam estar absortos em seus pensamentos, Ryan estava assustado com tudo o que lhe aconteceu, e Shawn parecia sonolento demais para poder puxar algum assunto.

E não querendo voltar os meus pensamentos para o pesadelo que eu tive há poucos minutos, na qual me fazia sentir um tremendo enjoo, e um certo medo de ter sido uma previsão, eu falei um pouco alto, na tentativa de deixar todos naquela viatura espertos. Quanto mais gente debatendo, melhor.

-O que o anônimo falou sobre o esconderijo, e como o descobriu?

Ryan assentiu com a cabeça, e guardou os arquivos na pasta antes de começar a sua narração:

-O anônimo nos informou que, na saída de Maidstone, no condado de Kent, existia um casebre abandonado, nas proximidades da entrada de sua chácara. E que nos últimos dias, ele observou um movimento estranho no casebre, já que ele nunca vira alguém se aventurar a adentrar no local. Então, após alguns dias constatando que realmente havia uma movimentação no casebre, e com medo de que sua chácara pudesse estar em risco, o anônimo resolveu entrar no local, certificando-se de que o mesmo estaria vazio. E, ao invadir o local, ele se deparou com o covil da gangue Wolves. Havia máscaras de lobos, muitas armas e drogas, fotos das vítimas que sofreram nas mãos dos criminosos e, para completar, todo o esquema do meu sequestro.

Ryan pareceu ainda mais tenso com a última frase. Eu sabia o quão ele evitaria a todo custo se deparar com o esquema feito pela gangue, quando adentrasse ao casebre. Talvez, ele até colocasse o Shawn no seu lugar, querendo evitar ao máximo ver como todo o seu sequestro foi planejado. Pois, quanto mais ele falasse ou visse coisas relacionadas ao que ele passara, mais atormentado ele se sentiria.

Antes que eu pudesse falar algo que o confortasse, Shawn falou tentando mostrar esperteza, mesmo que os seus olhos entregassem o quão ele estava sonolento. Viagens sempre pareciam deixar o policial Shawn exausto.

-Agora esse homem teve muita sorte. Imagina se o chefe da gangue estivesse lá? Imagina o que teria acontecido a nossa testemunha?

Eu e Ryan assentimos com a cabeça, imaginando o quão o anônimo se arriscara para nos dar tamanha informação. Entretanto, se não fosse este homem, ainda estaríamos longe de descobrir finalmente a identidade do responsável por toda a violência em North River.  Se bem que, com os seus capangas presos, provavelmente algum deles poderia acabar revelando a sua identidade.

E sobre a testemunha anônima, o homem nem era tão anônimo assim, já que acabara revelando ser proprietário da chácara próxima ao casebre. Imagina se alguém da gangue descobrisse a sua identidade? Para sorte dele, sempre mantíamos todos os dados em sigilo.

Antes que eu pudesse proferir os meus pensamentos para os meus colegas de trabalho, a rádio da viatura foi acionada, enquanto pudemos ouvir um dos policiais que estava na viatura da frente, dizer:

-Estamos há um minuto do casebre. Desliguem as luzes das viaturas, e se preparem para a abordagem.

Ao ouvir aquelas palavras, meu coração começou a bater tão rapidamente, que eu estava ao ponto de uma taquicardia. Minhas mãos suaram de uma maneira absurda, enquanto mal sentia o ar fluir por meus pulmões. Eu não conseguia me sentir nem um pouco feliz com o progresso que conseguimos com aquela missão.

Pelo contrário, eu somente conseguia sentir medo. Pavor!

Eu sabia que, quando eu adentrasse ao casebre, eu não me sentiria satisfeita.

Eu sentiria o contrário.

No momento em que a viatura saiu da estrada, e parou no acostamento, eu soube imediatamente que estava na hora. Que estava no momento de pôr um fim a todo o pesadelo que atormentou a cidade de North River.

