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História Wolves - Three


Escrita por: JohannahValley e KiwiSweet

Notas do Autor


Oiii meus anjos, feliz páscoa para todos!
Sei que demorei um pouco para postar este capítulo, mas logo explicarei os motivos do atraso.
❁Primeiramente, quero agradecer pelo apoio que essa fanfic está recebendo. Apesar dos poucos favoritos e comentários, eu e a @Kiwisweet nos sentimos inteiramente gratas pelas leitoras que nos acompanham.
❁Em relação a alguns detalhes que complementam a fanfic: o cargo que Susan exerce no departamento, no caso o cargo de detetive, somente existe nesta fanfic. No mundo real, Susan poderia ser uma investigadora ou agente policial. Detetives que exerce os trabalhos que a Susan exerce na fanfic, não existem no mundo real.
❁Tratando-se do atraso da postagem do capítulo: então meus amores, todos os capítulos deveriam ser postados nas sextas. Contudo, isto terá que ser mudado, devido a vários fatores da minha vida pessoal, quanto a de @Kiwisweet. Ambas agora estamos com a agenda muito lotada. Ela estuda, faz curso, trabalha, o que lhe resta pouquíssimo tempo para escrever. Tanto que ela passou a responsabilidade de escrever os capítulos para mim. E agora, eu comecei a trabalhar, fazendo com que eu passe o dia inteiro fora de casa. Nisso, sobra-me apenas poucas horas no domingo para que eu possa escrever. E como não quero que os capítulos saiam escritos de qualquer jeito, então levarei muito tempo para concluí-los. Ou seja, a fanfic será atualizada apenas uma vez por mês.
❁Esperamos do fundo de nossos corações, que vocês não desistam da fanfic. Sabemos que o tempo de atualização será muito longo, mas estamos fazendo isso para que tudo saia bem escrito, e que vocês não se decepcionem com os capítulos.

❁PERSONAGENS:
Selena Gomez como Susan Ruston
Niall Horan como Nolan Hayes
Zayn Malik como Kesley Watson
Louis Tomlinson como Caleb Russell

❁BOA LEITURA!

Capítulo 4 - Three


Fanfic / Fanfiction Wolves - Three

 

Three

 

“Os seus olhos eram os mesmos. Suas íris ainda eram azuladas e intensas. As mesmas que me seduziram, que fizeram entrar em estado de transe. Os mesmo olhos que me enfeitiçaram e me levaram para outra dimensão. Entretanto, no lugar do brilho majestoso que iluminava os seus olhos azuis, eu pude ver um medo exorbitante. O que me deixara completamente frustrada. Ele tinha medo de mim? Por que a minha presença lhe assustava de tal maneira?”

 

[...]

 

Prédio Horizon

Apartamento 42

09h:43min AM

Relutei em abrir os meus olhos, sabendo que, assim que eu o fizesse, eu já não estaria mais imersa aos sonhos que me remetiam a noite anterior. Sabe aquele momento em que você sonha algo incrivelmente extraordinário e prazeroso, mas acaba despertando antes mesmo deste sonho chegar ao seu clímax, e de uma maneira completamente ineficaz, você tenta adormecer, e retornar ao bendito sonho em questão?

 Então, eu encontrava-me daquela maneira, ao recordar os beijos quentes que Anael me proporcionara tanto em meus sonhos, quanto na noite anterior. Era impossível não sentir as entranhas se arrepiaram, enquanto logo a excitação me acometia, somente em rememorar o quão aquele homem me levara ao paraíso.

 Literalmente!

Nem o meu tão longo relacionamento com indolente e palerma Kesley Watson, me proporcionara tamanha realização de fetiches. Muito menos, fizera-me pensar em tais situações mais do que o necessário.

 Ao contrário do anjo que, na noite anterior, soubera-me como levar as alturas.

  Literalmente!

  Se eu ao menos soubesse como era o seu rosto, ou pelo menos o seu nome verdadeiro, talvez eu não precisasse desperdiçar tanto o meu tempo em relembrar desde o momento em que nossas mãos se tocaram, até o momento em que suas mãos estavam a tocar-me com tamanha maestria.

  Céus! O que estava a acontecer comigo? Eu sentia-me ridícula em demasia, ao constatar o quão não conseguia parar de pensar naquele homem. Nenhuma outra pessoa me fizera pensar tanto na mesma. Com exceção de Kesley, mas os motivos eram completamente diferentes e perturbadores.

 Antes que eu pudesse repreender a mim mesma por sempre acabar retornando ao passado, submetendo-me as lembranças medíocres que o Kesley me deixara de prenda, ou até mesmo eu pudesse tentar voltar aos sonhos excitantes com o Anael, mesmo sabendo que isso era extremamente burlesco, e até mesmo considerado paradoxal, o meu celular tocara rapidamente, fazendo-me ter um sobressalto.

