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História You are my brother, right? - As dores que passo por te amar mais que a mim mesmo


Escrita por: tellmeahistory

Notas do Autor


Eu sei que dessa vez eu demorei, mas agora só estou escrevendo nos fins de semana para ver se consigo desacumular a montanha de videos aulas que eu tenho. Um merda, mas estou postando.
P.S: Por favor, digam nos cometários o que acharam destes trio de capítulos...quero muito saber a reação de vocês!!!
P.S.2: Desculpem os erros de ortografia eu tento ver o máximo que posso.

Capítulo 45 - As dores que passo por te amar mais que a mim mesmo


Fanfic / Fanfiction You are my brother, right? - As dores que passo por te amar mais que a mim mesmo

A noite já chegou pela matilha, com as nuvens brancas e leves se movendo de acordo com a brisa suave, a tranquilidade é algo pode ser visto se olha com intensidade para os detalhes. Com uma tarde bem calma e tranquila, onde todos os jovens tendo a chance de estar livres pela matilha, ir ao rio com a alfa líder, conhecer a forma de como aquela comunidade funciona, tudo correu como o esperado. Mesmo com todas as alterações feitas de última hora, como o atraso das almas gêmeas, ou o fato de que apenas metade deles foram ao rio ou pequenas divergências aqui e ali.

Ninguém se feriu, isso é bom na visão dos mais velhos. Nenhuma lágrima foi derramada por parte das almas gêmeas, se não contarmos com o primogênito dos Stilinsks, mas isso não foi culpa de nenhuma pessoa em particular além dele mesmo. É algo que deve ser trabalhado em suas sessões de terapia mais tarde, não agora. Noite tem enfoque nas almas gêmeas que vieram conhecer as famílias de seus amados.

Reclusos em suas casas, a castanha faz questão de que eles tenham a privacidade necessária para que possam se conhecer de verdade e deixar tudo perfeitamente claro. Com as mesas de jantares colocada no dia anterior, os pratos de porcelana que não são usados desde o casamento da alfa líder, os arranjos feitos pelos filhotes com tanto amor e carinho, tudo está perfeito. Os pratos foram definidos na tarde de quarta-feira, onde os cozinheiros visitaram as casas que receberiam alguém e fizeram as devidas perguntas.

Já foram feitos os pratos, deixando que a mistura de sabores e cheiros percorra a matilha de formas peculiares e desejáveis, onde as famílias em que os filhos ainda estão incompletos desejam de alguma forma, que a alma gêmea apareça por entre os arbustos para que possam somente comer da mesma comida saborosa. Infelizmente, para aqueles que não tem tal tarefa está noite irá se satisfazer com um delicioso caldo verde com linguiça de porco fresca. Os betas ajudantes saem a todo momento da cozinha, levando as panelas e travessas de alimentos para as casas deixando tudo preparado para o jantar.

Mesmo que todos já estejam prontos e vestidos, a regra é que esperam do lado de fora da casa, bebendo um suco, comendo uma fruta ou simplesmente controlando as crises de ansiedade que se explodem a cada segundo que se passa. Só poderão adentram as cabanas quando o relógio marcar nove horas, e todo o alimento estiver a mesma os esperando, deixando que a premissa consuma os mais novos e enlouqueça os mais velhos. Alguns até diriam que a alfa líder se diverte com a angústia de cada alma gêmea que transpira geladamente.

Talvez ela até se divirta com tal situação um pouco, uma vez que em sua casa nenhum de seus filhos demonstra algum pavor para este evento bem elaborado e genial. A loira parece indiferente sobre a razão de tanto drama, focada em desenhar os traços da ômega que chegou com seu irmão mais velho, observando cada detalha da face da mais velha. Os dois castanhos mais velhos se preocupam mais em fofocar sobre o término de seus tios de que de fato fingirem algum pavor para o jantar, lhe fazendo revirar os olhos.

A única tensão que ela é capaz de sentir vem de suas três visitas, onde a ômega de cabelos castanhos está constantemente desviando os olhos para o irmão que troca pequenas e baixos comentários com a morena de tempos em tempos. Ele, nas vezes que se certifica de que a mais velha não está prestando atenção, junta suas íris castanhas com as da irmã e expressa um misto de raiva, desejo e injustiça que a outra é capaz de retribuir muito sutilmente. A alfa líder não compreende a trama, mas que ela existe não pode negar.

A leve necessidade de saber de tudo a sua volta que existe dentro de si, por parte de como sua vó lhe criou, a faz focar seus ouvidos na conversa dos mais jovens, mas ela luta contra. Olhando para o relógio em seu pulso ela observa o ponteiro se mover para cima do número nove, dando a ela a tarefa de dar o primeiro passo. Caminha para frente da casa, e sem fazer o mais leves dos sons ela abre a porta de sua cabana, olhando rapidamente para trás onde todo os outros adultos a observam. Com um sorriso fino, ela acena para todo os outros dez pais e eles passam a caminhar cada um para sua casa.

A alfa de pele morena, sentada no banco de madeira ao lado do marido se levanta, colocando seus ombros para trás e sorrindo. Estende sua mão para o mais novo, tocando as mãos do ômega e olhando em seus olhos, observando o leve sentimento de desconforto por ser o que é levantado e não o que levanta. Ele revira os olhos, mordendo de leve o lábio o inferior ao tempo que se vira para o outro lado, onde seus dois filhos estão sentados conversando. O beta dá um leve empurrão no ômega de cabelos castanhos.

