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História You are my home (dyle) - Hesitation could kill me


Escrita por: flawsmind

Notas do Autor


oi! se você já leu outra fanfic minha, pode entrar já é de casa. se voce nunca leu e essa é a primeira vez, sinta-se a vontade também.
entao, a história aborda assuntos cujo eu nunca tentei escrever sobre mas agora estou interessada e me arriscando a fazer.
avisos? vamos ver... bom, nao será uma fanfic tao longa assim. vamos ter uns momentos bem fluffy alguns bem pesados também. Talvez eu inclua flashbacks da vida dos personagens antes de eles estarem onde estao, mas isso depende de onde a minha escrita me levar. já tenho seis capítulos prontos, entao nao é uma coisa que eu pretendo abandonar. vamos ver até onde isso nos leva.
boa leitura. :)

Capítulo 1 - Hesitation could kill me


Fanfic / Fanfiction You are my home (dyle) - Hesitation could kill me

 

Dan narrando

Ainda estava escuro lá fora quando eu abri os olhos, decidido a me manter acordado. Já tinha acordado antes, após um pesadelo nada tranquilizador. Acho que os novos remédios que o Doutor Hillston está me passando não estão fazendo muito efeito, irei lhe dizer isso na nossa sessão de domingo.

Levei as mãos até a mesa de cabeceira afim de encontrar meus óculos, mas tudo que consegui obter foi derrubá-los direto no chão junto com meu celular.

Desbloqueei o celular. 4:00 a.m, sexta-fera. 

Fui colocar o café para passar antes de ir tomar um banho, a cafeína era minha segunda esperança (depois do banho) de me dar um pouco de ânimo para enfrentar mais um longo dia.

Ótimo, pensei quando vi a pasta de dente que estava acabando. Sem contar que na geladeira só restava um pouco de creme de amendoim, algumas garrafas com água e três waffles da semana passada.

O público do centro de Chicago teria de ser genoroso comigo hoje se eu quisesse fazer compras.

Santo Deus, prefiro não lembrar do aluguel que está prestes a vencer. Pelo menos o pessoal da clínica me dá um tempo suficiente para poder pagar. 

Também foram eles que me forneceram esse apartamento particularmente pequeno e pouco mobiliado, mas confortável o bastante perto do chão onde eu era costumado a dormir. Meu prédio fica localizado na vizinhança menos barulhenta e frequentada da cidade, onde só se encontram pessoas de idade e gatos vivendo. Talves eles pensaram que, desse jeito, eu não teria nenhuma tentação me rondando, e não teria motivos para sair em busca das drogas.

Depois de conviver a vida toda com barulho, o silêncio é quase meu melhor amigo. Claro que, às vezes, eu sinto falta de uma agitação. Mais vozes, mais pessoas para me distrair da solidão que é esse local.  

Releve, Daniel. Meu pai dizia. Ele também dizia que eu era reclamão demais. E bom, eu não tenho condições de reclamar agora. Sempre serei grato por ter recebido ajuda deppois de tudo.

Na heroína, nas pílulas, no álcool e nas festas, era o meu meio de esquecer o terror que minha vida ainda estava vivenciando. Durei quatro anos relutando, até que quando completei 25, e me vi completamente despedaçado. Foi quando eu resolvi aceitae um folheto de ajuda e me internei. Agora, estou limpo à quatro anos, e prestes a terminar meu tratamento esse ano.

Saí de casa quando marcou 5:50 p.m no relógio da cozinha, espero que ele esteja certo. Coloquei o violão encapado nas costas, peguei meu caderno de composição, tomei um último gole do café preto e sem açúcar, e segui em direção à estação de trem para dar início ás apresentações por lá, depois partir para o centro.

Iniciei um cover de Hey Jude para acalmar a manhã dos apressados que passavam por mim na entrada da estação, alguns nem tão apressados que se prestavam para me jogar algumas libras. 

O tempo passou voando e já vai ser 12:00 p.m. Posso comprar um bom sanduíche com o que recebi aqui e partir para a tarde de apresentações nas ruas do centro da cidade.

É, vai ser outro grande dia monótono.

- X - 

Eram 4:20 p.m quando uma senhora de idade chegou até mim resmungando com uma carranca terrível no rosto. Ela segurava um pequeno gatinho laranja em seus braços. Ele parecia aterrorizado.

"Você!" Ela gritou ofegante com um sorriso aliviado no rosto "Você o quer?"