  E assim que eu vira o nome da delegada do Departamento de Investigação de North River, estampado na tela, não pude evitar em engolir em seco. Ela nunca entrara em contato comigo daquele modo. Então, não pude impedir de imaginar inúmeras situações ruins que poderiam estar a minha espera naquela ligação.

  Logo levantei-me de minha cama, e peguei o meu celular que estava jogado de qualquer jeito sob o criado-mudo. Respirando fundo, querendo preparar-me para o que quer que estivesse a minha espera, eu atendi a ligação que já estava a deixar-me em estado de desespero:

   -Delegada Cooper, bom dia!

  -Bom dia, detetive Susan. Desculpe-me em incomodar lhe tão cedo. Mas, eu necessito lhe felicitar por mais um sucesso seu nas investigações na qual se submetera. Graças ao seu trabalho árduo no dia anterior, conseguimos encontrar os responsáveis pela morte da jovem Eliza Martinez. E como você havia imaginado, ambos eram participantes da tão temida gangue Wolves. Você está conseguindo aos poucos, acabar com esse grupo tão aterrorizador. Como sempre, a senhorita nunca me decepciona.

Naquele momento, minha vontade era de esbravejar bem alto, enquanto eu tentava arrumar alguma forma em regraciar todo o reconhecimento que a delegada Gal Cooper estava a me dadivar. Todavia, eu não encontrava sequer palavras boas o suficiente para retribuir os seus elogios. Eu mal conseguia desfazer o sorriso que rasgava as minhas bochechas!

Então, perante o estado de tamanha euforia, apenas detive-me a proferir um obrigada, desejando intensamente que a delegada fosse capaz de prever a minha felicidade estampada em minha face.

  Era tão prazeroso saber que o meu trabalho estava a alcançar o efeito desejado. Saber que eu estava a satisfazer a minha superior, e ainda a salvar a população dos riscos e ameaças que eram os crimes de North River, era o suficiente para fazer-me esquecer do fardo e cansaço que me acometiam nas últimas semanas.

  Talvez o desgaste fosse apenas algo criado em minha mente.

  Antes que eu pudesse proferir qualquer outro comentário para demonstrar o quão grata eu estava por receber o reconhecimento de uma pessoa na qual eu admirava em demasia, pude ouvir a delegada Cooper pigarrear, antes de falar de forma compreensiva e gentil:

    -Susan, apesar de seu trabalho ser de tamanho mérito e relevância para o nosso departamento, tenho que lhe dispensar pelo dia de hoje. Você merece uma folga, já que se submete a trabalhar de maneira dura e fatigante. Tenho reparado o quão a senhorita permanece exausta, e não quero que o seu trabalho chegue a prejudicar a sua saúde. O Ryan me confidenciara o quão está preocupado com o seu cansaço, assim como eu também estou. Então decidi colocá-lo para assumir as investigações de hoje, para que você tenha um pouco de descanso. Amanhã a senhorita poderá retornar aos trabalhos. Tudo certo?

 Esforcei-me ao máximo para não soltar um grunhido de fúria, ou cuspir todos os xingamentos possíveis para revelar a Gal Cooper o quão o Ryan, era na verdade um homem grotesco que apenas queria substituir-me, até roubar para si o meu cargo naquele departamento.

 O Ryan era um parvo estúpido que se aproveita da confiança e compreensão de nossa superior, para beneficiar a si mesmo. Nem que para isso, tenha que sacrificar o meu emprego. Entretanto, eu não o deixaria se safar tão facilmente, muito menos roubar o meu trabalho dos sonhos.

  Antes que eu pudesse declarar a delegada Cooper, que eu estava apta o suficiente para trabalhar naquele dia, e que não havia motivos para preocupar-se com a minha saúde, a minha superior apenas se despedira e encerrara a ligação, não me dando chances para convencê-la de que eu estava bem.

  Então, logo joguei o meu celular sob a cama, frustrada demais para aceitar o quão o Ryan conseguira manipular a nossa chefe. Até que ponto ele iria, para finalmente arrancar de mim o meu cargo no departamento de investigação?

 E somente em imaginar que toda a sua amizade e gentileza no primeiro ano que trabalhamos juntos, era somente fingimento seu, para finalmente pôr o seu plano em prática, somente fizera com que a cólera me deixasse ainda mais enervada. Eu não o deixaria tomar o meu emprego. Nem que para isso, eu tivesse que travar uma batalha com esse palerma.

Levando as mãos ao meu rosto, com o intuito de acalentar-me, respirei fundo antes de seguir para cozinha. Já que eu teria o dia inteiro de ócio, o melhor seria aproveitar as minhas vinte e quatro horas, para tirar um tempo para mim mesma.

 Há quanto tempo eu não cozinhava minha própria comida, não ouvia as músicas de Michael Jackson no último volume, e não ia até a fronteira de North River, para apreciar o pôr-do-sol? Há quanto tempo eu não lia um bom livro, não passava o dia inteiro fazendo compras, ou tirava algumas horinhas para entrar em contato com os meus pais?