Os dois se levantam, ficando lado a lado de seus pais, que passam a caminhar em direção a própria casa, podendo sentir de todas as direções os olhares curiosos daqueles que não fazem parte das famílias a receber as almas gêmeas. Se juntam ao pequeno grupo seleto de pessoas que caminha para o mesmo proposito que eles, observando os três alfas de um lado, os dois alfas do outro, o casal mais a frente e sabendo que os dois betas lhe seguem por trás.

Outras famílias também caminham mais espalhadamente pela matilha, caminhando para a mesma atividade, mas com experiências e pratos diferentes. Entretanto, uma coisa passa pela cabeça de todos, que não se modifica pelo tipo de prato, pelo formato da casa ou pela quantidade de pessoas na casa, a mesma pergunta cruza a mente daqueles que amam uma das almas gêmeas de verdade. “Será que ela ou ele será bom o suficiente? Será que ela ou ele será feliz depois de tudo isso? Será que meu filho, filha, irmã ou irmão está feliz de verdade?”. Eles não têm está resposta ainda, mas a razão do jantar é exatamente está.

Descobrir, de forma descontraída e leve, com o passar das horas, se a pessoa que se diz a alam gêmea de seu ente querido é digna do amor dela, é digna de ser chama da de família algum dia no futuro. Sentados a mesa, comendo da mesma comida, bebendo do mesmo vinho e rindo das mesmas piadas, eles irão se conhecer de decidir se são a favor daquele amor, ou se irão contra até o fim. Se irão esquecer os anos de guerra e recebê-los de braços a abertos, ou se vão condená-lo até o dia de sua morte. É uma tarefa complicada, por está razão a intimidade é primordial para que tudo siga para o caminho certo.

Uma fina brisa de vento percorre pela matilha, fazendo os cabelos ondulados da alfa voarem para trás ao tempo que seus olhos avistam seu filho, de pé frente a porta da cabana. Ela sorri para o moreno, este que descruza os braços sobre a camisa lisa de botões que usa, deixando que seus ombros se coloquem para trás e ele sorria de volta para a mulher que lhe deu a vida. Observa pela visão periférica de seu olho esquerdo, o beta de cabelos loiros se levantar da cadeira de balanço e parar ao seu lado, respirando fundo. É capaz de sentir a forte ansiedade do mais novo ao tempo que ouve seus batimentos cardíacos intensos, olhando para os passos dos quatro a sua frente.

-Não precisa ficar nervos.-Diz em um sussurro para o de olhos azuis, molhando seus lábios ao avistar seus irmãos mais atrás.-Eles não vão comer você no jantar.

-É a sua família, Scott.-Afirma o mais novo, passando os dedos nervosamente por entre seus cachos loiros, sentindo a imensa pilha de energia por seu corpo.-Quero que gostem de mim.

O alfa não responde, abrindo de leve os lábios ao se virar para o mais novo, observando o jeito como o mesmo se porta frente sua família. Completamente diferente de quando estava no rio conversando consigo, ou quando se afastou para falar com os amigos perto das comidas igualmente no rio. O quão importante sua família parecer para o beta, de como o jeito de se portar é tenso e preocupado, querendo expressar a melhor das impressões. A ficha então cai para o moreno, é real.

-Scott, sai da frente da porta!-Exclama o ômega de cabelos castanhos, recebendo um leve tapa no braço pelo mais velho, que lhe lança um olhar intenso.-O quê? Ele está parado na porta feito uma estatua.

-Não é desculpa para ser mal educado, moleque.-Repreende o ômega de pele morena, rosnando de leve para o mais novo de seus filhos. Ele levanta seus olhos e sorri para alfa.-Filho.

-Pai...Esse é o Isaac.-Ele diz, apresentando o loiro de uma forma meio apressada, de como alguém que está perdido.-Minha alma gêmea.

-É um prazer.-A alfa de cabelos ondulados diz, estendo a mão para frente onde toca a pele macia do mais novo e se surpreende.-Nossa, que pele incrivelmente macia.

-Ah, obrigado.-Ele responde, desviando rapidamente seus olhos para o alfa ao seu lado que contém uma fina risada.-A da senhora também não é nada mal.

-Por favor, me chame de Melissa.-Ela pede, segurando a mão do beta com as duas mãos, quase que o puxando para um abraço.-Um dia será da família, precisamos quebrar essa barreira de estranhamento o quanto antes, certo?

-Sim, sim.

-Por que nós estamos falando com ele como se nunca tivéssemos nos encontrado antes?-Indaga o ômega mais novo para o beta de olhos azuis ao seu lado, com um fino sorriso desconfortável nos lábios.-Ele tem amnésia?

-Eu juro Prometeu, que se você fizer outro comentário eu te amarro em uma pedra por toda a eternidade, está me entendo?-Indaga o ômega mais velho, se virando para trás e olhando diretamente para o castanho.-Ouviu, Clint?

-Sim. Eu ouvir bem.-Responde o mais novo em um tom mais elevado, recebendo o erguer da sobrancelha de seu pai em resposta.-Desculpe...Olá, meu nome é Clint. É um prazer conhecer você!