"Senhora, eu... Não acho que essa possa ser uma boa ideia." Fui sincero. Ainda estou aprendendo a tomar conta de mim, como irei cuidar de um animal?

"Meu rapaz, Deus e eu estamos lhe pedindo para que cuide desse pulguento!" 

"Eu realmente não tenho como." 

"Ótimo! Vou deixa-lo aqui então. Alguém terá de o levar uma hora ou outra, pois eu não sou mais obrigada a aturá-lo!" - Ela bufou largando o gato, que se encolheu por completo, em frente aos meus pés, e deu de costas para nós dois.

Engoli em seco e apoiei meu café quase terminado no chão, me abaixando para recolher o pequeno laranjinha que tremia-se todo daquele chão frio. Ele estava mal tratado, algumas parte do pelo faltando, parecia estar precisando de uma boa refeição e um pouco de carinho.

"Você não me parece tão ruim. Por quê ela iria querer se livrar de você?" Perguntei à ele com um sorriso bobo em meu rosto enquanto o gato ronronou em meu peito, parecia apenas querer se encolher contra meu peito e tirar uma boa soneca.

Éramos dois. 

 Juntei minhas coisas e encerrei as apresentações de hoje. Voltei ao mercado em que comprei o café para buscae  um pacote de ração para o laranjinha adormecido em meu peito. Peguei também uma pasta de dente e mais dois sanduiches.

Compras do dia feitas. 

O trem demorou a chegar, e quando finalmente chegou e eu pude me sentar, três crianças vieram até a mim pedindo para acariciar o laranjinha. Me senti estranho, não era sempre que se aproximavam e iniciavam contato comigo. Mas não era bem a mim que elas queriam se aproximar, e sim, do pequeno dorminhoco que eu carregava no meu colo.

Com toda aquela atenção, acabei tomando a estação errada e desci em duas ruas antes do meu prédio. O gatinho ainda dormia profundamente em meus braços enquanto passávamos por uma rua barulhenta. Notei que o barulho e a única iluminação vinham de um prédio grande, parecia ser uma espécie de casa noturna ou boate que tinha logo ali.

 Três mulheres elegantemente vestidas estavam em frente a entrada do local, acima um letreiro iluminado com o nome "Blue Dreams". Parecia bem luxuoso de fato, levando em conta os carros caros que estavam em fileiras ali na frente.

Prestes a sair da rua, me atrevi à dar uma olhada para trás. Foi quando o meu olhar se prendeu nesse garoto. Ele estava saindo de um luxuoso Lamborghine, e de longe podia notar as feições tristes e vazias.

Espere um pouco, eu conheço esse olhar! Eu o vi, até falei com ele quando fui comprar o café pela tarde no mercado.

Reconheci a barba impecavelmente bem cuidada, o cabelo fofo e o corpo  extremamente magro e alto.

Talvez eu tenha reparado bastante nele.

O garoto se abaixou e colocou a cabeça para dentro do carro, depois de uns segundos, se afastou segurando uma gravata preta na mão. Fiqueo curioso diante daquilo e nem percebi quando o carro já havia se afastado e o garoto da barba estava me cuidando

Droga. Ele sorriu e balançou a cabeça, fazendo sinal para eu o seguir.

Eu não fui. Sacudi a cabeça negando e voltei a andar até conseguir avistar o prédio.

O que tinha acontecido ali? Ele pensou mesmo que eu iria o seguir? Mas o que teria acontecido se eu tivesse feito? Quem era ele, e o que era aquele lugar? Não seja estúpido, você sabe que lugar parecia aquele lá. 

Depois de dar comida ao gatinho sonolento, que praticamente engoliu tudo em poucos minutos, arrumei um canto para ele voltar a dormir em uma almofada ao lado da porta do meu quarto, local onde ele se aninhou e permaneceu sem se levantar novamente. 

Terminei meu sanduíche, tomei meus remédios da noite, e fui rastejando para o quarto. Ao encostar a cabeça no travesseiro, todas as questões sobre o rapaz do mercado/boate voltaram a me torturar.

Em uma das tantas dúvidas sobre ele, o sono me atingiu.  Na madrugada, eu não acordei por causa de nenhum pesadelo atormentador como de costume. Mas acordei após um estranho sonho com o garoto da barba. Talvez eu pudesse retornar naquela rua no dia seguinte. Ou quem sabe no mercado?

Uma coisa era certa: Eu queria vê-lo outra vez.

 



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