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História You Were Beautiful - Traga-o para casa


Escrita por: BSayoko e biabiased

Notas do Autor


Mistérios da vida, eu postando as quatro da tarde
Bom, logo aviso que não está betado por motivos de eu sou burra como uma porta e enrolei a semana inteira para mandar pra minha beta uma porcaria de um capítulo que está pronto há semanas
Bom, vamos lá

Capítulo 16 - Traga-o para casa


Fanfic / Fanfiction You Were Beautiful - Traga-o para casa

A Garota, 2014

           

            Ele lhe entregou uma xícara de chá, vendo-a pegá-la tremendo sobre o olhar severo dele.

            - Eu sei, eu sei, eu não devia ter saído no meio de uma tempestade.

            Ele se sentou na poltrona enfrente à dela, vendo-a se enrolar em cobertores. Fazia um bom tempo que não via a garota, tempo suficiente para pensar que ela estava grande demais. Fora antes da virada do ano que a vira pela última vez, com certeza.

            - Minha família está pensando em se mudar para Seul. – ela falou de uma vez, vendo-o se engasgar com o chá, arregalando os olhos.

            - O que?! – gritou, e ela repousou a xícara na mesa de centro, fazendo uma careta.

            - Sabe, com Baekbeom morando lá e Baekhyun cursando a faculdade lá e se recusando a voltar, eles não vêem mais porque ficar. – ela o observou parar nervosamente, balançando as pernas agitado. Podia jurar que ele não se importava com aquilo.

            Estava errada.

            - Você veio avisar...

            - Não tenho certeza se vai mesmo acontecer. – ela disse. – Quero ter certeza de que vai ter alguém para ele.

            Ele parou e a observou. Ela não sabia dizer se era raiva, vergonha ou qualquer um daqueles sentimentos inúteis que ela nunca havia chegado de fato a compreender.

            - Você está mais magra. – ele disse, reparando pela primeira vez. E era verdade, ela estava maior, mais alta, mas também mais ossuda. Sua pele clara agora parecia cruelmente lívida. E seus olhos...

            - Eu preciso de você, Tao gege.

 

            Luhan, 2008

 

         - Está tudo aí mesmo? – ela perguntou para Sehun, que assentiu com um sorriso. – Por que de repente você sentiu a necessidade de ter todos os seus livros infantis de volta?

            Luhan riu, observando Sehun coçar os cabelos, envergonhado.

            - Deve ser para Jinhye. – respondeu, chamando a atenção da senhora de volta para si. – A filha da psicóloga de Sehun. Eles são muito próximos.

            A idosa olhou surpresa para Luhan, logo voltando seu olhar para o neto, arqueando uma sobrancelha. Sehun corou.

            - Ela tem sete anos. – Luhan sentiu a necessidade de acrescentar.

            - Ah, sim. – ela disse rindo. – Eu conheço a família de Minsook, só achei estranho Sehun ter a capacidade de gostar de gente. – acrescentou, fazendo Luhan gargalhar e o neto corar ainda mais. – Minsook era amiga da mãe de Sehun. Não sei como Sehun e o filho dela não cresceram juntos. – disse. O queixo de Luhan caiu.

            - Baekhyun é um de meus melhores amigos! – disse, abrindo um sorriso à mera possibilidade de ter conhecido Sehun antes.  

            Ou dele ter tido mais amigos.

            - Não o vejo há anos. – ela disse com pesar.

            - Não perdeu muita coisa. – Luhan disse, fazendo os outros dois rirem.

            - Ah, como a mãe dele gostava de Minsook... – disse se recordando. Sehun fez uma cara feia. – O que foi? – ele olhou dela para Luhan, como se tentasse lembrá-la que ele estava ali. – Ah, querido, eu acabo de contar a história da sua vida, se queria privacidade deveria ter pedido antes. – ela disse.

            Sehun decidiu que era melhor ir embora quando Luhan caiu no chão devido às suas gargalhadas.

            - Volte mais vezes. – ela disse à Luhan quando chegaram ao portão, recebendo uma reposta positiva de volta. Olhou para o neto e o abraçou, sendo correspondida sem nenhum leve hesitar do garoto. – Você também.

            - Eu vou voltar. – ele sussurrou e ela parou, o observando estática. Não falou nada, apenas o observou encantada. Sehun se virou e tocou o braço de Luhan, o chamando para continuar. Luhan se curvou mais uma vez e sorriu, dizendo mais um adeus.

            E ela continuou olhando para o rosto sorridente do garoto que havia dado ao neto dela a chance que ela pensou que ele havia perdido há anos.

           

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            - Você vai mesmo voltar pra casa da sua tia? – Luhan sussurrou, finalmente perguntando o que havia martelado em sua cabeça o dia inteiro, desde que Baekhyun havia contado aos amigos.

            - Minha tia perguntou à Senhora Byun se eu havia melhorado. Quando ela disse que sim, minha tia perguntou se eu podia voltar pra casa. – ele suspirou. – E a Senhora Byun não pôde negar.