-Ah, igualmente.

Responde Isaac, buscando as íris negras do alfa em algum tipo de ajuda para tal situação complicada. O alfa nega com a cabeça, se virando para trás e abrindo a porta e dando a visão de sua casa completamente arrumada para o jantar. Ele próprio se surpreende, com a luz sala apagada e a mesa de jantar sendo iluminada pela luz fraca e velas, ele se pergunta se aqui é mesmo o local onde quebrou seus dois braços quando adolescente.

Aspira fundo o ar, captando o cheiro específico do prato que foi direcionado para si está noite, agradecendo os Deuses por um alimento tão cheiroso. Ele adentra a casa, molhando os lábios quando avista a travessa de vidro com os pedaços de osso com a carne ainda presa, com o delicioso molho envolta para completar a obra. A pena de arroz está aberta, onde a fina fumaça branca sobre ao ar e se misturando com as das velas. Scott perde o ar quando seus olhos se encontram com a couve verdinha sobre a travessa de porcelana.

-Eu nem sabia que o Marcos tinha guardado para fazer rabada!-Expressa o alfa, erguendo seus olhos para frente onde sua mãe forma um sorriso rápido.-Por que ninguém me disse nada?

-Bom, eu queria que fosse uma surpresa.-Diz a mulher, caminhando até o filho mais velho e parando seu lado.-Tem que ser uma noite especial para você hoje, querido.

-Você vai ver muito disso, sabia?-Fala o Clint, se inclinando de leve para o beta de olhos azuis.-Scott é o favorito.

-Não sou não!-Ele responde se virando para o irmão caçula, levantando uma sobrancelha em um fino deboche.-Todo mundo sabe que é o Bret!

-Verdade,-Expressa o ômega, se virando para o irmão mais velho que acaba de passar pela porta com seu pai do lado.-o bebê encontrado na cidade. Grande preciosidade de Melissa McCall.

-Você é adotado?-Indaga Isaac, se virando para o outro beta que abre bem os olhos e deixa um pequeno suspiro escapar por entre os lábios.-Eu...Droga, desculpe. Não devia ter perguntado.

-Não, está tudo bem.-Responde o mais velho, formando um sorriso nos lábios ao caminhar até a mesa de jantar.-Eu sou adotado, sim. Apenas aos olhos dos Deuses, Finstoock não pode mudar minha guarda por não encontrar meus pais biológicos.

-Ah, é o mesmo com meus irmãos.-Comenta o beta, caminhando para o lado do alfa de pele morena que só observa sem dizer nada.-Meus pais os encontraram em locais diferentes, sem nenhuma documentação que levasse aos pais biológicos deles. Então os adotou aos olhos do Templo.

Ninguém diz mais nada, observando o loiro se colocar ao lado do moreno e formar um fino sorriso nos lábios, deixando claro que compreende bem a situação do outro e não parece intrigado no desejo de mais informações. Até mesmo os integrantes da matilha demonstram um certo julgamento sobre as origens do beta, deixando que um ou outro olho se revire quando o fato de ser adotado é comentado em alguma conversa. A naturalidade do loiro para com isso é um tanto quando, agradável para eles.

O ômega de pele morena caminha até a mesa, trazendo o caçula dos McCall consigo para que possam finalmente se alimentar e darem início ao jantar tão esperado. Ele se senta na ponta da mesa, observando a alfa se sentar a sua esquerda e Brett a direita, com o ômega mais novo ao seu lado. Ao lado de Melissa, o alfa de pele morena puxa uma cadeira ao mesmo tempo que o beta, fazendo com que todos estejam sentados e prontos para o alimento.

Quando Clint inclina seu corpo para frente, tocando a colher da pena de arroz Rafael solta um leve rosnado, fazendo o castanho recuar novamente e cruzar os braços frente ao corpo, irritado de que não possa comer ainda. A alfa mais velha se vira para o primogênito, indicando de que deve ser ele o primeiro a montar seu prato, deixando claro que está noite é unicamente sobre ele e mais ninguém da casa. Estão reunidos para conhecer a alma gêmea dele, e nada mais.

-Então Isaac,-Começa o ômega de pele morena, sorrindo forçadamente.-nos conte sobre você. Que profissão exerce na sua matilha?

-Estou treinando para ser guarda.-Responde o loiro, recebendo uma leve risada surpresa do ômega mais novo inesperadamente, o fazendo piscar os olhos confusos.-Não como Scott. Vou me especializar apenas como soldado.

-Não deseja proteger seu alfa acima de tudo?-Questiona o beta de olhos azuis, do outro lada mesa.-Tipo, todo mundo da guarda deseja algo assim, né?

-Não é só porque o Scott é obcecado em cuidar dos Stilinsks, que todo mundo é assim Brett.-Expressa Clint, recebendo o olhar irritado do irmãos mais velho como respota.-Não se preocupe irmão, sua alma gêmea não é ciumenta, né?

-Na verdade, eu acho isso muito bonito.-Afirma Isaac, sorrindo de leve para a face do mais velho quando o mesmo tensiona as sobrancelhas.-O jeito que se importa e quer protegê-lo é algo muito admirador. Adoraria ter um amigo como você na minha vida.