Após um minuto, onde os policiais das outras viaturas averiguaram o ambiente, nos certificando de que não existia mais ninguém na área, eu, Shawn Mendes e Ryan Hope saímos das nossas viaturas, nos viramos de frente para o casebre que estava há poucos metros de nós, enquanto as luzes das viaturas foram acessas.

Então, foi quando tudo aconteceu.

O maior criminoso de North River, estava a poucos metros de mim. Eu o havia encontrado.

Levei meses para acabar progressivamente, com a gangue que estava a aterrorizar todos os habitantes da cidade que eu tomara como minha. E, no dever de proteger a todos que estavam à mercê dos crimes bárbaros do grupo Wolves decidi tomar frente da investigação, e acabar com o terror disseminado pelos criminosos que foram capazes de matar inúmeros inocentes.

Um por um, identifiquei os componentes da gangue mais perigosa, e os levei para a prisão. Fazendo-os assim, pagarem por seus erros. E toda essa busca incessante pelo líder do grupo que entornara o pânico pelas ruas de North River, me levara em frente ao casebre na saída de Maidstone.

Bastava eu entrar no lugar, encontrar o responsável pelos inúmeros crimes cometidos em poucos meses, e trazer a paz de volta para todos.

Contudo, algo me dizia que eu não sairia exultante disso.

Meus colegas de trabalho olharam para mim, apenas esperando que eu adentrasse ao pequeno casebre bem a nossa frente. Bastava apenas eu movimentar os meus pés em direção ao local, segurar o revólver e apontá-lo para frente, abrindo a porta em seguida. Era por essas ações, que os policiais que me acompanhavam naquele momento, estavam a esperar.

Aquele caso era meu, eu tinha que seguir em frente e acabar com quem quer que estivesse por trás daquela porta.

Mas eu parecia congelada e presa naquele asfalto cheio de buracos.

Percebendo que a única coisa que eu era capaz de fazer, não passava de contemplar com um resquício de desespero, o casebre bem a nossa frente, Ryan falara enquanto apontava para o local onde possivelmente o chefe da gangue estava escondido:

-Senhorita Ruston, precisamos ser rápidos. O criminoso pode arranjar uma forma de fugir, ou nos atacar, se não fizermos nada.

Assenti rapidamente com a cabeça, mesmo sem saber se eu queria realmente ser a primeira a adentrar aquele lugar.

Sob os olhares dos policiais ao meu redor, muitos deles impacientes com a minha demora, apenas respirei fundo, e segui a passos ligeiros em direção ao casebre. Eu precisava ignorar aquela apreensão e nervosismo que parecia me impedir de prosseguir em frente. Nunca havia me sentido tão mal daquela maneira. Eu estava quase a vomitar.

Eu não conseguia me sentir nem um pouco feliz com aquela missão. Diferente de meus colegas, que estavam quase a esbravejarem com o sucesso que fora a destruição daquela gangue aterrorizante.

Por que eu não conseguia sentir-me feliz assim como eles?

Pelo contrário, eu somente conseguia sentir tristeza, e puro medo.

Talvez, porque eu já soubesse o que encontraria no casebre a minha frente.

Tentando não mostrar o pânico que me possuía, apesar de minhas mãos trêmulas não conseguirem segurar a arma de maneira firme, apenas foquei em apressar os meus passos, enquanto o restante dos policiais que esperavam por uma ação minha, cercaram o casebre, para que o criminoso não tivesse chances de escapatória.

Decidida a acabar de uma vez por todas com aquele caso, proferi um chute violento na porta a minha frente, fazendo com que a mesma se despedaçar-se e fosse de encontro ao chão. Rapidamente, alguns policiais me escoltaram, com o objetivo de proteger-me. Mesmo eu sabendo me defender sozinha.

Eu já havia enfrentado vários crimes. Não haveria algo ou alguém ali dentro, que pudesse me magoar.

Então, foi quando os meus olhos foram de encontro aos seus, que eu percebera que estava redondamente enganada.