E somente em perceber que, coisas tão genuínas e naturais, já haviam caído no esquecimento por mim devido a minha rotina conturbada, fizera-me sentir um aperto no peito. Eu não poderia negar que, após mudar-me para North River, e mergulhar de cabeça na profissão de detetive, eu esquecera de privilegiar as coisas mais triviais e únicas que faziam parte de mim.

 Aos poucos, eu estava a perder a verdadeira identidade de Susan Ruston.

Todavia, a folga inconveniente arranjada pelo convencimento do Ryan, viera a calhar. Aquele dia seria meu. Finalmente, a Susan Ruston não seria mais a famigerada detetive de North River. Ela, seria apenas uma mulher comum, nem que fosse apenas por hoje.

Então, decidida do que exatamente fazer, apressei-me em seguir direção para a cozinha, com o objetivo de fazer o meu próprio café naquela manhã. Desde que eu chegara àquela cidade, que meu dinheiro era totalmente destinado a cafeterias e restaurantes. Nunca sobrava-me tempo para preparar a minha própria refeição.

 Aquele dia de folga, seria destinado somente a mim. Nada poderia estragá-lo.

 Contudo, bastara eu adentrar a pequena cozinha de meu apartamento, para eu perceber o quão eu estava enganada.

De todas as situações perturbadoras, ruins e incômodas que eu poderia passar naquele dia, aquela na qual eu encontrava-me naquele momento, nunca chegara a ser algo que eu poderia cogitar. Meu pânico era algo tão intenso, que precisei me segurar na bancada ao meu lado, para evitar que eu fosse de encontro ao chão.

Somente ao deparar-me com aquela cena, senti vontade de vomitar, enquanto as minhas pernas trêmulas mal conseguiam sustentar o peso de meu corpo. E, as péssimas lembranças de um passado perturbado, fora o tiro que faltara para que eu soltasse um arquejo de espanto, e medo.

 E por mais que eu torcesse para que aquilo fosse um pesadelo, quando vi o seu sorriso de escárnio direcionado a mim, eu pude ter a certeza de que tudo era real.

Kesley Watson estava ali, bem a minha frente.

Antes que eu pudesse sequer tentar recuperar-me do pânico que fora a sua aparição, Kesley dera alguns passos a frente, enquanto continuava com aquele seu sorriso nojento que tanto me atormentava.

 -Bom dia, princesa. Dormiu bem?

Confesso que, ao somente ouvir a sua voz, várias lembranças da época de nosso relacionamento cortaram a minha mente. Seus beijos, suas carícias, e todas as promessas de que tudo daria certo.

Contudo, sua traição para comigo sempre fora algo mais forte do que todos os momentos bons que passamos. E se este homem a minha frente, acreditava que eu o perdoaria por todos os seus erros, ele estava redondamente enganado.

Então, logo permiti que uma carranca possuísse a minha face, enquanto eu esbravejei em tamanha ira:

-Kesley, vá embora da minha casa. Agora!

 Perante o meu ato de fúria, enquanto minha face avermelhada entregava o quão eu estava prestes a pular em cima de si, e enchê-lo de socos e tapas, Kesley levantara as mãos, como se estivesse a se render, e falara após puxar uma das cadeiras da mesa, acomodando-se na mesma:

 -Calma, minha San. Acordou com o pé esquerdo, ou dormiu com o diabo ontem à noite?

Eu mal conseguia respirar ao perceber que, de fato, o meu ex namorado estava ali, acomodado em meu apartamento, como se fosse propriedade sua. O que diabos ele estava fazendo ali? Como aquele imbecil conseguira escapar do presídio, e ainda conseguira me encontrar? Quem diabos lhe dera a minha localização?

Minha repulsa e aversão eram tamanhas, que eu sequer conseguia encarar direito a sua face. A ânsia de vômito, e o desgosto ao relembrar os segredos inaceitáveis daquele homem, me faziam querer matá-lo com as minhas próprias mãos.

Então, para controlar a minha vontade em cometer tamanha tragédia, esbravejei de maneira tão rude, que o Kesley não evitara em arregalar os olhos:

-Saia daqui agora, seu delinquente. Caso contrário, chamarei a polícia.

 Tirando um cigarro de seu bolso, entregando-me o quão ele ainda era preso aquele vício, Kesley falara após acender o mesmo, e dar uma tragada, soltando a fumaça em seguida:

-Parece que você tem prazer em me pôr atrás das grades, não é mesmo, Susan? Não vai querer sequer provar o café da manhã que eu preparei para você?

O homem falara, enquanto apontara para as torradas e o bule de café sob a mesa. Era óbvio que eu não comeria nada vindo daquele imprestável. Minha vontade era de jogá-lo pela janela. E somente em perceber que Kesley passara tempo suficiente em meu apartamento, para que pudesse ter feito qualquer coisa comigo, senti o vômito entalar-me a garganta, enquanto meu coração parecia que saltaria de meu peito.

Então, totalmente vulnerável com a presença do homem que me decepcionara em demasia, e perante todo o seu típico deboche e escárnio, eu falara totalmente descrente, e ao mesmo tempo a cuspir fogo:

-E o que você faz aqui? Aliás, como chegara até mim?