Scott não responde, desviando os olhos para frente quando pega a travessa de rabadas, pegando o pedaço que contém mais carne, catando os legumes e o caldo para jogar por cima do arroz. Sua mente entretanto, não está focada no alimento e sim na sensação que passar por seu corpo neste exato momento. A energia viva que percorre por entre suas veias, o leve aceleramento de seu coração por ser observado pelo beta e uma pequena tranquilidade de estar sozinho no mundo ao lado do mais novo.

Melissa forma um fino sorriso nos lábios, observando a composição do corpo de seu primogênito, reconhecendo o quão afetado o moreno parece estar com um simples elogio como este, feito pelo de olhos azuis. O jeito que meio distante, perdido nos próprios sentimentos e sensação que Scott nunca assumiu antes, aceitando que talvez uma das respostas foi respondida em apenas cinco minutos de jantar. Para a alfa, seu filhote pare estar disfrutando das melhores sensações do mundo quando se está com sua alma gêmea.

Se vira para o lado, olhando nos olhos do ômega para expressar sua felicidade intenso pelo filho, mas perde o sorriso quando vê a face séria e julgadora do marido. Levanta sua mão e aperta na do homem, trazendo a atenção do mesmo para si, negando de leve em dúvida ao querer saber o porque do homem com divide sua alma parece ser contra está sutil e leve pureza de amor deliberadamente apresentada a todos na mesa.

-Então Isaac,-Chama Rafael novamente, atraindo o olhar do mais novo para si com um abobalhado sorriso nos lábios.-ouvi dizer que sua irmã também tem uma alma gêmea aqui na matilha, certo?

-Sim!-Responde com um misto de entusiasmo e vergonha, corando muito levemente ao reconhecer isto.-Lydia, ela é a alma gêmea da Malia McManus.

-Sim, nós a conhecemos bem.-Diz a alfa de pele morena, desviando os olhos do marido demoradamente, respirando fundo ao encarar o beta novamente.-Ela é bem próxima de nós.

-Ela vive deitada no nosso sofá, é isso que ela quis dizer.-Expressa Clint revirando os olhos quando sua mãe tensiona o maxilar para si, mostrando a pouca paciência.-Mas é verdade. Ela praticamente mora aqui, desde que os dois namoraram parece que ela se tornou nossa mascote.

-O quê?-Indaga o Isaac, se virando para frente onde seus olhos se cruzam com o do ômega, que aperta os olhos sem entender.-O que você falou sobre a Malia?

-Que ela parece nossa mascote? Ela age feito uma as vezes.-Diz o mais novo de todos na mesa de jantar, pegando a garrafa de vinho e recebendo o rosnado do de seu pai em resposta.-Pelos Deuses! Eu estou com sede e o Scott demora muito para arrumar um simples prato!!

-Não, antes disto.-Continua o loiro, atraindo os olhares de todos para si ao tempo que se vira para o alfa.-Vocês dois namoraram? Você e a Malia?

-Sim.-Responde o alfa, usando apenas uma única palavra para descobrir qual será a reação do mais novo com tal informação.-Nós nunca falamos sobre exs, não achei que se importasse muito.

-Bom, quando um deles é a alma gêmea da minha irmã, sim eu gostaria de saber.-Expressa em meio uma fina risada nervosa, perdendo um pouco do clima ameno que estava construindo até aqui.-Faz muito tempo?

-Bom...

-Eles terminaram no verão passado! Depois que o Stiles foi...

-CALA A BOCA, CLINT!

Repreende o ômega de pele morena, fazendo com que todos arregalem seus olhos parem de fazer tudo que estavam fazendo, deixando que o silêncio se torne a única coisa viva na mesa de jantar. Na última cadeira de madeira da mesa, o ômega de cabelos castanhos e pele branca se recua no assento, respirando fundo ao perceber que talvez possa ter falado o que não deveria. Seus olhos correm para frente, onde o mais novo casal age como estranhos um ao lado do outro.

Ao lado do alfa, Melissa respira fundo descendo sua mão para a coxa do filho onde um fino aperto, mostrando que está presente para qualquer coisa que ele precisar. Scott acena de leve, entendo o recado, então ele se vira para o lado onde o beta está. Parado e olhando diretamente para a mesa de jantar, seus olhos azuis observam os desenhos nos pratos de porcelana, onde a pintura parece ter sido feito com uma mão tão leve que poderia estar voando quando pintou o branco do objeto.

-Peço desculpas pelo meu pai, Isaac.-Diz Brett, dando fim ao silêncio constrangedor e se tornando o alvo dos olhos azuis do mais novo.-As coisas são um pouco tensas nesta família.

-Depende de como o sol se põe no fim do dia.-Expressa Clint em um tom mais baixo, hesitante de que sua piada surgirá algum efeito. Quando ouve a risada franca de seu pai, seus músculos relaxam.-E do gosto da laranja.

-Definitivamente depende se Zipsi fez ou não fez xixi no carpete de manhã.-Completa a alfa de pele morena, soltando uma fina gargalha para a face mais amena de seu marido.-Realmente pedimos descul...

-Onde fica o banheiro, por favor?-Pede o beta, interrompendo a mais velha da mesa e recebendo o olhar de todos como resposta.-Alguém pode me mostrar?