Senti o ar esvair-se de meus pulmões, enquanto meu corpo parecia amolecer e meus batimentos cardíacos fraquejarem.

Eu sabia que não ficaria extasiada com o fim daquela gangue. E vê-lo dentro daquele casebre, me fizera ter a certeza disso.

Era difícil acreditar que o homem na qual eu partilhara tantos momentos, era o responsável por todos os pesadelos que me acometiam, naquela selva escura que era os crimes de North River. Passei noites em claro em sua busca, e quando finalmente consegui encontrá-lo, eu desejava não tê-lo feito.

Tudo ao nosso redor, parecia ter sido congelado naquele momento. Entretanto, era possível sentir o meu coração se despedaçar em inúmeros pedaços, enquanto meu interior contorcia-se em uma dor dilacerante.

Eu estava a morrer por dentro.

Como o Nolan fora capaz de trair-me daquela maneira, e escondera de mim o quão era perigoso? Eu mal conseguia acreditar que, de fato, era ele quem estava ali, apenas esperando que alguém o arrancasse daquele casebre, e o arrasta-se para o seu destino.

Uma cela suja e apertada.

Minha vontade era de esmurrá-lo, e fazê-lo pagar por toda a traição. Nolan pusera a minha vida em risco, durante todo esse tempo. O que ele poderia ter feito com todos os segredos confessados em uma noite fria e tomada por um temporal? O que ele poderia ter feito com todas as polaroides tiradas no festival, que marcaram um ótimo momento entre nós? O que ele poderia ter feito, depois de encontrar-me embriagada nas ruas de North River?

Eu estive em um perigo constante. Logo por uma pessoa que achei que me protegeria de qualquer perigo. Qualquer crime.

Não pude evitar as lágrimas que transbordavam em meus olhos, enquanto Nolan apenas detinha-se a me olhar de maneira suplicante, como se tal ato fosse capaz de aniquilar todas as coisas ruins que ele fizera, e que de mim escondera.

Era impossível acreditar no risco que eu correra, nas noites em que eu dormira em seu apartamento, ou nas vezes em que acampamos em uma floresta. Ele poderia ter feito mal a mim a qualquer momento.

E perceber isso, fora o estopim para que eu o odiasse morbidamente.

Aquele homem que estava a ser carregado pelos policiais, enquanto algemas prendiam os seus pulsos, decepcionara-me de tal maneira, que eu tinha certeza de que não seria capaz de confiar em alguém novamente.

Eu não seria capaz de confiar em alguém de novo, após saber que qualquer pessoa que se aproximasse, poderia possuir uma identidade podre por trás do belo sorriso e olhos alegres.

Nolan, que me fizera passar pela dor de ser enganada, acabara de acender em mim, a vontade de nunca mais abrir-me para alguém mais uma vez.

Eu, Susan Ruston, estava disposta a esquecer qualquer lembrança que pudesse fazer com que eu o perdoasse. Eu faria de tudo, para que aquele homem nunca mais retornar-se a ouvir o meu nome, muito menos rever o meu rosto.

Eu estava tão possuída pela raiva, angústia e decepção, que não percebi que o Ryan havia me abraçado, e que estava sussurrando palavras que eu não conseguia ouvir. Os meus soluços abafavam as palavras do Ryan, a gritaria dos policiais que tentavam fazer com que o delinquente ficasse quieto, e a voz desesperada do Nolan, tentando se livrar daquela situação.

Quanto mais eu tentava me agarrar ao Ryan, mais quebrada por dentro eu me sentia. Tamanha era a dor em saber que, a pessoa que mais me colocara em perigo, que mais colocara em perigo a vida de milhares de pessoas, e que me atormentara dia e noite com pesadelos tenebrosos, era alguém na qual eu tive total confiança e afeição durante um bom tempo.

E eu nem deveria ter me sentido tão surpresa, e decepcionada. O Nolan havia cometido um ato terrível para mim há dias atrás, quando invadira o meu apartamento. Ele confessou algo que me partiu por dentro. Então, ao ver com os meus próprios olhos que ele era o chefe da gangue Wolves, eu não deveria ter me surpreendido tanto. Já que estava mais do que provado, que o Nolan era capaz de tamanhas atrocidades.