            Luhan assentiu, voltando a encarar o teto. Ele não se lembrava porque ambos estavam deitados no chão de seu quarto, mas desde que sentisse o calor do corpo de Sehun próximo ao seu realmente não se importava em lembrar. Lá fora a luz do sol começava a abandonar o mundo, e nenhum dos dois parecia disposto a se levantar e acender a luz, permitindo que ambos mergulhassem na escuridão. Luhan brincava com os dedos de Sehun próximos aos seus, sentindo o coração acelerado. Tolice sua quando pensou que em algum momento seu coração pararia de acelerar próximo ao mais novo.

            Ao menos havia aprendido a não odiar aquilo.

            Sehun se apoiou no chão, ficando com o rosto acima do mais velho, a poucos centímetros de distância. Estavam tão próximos que Luhan podia sentir a respiração de Sehun batendo contra seu rosto, os lábios viciosamente pairando acima dos seus.

            - É por causa de você. – Sehun sussurrou, prendendo seus olhos aos de Luhan, que corou.

            - O que? – perguntou, vendo o mais novo sorrir.

            - Eu melhorar. Mesmo que você não gostasse de mim do mesmo modo que eu gosto de você... Só de ir pra escola sabendo que eu vou receber um sorriso seu eu já me sinto melhor. – disse, vendo Luhan corar ainda mais. Riu. – Estou sendo piegas.

            - Não está não. – o chinês sussurrou. – E mesmo que estivesse não importaria, você está sendo piegas para mim e eu estou me sentindo uma garota agora que disse isso.

            Ambos se sentaram, gargalhando. Luhan apoiou a cabeça no ombro de Sehun, que deixou um beijo em seus cabelos.

            - Somos pessoas terríveis. – disse, ouvindo-o rir.

            - Não é por causa de mim. – Luhan disse, voltando a olhar para Sehun, os rostos ainda perigosamente próximos. O mais novo sorriu.

            - Você não sabe. – provocou, e o mais velho fez uma careta. – Você faz a vida valer a pena Luhan. – disse, aproximando ainda mais os rostos. Olhou bem nos olhos de Luhan, franzindo as sobrancelhas de leve. – Eu acho que te amo.

            Luhan selou seus lábios, tentando ignorar o calor em suas bochechas. Foi se deitando lentamente no chão, ainda mantendo os lábios conectados. Levou uma mão a nuca de Sehun, o puxando para mais perto, aprofundando o contato de suas bocas. Seu coração estava ainda mais acelerado, mas ele ria ao notar que Sehun estava tão ruim quanto ele mesmo ao sentir o coração dele contra seu tórax.

            Sentiu os dedos gelados do mais novo tocando a pele de sua cintura, se assustando ao gemer e afastando o mais novo de súbito.

            - Tudo bem? – Sehun perguntou assustado, ofegando enquanto se ajoelhava rapidamente no chão. Luhan, ainda deitado, tentou recuperar seu fôlego, olhando assustado para Sehun.

            Tudo que ele sentia com Sehun era completamente diferente. Nada deveria ser novo, mas, com Sehun, Luhan sentia seu coração bater muito mais rápido, sua pele ficar muito mais sensível, sua respiração se tornar cada vez mais falha. 

            - Tudo bem. – respondeu com a voz trêmula. Sehun continuou o olhando com certo choque e Luhan se levantou apressado. – Vamos tomar alguma coisa.

            Se dirigiu até a cozinha, com Sehun em seu encalço. Serviu os dois com algum refrigerante que encontrou na geladeira – e realmente não estava concentrado o suficiente para saber do que se tratava – e se apoiou ao balcão, bebericando a bebida distraidamente naquele silêncio quase sufocante. Sehun riu baixinho, chamando a atenção de Luhan.

            - O que foi?

            - Nada. – o mais novo respondeu, com um sorriso bobo nos lábios. Luhan apenas se permitiu sorrir, relaxando. O que faria sem Sehun?

            Não queria nunca mais voltar para o seu modo automático. Não queria voltar a não sentir nada e não esperar nada da vida além dos momentos de tristeza e desespero. Gostava de estar ao lado de Sehun e gostava de pensar que poderia ser feliz.

            - Eu acho que te amo. – sussurrou, sabendo que seria suficiente para Sehun escutá-lo.

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            - Sehun veio aqui hoje? – BaoYu perguntou, abaixando o livro que lia por um instante. Luhan olhou por cima do ombro para a mãe, já deitada na cama, precariamente iluminada pela luz do abajur.

            - Como sabe? – perguntou, fazendo-a rir.

            - Tinha dois copos sobre o balcão. Se fosse Yixing ou Jongdae e Baekhyun, eles com certeza não teriam ido embora antes deu chegar. – Luhan sorriu, assentindo. Voltou a procurar o remédio para dor muscular dentre os inúmeros remédios na gaveta da mãe. – Me pergunto quando vou conhecer Sehun.

