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História You are my home (dyle) - Undisclosed desires


Escrita por: flawsmind

Notas do Autor


me deu vontade de atualizar, um capítulo só deixa mais a desejar.
estou sendo muito boa xD

Capítulo 2 - Undisclosed desires


Fanfic / Fanfiction You are my home (dyle) - Undisclosed desires

Kyle narrando

Abri os olhos e me arrependi de ter o feito assim que senti todas as dores causadas pela noite passada se espalharem por meu corpo.

Tudo doía. Desde o quadril que possuía diversas marcas, assim como meu peito e pescoço cobridos por roxos.

Minhas pernas não conseguiam se mover para me ajudar a sair da cama. Eu não quero sair, mas preciso. Estou faminto e com a garganta seca, nem sequer me limpei após a noite de ontem.

Os vestígios daquele advogado quarentão ainda estão em mim, me sinto sujo e com ânsia só de lembrar dos seus toques rudes.

Deus, eu preciso muito de um banho e uma xícara quente do café da Melanie.

Encontrei meu celular no meio dos lençóis amassados, digitei rápido uma mensagem. e dentro de 20 egundos, Melanie estava adentrando no quarto. Seu cabelo azul estava radiante como sempre, e ela trazia com si uma toalha em uma mão e uma xícara de café na outra. O sorriso sapeco sempre estampado em seu rosto.

"Você é a melhor criatura que Deus criou." 

"E você a mais teimosa." Resmungou me ajudando levantar e me entregando o café fumigante. Soltei um suspiro depois de um gole. 

"Delicioso."

"O Woody tinha dito que você poderia acabar seu turno aquela noite e ir pra casa descansar. Você fez totalmente ao contrário, Kyle!" 

"As contas estão vencendo, eu preciso desse dinheiro extra." E certamente não preciso da sua bronca. 

"Mas não precisa arranjar mais clientes para lhe dar mais hematomas." Grunhi de dor quando senti seus dedos gélidos afundarem no roxo em minha cintura. "Quem você pegou?"

"Um advogado metido do Brooklyn." Respondi bufando, entrei no banheiro do quarto e ajustei a água para o modo morno.

"Que horas são?"

"Meio dia e meia!" Me respondeu de volta. Bufei mais ainda e sai do banho apressado, precisava ir para o mercado se não perderia essa ajuda extra que consegui após insistir muito para o dono do estabelecimento.

Houve um certo preço cobrado em troca do emprego, mas nada do que eu já não fosse acostumado a fazer.

Chequei em meu celular e Woody já tinha enviado meus agendamentos de hoje a noite. Bom, eles não tinham incluso nenhum advogado sadomaquista, isso já fez o meu dia se mostrar bem melhor.

No começo era difícil. Quero dizer, eu não trabalhava para uma alta boate GLS de Chicago. Me vi completamente sozinho depois de que meu irmão resolveu tomar um caminho para longe de mim, e encontrei esse modo na tentativa de me virar por conta própria. 

Quero dizer, na adolescência, ninguém nunca reclamou do meu corpo, nem de como eu era na cama, então seria isso que eu iria tentar, já que não tinha atributos melhores para oferecer. Nenhuma formação específica, nem estudo suficiente. Eu só era  particularmente bom no sexo.

Vinham muitos homens velhos, extremamente mal educados, e alguns literalmente sujos, que me ofereciam pouquíssimo exigindo muito.

Não sei qual era a pior coisa naquela época, talvez... Continuar vivendo. 

Eu estava perto de entrar em depressão, quando Woody me encontrou. Ele me levou pra sua boate chamada Blue Dreams e me ofereceu um apartamento, comida e roupas limpas. Em troca, eu precisava trabalhar para ele por um tempo determinado. 

Que peculiar, não? Prostituição de alta classe, com contrato e tudo. 

Eu não pude recusar. Era melhor do que eu tinha naquele momento. Tudo seria melhor que dormir no meio fio de ruas escuras e e receber o que só dava para comprar uma garrafa de água.

Eu estou melhor agora. Alguns dias são difíceis, mas eu consigo lidar. Embora nunca deixe se me sentir tão sozinho.

- x -

3:13 da tarde, vejo esse cara entrando pela loja. Ele tem o cabelo perfeitamente colocado para cima, parece ser macio. Ele está carregando um violão em suas costas, e por Deus, os seus olhos. Um azul penetrante, mais bonito que o próprio azul do céu.