 Observei o Kesley a brincar com o seu cigarro entre os dedos, e falar sem desviar os seus olhos amendoados um segundo sequer de mim:

 -Não foi tão difícil lhe encontrar. Uma vez que você já me relatara a vontade de mudar-se para North River. E depois, eu vim para mostrar-lhe que você deve ficar junto a mim. Éramos um casal antes de você entregar-me para a polícia. Lembra-se disso?

 Não fui capaz de conseguir acreditar nas palavras proferidas pelo Kesley. Sério que ele viera até North River, para esfregar na minha cara a sua decisão estúpida em ficarmos juntos? Será que ele não possuía um resquício de senso para perceber as merdas nas quais ele estava a proferir?

Aquele homem só poderia estar louco!

-Kesley, você é idiota ou algo parecido? O crime que você cometeu não lhe é o suficiente para saber que não temos nada haver um com outro? Cara, você me decepcionou, e ainda arruinou a minha carreira profissional. Por causa do seu tráfico de drogas, além de ter me desapontado e me magoado de maneira profunda, ainda me fez perder o meu emprego, pelo simples fato de ter-me relacionado com um traficante. Kesley, foi você quem arruinou o nosso relacionamento, mostrando ser delinquente e perigoso. Como você ousar vir até a minha casa, e dizer que devemos ficar juntos? Acha mesmo que eu lhe darei a chance de relacionar-me comigo mais uma vez? Aliás, não deveríamos nunca ter estabelecido um relacionamento. Eu não deveria ter dado chance ao filho do maior assassino da Flórida. Eu já deveria saber que você é igualzinho ao seu pai, ambos envolvidos em crimes. E por mim, você deveria estar apodrecendo na cadeia, assim como o seu pai apodrecera.

Assim que eu notara o Kesley engolir em seco, enquanto o seu sorriso debochado desmoronara aos poucos, eu tivera a certeza de que tocara na ferida certa. Compará-lo ao seu pai, que fora o responsável pela terrível chacina que matara mais de cinquenta e sete crianças em um colégio de ensino fundamental na Flórida, fora o tiro perfeito para desarmá-lo.

Todavia, não fora o suficiente, nem surtira efeito por muito tempo.

 De maneira brusca, Kesley levantara rapidamente, avançara em minha direção, e falara após apontar o dedo em minha face:

  -Isso somente mostra o quão você se deixa dominar por sua profissão. Susan, quando você descobrira que eu traficava drogas, você teve a chance de me ajudar a sair da situação, ou pelo menos entender os motivos pelas quais eu andava a meter-me com esse tipo de crime. Contudo, a detetive em você falara mais alto, entregando-me para a polícia sem sequer me ouvir. Fora você quem estragara o nosso relacionamento, quando recusara conversar comigo, e me jogara dentro de uma cela. Como sempre, você preferiu escolher a sua profissão, do que a sua vida pessoal, e consequentemente, o nosso relacionamento. Susan, se você tivesse parado para me ouvir, talvez as coisas tivessem sido diferentes. Entretanto, o seu ego de detetive fodera com tudo. E nem venha dizer que não temos chances de voltarmos, quando as coisas entre nós dois ainda não foram resolvidas. Eu não lhe deixarei escapar de mim, muito menos você livrara-se de mim tão cedo. E sobre o comentário em relação ao meu pai, eu somente tenho a proferir o seguinte ditado, “filho de peixe, peixinho é”.

 Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ou pudesse absorver bem as suas palavras, Kesley falara a ausentar-se de meu apartamento:

-Susan, eu não te deixarei em paz nem tão cedo. Então é melhor acostumar-se ao fato de que Kesley Watson está de volta!

 

***

 

Assim que a porta a minha frente fora aberta, que o seu sorriso alinhado e seus olhos brilhantes me recepcionara, adentrei feito um furacão em seu apartamento. Não importava o quão a minha aparição brusca parecera lhe amedrontar, já que provavelmente eu estava a cuspir fogo. Mas os seus olhos esbugalhados e sua feição atônita eram algo compreensíveis. A vermelhidão em minha face, e meus punhos cerrados assustaria qualquer individuo que em meu caminho cruzasse.

Jogando-me em seu sofá cor de vinho, levei minhas mãos à testa, e falei sem conseguir acobertar a fúria que fazia o meu sangue ferver:

 -Nolan, me traz um remédio para dor de cabeça.

 Observei o Nolan franzir ainda mais o cenho, ao contemplar o quão eu parecia incrivelmente desleixada. Minha calça de moletom, minha regata que era mais composta de rasgos do que próprio tecido, e meus cabelos desgrenhados, não eram algo que o Nolan estava acostumado a testemunhar.

 Era perceptível o quão ele tentava compreender o que estava a acontecer comigo. Todavia, eu não estava com paciência para esperar ele deduzir ou criar hipóteses por si só.

  -Susan...