Então por que eu continuava sentindo uma dor sufocante, enquanto não parava de pensar que o Nolan era a pessoa na qual eu persegui durante meses?

No momento, eu somente conseguia imaginar os inúmeros riscos que eu corri ao lado do Nolan. Em todas as oportunidades que ele teve para me matar, mas que por algum motivo, não o fez. Na verdade, o que eu sentia era um misto de medo, raiva, e vergonha. Como eu nunca fui capaz de perceber tudo antes?

Se eu houvesse prestado atenção, eu teria algumas provas de que o Nolan estava envolvido sim com algo errado. Principalmente no dia em que ele invadiu o meu apartamento, roubou o arquivo do assassinato contra o estudante, que por sinal era seu colega de sala, e deixou bem claro que ninguém poderia saber que ele foi um possível suspeito do crime.

A partir daquele momento, eu já deveria ter investigado mais a fundo a vida do Nolan.

Na verdade, eu deveria ter começado a investigar, quando ele se tornou um possível suspeito do assassinato contra o seu colega de curso.

Tudo esteve muito na minha cara, contudo, me limitei a não enxergar.

Somente agora, que eu consegui reparar que desde quando descobrimos a existência da gangue, e que ela começara a praticar os seus atos de terrorismo, que o comportamento do Nolan mudou. Ele começou a sair mais vezes durante a madrugada, ou sair com pessoas nas quais ele nunca me revelou a identidade. Passou a guardar uma arma em suas gavetas, a arranjar brigas com os colegas de faculdade, e trazer um grande caos para a minha vida através de notícias falsas em uma revista de quinta.

Agora todos os comportamentos do Nolan faziam sentido. E me senti a pior detetive do mundo, por nunca sequer ter cogitado que a pessoa na qual eu compartilhei os melhores momentos de minha vida, estava envolvido com algo que eu era extremamente contra.

O crime.

Somente me permiti sair de meus dolorosos e angustiantes devaneios, quando finalmente o Ryan desfez o abraço, enquanto o Shawn adentrava ao casebre, mostrando embaraço por não saber agir perante tudo o que aconteceu.

-Sinto muito, Susan. Nunca cogitamos que o seu melhor amigo poderia ser responsável por…

-Nunca chegamos a cogitar isso, porque fui muito idiota! Como eu não descobri nada antes, se o Nolan estava comigo a maior parte do tempo? Eu fui muito tola de não ter suspeitado de algo.

Shawn avançou em minha direção, e me segurou pelos ombros, fazendo com que eu o encarasse nos olhos:

-Não, Susan, você não é tola! O Nolan que foi muito esperto e conseguiu esconder tudo de você. E o fato do criminoso ser uma pessoa próxima a você, não diminui o fato de que você foi extremamente bem sucedida na resolução de todo esse caso. Em poucas semanas você praticamente destruiu toda a gangue, e ainda salvou o Ryan do sequestro. Você é uma detetive brilhante! Não deixe que o fato do Nolan ser o maior criminoso de North River, diminuir o seu trabalho.

As palavras do Shawn até conseguiram surtir um certo efeito, fazendo com que eu não me sentisse tão péssima. Todavia, eu não conseguia me perdoar por não ter percebido que o Nolan era um criminoso. Eu morei com ele durante meses! Como eu nunca encontrei algo suspeito?

Céus! Esta era a segunda vez que isto acontecia. Primeiro o Kesley, agora o Nolan. O que me esperava da próxima vez?

Antes que eu pudesse pôr para fora toda a indignação comigo mesma, Shawn falou enquanto apontava para fora do casebre:

-Precisamos voltar agora para North River. O chefe da gangue nos revelou um nome e um endereço. Parece que é de um traficante que vendia drogas para a gangue Wolves. E bem, a delegada Gal Cooper quer a nossa presença no departamento. Principalmente a sua, Susan.