-Eu te mostro.-Diz o alfa, se levantando da cadeira ao mesmo tempo que o mais novo, mordendo de leve o lábio inferior.-Por aqui.

Diz o moreno, contornando a cadeira de seu pai e adentrando ao curto corredor, focando seu ouvido nos passos leves e lentos do beta atrás de si, que pela primeira vez desde que os dois se conheceram, escolhe o silêncio invés de inundá-lo com milhões de informações sobre si mesmo. Ele tenta, de uma forma falha, descobrir o que o mesmo está sentindo pela marca que partilham, mas ainda não tem domínio de nada.

Passa pela porta do quarto de seus pais, movendo seus olhos para os portas retratos que estão pregados na parede. Todas as fases de sua vida, capturados pela câmera fotográfica que o irmão gêmeo da alfa líder carrega consigo para os lados, juntos com os milhões de desenhos feitos pela beta de cabelos loiros de si. Tudo emoldurado e preso as paredes de sua casa, contando a história de sua vida e de seus irmãos. Parando para pensar, aqueles que podem ver tais fotos e desenhos são capazes de realmente lhe conhecer de verdade.

Olha para trás por cima do ombro com um fino sorriso nos lábios, esperando encontrar o beta abismado e preso em alguma foto sua, onde lhe fará milhões de perguntas sobre. Mas não é bem isto que encontra, onde o loiro caminha olhando para frente com a face imparcial, lhe observando caminhar em silêncio. Scott se vira para frente novamente, um tanto confuso sobre o que deve sentir sobre isso, que não é grade coisa, mas definitivamente é algo para se perguntar sobre. Para de andar, frente a porta do banheiro e respira fundo.

-Scott?-Chama o beta, meio hesitante sobre tocar o corpo do mais velho ou não.-Você precisa sair da frente para que que possa entrar.

-Ah, sim. Verdade.-Diz o moreno, dando um rápido passo para o lado e abrindo espaço para que o loiro possa entrar no cômodo.-Isaac?

-Sim.-Responde, parando frente a porta, a alguns centímetros do mais velhos, que abre os lábios e deixa um leve suspiro escapar sutilmente.-O que foi?

-Está tudo bem, né?-Pergunta Scott, um tanto preocupado que algo não esteve certo entre os dois e o mais novo esteja escondendo.-Você está...diferente.

-Está tudo bem.-Afirma o beta, formando um leve sorriso nos lábios. Ele se inclina para frente rapidamente dá um leve selinho na boca do mais velhos, sorrindo novamente em seguida.-Só preciso ir ao banheiro.

-Tem certeza...?

-Sim. Eu já volta para lá, prometo.

E adentra no banheiro, fechando a porta atrás de si e se recostando na mesa, focando sua audição no som do outro lado. Seu coração se acelera rapidamente, mas ele recupera o controle estabiliza os batimentos, observando atentamente os passos do moreno ainda no corredor. Quando finalmente o ouve se afastar, o ar que maninha preso é solto de uma vez só e ele se encontrar em um estado confuso, onde sua mente repassa a nova informação descoberta a alguns minutos atrás.

Não é ciúmes o que sente, sabe que Scott é sua alma gêmea e está destinado a estar consigo para todo o sempre, não existe a mínima possibilidade de que o moreno lhe troque pela alfa. Além do mais, Malia está muito bem acompanhada com sua irmã, e por mais que a ruiva tenha um temperamento forte, não há pessoa melhor que a beta de olhos verdes. Então, o que é está...coisa que o está fazendo prender sua respiração e de algum modo...sumir da situação que se encontra?

O que está acontecendo dentro de si para que duvide de algo que, logicamente, não irá se desfazer nem com um bilhão de anos. Hesitação, talvez possa ser, já que tudo isto é muito novo e inesperado para um rapaz de 22 anos que nunca teve uma namorada ou namorado para chamar de seu. Como ele deve se portar? O que deve dizer? O que não deve dizer? O que ele tem que fazer para que o mais se abra de fato e seja sincero?

Talvez seja isto. Sinceridade, é disto que está com certo receio. Não sabe de fato que irá ouvir do mais velho quando falarem de sentimentos verdadeiros e planos para o futuro. Não conhece o homem que lhe espera no outro cômodo com a própria família, não entendo como o mesmo pensa, conclui raciocínios e toma as decisões certas. E mesmo assim, sem conhecer o alfa de pele morena, tem uma marca que liga sua alma a do mesmo. O que ele estava pensando?!

O ar falta em seus pulmões mais uma vez, e com isso a fraqueza em suas pernas lhe faz escorregar até o chão, onde agarra seus joelhos e fecha os olhos. É como está dentro de um caixa, onde não existe ar suficiente para suprimir suas necessidades, estando a beira da morte com a maior dúvida que sua vida já teve. “Quem é Scott McCall?”. Uma fina brisa entra pela janela lhe fazendo erguer os olhos, observando as pequenas e leves cortinas se moverem de leve e calmamente para dentro do banheiro.

O som deum canto de um pássaro atraí a mente transtornada do beta, que abre os lábios em uma curiosidade sutil, lhe fazendo levantar-se do chão e ir até a janela. Coloca sua cabeça para fora, e outra brisa fresca de ar bate contra seu rosto, causando uma onda de relaxamento por seu corpo de um jeito que ele nunca pensou que pudesse sentir. Suas íris azuis se encontram com o pequeno pássaro sobre o banco de madeira perto da casa, ele tem algo entre seus lábios. Isaac se esforça para enxergar, apertando bem seus olhos que brilham em um amarelo forte.