  -Nolan, traz a merda do remédio agora! A minha cabeça está explodindo.

 Gritei as palavras sem paciência alguma, o que fez o Nolan correr em direção à cozinha de seu apartamento, em busca de um remédio que aliviasse a bomba que estava prestes a explodir dentro de minha cabeça. A aparição de Kesley Watson praticamente me enlouquecera. Assim que ele deixara o meu apartamento, não pensei duas vezes em correr até o meu melhor amigo, para encontrar algum tipo de refúgio e proteção.

 Era muito irônico perceber que, de todos os anos trabalhando no ramo de investigação criminal, nenhum sujeito chegara a me amedrontar, mesmo que eu tenha lidado com criminosos extremamente audaciosos e perigosos. Entretanto, bastava apenas ouvir o nome de Kesley, que eu já entrava em um pânico absurdo.

 O meu ex namorado me deixava em completo estado de vulneração, e eu não o permitiria fazer com que eu me tornasse frágil. Susan Ruston não poderia se rebaixar a um homem que praticamente destruíra a sua vida.

 Eu precisava dar um jeito de expulsar o Kesley Watson desta cidade. Ele tinha que ir embora.

 Logo Nolan aparecera com um comprimido e um copo de água, e rapidamente eu os ingeri, querendo aliviar toda a dor de cabeça causada pelo susto que fora ver o meu ex namorado em minha cozinha.

Sentando-se ao meu lado, Nolan falara a acariciar as minhas costas, tentando me confortar:

-Susan, o que diabos aconteceu contigo? Você está tremendo.

 Nolan apontara para minhas mãos, mostrando-as o quão as mesmas estavam trêmulas. Aquilo somente era um sinal de que a volta de Kesley estava a acabar comigo. Por que ele tinha que voltar justo agora?

 Respirando fundo, tentando em vão não enlouquecer com o retorno do homem que me decepcionara em demasia há dois anos e meio, eu falei sentindo um nó se formar em minha garganta, enquanto meus olhos começavam a marejar, indicando que eu estava prestes a cair em prantos:

-Kesley Watson voltara. E eu tenho certeza que é para destruir a minha vida mais uma vez.

 Rapidamente o meu melhor amigo expressara espanto, e falara de maneira incrédula:

-O que? Como assim?

Sentindo tamanha aflição apossar-se de mim, enquanto eu imaginava as consequências que a volta daquele homem grotesco poderiam me causar, eu levantei rapidamente do sofá cor de vinho, e falei a andar de um lado para o outro, enquanto puxava os meus cabelos com tamanha força:

-Hoje pela manhã, quando eu acordei, eu dei de cara com o Kesley em minha cozinha. Não sei como ele me encontrara, muito menos como conseguira sair da prisão, mas ele veio com um papo estranho de que tínhamos que permanecer juntos, e que não me deixaria em paz. Kesley me fizera ameaças, e falara que não iria embora. Eu tenho certeza que ele voltara para arruinar a minha vida, igual fizera há dois anos. Por que você acha que ele voltara justo agora, que minha carreira profissional está em um momento de bonança? Ele viera para arrancar de mim o meu sonho, assim como fizera no passado. Kesley voltou para acabar comigo.

Nolan franzira ainda mais o cenho, perante as minhas falas apressadas e cheias de medo, e dissera após também ficar de pé, querendo me tranquilizar:

 -Você acha mesmo que ele retornara para lhe infernizar? Talvez esse não seja o objetivo dele.

 Não pude segurar a risada incrédula que escapara por minha garganta, e falei aos berros, enquanto eu me afastava do toque de Nolan:

-Claro que o objetivo dele é me infernizar. Nolan, o Kesley possui o sangue Watson em suas veias. E se ele possuir o mesmo espírito assassino do pai? E se o Kesley retornara para tentar me matar?

Após proferir aquelas palavras, permiti que as lágrimas escapassem de meus olhos e encharcassem o meu rosto, enquanto abracei o Nolan com força, querendo espantar o medo e o pânico que era ter o Kesley por perto.

Fora um erro ter-me relacionado com o filho de um criminoso extremamente cruel. Eu nunca deveria ter nutrido sentimentos pelo Kesley.

 Sem desfazer o abraço, Nolan falara a acariciar as minhas costas:

 -E o que você pretende fazer agora?

  Desfazendo o abraço, para que eu pudesse enxugar as minhas lágrimas, e me recompor após o choro descabido, eu falara enquanto voltava a me sentar no sofá:

 -Irei chamar a polícia. Preciso manter o Kesley o mais longe possível de mim.

Nolan balançara a cabeça negativamente, e falara a se ajoelhar em minha frente, e a segurar os meus ombros, fazendo-me encarar as suas íris azuladas:

-Calma, não tome uma decisão precipitada como essa. Por que você não conversa com o Kesley, para saber o que ele pretende com essa aparição? Vocês deveriam ter um diálogo amigável. Acho que seria o melhor a se fazer, por enquanto.