            - Suponho que quando ele perder o medo de você odiá-lo. – Luhan respondeu, fazendo-a rir. Seus dedos encontraram uma cartela de remédio quase completamente cheia e o garoto parou e leu o nome diversas vezes, quase não acreditando no que via. Os remédios para depressão de sua mãe... – Por que isso está cheio? – perguntou, se levantando em um salto. BaoYu levantou os olhos lentamente para o filho, parando na cartela de remédios entre seus dedos. – Considerando a última vez que você foi ao psiquiatra já era pra ter acabado, mãe.

            - Luhan... – ela começou, parando ao ver o garoto a olhar apavorado. – Não me olhe assim! Eu não quero tomar esses remédios para sempre. Eles me deixam zonza, Luhan. Eu vou ficar demente se continuar os usando.

            - Mas mãe, você precisa deles...

            - Faz três meses que eu parei de tomar e você nem notou. – ela disse, fazendo-o se calar. Ele fez as contas, calculando que àquela altura de fato não havia mais resquício do medicamento no organismo dela. – Eu estou melhor. De verdade.

            - Certo. – ele disse com um suspiro, se sentado na ponta da cama. – Mas me prometa que você vai ao médico e falar com ele sobre isso, não dá pra você tirar todos os remédios assim do nada.

            - Só tinha esse. Mas sim, eu prometo. – ela disse com um sorriso gentil, vendo-o relaxar.

            - E a crise de abstinência? – ele perguntou, se sentindo culpado ao notar que a mãe havia passado pela abstinência sem que ele sequer notasse. Ela riu.

            - Eu lidei com ela como uma campeã. Agora pegue seu remédio e vá dormir logo, você tem escola amanhã cedo.

            - Certo... – ele murmurou, voltando a procurar o remédio.

            - Como você se machucou? – ela perguntou.

            - Futebol. – respondeu com simplicidade.

            - Ah. – ela exclamou. – Traga logo Sehun para eu vê-lo ou eu vou começar a achar que ele é um assassino.

            Luhan riu, deixando um beijo de boa noite no rosto da mãe ao finalmente encontrar o remédio.

            - Quer mesmo conhecê-lo? Ele é meio doido.

            - Você também é.

            - Há. Legal. Também te amo. Boa noite, mãe.

            - Boa noite filho.

           

            .

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            .

 

            - Meus irmãos ficaram felizes ao me ter de volta. – Sehun disse com um sorriso bobo. Luhan arqueou uma sobrancelha e ele corou, o dando uma cotovelada de leve. – Eu não achei que eles ficariam!

            - São seus irmãos. – Luhan disse com simplicidade. – É claro que sentiram sua falta.

            - Sim, mas eu só fico quieto perto deles. – Sehun rebateu.

            - Jinhye é que não ficou feliz. – Luhan disse, lembrando-se de Baekhyun contando do ataque histérico da irmã mais nova.

            - Sim... Mas eu vou visitá-la. – disse, soando completamente infeliz. – Hyung, você tem irmãos?

            - Uma irmã mais nova. –respondeu. – Por parte de pai. Eu não a vejo muito.

            - Voltou a falar com seu pai? – perguntou. Luhan suspirou.

            - Não.

            O sinal tocou e Sehun se levantou em um salto, observando a porta dos vestiários nos quais os dois sequer deveriam entrar durante o intervalo. Luhan levantou os olhos para ele, que estendia mão esperando que o mais velho se levantasse.

            - Eu não quero ir. – Luhan disse com simplicidade, fazendo Sehun rir, o que acabou por fazer o mais velho se levantar e acompanhar o mais novo até o prédio onde ficavam as salas de aula. Porque ele não podia simplesmente falar que sem Sehun ao seu lado toda a amargura voltava, dez vezes mais forte do que antes. Não podia falar que só Sehun o fazia feliz.

            E terminantemente se recusava a admitir que ser só Luhan era muito sem graça.


Notas Finais


Caso vocês queiram me odiar ou me amar no twitter: https://twitter.com/yehet_vs_hihu
Cara, me dá nervoso postar sem a opinião de ninguém antes >.< Me diga o que acharam
A avó do Luhan shippando, todos amam
SEHUN AMANDO O LUHAN E LUHAN TENDO SENSAÇÕEZINHAS, LICENÇA, PRECISO PROVIDENCIAR MINHA PASSAGEM PRO MÉXICO
Mãe do Luhan sentindo a presença de outro macho na residência dela, lindo
Espera, espera. Deuses, por que eu sempre comento minha própria fic? Eu sou louca.
Aah, eu fiz uma tag no tumblr para colocar todas as coisas que vi lá que me inspiraram pra essa fic ou que apenas me lembraram dela: http://bia-biased.tumblr.com/tagged/ywb (lá também tem a trilha sonora que fiz da fic, que contêm uma música original, me digam o que acham :3)
Bom, é só isso. Até quinta, gente
Espero que estejam gostando
Besitos
- B.


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