Assenti com a cabeça, mas já sabendo o que me esperava. Com certeza eu perderia o meu emprego, por ter mantido amizade com um criminoso, mesmo que eu não possuísse conhecimento sobre as atitudes ilegais e desumanas do Nolan. Soltei um longo suspiro, e apenas segui o Shawn e o Ryan para a única viatura que nos esperava.

Então, somente naquele momento que eu percebi o quanto passei horas imersa em um sofrimento profundo, tudo por causa da traição do Nolan. Dera tempo os policiais levarem o criminoso, averiguar todo o casebre e levar todas as provas que afirmavam que ele era o chefe da gangue Wolves. Enquanto eu apenas me limitei a chorar, lamentar e praguejar pelo o que o Nolan não somente fez para toda a população de North River, mas também fez para mim.

Como ele havia prometido, Nolan desestabilizou a minha vida.

Adentrei a viatura, e em silêncio seguimos viagem de volta para North River. Minha cabeça permanecia uma confusão, na busca de uma resposta que explicasse os motivos para o Nolan se tornar chefe de uma gangue. Eu permanecia perdida, sem conseguir entender como o Nolan conseguiu esconder tudo de mim por tanto tempo. Eu era uma péssima detetive. Como não suspeitei de nada?

Como não suspeitei do fato do Nolan ser um cara bastante rico, mesmo sem trabalhar? Será que ele realmente tinha uma família na Irlanda? Será que os seus pais realmente eram donos de uma revista famosa, ou tudo não passou de uma desculpa esfarrapada para justificar o monte de dinheiro que ele tinha, e a falsa reputação que ele tinha a zelar?

Droga! Como pude ser tão burra?

Agora tudo fazia sentido! A forma como o Nolan não se irritou quando esbarrei com o copo de café em si, na primeira vez que nos vimos. Aquela foi uma perfeita oportunidade de se aproximar da futura detetive daquela cidade. Ter me abrigado em seu apartamento durante meses, sendo solícito e um grande amigo, foi sua grande oportunidade de me despistar, além de se aproveitar de minha inocência para saber cada passo da polícia na investigação contra a sua gangue, para saber exatamente como planejar os seus crimes.

E por último, ter trazido o Kesley de volta para a minha vida, para me distrair e fazer com que eu não fosse capaz de associá-lo aos crimes que aconteciam. Até porque, com Kesley em North River, justamente na época em que os crimes da gangue Wolves se agravaram, eu iria suspeitar que na verdade era o Kesley que estava por trás de tudo isso, e não o Nolan.

Meu Deus, como eu pude ter sido tão burra?

A tristeza, angústia e amargura já haviam passado. Agora, eu somente conseguia sentir raiva. Do Nolan, e de mim mesma.

 

***

 

-Susan, isto é um absurdo!

A voz irritada da delegada ecoou pelas quatro paredes de seu escritório, enquanto o barulho dos meus batimentos cardíacos se misturavam com as palavras que me deixavam cada vez mais deprimida. Eu já imaginava a confusão que seria, quando eu voltasse para o departamento, e encarasse a minha superior.

Já passei por isso uma vez. Mas a dor era a mesma.

Pestanejei os meus olhos várias vezes, com o intuito de não permitir que as lágrimas descessem por meu rosto, entregando o quanto eu estava mal. Eu não conseguia acreditar que tudo estava acontecendo mais uma vez.

Continuei de cabeça baixa, sem conseguir encarar a minha superior. Ela deveria estar me matando somente com o olhar.

-Isso foi algo inadmissível. Imagina o quanto o departamento ficará com péssima reputação, após saber que a nossa principal detetive era amiga do maior criminoso da cidade? Susan, olha só o problema que você nos trouxe?

Prendendo o soluço que estava quase a escapulir da minha boca, eu falei com a voz trêmula, quase implorando por um perdão:

-Desculpe-me, mas eu não sabia que o Nolan era um criminoso.