Revirei os olhos, com o argumento estúpido proferido por meu melhor amigo, e falei demonstrando derrota, já que eu não saberia muito bem o que fazer com o Kesley:

-É impossível se ter uma conversa amigável com o Kesley. Sempre que tentávamos dialogar um com o outro, sempre acabávamos em brigas. E outra coisa, eu não posso ser vista com o Kesley, principalmente pela minha chefe. O que a delegada Cooper iria pensar, quando me visse com o filho do maior assassino da Flórida? Com certeza eu perderia o meu emprego, e não posso deixar isso acontecer mais uma vez.

Dito isso, apenas permiti que o meu corpo relaxasse naquele sofá confortável, enquanto o Nolan me encarara com uma expressão na qual eu não soube interpretar. Contudo, eu não o julgava mal. Aquela estava a ser a primeira vez que o Nolan me via de forma tão confusa, perdida, e destruída completamente.

Todavia, eu me esforçaria para aquela ser a última vez em que eu transparecesse vulneração.

Notando que ele estava a fitar-me mais que o necessário, e que precisava fazer algo para quebrar o clima pesadíssimo que invadira a sua casa com a minha aparição, Nolan falara mostrando-me um sorriso maroto, enquanto parecera se empolgar com alguma lembrança:

-Como fora a noite de ontem para você? Aproveitara bastante a festa? Porque eu consegui mais do que um beijo daquela garota que eu lhe mostrei ontem.

Logo o Nolan proferira um sorriso malicioso, fazendo-me revirar olhos ao perceber que ele estava a gabar-se de sua possível transa. Um lado do meu melhor amigo que sinceramente, era difícil de se aturar.

E mesmo que a sua menção da noite anterior, me tenha feito lembrar-se do meu momento com o homem de órbitas azuis, fazendo o meu coração acelerar somente com a lembrança de seus beijos excitantes, eu não pude ficar tão empolgada quanto eu deveria. Ainda estava abalada demais com a aparição infernal do meu ex namorado.

Então, dando um longo suspiro, eu falara após ficar em pé:

-Se fosse em outro momento, eu até poderia lhe confidenciar as maravilhas que vivi naquele pub. Entretanto, estou muito exausta, e somente preciso de um lugar que eu possa me sentir protegida.

Então, fazendo uma expressão dengosa para o Nolan, eu falei rapidamente:

-Eu poderia ficar em seu apartamento por algumas horas? Por favor! Não me diga que hoje você já tem aula na faculdade.

Nolan me proferira um sorriso amigável, e falara mostrando felicidade ao saber que eu passaria um tempo consigo:

-Bem, minhas aulas somente começarão na próxima semana. Contudo, mais tarde terei umas contas a acertar. Porém, isso não impede que você fique em meu apartamento. Faça o seguinte, vá tomar banho, vista alguma roupa minha, e venha tomar café comigo. Eu ainda estava a preparar minha refeição quando você aparecera.

Rapidamente, não hesitei em correr para os seus braços, sentindo-me grata ao perceber o quão o Nolan estava a amparar-me naquele momento. Ele não fazia ideia do quão a sua companhia aliviaria o meu desespero causado pela cena em meu apartamento há poucas horas.

Logo segui em direção ao seu quarto, para poder pegar alguma camisa sua que ficasse boa em mim. Naquele momento, eu queria sentir-me em casa. Pois após a aparição de Kesley em meu apartamento, o local ficara impregnado por uma energia ruim. E eu não queria ficar sozinha naquele lugar, sabendo que o Kesley poderia voltar a qualquer momento.

Mesmo que por um dia, o apartamento de Nolan seria o meu refúgio.

Corri em direção ao seu guarda-roupa, e não hesitei em abrir uma de suas gavetas, reconhecendo as suas típicas camisas de super-heróis, algo que era bem cômico para mim.

E eu já estava empolgada com a ideia de passar o dia inteiro ao lado de meu melhor amigo, quando algo no meio de sua gaveta, fizera-me engolir em seco, e sentir certa desconfiança.

Em meio as suas roupas, havia um revolver Taurus 410, e junto à arma, havia um moletom preto, assim como uma calça jeans preta, e luvas da maior qualidade.

 Fora impossível não sentir-me em completa desconfiança, enquanto a arma em minha frente, fizera-me imaginar inúmeras situações nas quais o meu amigo portava um objeto daqueles em seu apartamento.

E o momento de euforia e tranquilidade, fora substituído pela desconfiança e apreensão, ao não ter a mínima ideia do que o Nolan poderia estar planejando, ao portar uma arma em meio as suas roupas.

 

***

Contemplei rapidamente a fachada mediana daquela cafeteria, antes de adentrar por completo no estabelecimento. A minha frente, pela porta de vidro que me dava parcial visão do interior da cafeteria, pude constatar que a mesma estava razoavelmente vazia. O que me dera certo alívio. Eu não queria dar de cara com os olhares curiosos dos habitantes daquela cidade.

 Não naquele dia.