Ele está me encarando, sua boca se move e as sobrancelhas estão levantadas em forma de interrogação.

Merda, ele está falando comigo.

"Desculpe?"

"Perguntei se vocês tem alguma máquina de café?" Sua voz é tão linda, toda atrapalhadinha. Me faz querer morde-lo.

Apontei com o dedo para a máquina de expresso, ele assentiu e foi até ela se servindo um copo. 

"Vai lhe custar duas libras." Falei tentando não babar demais nele. 

Ele me dirigiu um sorriso pequeno e saiu pela porta, atravessando a rua e sumindo da minha vista. Não tive mais tempo para pensar mais sobre sua contemplável beleza e já tive outro cliente para atender.

O tempo correu e fui chamado para preparar a boate pra essa noite, como teríamos novos dançarinos e novas atendentes, eu teria de instruir algumas informações básicas para eles.

"Não aceitem bebida e drogas de absolutamente ninguém"

"Não aceitem programas sem antes falar com o Woody"

"Dançarinos recebem a comissão após o primeiro turno"

"não passam informações dos garotos ou garotas de programa aos clientes em hipótese alguma" 

A partir das 6:00 p.m os clientes começaram a lotar a casa. Claro que eu nunca me senti em casa, estandp ali. Como poderia? Em minha casa, minha mãe não assistia televisão, extremamente antiquada. Papai vivia trabalhando no jornal, e o Will estava sempre estudando e fotografando fora.

O silencio e a solidão costumavam ser minha rotina, agora não mais. É tudo bem mais alto.

Woody me lembrou do cliente que eu havia para essa noite. O homem não era feio, tinha seus cabelos loiros e olhos esverdeados, eram atraentes. Não tanto quanto os olhos azuis que eu vi hoje maiscedo.

O cliente não me disse seu nome, mas de que isso importa? Avisou-me que não estava em condições de transar pois precisava correr pro trabalho em seguida, então eu lhe agradei de outras maneiras e o fiz gozar três vezes. Ele até ofereceu em me retribuir o serviço, o que eu estranhei, e muito. Ninguém nunca se importou em me agradar.

Resolvi aceitar. Eu já estava sendo pago por isso mesmo, o resto era tudo bônus.

Ele me trouxe de volta á boate às 7:00. Desci do carro e ele me chamou na janela, definitivamente tinha um sotaque francês com ele.

"Fique com a minha gravata."

"Você quer que eu fique com a sua gravata?" Ele assentiu sorrindo e me entregando a gravata preta de seda. Bufei e deixei o cartão da boate com ele, assistindo-o arrancar com o carro dali.

Me virei e encontrei um sujeito me cuidando. Mesmo um pouco escuro, a iluminação do poste me permitiu ver seu rosto.

Oh. Céus.

Era o cara do mercado. Os olhos azuis não negavam isso. E ali estava ele, segurando alguma coisa contra o seu peito, e com o violão nas costas. Carregava algumas sacolas também, sacolas que tinham o selo do mercado. Sorri para ele e apontei sugestivamente com a cabeça para a boate. 

Sim, isso foi um convite. 

Me virei para ele que continuva parado no mesmo lugar e insisti para ele me seguir.

Aconteceu o contrário. Ele sacudiu a cabeça e deu de costas pra mim, seguindo em passos apressados e virando na próxima rua.

Suspirei derrotado, mas o que eu estava esperando mesmo? Afinal, se ele me seguisse até aqui o que eu diria?

"Ah, olá! Lembra de mim? Atendi você no mercado hoje cedo e fiquei pensando muito em você. Está afim de transar?"

Ridículo. Alguém como eu simplesmente não pode criar relações, muito menos com clientes. 

Passei o resto da noite disperso no bar, tentando me distrair e conversando com Melanie. Embora o meu subconsciente me arrastava de volta até os olhos azuis e aquela boca tão desejável.

Retornei ao meu apartamento pelas 2:00 a.m, a preguiça e o cansaço tinha se espalhado por cada célula do meu corpo.

Graças a Deus já é sábado. Graças a Deus sábado e domingo eu não preciso ir para a boate. Graças a Deus sábado eu preciso ir pro mercado, e claro, se Deus quiser me dar mais uma graça, hoje mesmo poderei encontrar com os olhos azuis mais uma vez.



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