-Não importa! Susan, você é uma detetive. Deveria ter suspeitado de algo antes que a amizade de vocês se concretizasse. E em pensar que isso já aconteceu uma vez!

Franzi o cenho, sem entender ao que a delegada estava se referindo, e falei cruzando os braços:

-Como assim?

Gal Cooper deu uma risada, e falou com ainda mais autoritarismo:

-Você acha que eu não iria descobrir que você namorou um traficante antes de vir para North River, e que essa foi a causa para a sua demissão do departamento? Susan, é óbvio que eu iria investigar o seu passado e descobrir tudo. Somente te dei uma chance, porque te achei competente o bastante. Entretanto, eu dei oportunidade para uma detetive de quinta, que se envolve com criminosos. Sem contar, que agora descobri que você tem um fetiche por traficantes. Primeiro o filho do maior terrorista da Flórida, agora o traficante da gangue Wolves? Que merda de detetive você é?

Tentei ignorar toda a humilhação que eu estava sendo submetida naquele momento, e foquei em algo que a delegada falou,  mas que não consegui compreender:

-Eu me envolvi com o traficante da gangue? Quem te disse isso?

Gal deu mais uma risada cheia de sarcasmo, e falou quase cuspindo fogo em minha face:

-Nós vimos você e o Caleb Russell saindo várias vezes. Analisamos câmeras de segurança de todas as propriedades do traficante, e em todas as filmagens você estava lá, aos beijos com o delinquente. Que pouca vergonha, Susan. Agora sim eu tenho a certeza que você é a pior detetive que já existiu. Enganando o departamento esse tempo todo…

Parei de ouvir a delegada, no momento em que ela revelou que o traficante da gangue Wolves, era o Caleb Russell. Não, não poderia ser verdade. Aquilo somente poderia ser algum tipo de brincadeira. O Caleb Russell não era um criminoso.

Contudo, naquela altura, a delegada não estava para brincadeiras.

Sem pensar duas vezes, saí rapidamente da sala da delegada, ignorando completamente o seu chamado. Pouco me importava se ela iria me dar uma bronca. Eu já havia perdido o emprego mesmo.

Assim que entrei no corredor, e dei de cara com o Shawn que parecia nervoso demais, eu falei aos berros, pouco me importando com os olhares dos outros policiais:

-Onde estão o Nolan e o Caleb?

Shawn pareceu se assustar com os meus gritos, e falou tentando tocar o meu ombro:

-Calma Susan…

-Calma porra nenhuma. Onde estão os dois vagabundos?

Pensei que o Shawn teria um ataque de tão branco e trêmulo que ficara. E, totalmente mudo, ele apontou para o corredor que levava para as salas de interrogatório.

Sem agradecê-lo, apenas segui rapidamente para o corredor, enquanto as lágrimas de raiva e decepção embassavam a minha vista. Naquele momento, eu sentia vontade de matar os dois, com as minhas próprias mãos.

Mas, assim que abri a porta da sala, e dei de cara com os dois homens algemados, senti um forte baque me acometer. Eu não conseguia respirar, muito menos falar nada. Pois, naquele momento, eu tive a certeza do meu pior pesadelo. O meu melhor amigo era o criminoso mais perigoso da cidade, e o homem na qual eu havia me apaixonado, era o seu traficante.

Quando eu achava que as coisas já estavam ruins, eu percebi que elas tendiam a ficar cada vez pior.

Nolan, notando a minha presença, destilara o seu veneno sem obter nenhuma empatia pelo meu sofrimento:

-Olha só quem chegou, a pior detetive de North River.

Senti a raiva apossar-se de cada célula de meu corpo, enquanto a risada debochada do Nolan apenas feria ainda mais o meu interior. Era incrível, e ao mesmo tempo assustador, ver uma pessoa que julgamos ser especial, mostrar o quão perigosa era, e o quão fez de tudo para nos prejudicar.

E mais incrível ainda, era o fato de eu não ter percebido nada disso.