Susan Ruston aparecer naquela cafeteria, em plena tarde ensolarada de uma sexta feira, somente queria significar duas coisas: ou eu estava a averiguar algum crime naquele ambiente, ou eu havia sido demitida.

Isso era o que estaria estampado como hipótese nos rostos de quem me visse naquela cafeteria assim que eu entrasse na mesma. E, sinceramente, a curiosidade das pessoas somente tornaria aquele meu dia ainda pior do que já estava.

 Após encontrar a arma entre as camisas de Nolan em seu apartamento, não consegui aturar muito tempo no mesmo local que si. O flagra me deixara completamente desconfortável, além que a desconfiança fazia com que eu sequer olhasse direito em sua face.

Eu até poderia ter-lhe perguntado por quais motivos ele escondia um revolver em seu guarda-roupa. Todavia, eu estava tão atônita com essa descoberta, que preferi fingir que nada eu havia encontrado em suas gavetas. Outra hora, eu descobriria os motivos de Nolan a portar uma arma, e esconder-me de mim esse fato.

Por enquanto, eu tinha problemas maiores para me preocupar. E um deles era o Kesley Watson.

Eu deveria arrumar alguma forma de expulsá-lo de North River. O meu ex namorado deveria ficar o mais longe possível de mim, antes que ele fosse capaz de arruinar a minha vida, exatamente como fizera no passado. Eu tinha certeza que Kesley retornara para fazer de minha vida um inferno. Seus dizeres em que ele ainda gostava de mim, e que desejava reafirmar mais uma vez um relacionamento entre nós, não me convencia nem um pouco.

 E se eu quisesse armar um plano bom o suficiente para afastar o Kesley de mim, eu precisava de um pouco de tranquilidade. O que se era impossível de se ter no apartamento do Nolan, após eu ter encontrado o indesejado objeto entre as suas roupas.

 Respirando fundo, levei a minha mão em direção a maçaneta da porta da cafeteria, e adentrei rapidamente ao estabelecimento confortavelmente climatizado. Eu não costumava frequentar diariamente aquele local, então não pude evitar em parar um pouco para admirar o espaço, que para mim era bastante acolhedor.

Entretanto, assim que notei algumas pessoas acomodadas em suas mesas, olharem fixamente para mim, enquanto cochichavam entre si sobre a minha aparição, rapidamente tratei de seguir a passos largos em direção à bancada, querendo evitar que minha presença causasse certo burburinho.

Aquele ibope despropositado que meu cargo me submetia, já estava a deixar-me enervada. Quando eu poderia andar pelas ruas, e ser tratada como uma pessoa comum? Somente a ideia em perceber que eu não teria mais a privacidade que eu tão almejava em ter naquele momento, me fazia revirar os olhos.

Dando um longo suspiro, sabendo que a chance de ter um dia proveitoso já estava perdida, virei-me na direção do garçom que estava logo atrás da bancada, e pedi um cappuccino italiano. Eu esperava do fundo do meu coração, que aquela bebida fosse capaz de abrir um pouco mais a minha mente, para planejar qualquer coisa para expulsar o Kesley de North River, além de ter o resultado de um bálsamo. Eu estava necessitando mesmo de algo que pudesse me acalmar.

Enquanto o meu cappuccino não ficava pronto, acomodei-me em uma das cadeiras naquele balcão, e contemplei a rua por uma das janelas daquela cafeteria, deparando-me com o trânsito tumultuado daquele dia. Era comum ver-se as ruas daquela cidade tão caóticas em uma sexta feira. Devido às famosas praias que serviam como atração turística de North River, os finais de semana sempre se tornavam movimentados com a chegada de turistas.

 E esse fato levara-me a lembrança de quando eu ainda era adolescente. Nas férias do ensino médio, eu e meus pais costumávamos viajar para diversas praias diferentes, trazendo a tona nossos espíritos exploradores. Meu pai sempre gostara muito de conhecer lugares novos. E como consequência, ele sempre levava eu e minha mãe juntos. E eu daria tudo para retornar a aquela época, em que minha única preocupação era qual o biquíni que eu escolheria para aproveitar o dia ensolarado em qualquer praia que fosse.

Na maioria das vezes, as saudades da minha família era algo tão devastador, que eu sentia vontade de largar tudo e voltar para a Flórida. Todavia, algo em North River não deixava-me seguir para muito longe. Talvez, o meu emprego de detetive, e a grande responsabilidade proveniente disto, faziam-me manter pressa a essa cidade.

Eu passei pelos becos mais sombrios, vi o lado negro da lua, somente para prender os marginais que aterrorizavam North River. Entretanto, eu ansiava com tamanha força, o momento que eu sairia da escuridão que eram os crimes daquela cidade, e encontraria a luz do sossego e plenitude.

Somente abandonei os pensamentos lastimosos que me atormentavam há semanas, quando ouvi o barulho de um copo a ser pousado sob a bancada atrás de mim, ao mesmo tempo em que um homem acomodava-se na cadeira ao meu lado.