Com seis pétalas finas e pequenas, em um tom de branco com lilás de contorno e seu centro carregado de centenas de pequeninas florzinhas amarelas, o beta sabe bem que flor é esta que a ave está segurando. Um fino sorriso cobre seus lábios, lhe fazendo lembrar da noite que passou pela primeira vez junto ao alfa. A certeza que ganhou uma forma tão clara em sua mente, de que deveria está ali, naquele lugar e momento, colado ao corpo do mais velho, foi a única coisa que beta teve mais certeza em toda a sua vida.

O calor que percorria por sua pele naquele momento, o desejo dentro de si que precisava ser saciado somente pelo alfa. Toda a explosão de desejo e prazer que cobria da ponta de seus dedos até o último fio de cabelo de sua cabeça, fazendo sua mente compreender o que de fato é estar completo de verdade. Não precisava conhecer a mente do mesmo, saber as razões para que ele tomou suas decisões que o levou até ali, não precisava sequer saber seu sobrenome. A certeza de aquele homem a sua frente era o único que poderia lhe fazer feliz de verdade já estava clara.

O som de alguns passos a sua esquerda lhe retira do transe, lhe fazendo piscar os olhos rapidamente e virar sua cabeça para o lado. Seus olhos voltam do amarelo para o azul, perdendo a facilidade de enxergar em meio a escuridão da noite. Não identifica exatamente quem está ali, mas ao aspirar fundo o ar reconhecer que é de uma mulher, não sabe quem. Mas é beta, jovem provavelmente entre os quinze e dezessete anos, o que lhe faz pergunta quem poderia ser.

-Isaac?-A voz masculina o chama pela porta, fazendo o mesmo levantar sua cabeça e bater seu pescoço contra a janela.-Está tudo bem? O que está fazendo ai?

-Está tudo bem!-Grita de volta, abaixando sua cabeça e a retirando do lado de fora, levando a mão ao local atingido.-Merda. Está tudo certo!

-O que está fazendo?-O mais velho questiona, deixando que a preocupação assuma o controle de seu tom de voz.-Está tudo bem mes..

Ele não é capaz de terminar sua frase, sendo interrompido pelo ato da porta abrindo a mão do beta lhe puxando para dentro tão rápido que ele não é capaz de reagir contra. Scott fecha seus olhos, sentindo suas costas contra a madeira da porta, e as mãos do mais novo sobre seu ombro e peito, o que lhe faz ficar levemente arrepiado. Ele também sente algumas coisas fora do controle que não compreende a razão.

Abre seus olhos, se dando conta do quão perto sua face está do loiro, lhe fazendo soltar uma fina gargalhada de nervosismo, que logo se arrependo levando a mão aos lábios. Isaac sorri de volta, respirando fundo quando leva sua mão a do mais moreno, a retirando de cima da boca para que possa juntar a sua na dele desfrutarem de um beijo leve e necessitado pelos dois. O beta se aproxima, os molhando com saliva ele os junta com os do alfa.

Uma descrição exata talvez seja impossível de se dar, onde a sensação sentida pelos dois jovens é de que todo o resto do mundo deixou de existir. Que a força que os mantém preso a terra é apagada e eles podem flutuar em meio as nuvens, sentir a verdade paz penetrar o interior de seus corpos e a completude preencher o vazio que tiveram até o momento que se conheceram. O medo, hesitação ou qualquer coisa que os afligia deixa de fazer parte da equação, onde apenas a certeza de que são as almas gêmeas um do outro persiste em seus corações.

-Ok, isso foi...

-Cala a boca, só por um segundo.-Pede o beta, ainda de olhos fechados ele cola sua testa na do moreno e respira fundo.-Eu ouvir você falando com a Malia mais cedo. No rio.

-Que parte?

-A que você...talvez esteja arrependido.-O loiro fala, abrindo seus olhos e sendo observado de perto pelas íris pretas do mais velho.-De ter feito a Marca.

-Isaac.-Diz o moreno, levando sua mão ao rosto do de olhos azuis e respirando fundo.-O que nós fizemos não é o natural ou esperado. Pulamos grande parte do relacionamento, uma parte importante.

-Então se arrepende.

-Não foi o que eu disse.-Scott rebate rapidamente.-Sim, eu gostaria de ter feito tudo com mais calma e tranquilidade antes de ligar minha alma eternamente a sua, definitivamente.

-Mas?

-Mas, eu gosto de pensar um coisa.-Começa o mais velho, apertando de leve seus olhos para a face ansiosa do loiro.-De um jeito peculiar, novo e especial, você sempre soube por nós dois. Você teve certeza no exato momento que colocou seus olhos em mim. A mordida foi uma simples afirmação de que eu sabia também.

Isaac não respondeu a tal declaração, deixando que seu coração aceitasse de uma vez essa sensação, este calor que parece lhe envolver em um grande abraço calmo e tranquilo. No último mês o loiro pode admitir que foi capaz de reconhecer algumas coisas, o alfa não é muito de fazer gestos românticos ou de pôr em palavras exatamente o que sente. Pelo menos não para si, mas hoje, aqui e agora ele pode sentir isso pela primeira vez.