Antes que eu pudesse bater na cara do Nolan, ou que ele pudesse continuar destilando o seu veneno em mim, ouvi o Caleb suplicar por perdão:

-Susan, por favor, perdoe-me! Não era a minha intenção lhe magoar ou te colocar em perigo…

Caleb foi interrompido por mais uma risada do Nolan, enquanto o loiro falou com tamanho deboche:

-Bem, não foi isso o que aconteceu!

Eu poderia mandar ambos calarem a boca, ou partir dali sem obter nenhuma explicação. Entretanto, eu sabia que havia cometido vários erros justamente pelo mau costume de nunca parar para ouvir o próximo,  e conhecer melhor os seus motivos, por mais absurdos que fossem.

Então, mesmo sentido-me destruída, e com certo nojo de encarar os dois homens que brincaram com a minha vida e a minha confiança, eu falei cruzando os braços, tentando passar uma falsa imagem de que eu não estava abalada com as suas atitudes:

-Então, vão me explicar qual o objetivo e como planejaram toda essa palhaçada?

Nolan curvou-se para a frente, enquanto o Caleb parecia se encolher mais a cada segundo, como se pudesse sumir se por acaso se encolhesse o bastante. E, por mais que eu estivesse com a expressão dura e séria,  no fundo eu estava gritando e chorando por não conseguir acreditar no que eu via.

-Eu chefiava a gangue lá da Irlanda. Descobri da existência dela através do antigo traficante da gangue, e resolvi fornecer o meu apoio, já que eu tinha um grande arsenal de drogas na falsa empresa da revista dos meus pais. Sim, a Revista era apenas uma fachada para a grande indústria de drogas que eu administrava. Até que, o até então chefe da gangue, junto com o seu traficante,  foram mortos em uma troca de tiros com a polícia. Troca de tiros essa que também matou a ex esposa do Caleb. Então, todos perdidos sem saber o que fazer, e com um tremendo desejo de vingança, os capangas da gangue recorreram a mim, clamando por ajuda, já que até então eu fui a pessoa que mais lhes deu apoio. E foi aí que me tornei o chefe da Wolves, e a tornei a gangue mais poderosa da cidade. Quando desembarquei em North River, automaticamente fiquei sabendo da história do Caleb, e o quão ele estava abalado com a perda de sua esposa. E obviamente não perdi a oportunidade de fazer-lhe a cabeça, para que ele se tornar-se o novo traficante da gangue. Também nutri em sua mente o desejo de vingança, já que por causa dos tiros dos policiais, ele perdeu a sua amada. Ah, e a escola particular de música que o Caleb dizia ter, é apenas uma fachada para o seu escritório onde vende e recebe drogas de todos os lugares do país.

Eu sentia que minha mente iria explodir, a medida em que ela processava todas as palavras do Nolan. Por mais que ele estivesse a confessar como fora parar naquela gangue, eu parecia não conseguir acreditar. Sua narrativa parecia mais com um livro ou algum tipo de novela, e não algo que aconteceu com alguém tão próximo, e que eu estava a descobrir da pior maneira possível.

Eu já estava esgotada em demasia, sem forças para chorar, gritar, ou sentir um grande ódio tanto por tamanha enganação por partes de ambos, quanto por eu mesma, já que não fui capaz de desconfiar de nada. Eu era uma péssima detetive. Já havia me conformado.

Ainda de braços cruzados, tentando esconder o tremor em minhas mãos por tamanho abalo psicológico, eu falei olhando ameaçadoramente para ambos, deixando bem claro que eu seria capaz de matá-los:

-E a partir de qual momento vocês decidiram me incluir nos planos de vocês?

Nolan soltou uma risada irritante mais uma vez, como se estivesse em um espetáculo de circo. Mesmo sabendo que seria preso, e que pagaria por todos os crimes que cometera, Nolan ainda conseguia tirar proveito de todas as desgraças que me causara.