E eu estava prestes a suspirar aliviada ao saber que em breves segundos, eu experimentaria uma das minhas bebidas favoritas, quando algo muito inusitado acontecera.

Assim que eu estendera a mão para pegar o meu copo, o homem ao meu lado fora mais rápido, e envolvera a minha bebida com a sua mão, fazendo com que eu a tocasse brevemente. Rapidamente nos olhamos com ambos os cenhos franzidos, enquanto o homem de olhos incrivelmente azuis, comprimira os seus lábios finos em uma linha, enquanto os seus olhos se estreitaram em minha direção.

E percebendo que ele pretendia mesmo roubar o meu cappuccino de uma maneira tão descarada, eu afastei a minha mão da sua, enquanto falei de maneira ríspida:

-Você é tão viciado em cafeína, que pretende mesmo roubar o meu cappuccino?

Então, para meu completo espanto e incredulidade, o homem ao meu lado arregalara os seus olhos de tal forma, que fizera-me engolir em seco. Ele avaliara cada detalhe de meu rosto, enquanto parecia me reconhecer de algum lugar. O que não fora nenhuma surpresa para mim. Todos naquela cidade me conheciam, e provavelmente, o seu estado de choque fora causado por saber que ele havia pegado a bebida da detetive mais prestigiada daquela cidade.

Conquanto, o que o homem proferira para mim nos segundos seguintes, fizera com que eu arregalasse os olhos, e entrasse em estado de completo choque:

-Ariel, é você?

Não pude evitar em franzir o cenho, enquanto a minha avaliação de seus olhos intensos, os seus lábios atraentes, e a sua voz angelical, me entregava que aquele homem que estava ao meu lado, era o mesmo na qual eu me envolvera na noite anterior.

E totalmente tomada pela surpresa em revê-lo após uma noite repleta de volúpia e satisfação de desejos excêntricos, não pude evitar a minha empolgação ao reconhecê-lo.

-Anael? É você mesmo? Achei que seria bem improvável nos encontrarmos e ainda nos reconhecermos na vida real. Além que a mesma cena de ontem se repetiu. Olha que engraçado?

Eu mal conseguia esconder o quão eu estava estupefata ao ver a forma como nos reencontramos. Era algo tão cômico e burlesco, que eu sequer consegui evitar a risada que saíra dos meus lábios, esperando que o Anael partilhasse da mesma reação. Entretanto, o homem apenas se limitara a engolir em seco, enquanto detinha-se a continuar me olhando com tamanho espanto.

E a sua reação exagerada, chegou a desanimar-me. Eu não esperava que, após a noite anterior, este homem me olhasse daquela maneira. Como se eu fosse um bicho de sete cabeças, ou algo parecido. Seu espanto que insistia em não abandonar lhe, fora o suficiente para fazer o frio em minha barriga sumir, assim como os batimentos cardíacos acelerados.

Ele destruíra qualquer expectativa minha com o seu comportamento exorbitante.

Estendendo a minha mão em sua direção, logo apresentei-me, sabendo que não seria algo necessário, já que o mesmo parecia me conhecer muito bem:

-Prazer, sou Susan Ruston. E você é...

Meio hesitante, o homem apertara a minha mão em forma de cumprimento, e falara de forma lenta, como se estivesse em estado de transe:

-Prazer, sou o Caleb Russell. Eu não imaginava que você fosse a...

-Detetive mais conhecida dessa cidade? Pela sua expressão assustada, foi o que eu imaginei.

Logo lhe revirei os olhos, sentindo-me frustrada demais para aturar o espanto de Caleb. Pelo visto, a minha boa impressão sobre aquele homem, durara apenas pela noite anterior. Era impossível encarar-lhe com os mesmos olhos, ao perceber que ele parecia tremer de medo ao meu lado.

Depois de um silêncio insuportável que se impregnara entre nós, eu ouvi o Caleb dar uma risada, e dizer de maneira hesitante:

-Susan, desculpe-me, não quero que você ache que eu esteja com medo de ti. Eu somente...

Rapidamente virei o meu olhar em sua direção, ávida em saber quais palavras ele usaria para se redimir perante o seu comportamento. Todavia, algo inesperado interrompera as suas palavras que eu tão esperava ouvir.

Vários disparos de arma puderam ser ouvidos dentro da cafeteria, enquanto inúmeras pessoas gritavam, e se abaixavam ao chão, com o intuito de proteger-se das balas. Virando minha direção para o local do crime, pude ver um homem disparar várias vezes seguidas contra um homem a poucos passos de nós, e fugir logo em seguida, deixando para trás, a vítima completamente morta e banhada em seu próprio sangue.

E quando virei-me para trás, com o intuito de saber se o Caleb estava bem, deparei-me com a cadeira completamente vazia.

Caleb Russell havia sumido.


Notas Finais


❁O que acharam das revelações deste capítulo.
❁Agradeço por terem chegado até aqui.
❁Opiniões sempre serão bem vindas.
❁Até o próximo capítulo Xx


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