Pode sentir por sua pele, com um deslizar de dedos que o mais velho sente alguma coisa por si, mesmo que leve e muito sútil, é a primeira vez que Scott lhe diz que sentiu algo naquele primeiro encontro conturbado. Parece que finalmente, o moreno o está reconhecendo como sua alma gêmea, para si mesmo e para o beta. Definitivamente o lobo de Isaac é capaz de desfrutar algo mágico pela primeira vez, sentindo-se completamente completo.

-Nós temos que voltar.-Diz o alfa, retirando o mais novo de seu transe hipnotizado e sorrindo de leve.-Meus pais e meus irmãos devem achar que estamos transando no banheiro.

-Verdade. Deuses!-Exclama o loiro se afastando, virando seu corpo para a pia onde ajeita seu cabelo para o lado.-Eles devem achar que eu sou um maluco completo, né?

-Não, isso não foi nada para eles.-Comenta o moreno, cruzando os braços frente ao corpo e desviando os olhos para a janela.-Ficaria surpreso com a quantidade de vezes que Stiles surtou aqui dentro de casa. Eles estão bem preparados, acredite.

O beta acena nervosamente, considerando que não importe quantas vezes o Ômega tenha feito alguma maluquice natural, ele não deve ser esse tipo de alma gêmea. Sua insegurança deve ser no limite natural de um jovem adulto de 22 anos, não do tipo que se tranca no banheiro da casa dos sogros e chora encolhidamente no chão. Como ele estava prestes as fazer se não fosse por aquele pássaro, Deuses! Isaac definitivamente não é bom em causar uma boa impressão em um primeiro encontro.

Ele se vira para o moreno, que se coloca para frente acenando em confirmação para que possa abrir a porta. Solta um rápido suspiro, olhando para o espelho mais uma vez e piscando algumas vezes, reorganizando seus pensamentos. Causar uma melhor impressão que está -, é o que o mais novo pensa quando Scott abre a porta do banheiro e sai do cômodo, sendo seguido pelo loiro. Eles caminham pelo curto corredor, onde o beta tem a finalmente a chance de observar os portas retratos que compõe a madeira.

O alfa criança, olhando atentamente para quem parece ser Brett quando bebê, extremamente atento. Outra em que o moreno está deitado sobre o gramado, ainda pequenino, ao lado do ômega de cabelos castanhos e a alfa de cabelos caramelos, lendo algum livro de desenhos a mão. Um desenho, feito por alguém habilidoso chama a atenção do loiro, onde a face de Scott é perfeitamente representada, com os mínimos dos detalhes.

-Nossa! Quem fez esse desenho?

Indaga o de olhos azuis, parando de andar e observando com mais atenção todo o retrato. O moreno está com a face virada, observando outra coisa, e o desenhista teve o detalhe de representar o brilho nos olhos negros do alfa. Com um leve sorriso na face, seus lábios entre abertos e suas covinhas delicadamente retratadas com um certo destaque, que faz o beta soltar uma fina risada. É como uma fotografia, só que feita pelas mãos de um verdadeiro artista.

-Sonya.-Responde Scott, apertando os olhos ao parar ao lado do mais novo e observar o retrato junto.-Ele tinha apenas dez anos quando o fez. Minha mãe considera uma obra de arte.

-Mas é! Olha o jeito que ela foi capaz de capturar toda uma emoção...-Expressa Isaac, se virando para o lado onde o mais velho parece um tanto desconfortável.-Você não gosta?

-Não, o desenho é lindo! Sou muito grato por ela me ver...desta forma.-Diz o alfa, um tanto hesitante pela escolha de palavras. A confusão toma conta da face do loiro.-Tipo, ela sempre me desenhou. Desde que quando eu posso me lembrar.

-Tem algum problema com isso?-Questiona o beta, franzindo sua sobrancelha sem entender muito bem o que o mais velho está tentando lhe dizer.-É algo tão carinhoso e bonito. Por que você não iria gostar?

-Eu gosto!-Exclama um tanto rápido demias, se virando novamente para frente, onde seus olhos se encontram com outro desenho feito pela beta.-É só que...parece errado.

-O que em de errado nisso?

-O que ele está tentando dizer,-Começa o ômega de cabelos castanhos, adentrando ao corredor e caminhando despreocupadamente até o banheiro.-que para a Sonya, Scott é sua musa.

-Ah.

Expressa o beta, se virando para frente e olhando novamente para o retrato, onde expressa um longo “Oh!” arregalando seus olhos intensamente. Seus lábios se abrem ao tempo que faz uma volta completa no mesmo lugar, reconhecendo que metade dos desenhos feitos a mão são de Scott com um ”S” feito na horizontal como assinatura da loira. É um tanto estranho quando se observa desta forma, onde uma certa dedicação iludida é alimentada pela alfa de pele morena, inconscientemente, obviamente.

-Não pode culpa a mamãe por adorar a Sonya, né?.-Comenta Clint na porta do banheiro, se virando para frente e olhando um pequeno desenho preso a parede a sua frente.-Ela é incrivelmente talentosa em quase tudo que faz...