-Quando nos esbarramos pela primeira vez no aeroporto, e que eu a reconheci como a detetive que foi expulsa do departamento da Flórida. E, mesmo que de certa forma eu sentisse um certo receio em você descobrir quem eu era, eu sabia que poderia lhe usar ao meu favor. E a medida que você foi relatando a sua situação, eu tive a completa certeza que eu lhe usaria para conseguir o que eu queria. Quer dizer, sendo melhor amigo da melhor detetive da cidade, eu ficaria sabendo de todos os passos da polícia, sabendo como agir em relação a gangue. E tudo estava saindo como o planejado, até que você começou a ser uma ameaça para mim, já que estava começando a desvendar os crimes e chegar cada vez mais perto dos meus capangas. Então foi quando eu decidi acabar com a sua carreira. Convoquei o Kesley para voltar a sua vida, já que o idiota é perdidamente apaixonado por você. E paguei ao Jonas para espalhar notícias falsas sobre você. Pois é, o jornalista que tanto pegava no seu pé, fazia esse trabalho a meu favor. Ele me ajudava a acabar com a sua reputação.

Engoli o grande nó que se formara em minha garganta, enquanto não pude evitar as lágrimas que começaram a embaçar a minha visão. Quanto mais eu sabia da verdade, mais destruída eu me sentia. A sensação de se sentir usada era terrível. Principalmente quando vinha de duas pessoas na qual eu esperei o melhor. A ideia de que o Nolan fora o meu melhor amigo, e Caleb o cara que me prometeu um relacionamento agradável, parecia algo bem distante.

Pior ainda, era saber que me envolvi com pessoas que compactuavam com a minha derrocada.

Sem conseguir olhar para o Caleb, que também parecia evitara me olhar, perguntei diretamente para o Nolan:

-E o Caleb? Como ele entrou em tudo isso?

-Simples, quando o Caleb ficou sabendo que havia se envolvido com a maior detetive da cidade, no pub naquela noite, ele veio rapidamente me contar o ocorrido. E, obviamente, decidi me aproveitar da situação. O forcei a continuar se envolvendo com você, com o objetivo de distrair-lhe para que eu pudesse agir em sua derrocada. Quer dizer, apaixonada por um cara rico e bem sucedido, eu iria ter tempo e espaço para continuar os meus planos.

-Mas saiba que no começo eu não queria lhe usar! -Caleb tentou se justificar, mas Nolan o cortou.

-Porém, o Caleb sabia que, se ele não me obedecesse, eu mataria o seu filho. Ou seja, ou ele compactuava comigo, ou perderia mais uma pessoa especial.

Senti o ar sumir de meus pulmões, enquanto falei com o pouco fôlego que me restou:

-Mas parece que os seus planos deram errado, e ambos irão apodrecer na cadeia!

Dando a sua última risada, o homem de cabelos loiros e olhos violentos, cuspiu as palavras que foram suficientes para me matar por dentro:

-Posso ter sido preso, mas eu conquistei um dos meus maiores planos. Ver a detetive de merda sofrer nas minhas mãos.

 


Notas Finais


❁SOCORRO! OLHA SÓ QUEM É O CHEFE DA GANGUE WOLVES!
❁AVISO IMPORTANTE: Por motivos de Enem, sem contar que novembro é o mês do meu aniversário, estarei bastante atarefada tanto com os preparativos para a prova do Enem, quanto para o meu aniversário. Logo, não terei tempo para escrever e dar a devida atenção a fanfic. Portanto, o próximo e último capítulo de Wolves só sairá em dezembro. Sei que é chato passar um mês inteiro sem capítulo, mas infelizmente estarei bastante ocupada, e consequentemente, sem tempo para escrever. No entanto, a demora para atualização trará ainda mais um suspense/mistério sobre o que acontecerá com a nossa querida Susan.
❁Comentários sempre serão bem vindos! Vejo vocês lá.
❁Ah, e para quem for fazer o Enem, boa sorte.
❁Amo vocês! XoXo


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