E adentra o cômodo rapidamente, deixando os dois jovens no corredor se entre olhando desconfiadamente. Eles tão de ombro, se virando para o fim do corredor onde podem se juntar novamente a mesa de jantar, ouvindo a fina conversa tranquila entre os que ainda estão sentados comendo em paz. Quando Melissa avista o beta, seus lábios forma um grande sorriso rapidamente que é estranhado pelo ômega de costas, o fazendo se virar para descobrir a razão. Seus olhos observando o loiro desconfiado, e logo ele se vira para frente novamente.

-Desculpe minha sumida repentina.-Começa Isaac, caminhando até sua cadeira rapidamente, onde recebe uma rápida negação de cabeça pela alfa.-Não foi assim que eu tinha planejado agir está noite.

-Como tinha planejado, então?-Pergunta Rafael, levando um garfo aos seus lábios ao tempo que aperta os olhos para o mais novo.

-Pai!-Repreende o beta ao lado do moreno, arregalando de leve os olhos pela falta de respeito em perguntar algo deste tipo.-A gente não se importa, Isaac. Todo mundo precisa de um tempo as vezes.

-Sim, sim.-Responde o beta, notando que seu prato é o único que ainda está vazio. Se estica para pegar a colher do arroz.-Está gostoso tanto quando o cheiro?

-Melhor!-Afirma a alfa, colocando uma mecha de seu cabelo para trás.-Marcos se superou desta vez. Nada que não fosse esperado, em uma noite tão importante como está.

-Pena que já morno.-Comenta o ômega mais velho, piscando seus olhos ao encarar de leve o beta de olhos azuis.-Se você visse corrido para o banheiro, poderia ter comido junto a todos nós normalmente.

-Rafael! Já chega.-Rebate Melissa, olhando seriamente para o mais novo pelo canto do olho, negando de leve a razão para tal comportamento.-Por favor, vamos ter um jantar em paz.

-Sinto muito, mas eu não consigo.-Exclama o ômega, deixando de lado os talheres e cruzando os braços frente ao corpo.-Não dá para fingir que não estou incomodado!

-O quê?

Questiona o alfa de pele morena, virando seu rosto para o do pai completamente confuso. Ele pisca seus olhos algumas vezes, buscando em sua mente alguma razão para o desconforto repentino de seu pai, mas nada lhe vem a mente o deixando desnorteado. Ao seu lado, Isaac deixada que a tensão e nervosismo lhe subam o corpo novamente, sendo sentidos por Scott que lhe lança um olhar rápido e preocupado.

-Do que você está falando, pai?-Pergunta o primogênito ao respirar fundo, deslizando sua mão para debaixo da mesa onde toca a coxa do beta.-O que o está incomodando tanto?

-Você apenas vinte cinco!-Aponta em um tom mais elevado, rosnando de leve ao olhar para o loiro.-Vinte cinco anos e está ligado eternamente a esse garoto! Sequer o conhece direito!

-Rafael, nós já falamos sobre isso.-Repreende a alfa, tocando o pulso do mais novo que lhe lança um olhar irritado.-Hoje não é o momento para isto.

-E quando vai ser?!-Questiona o mais novo, respirando pesadamente.-Quando vai ser o momento em que falaremos sobre como ele está jogando a vida dele fora?!

-Espera! Vocês já falaram sobre isso antes? Sem mim?-Questiona Scott.

-Jogando a vida fora...-Comenta Isaac, em um tom mais baixo ao mesmo tempo que o alfa.

-Ela está lá!-Grita o ômega ao sair do banheiro, correndo pelo corredor e parando frente a mesa de jantar.-A Sonya está lá fora!!

E então ele corre até a janele, a abrindo as cortinas rapidamente onde todos se tornam capazes de ver a beta de cabelos loiros parada frente a casa, com seu caderno de desenhos abraçado ao corpo. Ela respira fundo, abrindo os lábios quando os olhos pretos do moreno se cruzam com os azuis dos seus, deixando que sua face fique completamente vermelha de vergonha. A beta se vira para o lado, seus olhos focam na vasta floresta coberta pela escuridão deixando que seu lobo assuma o controle de tudo.

O caderno cai sobre o chão, ao tempo que a mesma passa a se contorcer, sentindo que seus ossos mudam de lugar e tamanho, que sua pele passa a se transforma em uma camada mais grossa e curta, comportada para o lobo dentro de sei. Os pelos cobrem seu corpo, seu cabelo se torna negro como a noite, junto com toda a cor de seu corpo, e seus olhos amarelos brilham pelo intenso contraste. Ante de correr, de fugir e desaparecer na mata ela se vira, procurando por entre suas roupas seu caderno.

O morde em seus dentes afiados e se vira para frente, onde os olhos negros o moreno estão ligados a si, mas tudo que o lobo é capaz de ver é outra coisa. O lobo, no controle do corpo e movido pelas emoções da beta, observa o alfa dentro de Scott, sendo perfeitamente capaz de ver a ligação do mesmo com o beta ainda sentado na mesa. Ele rosna alto por isso, deixando que sua frustração penetre os ouvidos de todos da matilha, e então corre para matilha adentro.

Ela deseja sumir, desaparecer de toda a situação constrangedora e dolorosa que colocou a si mesma. Exatamente como metade das pessoas dentro da casa.



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